Capítulo 57.5 ❃ Antes da Masmorra.

Completamente confusa com o pedido imprevisível por parte de Kamila, Evangeline questiona a ela o que quer dizer com festejar sua chegada.
— Festejar minha chegada no vilarejo? Como assim? Por que dariam uma festa só por eu chegar? Eu não entendo…
— Iremos festejar a chegada da guardiã que nos livrou dos monstros da Grande Floresta de Arrow, além é claro que a senhorita é a única entre nós que possui a bênção de uma dríade! Isto é motivo o suficiente para nos alegrar. Contudo, você só não nos ajudou com isto como também os visitantes do roubo que aconteceu ontem na entrada.
Em uma grande velocidade, Evangeline move a palma de sua mão ao rosto, — ressaltando um pequeno barulho de tapa nesta ação.
Ela já sabia que todos poderiam saber da luta dela com os monstros da floresta, porém, não tinha ideia de quão raro seria ter a bênção de uma dríade e, para acrescentar, agora todos do vilarejo sabem de sua ação contra o cocheiro que roubou a senhora no portão.
”Droga… é serio isso? Como eu iria imaginar que a bênção da Teldra seria algo tão raro assim? Ela me disse que dava essa bênção apenas para chefes de tripos e aldeias, mas não imaginava que seria algo tão raro assim, dado o excesso de assentamentos como esses tem por aí… E o que aconteceu no portão… Aquela senhora e seu neto devem ter espalhado o que eu fiz… droga…! O ruim de lugares pequenos como este é o assunto que circula mais rápido do que possa perceber.”
Após uma pequena ponderação, referente aos assuntos que a abranjam pelo vilarejo, Evangeline, em uma ação plenamente rápida, curva-se perante a aldeã e, em seguida, tenta negar o pedido dela.
— Me desculpe, mas não. Não vejo motivos para criarem uma festa em meu nome. Eu não sou alguém tão especial e importante assim. Não me sentiria bem ao saber que vocês estão se esforçando para alguém tão comum assim como eu, apenas para fazer uma comemoração. E, também, não posso ficar muito tempo aqui, pois eu já estava me retirando para ir à masmorra. Então…
As declarações de Evangeline se extinguem quando observa que Kamila, a neta do chefe do vilarejo, — a pessoa que possui um grau de autoridade maior que qualquer outro aldeão presente na região, prostrar-se perante seus pés.
Pequenas gotas de lágrimas começam a cair no piso da loja e, no mesmo momento, as mãos de Kamila, — trêmulas, segura os pés da meio-elfa.
Esta ação impressiona todos no local. Alguém do calibre dela se prostrar assim não é algo só novo para Evangeline como para todos no estabelecimento.
Como meio para poder explicar essas ações, Kamila acrescenta suas falas nelas, em um tom completamente triste.
— Me… desculpe… Não fui forte o suficiente em minhas palavras para convencê-la, mas eu não posso deixar que você vá assim… Por favor, eu imploro que aceite meu pedido! Meu avô quer ver todos do vilarejo felizes com sua chegada, então, reconsidere, por favor, por favor, por favor…! Por fav…
Um forte peso é imposto nos ombros de Kamila, a interrompendo de continuar sua súplica. Fora Evangeline, que não não aguentara ver aquela cena perante seus olhos e continuar negando o pedido dela.
Em sua concepção, é evidente que Kamila possui um grande motivo por trás do pedido e, ao perceber isto, ela finalmente cede.
— Tudo bem, eu vou na sua festa, mas por favor, não se humilhe desse jeito…
Levantando vagarosamente o rosto para visualizar a face da meio-elfa, Kamila, com lágrimas aparentes nos olhos, sorrir, ao finalmente conseguir convencê-la, — não com suas palavras, mas com suas súplicas.
Enxugando as lágrimas do rosto, a neta do chefe, esboçando uma certa alegria, desculpa-se por ter se humilhado daquele modo.
— Me perdoem por verem esse meu lado…
Todos no local se entreolham ainda confusos com aquela cena, em contrapartida, Evangeline, esboçando um sorriso no rosto, tenta confortá-la.
— Relaxe, Kamila! Não precisa se desculpar sempre. A culpa é minha por não ter me importado com seu pedido, é claro que isso é muito importante para você. Sou eu que devo me desculpar, por pisar na sua determinação até chegar nesse ponto… Pode estar ciente que eu vou comparecer sim na festa, eu prometo!
Levantando o polegar em sitônia com suas palavras, — junto ao seu sorriso, Evangeline aceita o pedido de Kamila, tentando animá-la no processo.
— Obrigada, por aceitar meu pedido e por compreender meus sentimentos, senhorita Evangeline.
Após esta comoção, Kamila retira-se do local com um sorriso satisfeito no rosto, por conseguir cumprir com o que veio fazer na loja.
Virando-se vagarosamente em direção a Anastácia, Evangeline ressalta sua dúvida em relação de como irá se vestir no momento da festa.
— Agora referente a festa… Creio que não terá como ir de armadura, não é…?
Esboçando um largo sorriso no rosto, Anastácia a responde rapidamente, — a pôr as mão na cintura, intensificando sua declaração.
— Claro que não! É de uma festa que estamos falando! E, eu tenho um vestido ótimo para você, senhorita Evangeline.
Esboçando uma expressão ligeiramente pervertida, durante a resposta, Anastácia, guiando-se até a posição da meio-elfa, a puxa, levando-a até o piso superior da loja, — o local onde ela mora.
Sendo arrastada até ao andar superior como um grande saco de batatas, Evangeline, antes de sumir da vista dos rapaz, despede-se.
— Trevor, Lukas, acho que vejo vocês na festa…
Sendo acenada por eles, que demonstram um sorriso perante a situação, que no momento seguinte ao perceberem que Evangeline já se fora, se encaram com grande rivalidade.
Algumas horas se passam após o pedido de Kamila na loja de Anastácia.
Estando bem tarde, um tom alaranjando sobressai em todo céu, — cobrindo-o completamente. O sol, com seu belo brilho dourado, começa a ceder no horizonte, dando espaço para as luas que sobem, revelando sua beleza para todos que querem vê-las.
Por ser impedida de ir à masmorra naquele dia, Evangeline retira sua armadura, dando lugar em um belo vestido branco para participar da festa.
Em pouco tempo, algumas colunas feitas de grande troncos de árvores são postos no decorrer das estradas que ligam o centro do vilarejo, — o local que acontecerá a grande festa.
Inúmeras cordas e bandeirolas são postas nos troncos como enfeite.
As diversas cores em cada bandeirinha chama atenção da meio-elfa, lembrando das pequenas festas que ocorriam em seu bairro do outro mundo, algo que libera um sorriso e sua face.
Caminhando até o local da festa, com seu belo vestindo branco. — não longo, que mostra parcialmente a pele de suas pernas, Evangeline, com todos os feitos que possui na boca do povo local, é encarada por todos no decorrer do seu percurso.
Inúmeros olhares são guiados até a jovem. Olhares de admiração por parte dos rapazes do vilarejo, que possui um forte interesse, não só na beleza da meio-elfa como na em sua força, além de olhares de atrito, feito pelas mulheres, que a enxergam como uma rival nos corações dos homens do vilarejo.
Finalmente ela para.
Chegando em fim no local da grande festa, Evangeline observa atentamente o local.
Olhando para a direita, observa algumas mesas cheias de comidas e bebidas, com algumas crianças vigiando em volta, — não esperando o momento para poderem atacar as guloseimas em suas vistas. A esquerda, nota um grupo de rapazes e uma jovem aldeã com alguns instrumentos, — que tocam e cantam alegremente no local. No centro, onde abriga uma área circular, estão inúmeros bancos de troncos envoltos de fogueiras acesas.
As comidas, a música e o lugar aconchegante revitaliza o sorriso no rosto da meio-elfa, chamando a atenção de um grupo de rapazes próximo à mesa de comida.
De repente uma música muita animada começa a tocar no local. O excesso de rapazes começa a se cutucar para ver quem chamará Evangeline para dançar primeiro. Trevor, observando tamanha agitação, devido o que eles anseiam em fazer, se aproxima do grupo e, com um sorriso confiante no rosto, declara para todos.
— Vejo que estão interessados em chamar a Evangeline para dançar, mas terei que decepcioná-los, meus caros. Pois serei eu que chamarei ela.
Porém ele é retrucado rapidamente por um dos rapazes, que agora demonstra um certo desânimo na face.
— E como você fará isso, com o Lukas dando em cima dela agora?
— O QUÊ!?
Virando-se precocemente até a posição de Evangeline, Trevor observa Lukas a convidando para dançar, algo que ela não nega, — indo junto a ele ao centro do local para se divertirem com a música. Em contrapartida, Trevor, que observa tudo de longe, range os dentes em extremo desgosto, acrescentando com suas falas.
— Lukas… você…
Notando que Trevor demonstra um grande sentimento de ciúmes por ele convidar Evangeline pra dançar, acena para ele com uma expressão de vencedor, — irritando-o mais ainda.
Esbanjando sua grandiosa habilidade de dança para sua colega meio-elfa, Lukas a guia levemente por todo local, fazendo com que todos que dançam em volta, olhem para os dois impressionados.
A festa pendura por muitas horas. Anastácia, trazendo uma espécia de popa de frutas em uma lata e, Isabel um pequeno barril vazio, — chamam a atenção de Evangeline para próximo da mesa.
— Aqui, senhorita Evangeline! Trazemos o que nos pediu!
— Ótimo, eu queria testar isso a um tempo.
Logo após, chamando a atenção dos rapazes presentes, observa os jovens que ajudam o Balmor na plantação, que possuem o atributo de água, os convidando em seguida para se aproximarem.
— Hey, vocês, ajudante do senhor Balmor, por favor, podem despejar água nesse barril?
Confusos com o pedido, eles aceitam e jogam uma grande quantidade de água no barril, o enchendo rapidamente. Em seguida, usando seu atributo de ar, Evangeline cria novamente alguns gases gélidos, congelando imediatamente a água no recipiente, — e, espantando todos com sua magia.
Pegando uma espécie de espeto de aço, a meio-elfa começa a partir o gelo, deixando completamente esfarelado sem perder a baixa temperatura.
— Está pronto Anastácia, pode jogar a popa de fruta agora.
Ainda sem entender o real motivo daquele experimento, Anastácia, sem perder muito tempo, despeja o líquido doce de frutas em cima do gelo. Logo, com uma colher e um pequeno pote, Evangeline pega um pouco e dá aquilo para Isabel provar, — fazendo a demonstrar grande euforia com o sabor doce e gelado.
— Minha mestra, isso é incrível! Esse doce gelado é muito bom!
Fazendo com que todos em volta se alegrem com a invenção da meio-elfa.
— Eu chamo isso de rapadinha de fruta, podem se servir!
Após o pedido da jovem, uma massa de pessoas aparece no local para provar a tal raspadinha, chamando a atenção de Anastácia e Evangeline com a novidade que fez sucesso em tão pouco tempo.
— Não esperava que isso chamasse tanto a atenção, ainda mais nesse começo de inverno.
— As suas invenções sempre chamarão a atenção, senhorita Evangeline. Você deveria aceitar isso quanto antes.
Respondendo sua amiga meio-elfa, Anastácia, — enquanto degusta uma das raspadinhas de fruta, sente-se feliz por participar de toda essa festa.
Após um longo período de danças, brincadeira e comidas inovadores, o patriarca do vilarejo surge no centro da grande festa. Com a ajuda de uma bengala e o apoio de sua neta Kamila, — Bezel estaciona no centro de todos.
Com o pedido de Kamila, os músicos cessam seus instrumentos, tomando a atenção de todos para o chefe da vila, — que prepara-se para falar.
— Agradeço a participação de todos nesta festa, pois ela é muito importante para mim. Agradeço também pelo ardo trabalho que todos tiveram em montar os preparativos e também, agradeço a Evangeline por aceita meu pedido de estar aqui hoje…
Conçando a parte traseira da cabeça e esboçar um sorriso tímido no rosto, Evangeline assente com as falas de Bezel, enquanto todos a encaram com expressões alegres.
— Percebo grande felicidades nos moradores do vilarejo nesses dias, mas nem sempre foi assim há um certo tempo. Permitam-me contar a história de superação e criação do vilarejo.
Todos os presentes ficam completamente em silêncio em prol de escutar cada palavra dita pelo homem de idade elevada, com sua história.
— Há muito tempo, tive um forte apresso para as famílias dos meu amigos, meu desejo naquela época era firma uma grande família e ter um lugar para chamarmos de nosso. Durante muitos anos ficamos nesse lugar, construindo as casas e arando as terras para plantarmos nossas comidas. Porém, o que nos vimos como uma certa alegria no começo, fora transformada em algo imensamente triste logo após.
— Pelo nosso vilarejo fazer periferia a Grande Floresta de Arrow, que faz fronteira com o país dos elfos, sofremos muitas baixas durante a guerra. Muitos de nossos foram mortos e muitas mulheres foram sequestradas por eles…
Por um curto espaço de tempo, Evangeline entende aonde o homem quer chegar. Ela se lembra de como Ivan lhe contou dos experimentos que os elfos faziam com as mulheres sequestradas, tornando sua feição alegre em algo depravado com as ações dos Elfos.
— Algumas das mulheres, levadas por eles, foi minha esposa e minha filha. Na época, quando era mais jovem, eu fui atrás dos soldados elfos que levaram-nas, em busca de tentar socorrê-las. Porém, um dos elfos que havia me visto tentou me matar. Ele havia atravessado sua espada no meu peito e me deixado para morrer.
— Naquele momento, com a perda da minha esposa e filha, e um corte fatal em mim, perdi as esperanças e tentei me entregar para a morte… Contudo, eu fui salvo por um mago no último minuto. Ele era um mago curador do elemento fogo e seu nome era Aspher Crimison.
De um momento a outro, a expressão de Evangeline retorna para a história, ao ouvir o nome do avô de Karenn sair da boca do patriarca.
— Alguns anos depois do término da grande guerra, Aspher, que já tinha virado meu amigo, havia retornado para o vilarejo em busca de ajuda. Ele trouxe consigo um bebê e seu nome era Karenn. Ele me explicou que os pais da bebê haviam sido mortos na guerra e que ele não tinha tempo o suficiente para cuidar dela, devido a sua responsabilidade de curandeiro nas cidades. Entao, ele veio até mim com o pedido de cuidá-la até que ela pudesse se tornar uma mulher independente.
Movendo a mão para o queixo, Evangeline pondera sobre o que acabara de escutar de Bezel.
”Então foi assim que Karenn acabou chegando no vilarejo. Pensei que o avô dela havia a abandonado aqui e ido embora, mas me enganei. Não sabia o quão difícil é participar de uma guerra, ainda mais sendo um curandeiro. Percebi isto por causa do senhor Ivan… Devo agradecê-lo quando tiver outra chance, por ter aberto meus olhos.”
— Após cinco anos depois da grande guerra, a neta de meu amigo, Aspher, já tinha se tornando uma menina muito esperta. Apenas com 5 anos, já estava ajudando todos com suas técnicas de magia, incentivando os moradores do vilarejo a também usarem seus poderes para ajudar o local. Porém, durante uma semana de chuva, uma garota de 4 anos surgiu nos arredores do vilarejo. Karenn, que é uma garota muito gentil, a socorreu e a levou até a minha casa na época.
— Mesmo tendo o conhecimento sobre os possíveis perigos de estranhos, Karenn não mediu seus esforços para ajudar esta garota…
Um frio irregular invade o coração de Evangeline, e junto a isso, surgi alguns flashs de memórias, enquanto escuta Bezel.
— Quando finalmente Karenn trouxe a pequena criança a minha casa, consegui notar rapidamente que se travada de uma majin. Muitos, que detestavam as ações dos majins na guerra e suas perdas por causa deles, deram suas ideias para livrarem-se da criança. No entanto, sabendo as periculosidades que poderiam acontecer a ela, decidi usar meu poder de chefe, para me impor as más ideias dos outros…
— “Mesmo que seja uma majin, abandonar uma criança é muita crueldade!” Foi o que eu disse na época, e todos, com uma certa relutância, consentiram com meus pensamentos. Então, com a ajuda de Balmor, o meu braço direito, o convenci ajudar a pequena majin, com alimentos e roupas. Mesmo sendo contra no início, ele conseguiu entender depois.
Neste momento, Balmor, que está no próximo de Bezel, — como resposta as falas do homem, retira seu chapéu, e o move até o peito, revelando um sorriso gentil no rosto.
— E, naquele momento de pós-guerra, eu vi a chegada daquela criança como uma mensagem de bom agouro. E, assim, eu batizei aquela criança majin de Evangeline, a mensageira que traz boas notícias. E eu estava certo sobre isso. Pois essa mesma majin, que todos viam como uma inimiga até pouco tempo, realizou muitos feitos para nos ajudar. Ajudou as crianças da escolinha com a magia, nos ajudou com os monstros da floresta e, em seu retorno, ajudou nossos visitantes do roubo que ocorreu ontem. E, por isso, festejo por está majin ter nos possibilitado ter esta noite de festa agradável.
Movendo a mão para parte de trás da cabeça com uma certa vergonha, Evangeline tenta esconder os sentimentos, enquanto todos a agraciam com uma grandiosa comoção de palmas.
Bezel com a ajuda de sua neta, guia-se em direção a Evangeline. Bem próximo, o homem põe a mão no ombro dela e como resposta ao tato dele, ela o observa.
— Minha neta, Evangeline, a guardiã do vilarejo… Estou profundamente orgulhoso de você. Tudo que eu esperava de você foi absurdamente superado por seus feitos. E, eu estou completamente feliz…
Antes de finalizar suas palavras, Bezel começa a ter um ataque de tosses, — saindo uma grande quantidade de sangue de sua boca. O homem, como resposta a baixa pressão, desmaia na frente da meio-elfa, que observa tudo aquilo com uma expressão atônita.
Em um único instante, o homem, que parecia bem, caiu com grande enfermidade próximo de seus pés.
Com uma grande súplica, Kamila lembra que Evangeline consegue curar as pessoas. Então, em uma ação desesperadora, ela suplica pela ajuda dela.
— Por favor, Evangeline, cure meu avô!
Observando o desespero nos olhos dela, ela aceita o pedido.
Em uma ação completamente rápida, ela ajoelha-se próximo do homem e se pronuncia para todos os presentes.
— Atenção, se afastem! Isso pode prejudicar um pouco a vista de vocês.
De um momento a outro, uma poderosa aura cintilante é liberada do corpo de Evangeline, invadindo o local em volta. Nesse momento, duas pequenas luzes, — similares a vaga-lumes da cor azul e vermelho, sobrevoam ao redor dela, — são os espíritos elementais, Ken e Nykr, que emprestam seus poderes espirituais.
Tal cena impressiona todos presentes. Lukas e Trevor, que nunca viram de perto os feitos de um mago espiritual, ficam completamente estupefatos, sem piscar nem uma única vez.
De repente, as pequenas luzes finalmente se fundem na mana da meio-elfa, ressaltando uma coloração lilás.
Com imensa concentração, Evangeline guia todo poder em volta para as mãos, — que estão em cima do peito de Bezel. Ela começa a procurar pela enfermidade presente no homem de idade elevada, — que o afronta em tosses.
Tendo uma boa noção do que pode ser a doença, Evangeline com toda a concentração do mundo perante ela, recebe em fim a informação que não queria ter dos seus espíritos.
Com uma expressão séria, a meio-elfa, revitaliza os pulmões de Bezel, finalizando a ação de cura. Contudo, ela não demonstra satisfação nisto, — ao suspender totalmente sua aura mágica.
Todos ao redor pensam que ela conseguiu curar o homem. Kamila, com um grande sorriso no rosto, se aproxima para agradecê-la, porém seu sorriso se extingue quando observa a expressão triste de Evangeline, que se desculpa.
— Me desculpe… eu ainda não tenho poder suficiente para curá-lo disso…
Os aldeões ficam estupefatos com a notícia. Uma jovem com tamanho poder não conseguir curar o chefe, faz com que eles fiquem em prantos.
Ainda sem acreditar na notícia, Kamila a questiona em busca de fazê-la confessar que é uma brincadeira.
— O quê…? Espera, você está brincando, não é? Você já o curou e está contando uma piada…? Não… é?
A realidade finalmente chega em seu coração após ver que a expressão da meio-elfa permanece a mesma. Kamila olha em volta e observa os olhares tristes dos aldeões. E, como resposta, ela cai de joelhos próximo de seu avô.
Culpando-se por não ter tido poder suficiente, Evangeline chama a atenção de Kamila para retirar o homem do chão e movê-lo para outro local.
— Vamos colocá-lo em uma cama, não é bom deixá-lo aqui fora nesse frio…
— Certo…
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