Índice de Capítulo


    『 Tradutor: MrRody 』


    No dia seguinte, Missha me acordou cedo de manhã. — Levante, levante! Até quando você vai ficarrr dormindo!?

    Eram 6:30h da manhã. Mesmo considerando nosso plano de ir para Kommelby, era bastante cedo.

    — Vamos comer fora hoje. Não consegui fazer almoço porque acordei cedo demais.

    — Então vamos descer para o primeiro andar e…

    — Aqui não é bom! Vamos sair para comer, Nyah!

    — Mas estou com fome…

    — Vamos lá, eu vou te comprar algo delicioso. Ok?

    Eu nem consegui tomar café da manhã por causa das insistências de Missha e acabei sendo arrastado para fora. Então, como se estivéssemos sendo perseguidos por algo, pegamos uma carruagem. Só depois de chegarmos ao distrito comercial de Kommelby 1 é que comemos em um restaurante localizado a trinta minutos da plataforma de carruagens pública, que Missha explicou ser famoso.

    — Como está, está gostoso?

    — Está delicioso! — Eu não sabia o que fizeram com o ensopado, mas tinha um gosto muito familiar e saboroso. Eu estava determinado a lembrar deste lugar e voltar sempre que estivesse por perto.

    — Fico feliz que você pareça satisfeito. Gostou tanto assim?

    — Exceto pelo preço de um único pratinho.

    — Isso é prrrque você comeu quatro pratos, seu bárbaro!

    Depois de um café da manhã tardio, passamos pela loja de armaduras e pela loja geral que frequentávamos e nos desfizemos de todo o nosso saque.

    “Três milhões de pedras, huh?”

    Esse foi o valor que conseguimos após vender todo o equipamento e consumíveis do trio que encontramos no segundo andar, mais Jencia. Não era uma quantia pequena, mas também não parecia tão grande assim. O valor teria sido muitas vezes maior se também tivéssemos vendido a Presa da Serpente e a armadura de couro de Wyvern.

    “Bem, essas são coisas que podemos vender depois”

    Depois disso, contratei um ferreiro que Hikurod me indicou para consertar meu equipamento. Estava preocupado com o custo dos reparos porque meu escudo e couraça ficaram bastante amassados na batalha contra o Troll.

    — No total, trezentas mil pedras.

    No entanto, os reparos foram mais baratos do que eu esperava. Bem, provavelmente era mais fácil consertar equipamentos amassados do que derretidos.

    — Você também trabalha com couro?

    — Sim, você tem algo para consertar?

    — Ah, este aqui está aperrrtado no peito… — Enquanto estávamos lá, Missha também confiou a ele sua nova armadura.

    Como era de couro, eu me perguntei se as alterações seriam um problema, mas acabou não sendo nada demais. — Eu nem preciso adicionar novo material. Acho que posso apenas usar um amaciante nas partes apertadas para afrouxá-las um pouco.

    O custo desses reparos específicos foi apenas em torno de cinquenta mil pedras. Talvez fosse porque eu vim aqui com uma recomendação de Hikurod, mas não houve tentativas de nos enganar. Parecia ser um negócio muito consciente.

    — Voltem em três dias.

    Depois de sair da ferraria, nós passeamos por aí e compramos suprimentos para a nossa próxima expedição. Reabasteci nosso estoque de solução de Lâmpada da Bruxa, que era um consumível que podia cancelar habilidades de Furtividade, e comprei alguns itens que vieram à mente.

    — Vou te dar duas garrafas juntas por dois milhões de pedras.

    Comprei mais duas garrafas da poção avançada na loja geral que eu visitei antes. Eu não sabia que usaria uma garrafa inteira tão rapidamente. Foi um gasto considerável, mas foi um pouco melhor porque os dois estávamos pagando juntos.

    — Felizmente, não precisamos mexer no dinheiro na conta compartilhada. Aqui estão 325.000 pedras. — Dividi o dinheiro restante com a Missha. Com isso, terminamos tudo o que tínhamos planejado para hoje.

    — Então eu estarei indo para casa agora! Boa noite, Bjorrrn!

    — Boa noite.

    Voltamos para Ravigion 2 à noite e nos separamos após uma refeição simples.

    “O que é isso?”

    Quando voltei para casa, encontrei uma elfa de cabelos prateados agachada na frente da minha porta com a cabeça baixa. — Erwen?

    — Oh, você está aqui? — Erwen me cumprimentou com um sorriso assim que me viu. Seus olhos pareciam cansados por algum motivo, então não pude deixar de fazer a pergunta na ponta da língua.

    — … A quanto tempo você está esperando por mim?

    — Não muito. Vocês dois saíram?

    — Ah, tivemos negócios em Kommelby.

    — Oh… entendi.

    — Então, o que você está fazendo aqui?

    Era hora de lavar o rosto e ir para a cama, então perguntei o que ela estava fazendo lá, mas Erwen apenas ficou quieta. Parecia que ela estava pensando em algo porque tinha uma expressão um tanto séria no rosto. Mas quando ela falou novamente, foi no seu tom habitual e alegre. — Senhor, não consigo vir com tanta frequência quanto costumava. Vim te dizer isso.

    — Hmm? Ah… bem, as coisas mudaram desde então.

    Ela não era mais uma aventureira novata de um mês… embora ainda não tenha completado um ano inteiro. Mas isso era ainda mais motivo para ela focar em seu crescimento agora.

    — Sim, decidi começar um treinamento especial com minha irmã amanhã. Então talvez uma vez por semana? Não acho que consiga vir mais frequentemente do que isso. Gostaria de poder, mas… se fizesse isso, levaria muito tempo…

    — Muito tempo?

    — …Não é nada. — Erwen não deu uma resposta adequada e antes que eu pudesse perguntar, ela sorriu brilhantemente e desapareceu. — De qualquer forma! Voltarei na próxima semana, então até lá, Senhor!

    — Oh, certo…

    O que era esse sentimento de inquietação?


    No dia seguinte, na hora do almoço, toda a equipe se reuniu em um bar. Tomando uma bebida para celebrar nosso retorno, nós dedicamos tempo para distribuir o saque de nossa expedição anterior. — Acho que podemos dividir em 550.000 pedras por pessoa. Os restos do Homem-Sapo Feiticeiro foram vendidos a um preço muito mais alto do que eu pensava.

    — Haha, não é tudo graças à dissecação de Rotmiller?

    — Ahem, já que não sou muito útil em batalha, pelo menos deveria ser capaz de fazer isso.

    Após a humilde declaração de Rotmiller, eu equilibrei nossos ganhos desta missão. Tínhamos obtido 400.000 pedras de mana da Fenda e dos primeiros e segundos andares, então 320.000 pedras com a venda do equipamento (após subtrair o custo da poção, é claro), e 550.000 pedras pela conclusão da comissão e venda dos restos. O total foi de 1,27 milhão de pedras.

    “Mesmo que tenha gastado tanto, ainda ganhei muito.”

    Seja qual for o motivo, no quarto andar, eu ganhei muito mais do que nos últimos dois meses. Na verdade, considerando as essências consumidas pela Missha, a armadura de couro e a Presa da Serpente, era seguro dizer que tínhamos feito um lucro incrível. Também tinha cinco milhões de pedras que ainda precisava receber do Sr. Urso.

    “Com este momentum, logo poderei chegar à sexta etapa da Marca da Imortalidade.”

    Sorri e bebi minha cerveja. Ainda havia dois milhões de pedras na conta compartilhada com a Missha, e a riqueza pessoal que acumulei até agora era de cerca de 2,5 milhões. Estava um pouco inquieto com meu crescimento estagnado nos últimos dois meses, mas olhar para minha conta bancária encheu meu coração.

    — Bjorn! Não beba a primeira bebida do retorno sozinho! — repreendeu Hikurod.

    — Hmm?

    — Vamos todos beber juntos! Ainda nem celebramos adequadamente, não é?

    — …Claro, faça o que quiser.

    — Um brinde à derrota daquele maldito Troll e ao retorno de toda a equipe! Agora! Bebam todos!

    Depois de acertarmos nossas contas, todos beberam a bebida de volta e deixaram para trás quaisquer arrependimentos que estavam carregando da expedição anterior. Talvez fosse porque todos tínhamos superado outra crise juntos, mas o líder da nossa equipe, Hikurod, parecia muito feliz. No entanto, a bebedeira acabou relativamente rápido em comparação com a última vez.

    — Um…. eu tenho que ir agora. Tenho que passar na casa dos meus pais hoje.

    Primeiro, a Missha saiu, depois o Rotmiller.

    — Também terminei por hoje. Tenho negócios na Guilda.

    Porque tinham compromissos para depois, os dois apenas deram um gole em suas bebidas para participar e saíram. O Rotmiller não era muito de falar mesmo, mas depois que a Missha saiu, a festa barulhenta ficou mais silenciosa. Eu imaginei que o anão ficaria chateado se eu também saísse, então tentei ficar e manter a celebração.

    Porém, surpreendentemente, Hikurod saiu e se mudou para a mesa ao lado. — Hahaha, estou te dizendo! Aquele maldito Troll não foi grande coisa… Uma mentira? Claro que não. Viu aquele bárbaro ali? É o Pequeno Balkan, não sei se você já ouviu falar dele… — Hikurod abandonou seus colegas para brindar com aventureiros que nunca havia visto antes.

    Eu estava prestes a sair também quando Dwalkie me segurou. — Ei, que tal conversarmos?

    — O quê?

    — B-Bem, pensando bem, nunca tivemos uma conversa tranquila só nós dois.

    Isso era verdade. Eu falava muito com o Rotmiller sempre que todos desmaiavam de tanto beber, mas o Dwalkie sempre estava entre os que dormiam.

    “Ele tem algo para me dizer?”

    Sentei-me novamente e brindei com o Dwalkie, mas foi só isso. Dwalkie deu um gole em sua bebida hesitantemente, mas não começou a falar.

    “Merda, deveria ter saído.”

    Apesar do ambiente barulhento ao nosso redor, um ar constrangedor se instalou em meus ombros. Eventualmente, eu apenas abri a boca primeiro porque havia algo com que eu estava curioso. — Como você está se sentindo?

    — Ah, bem… Para ser honesto, eu estava um pouco dolorido depois de ser tratado pelo sacerdote, mas agora estou completamente curado.

    — Que bom… então, e quanto isso? — Perguntei, batendo na minha própria testa. Dwalkie inclinou a cabeça. — Deve ter sido a primeira vez que seu corpo foi dobrado ao meio assim. Você acha que consegue continuar no labirinto?

    Aventureiros com disposições quebradas eram mais comuns do que se imagina. Às vezes, as coisas cruéis que aconteciam ao corpo deixavam marcas na mente na forma de memórias intensas.

    — Ah, bom… — Captando o que eu realmente estava perguntando, Dwalkie hesitou em responder. Parecia que as coisas não estavam como ele queria. — Hah… para ser honesto com você, não tenho conseguido dormir direito desde aquele dia. Achei que fosse apenas porque estava dentro do labirinto, mas é a mesma coisa na cidade. — Dwalkie soltou um longo suspiro embriagado e confessou que suas mãos tremiam só de pensar em entrar no labirinto novamente. — Mas, não se preocupe. Não é algo que todo mundo passa e acaba superando? Eu ficarei bem antes da próxima missão.

    Será que ele poderia superar isso? Pelo olhar em seus olhos, suas palavras pareciam genuínas. Mas eu tinha uma pergunta. — Existe algum motivo para se esforçar tanto?

    A maioria das pessoas superava seu trauma para continuar trabalhando como aventureiros porque não tinham outras opções. Em uma cidade onde tinham que pagar impostos para sobreviver, não tinham escolha a não ser superar. Mas o Dwalkie, um mago, era diferente.

    — Você poderia conseguir trabalho suficiente na cidade. Por que você quer continuar trabalhando como aventureiro?

    Dwalkie hesitou, então respondeu apenas após tomar um gole de cerveja. — Na verdade… porque é divertido.

    Aquela não era a resposta que eu esperava. — Divertido?

    — Obviamente, era por um motivo diferente no começo. Você lembra o que eu disse quando nos conhecemos?

    — Lembro. Você disse que se tornaria um grande aventureiro e traria glória ao barão.

    — Na verdade, eu estava mentindo. Eu só pensava que se me tornasse um aventureiro famoso, meu pai… não, o falecido barão, mostraria interesse em mim.

    Dwalkie era o filho ilegítimo de uma família aristocrática. Como todas as crianças ilegítimas, ele sentia tanto um amor profundo quanto desprezo por seus parentes de sangue, uma combinação contraditória de odiá-los, mas querer ser amado por eles.

    — Como você sabe, o barão está morto. E como você viu… meu irmão, que herdou sua posição, nem sabia da minha existência. — Ele estava frustrado no começo. Disse que se sentiu como se estivesse perdido no mar, como se tivesse perdido o objetivo de sua vida de uma só vez. Poetizando seus sentimentos na época, o Dwalkie olhou diretamente nos meus olhos. — Mas eu consegui superar porque haviam quatro pessoas ao meu redor para me apoiar.

    — E-Está… falando de nós?

    — Quem mais seria? No começo, eu não sabia que isso era o que significava ter companheiros. Parecia algo além de amigos em quem você podia confiar e contar… Como uma família.

    — Hah, entendo.

    — Sim. Depois que minha mãe faleceu, sempre me senti sozinho no mundo… Mas nunca me sinto assim quando estou explorando, rindo e conversando com vocês. — Talvez ele também tenha percebido que isso era constrangedor, porque Dwalkie pediu outra cerveja e a esvaziou imediatamente. — Obrigado, Bjorn. Graças a vocês, estou aproveitando cada dia. Portanto… mesmo que tenha passado por algo assim… consegui superar.

    — …Entendo.

    — É isso mesmo. Então não se preocupe tanto.

    — Ok, não vou mais me preocupar com isso. — Logo, minhas preocupações foram dissipadas. Seja qual for o motivo, ao ritmo atual, parecia que eu não precisaria me preocupar com a saúde mental do Dwalkie.

    — Huhu, quando se olha mais de perto, você tem um coração grande mesmo que não pareça.

    — Xiu, vamos apenas beber.

    Talvez graças à nossa conversa sincera, a atmosfera um tanto desconfortável entre nós desapareceu. Dwalkie, que tinha estado hesitante na minha presença, ficou animado e começou a falar sobre o que lhe vinha à mente, e eu ouvi e dei minha opinião.

    — Ei, Bjorn… tenho uma pergunta para você.

    — Diga.

    — Você e a Senhorita Karlstein… estão namorando?

    Em vez de responder, eu encarei Dwalkie. Seu rosto, corado pelo álcool, estava cheio de nervosismo e tensão. Foi então que percebi algo.

    “Não é à toa que ele pediu para falar a sós. Este era o seu objetivo.”


    — Brown Rotmiller. Trinta e quatro anos, e você é aventureiro há oito anos.

    Assim que entrou no escritório, foi recebido com um olhar de desprezo. Desconcertado, Rotmiller respondeu: — …É isso mesmo.

    Para ser honesto, ele estava mais curioso do que confuso. Ele recebeu uma convocação da Guilda dos Aventureiros esta manhã, então chegou à Guilda pontualmente mesmo depois de se encontrar com seus companheiros de equipe. Quando seguiu o funcionário, acabou neste quarto. Um homem estava sentado em uma cadeira, e ele tinha um rosto que Rotmiller reconheceu.

    “Niall Urbans. O chefe do sétimo distrito da Guilda dos Aventureiros. Por que esse homem me chamou?”

    Perguntas encheram sua garganta, mas em vez de fazer algo impulsivo, ele esperou o homem continuar explicando. Nunca se sabe que tipo de infortúnio você pode encontrar se cometer um erro em uma situação como essa.

    — Hmm, eu gosto de você. Especialmente porque você está esperando eu explicar em vez de tentar saciar sua curiosidade.

    — Então você pode me dizer qual é o seu negócio comigo agora?

    Atendendo ao seu pedido, o chefe do distrito assentiu com um sorriso satisfeito e explicou o motivo de chamá-lo aqui. Quanto mais Rotmiller ouvia, mais ridícula a explicação se tornava.

    — Quer dizer que você quer que eu traia meu companheiro de equipe?

    — Isso depende de você. Para ser preciso, só é preciso que os modos daquele bárbaro sejam corrigidos.

    Rotmiller cerrou os dentes. Esse homem era um dos treze chefes de distrito desta cidade, e irritar apenas um deles poderia colocar um aventureiro em uma enorme desvantagem. Era por isso que isso exigia tanta coragem.

    — Sua oferta… vou fingir que não ouvi. — Com os punhos cerrados, ele cuspiu uma recusa.

    O chefe do distrito sorriu, intrigado com isso.

    — Se terminamos de falar, vou me retirar. — Rotmiller se virou apressadamente em direção à porta antes que o medo o dominasse.

    — É bom valorizar seu companheiro. Que valores maravilhosos. Mas… por quanto tempo você acha que serão companheiros? — Rotmiller parou no meio do passo ao ouvir essas palavras. — Eu vi seus registros. Que injustiça terrível. Levou oito anos para você chegar ao sétimo nível. Por outro lado, não foi um certo bárbaro que se chegou ao sexto nível em apenas meio ano?

    — Sentimentos assim… eu nunca os senti.

    — Se você diz. Mas não está na hora de aceitar a realidade? Seus companheiros continuarão subindo. Eles não são humanos comuns como você.

    Rotmiller franziu os lábios diante das palavras contundentes. No entanto, ele não conseguia argumentar com elas. E não era porque tinha medo do poder do homem; ele apenas sabia muito bem que o que ele estava dizendo era verdade.

    — Por mais quanto tempo você acha que vai viajar com eles? Três meses? Quatro meses? Bem, talvez até mais tempo, se eles tiverem pena de você.

    Rotmiller não ouviu mais e abriu a porta.

    — Confio que você tomará a decisão sábia. — O chefe do distrito, que ele podia ver através da fresta da porta se fechando, tinha um sorriso amigável nos lábios.

    1. N.T. Nome dado aos distritos de número 2 a 5[]
    2. N.T. Nome dado aos distritos de número 6 a 13[]
    Um pequeno gesto, um grande impacto.

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