Índice de Capítulo


    Uma corrente de poder se intensifica ao redor de Evangeline, envolvendo-a em uma aura brilhante e vibrante, — alimentando-se de sua determinação. 

    Por todo o lado dessa aura, as cores dos seus atributos se colidem e se fundem um com o outro. É semelhante às ondas revoltantes de uma tempestade em alto-mar, quando a maior onda sobrepuja a menor e, por fim, funde-se a ela.

    As duas esferas de fogo esmeraldas, conhecidas como 『Emerald Sphere of Desolation』 em suas costas começam a crescer exponencialmente, — enquanto essa energia que envolve em seu corpo se transfere a elas, — expandindo-se até atingir um tamanho de cinco vezes maior do que sua forma original.

    Enquanto as esferas fogo esmeralda se expandem, a superfície delas se modula, emitindo um brilho vibrante e pulsante, — formando intricados de línguas de chamas que emergem da superfície. Essas línguas de fogo se contorcem ao redor das esferas, como pequenas erupções solares em miniatura, — criando um espetáculo visual impressionante. É um testemunho do poder mágico ardente em sua forma mais intensa que a meio-elfa agora possui em sua posse. 

    Evangeline observa a cena atônita. 

    Nunca em sua compreensão concluiria que sua habilidade teria tal fator que implicasse em feitiços criados antes de sua ativação. Maravilhada, ela sente o poder fluir através de cada fibra só seu ser, seus nervos e músculos, — preenchendo-a com uma energia vassaladora. Nesse momento uma sensação elétrica pulsante se faz presente no decorrer dessa habilidade em seu corpo, — algo que a faz sorrir de empolgação.

    Determinada, ela sabe que chegou o momento de liberar todo o seu potencial e enfrentar o desafio que se apresenta em sua frente. 

    Cada fibra de seu ser está vibrando com a intensidade do poder magico que agora a envolve. É como se seu próprio poder clamasse a ela uma chance de mostrar seu valor, — assemelhando-se a um servo convicto perante seu mestre. 

    O sorriso em seu rosto esbanja confiança que ela possui nesse poder dado a ela por sua habilidade. 

    Mesmo em troca de seu precioso mana, a força lhe entregue supera em muito suas expectativas mundanas, conquistadas por ela até então. Ela sabe que com esse poder poderá enfrentar seus desafiantes em seu caminho. O poder que a 『Emerald Sphere of Desolation』 possuem em suas costas é um lembrete constante de seu propósito e da força que ela possui para superar seus inimigos nesse momento.

    Enquanto a corrente de poder continua a fluir pelo seu corpo, Evangeline sente-se envolta em um mundo que parece se mover em câmera lenta. Seus sentidos são amplificados de maneira extraordinária, permitindo que ela perceba até os menores detalhes do ambiente ao seu redor.

    E, em meio a essa intensidade, uma lembrança começa a se formar em sua mente. 


    Uma sala completamente vazia à sua frente se materializa, — revelando um espaço pequeno e fechado. O chão é de um preto brilhante, parecendo um oceano noturno refletindo a luz das estrelas.

    Evangeline observa a si mesma sentada em posição de lótus, enquanto em sua cabeça está uma pequena fada de cabelos vermelhos alaranjados, vestida em trajes da mesma cor. A fada emite uma aura de serenidade e sabedoria, emanando uma presença única.

    Nesse momento, todo o local começa a tremelicar. A expressão serena que persistia no semblante desta fada se contorce em medo e perplexidade. Ela não se para apenas para simular expressões, se pendurando na cabeça da meio-elfa, ela encara completamente seu rosto.

    É nesse momento que Evangeline observa a si mesma, revelando um semblante angustiado e retorcido, como se sentisse uma dor extrema percorrer seu ser. Porém, antes que essas imagens fugazes de sua memória continuem, tudo se torna um preto absoluto, sem um único fio de certeza se realmente ainda persiste presa a realidade.

    ”Então realmente não consigo me lembrar do que houve depois daquilo… Mesmo usando minha habilidade 《Prevision》, para tentar me colocar de volta naquele instante, o que aconteceu depois realmente estava fora do meu controle… Por causa daquilo, eu acabei destruindo a sala da mestre Áurea no processo, e percebo agora o medo que ela sentiu naquele momento…”

    Um sentimento pesado corre pelos seus sentidos, intensificando seu arrependimento perante o ato passado.

    ”Depois disso, eu decidi focar em controlar essa habilidade única… Foi quando eu decidi testar ela no mundo de Metatron, pois lá eu não tinha riscos de danificar nada no mundo físico… ou era o que eu pensava…”


    2º dia do mês, Grande Inverno. Residência Flamesworth(Nakkie) – 11:45 PM.

    Em uma espaçosa sala de paredes cianas e um piso obsidiana brilhante, Evangeline, Ivan e Áurea se reúnem com urgência, cientes da necessidade de preparar sua fuga iminente. Com movimentos ágeis e coordenados, eles carregam caixas e equipamentos para o centro da sala, criando um espaço de trabalho improvisado.

    Enquanto os segundos escorrem como areia entre os dedos, Ivan e seu espírito do fogo, Áurea, assumem a responsabilidade de montar a mesa de encantamento. Suas mãos se movem com uma destreza quase sobrenatural, enquanto inscrições arcanas surgem na superfície da mesa, emanando uma suave luz esverdeada.

    O ar ao redor está carregado de tensão, e cada movimento é feito com uma pressa palpável. Evangeline, por sua vez, mantém-se atenta, seus olhos brilhantes varrendo as ações de seus mentores com fascínio.

    — Vamos, Áurea! Precisamos começar os preparativos antes que Amice retorne!

    — Você… está… me dando… OrDenS?! Seu velho seboso!

    — Eh… Por favor Áurea… vamos focar nisso… sim?

    — Hmph!

    ”Aiai… esses dois…”

    Evangeline balança a cabeça, deixando escapar um sorriso diante das ações cômicas de Áurea e Ivan durante os preparativos do encantamento. No entanto, algo em sua mente a faz interromper esses pensamentos por enquanto, pois ela precisa se concentrar em algo mais crucial neste momento.

    ”Só me resta tentar aquilo em outro lugar…”

    Se movendo para um canto, um pouco distante dos movimentos apressados de Ivan e Áurea, Evangeline se senta no chão, fazendo sua posição meditativa de lótus. Com extrema concentração ela fecha os olhos, respirando fundo continuamente, como se buscasse a paz absoluta de seus pensamentos. 

    Um piscar de uma luz surge na imensidão escura de sua mente… 

    Até que…

    Em um instante, a realidade da sala ao redor de Evangeline se dissipa, e ela se vê imersa em um mundo ilusório, onde sua mente se aventura enquanto seu corpo permanece imóvel. Esse é o reino de Metatron, um lugar enigmático e cheio de segredos, onde apenas os escolhidos têm acesso.

    Evangeline adentra esse mundo com determinação, buscando compreender a verdadeira natureza de sua habilidade única. Ela sabe que há mais por trás do que os olhos podem ver, e está disposta a explorar cada canto do seu poder para melhorar sua capacidade de controle.

    À medida que ela caminha por paisagens deslumbrantes e desconhecidas, Evangeline percebe que o mundo de Metatron não segue as regras da realidade cotidiana. Aqui, as leis da física são torcidas, e a magia permeia cada partícula do ambiente.

    ‘’Quase esqueci disso… A atmosfera desse lugar é repleto de mana puro… Deve ser por isso que a técnica de absorção de mana é tão eficiente… Mas me pergunto como seria absorver diretamente daqui…’’

    Enquanto ela avança, encontra criaturas míticas e seres divinos que habitam esse reino transcendental. Seres alados cruzam os céus em um balé majestoso, enquanto serpentes cósmicas deslizam pelos vales, deixando um rastro de estrelas em seu caminho.

    ”Engraçado, não tinha percebido essas coisas quando eu estava aqui anteriormente… Será que ele mudou alguma coisa quando eu saí pela última vez…?”

    Evangeline mergulha fundo nesse mundo de infinitas possibilidades, caminhando em linha constante, — desvendando os segredos e mistérios que esse local guarda.


    No fim de sua caminhada, Evangeline se encontra em um cenário mais aberto, cercado por inúmeras vegetações e um chão repletos de gramas da mais fabulosa coloração esmeralda. Ela respira profundamente o ar desse local sereno, sentando-se rapidamente no chão para começar seu treino

    Enquanto Evangeline se concentra, a energia ao seu redor começa a se agitar. O vento sopra suavemente, as folhas das árvores sussurram e os animais da floresta parecem reconhecer sua presença.

    Um filhote, que parece a união de um cervo e um lobo, com uma pelagem prateada e olhos brilhantes, se aproxima cautelosamente de Evangeline. Ele cheira curiosamente o cabelo da meio-elfa, como se procurasse resposta perante o ser incomum que se instaurou naquele lugar, — mas a meio-elfa permanece imperturbável, imersa em sua meditação profunda.

    Enquanto a conexão entre Evangeline e o seu poder se fortalece, uma fusão de energia espiritual e natural começa a envolvê-la. Uma aura radiante de cores vivas se forma ao seu redor, mesclando tons de prateado, azul-celeste e vermelho alaranjado. 

    A clareira se ilumina com essa luminosidade mágica, e os pássaros voam em círculos acima deles, cantando uma melodia harmoniosa.

    Evangeline respira profundamente, sentindo-se em sintonia com o mundo ao seu redor. Ela canaliza essa energia combinada em sua habilidade única, sentindo seu poder aumentar gradualmente. Suas mãos começam a brilhar com uma intensidade luminosa, e ela pode sentir a energia fluindo através de cada fibra de seu ser.

    Nesse momento, o filhote de cervo-lobo pressente a magnitude do poder que emana de Evangeline. Com um salto gracioso, ele se afasta, observando-a com olhos atentos e respeitosos. Evangeline, por sua vez, permanece em sua meditação, completamente focada em dominar a fusão da magia espiritual e natural que ela está buscando na habilidade.

    A medida que Evangeline une as duas formas de mana, uma onda de energia se irradia de seu corpo, envolvendo-a em uma aura resplandecente. O poder da habilidade 《Invencível》 é liberado, emanando uma presença imponente e assustadora.

    Os animais ao redor, anteriormente curiosos e tranquilos, agora se afastam rapidamente. Os pássaros abandonam o céu e buscam refúgio nas copas das árvores, enquanto o filhote de cervo-lobo recua com um olhar de temor em seus olhos.

    Evangeline sente a magnitude desse poder crescer dentro de si. Ela abre lentamente os olhos, brilhando com determinação inabalável. Uma aura de cor prateada e azul-turquesa a envolve, pulsando com uma energia intensa e incontrolável.

    Enquanto o poder se intensifica, a atmosfera ao redor dela começa a vibrar. 

    O solo treme levemente sob seus pés, as folhas das árvores dançam freneticamente e o vento sopra com uma força incomum. É como se o próprio mundo reconhecesse o poder formidável que ela possui.

    Evangeline observa suas mãos, concentrando-se para conter esse poder recém-despertado. Ela se sente invencível, confiante de que pode enfrentar qualquer desafio que se apresente em seu caminho. Sua determinação se solidifica, alimentando-a com coragem e resiliência.

    Enquanto Evangeline canaliza todo o seu poder mágico, uma atmosfera densa e eletrizante preenche o ar ao seu redor. 

    Suas veias brilham intensamente, indicando o fluxo constante de energia mágica através de seu corpo. Ela sente uma conexão profunda com as forças místicas que a cercam.

    Metatron, uma figura enigmática e poderosa, surge no horizonte. Seus longos cabelos dourados junto ao seu manto branco esvoaça ao vento, revelando apenas breves vislumbres de sua presença imponente. Ele observa atentamente, com um ar de mistério e sabedoria, enquanto Evangeline libera sua poderosa pressão mágica.

    O encontro entre Evangeline e Metatron é cercado de significado. Metatron é conhecido por sua compreensão profunda das forças do universo e sua habilidade de transcender os limites da magia, além dele ser a personificação do próprio mana do mundo. Sua presença nesse momento crucial indica que algo extraordinário está prestes a acontecer.

    Enquanto a energia mágica de Evangeline continua a se intensificar, as correntes de ar se tornam cada vez mais fortes e os elementos da natureza parecem responder ao seu chamado. 

    O céu se enche de nuvens escuras e a eletricidade estática preenche o ambiente, criando uma atmosfera carregada de tensão.

    Metatron ergue a mão até o queixo, estudando cuidadosamente cada movimento de Evangeline. Seus olhos brilham com uma luz misteriosa e seu rosto revela uma expressão calculada. Ele compreende a magnitude do poder que ela está canalizando e a importância desse momento para o destino do seu reino.

    Metatron observa atentamente enquanto a aura avassaladora se espalha pelo corpo de Evangeline, emanando um poder bruto e indomável. O solo treme sob a intensidade desse poder, e grandes blocos de terra e pedra começam a ceder, formando uma cova profunda com rachaduras se estendendo por todo o entorno.

    A força descomunal que Evangeline está canalizando é incontrolável, e mesmo ela, em meio ao êxtase do poder, perde o controle. 

    Seu corpo fraqueja e ela cai em um estado inconsciente, seus olhos se fechando enquanto permanece de pé, como uma estátua alimentada por uma energia primordial.

    Metatron avalia a situação com uma expressão sombria, compreendendo a magnitude do que está acontecendo. Com uma agilidade surpreendente, ele encurta a distância em um único passo, — rompendo o espaço-tempo ao seu redor. O mundo ao redor se contorce, distorcendo-se sob o peso de sua presença imponente. 

    Então, ele se aproxima cautelosamente da meio-elfa, seus olhos dourados fixos em seu corpo inerte.

    Enquanto se aproxima, Metatron não se deixa intimidar pela aura intensa emanada pela habilidade de Evangeline. Com um movimento preciso de suas mãos, ele conjura uma poderosa magia de dissolução. A energia mágica tirânica que envolvia Evangeline se desfaz diante do poderoso gesto simples de balançar de mãos de Metatron, como se fosse apenas uma teia frágil tecida por uma jovem aranha.

    O ambiente ao redor parece acalmar-se à medida que a energia descontrolada se dissipa, permitindo que a serenidade retorne à clareira próxima ao lago. Metatron permanece em pé diante de Evangeline, com uma expressão serena e dominadora, como um mestre dos segredos místicos que está no controle da situação.

    Enquanto a atmosfera se aquieta, o corpo de Evangeline reage à interferência de Metatron. Uma leve ondulação percorre sua forma inconsciente, como se sua conexão com o poder mágico estivesse sendo reequilibrada. A respiração de Evangeline se torna mais estável, indicando uma recuperação gradual de sua consciência.

    A cada segundo que as forças das pernas da meio-elfa oscilam, sua postura ereta ameaça se encontrar com o chão.

    Com cautela, Metatron segura Evangeline em seus braços, transferindo seu corpo delicadamente para o solo. Seu semblante confuso reflete a perplexidade diante da habilidade incomum da meio-elfa, que havia permitido que seu poder mágico se multiplicasse exponencialmente sem um limite aparente.

    — Isso foi perigoso… O que realmente aconteceu com ela…? Não importa que eu tente fazer, não consigo ver sua vida como as dos outros magos nesse mundo… Seu núcleo mágico liberou muito poder com aquela habilidade estranha… E, isto não me parece ser algo bom…

    Aproveitando o momento, ele posiciona sua mão suavemente sobre o ventre de Evangeline, buscando compreender o estado de seu núcleo mágico. No entanto, a expressão de confusão em seu rosto se transforma rapidamente em espanto à medida que ele analisa o núcleo mágico, deixando transparecer preocupação em seus olhos penetrantes.

    Através de sua habilidade especial, Metatron é capaz de ler as complexidades do núcleo mágico de Evangeline, revelando-lhe segredos ocultos. O que ele descobre ao examinar o núcleo mágico da meio-elfa é algo que desafia as leis convencionais da magia. O poder descomunal e descontrolado que Evangeline manifestou está conectado a algo muito mais profundo e perigoso.

    A preocupação se intensifica no rosto de Metatron, pois ele compreende as implicações dessa descoberta. 

    O poder que se desencadeou em Evangeline não é apenas um mero descontrole mágico, mas algo que tem raízes mais obscuras e misteriosas. Ele percebe que essa habilidade única pode se tornar tanto uma bênção quanto uma maldição para a jovem meio-elfa.

    — I-isso… não é bom… Pensei que demoraria mais tempo para isso acontecer com seu núcleo depois que ela me deu um nome… Não esperava que ficasse… Não! Era certo que isso ocorreria cedo ou tarde, mas sinto muito por não poder contar a ela nada sobre isso ainda… isso implicaria em muito no futuro dela se eu contasse agora… Preciso de uma maneira para guiá-la sem revelar nada ainda…

    Enquanto Metatron contempla a situação, ele sabe que precisa tomar medidas para guiar Evangeline no caminho certo, ajudando-a a controlar seu poder e a compreender a verdade por trás de sua habilidade excepcional. Afinal, a existência de Evangeline se tornou uma peça-chave em um jogo complexo de forças mágicas e intrigas, e seu destino está entrelaçado com o destino do próprio reino de Metatron.

    Enquanto a preocupação permeia o ar, o próximo passo a ser dado se torna crucial. Metatron precisa decidir como orientar Evangeline e protegê-la dos perigos que espreitam nas sombras, enquanto o poder que ela carrega ameaça consumi-la e tudo o que está ao seu redor. 

    — Como seu mestre, não posso permitir que uma ação dessa acabe prejudicando-a. Farei o possível que ela entenda o que está buscando.

    O destino de Evangeline está nas mãos de Metatron, que terá que enfrentar desafios ainda maiores para garantir a segurança e o equilíbrio nesse mundo repleto de magia e intriga.


    Ao despertar, Evangeline sente uma suave brisa acariciar seu rosto, enquanto seus olhos se abrem para um cenário banhado pelos raios alaranjados do entardecer. A vegetação ao seu redor parece ganhar uma aura mágica sob a luz do sol poente. 

    ”Eu apaguei…? O que aconteceu…? Não me lembro de muita coisa… Por que será que eu estou deitada aqui com…” Sua mente ainda um tanto confusa, ela se dá conta de que está coberta por um tecido branco, envolvida em sua maciez reconfortante.

    ”Que tecido é esse? Não me lembro de ter trazido nada comigo pra ca… Pera! Nem tem como trazer nada aqui! De onde é que isso veio?” Ao examinar mais de perto a manta que a cobre, Evangeline nota pequenos adornos dourados meticulosamente tecidos no tecido. Seu coração palpita com admiração ao reconhecer a qualidade e a beleza excepcionais daquele material. É como se os deuses da tecelagem tivessem dado vida a essa peça, presenteando-a com uma vestimenta única.

    Evangeline acaricia a manta com os dedos, sentindo sua textura suave e sedosa. Ela se maravilha com a combinação de resistência e leveza que nunca antes havia experimentado. 

    A meio-elfa percebe que aquele tecido é mais do que um simples cobertor, é uma peça de valor inestimável, algo digno apenas dos privilegiados ou dos escolhidos pelos deuses.

    ”A pessoa que fez esse material está de parabéns, a macies e resistência são excepcionais, poderia até dizer que… Espera…! Isso ta parecendo propagando de amaciante…’’ 

    Retornando para o foco anterior, ela observa em volta e ainda se ver imersa no mundo de Metatron: 

    ‘’Okay… certo… Parece que continuo imersa no reino de Metatron, então de onde veio essa manta se eu não lembro de ver nada parecido com isso perto de mim antes quando eu estava meditando?” Curiosa e ao mesmo tempo grata, Evangeline começa a se questionar sobre a origem dessa manta. Quem a teria colocado sobre ela enquanto estava inconsciente?

    Todavia, antes mesmo que Evangeline pudesse questionar a origem daquela manta divina, Metatron surge diante dela, exibindo seu físico imponente. Seu corpo escultural, definido por músculos poderosos e contornos refinados, transmite uma aura de poder e força incomparáveis.

    — Então você já está desperta, Evangeline?

    — Ueeeeh!?

    Ao ver a figura majestosa diante de si, Evangeline sente suas bochechas corarem instantaneamente. Ela fica embaraçada com a visão, uma mistura de admiração e timidez tomando conta de seu ser. Como uma verdadeira princesa, ela se sente intimidada pela presença dominante de Metatron.

    Percebendo o desconforto de Evangeline, Metatron estranha seu comportamento e questiona o que está acontecendo:

    — Algum problema? Sente dor em algum lugar? Eu também posso curar ferimentos…

    — Eh!? N-n-nã-não… se aproxi-xi-xime!

    — Há algo de errado? O que eu posso fazer pra…

    Antes que ele possa encontrar palavras para perguntar sobre o estado mental dela, a meio-elfa, em um ato de impulso, arremessa a manta em direção a Metatron. Seu rosto ruborizado e sua voz trêmula denotam sua tentativa de esconder a própria vergonha.

    — Vi-vi-vista-se!

    Com um olhar surpreso, Metatron agarra a manta no ar, observando-a por um momento antes de se cobrir com ela. A expressão em seu rosto se suaviza, demonstrando compreensão diante da atitude de Evangeline. Ele percebe que seu poderoso físico pode ter sido motivo de desconforto para a jovem meio-elfa.

    Agora envolto em sua manta divina, Metatron revela um sorriso ameno e agradece a gentileza de Evangeline. Ele admira sua coragem em enfrentar a própria timidez e lhe assegura que respeitará sua privacidade, mantendo-se vestido adequadamente.

    — Ah… me perdoe por isso… Erro meu… esqueci que você é uma dama no final do dia. Prometo não fazer coisa similar no futuro próximo…

    — Eh! D-dama!?

    ”Espera… respira… o que está acontecendo? Es-este corpo feminino… está tendo desejos por… Ah…! Esquece! Isso é muito estranho, além de confuso! Preciso ignorar esse sentimento esquisito… que toda a vez surge diante dele…”

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