Capítulo 126: Macaco Velho (5/5)

『 Tradutor: MrRody 』

O monstro Vamdemon era uma espécie rara que era difícil de encontrar devido às suas múltiplas condições de aparecimento, embora pertencesse ao espectro dos monstros de terceiro nível de qualidade inferior. Então, escolhi compartilhar essa informação primeiro. Mesmo os jogadores do modo de trapaça não teriam muita experiência em derrotar Vamdemons, muito menos fazê-lo em equipe de três pessoas.

“Acima de tudo, essa é uma informação inútil.”

Na verdade, esse foi o fator mais decisivo. Vamdemons eram difíceis de encontrar e ainda mais difíceis de matar com três pessoas. Afinal, este mundo não foi modificado com um modo de trapaça onde você poderia consumir até trinta essências. Simplificando, isso deveria ter sido apenas uma informação do tipo ‘Oh, é mesmo? Isso é interessante’.

— Isso é verdade?! A-Ah! Não estou duvidando de você. Sério. Você sabe disso, certo? — A mulher com a máscara de raposa entrou para me desafiar e então se apressou em se explicar. As reações de todos os outros também foram um pouco estranhas.

— …Derrotar um Vamdemon com um grupo de três?

— Mas um Vamdemon é um monstro de terceiro nível. Como isso é possível?

Eles estavam reagindo como se nunca tivessem ouvido algo tão ridículo.

— De qualquer forma, vamos seguir em frente — respondi como se não fosse grande coisa. Fiz isso para desviar a atenção de mim, mas graças ao meu ar misterioso, ninguém percebeu.

“Felizmente, a luz verde acendeu.”

Depois disso, o máscara de veado ofereceu sua informação e recebeu o ok, e a rodada terminou. De acordo com o aviso que vi quando entrei, neste ponto, os participantes consultariam entre si para decidir se dariam mais uma volta.

— Vou parar por aqui hoje.

Quando Lua Crescente, que não tinha se preparado muito, declarou que ele iria desistir após a primeira rodada, parecia que a reunião terminaria ali.

— Hmm, então vou parar por aqui também — disse a Raposa. — Vou guardar o que eu ia usar hoje para a próxima reunião.

— Se a Raposa terminou, eu também vou parar — respondeu o Veado. — Tenho outras informações preparadas, mas… não estou confiante de que aqueles dois já não saibam.

O palhaço falou comigo em voz baixa. — O que você vai fazer, Leão? Não me importo de continuar a reunião só nós dois…

— Também vou parar por aqui.

— Perdão? Por quê?

Apenas dei de ombros e fiquei quieto. Se dependesse de mim, gostaria de dar mais algumas voltas e coletar mais informações, mas se fosse só nós dois, havia uma chance de chamar muita atenção. Era muito arriscado. Se eu jogasse algumas informações apenas para testá-los e a luz vermelha acendesse, eles poderiam descobrir que eu era um novato. Dar e receber informações em uma taxa de um a um também não era tão eficiente.

— Hmm, é uma pena. Esta é a primeira vez que encontro alguém que poderia ser de ajuda para mim, ainda assim precisamos terminar aqui.

A reunião chegou ao fim com as palavras decepcionadas do palhaço. Mas o que era isso? Mesmo que a reunião tivesse acabado, todos permaneceram na sala de bate-papo e apenas observaram silenciosamente uns aos outros. Embora fingissem o contrário, não era difícil perceber que sua atenção estava em mim. Pareciam querer dizer algumas palavras antes de sair.

“…Sim, acho que sou o personagem principal hoje.”

Sorri, mas levei um momento para pensar seriamente sobre isso. Em minha primeira reunião, consegui construir uma imagem que os veteranos aqui não poderiam desprezar. Então, qual seria o curso de ação mais apropriado para alguém com essa reputação?

Palhaço, Veado, Raposa, Lua Crescente… Olhei para cada um dos quatro veteranos que conheci aqui, um por um.

— É isso?

E saí.

— Ele… foi embora.

Assim que Leão saiu, a Raposa soltou um longo suspiro.

— Raposa, você está bem? — Lua Crescente perguntou cautelosamente. Eles não esclareceram porque estavam perguntando, mas seu significado estava claro desde que as coisas ficaram realmente perigosas mais cedo.

— …Estou bem.

A intenção assassina, a intenção de matar alguém, era algo intangível que geralmente era difícil de perceber a menos que você tivesse bons sentidos espirituais. No entanto, neste espaço especial onde mente e espírito se entrelaçavam, era uma história diferente.

— Você está realmente bem? Suas mãos estão tremendo desde mais cedo.

Sem o filtro de um corpo, um medo avassalador enchia a mente no momento em que era exposta à intenção assassina. Claro, geralmente terminava por aí. No entanto, em casos graves, o próprio corpo espiritual era seriamente danificado, e as consequências até atravessavam para o mundo real.

— Vai parar em breve. Felizmente, não foi tão longe a ponto de danificar minha mente. — Mesmo enquanto dizia isso, no entanto, a Raposa estava tonta. O que teria acontecido se o Leão tivesse retirado sua intenção assassina mesmo um segundo depois? Ela tremia só de pensar nisso. Talvez ela não tenha enlouquecido, mas poderia ter ficado com uma gagueira ou algum tipo de impedimento na fala. — Quem ele poderia possivelmente ser…? — A Raposa deixou escapar a pergunta que estava segurando.

Ele foi o primeiro recruta em um ano desde que o Mestre desapareceu. Ela havia pensado que suas defesas mentais eram altas, mas só foi capaz de resistir à sua intenção assassina por alguns segundos. Isso a fez questionar o que diabos alguém tinha que passar para alcançar um nível de força mental tão alto, mas havia algo mais que era ainda mais surpreendente.

— Aquela pessoa, assim que percebeu que eu estava no meu limite, parou de emitir a aura em um instante.

— …Acho que não me enganei.

A energia opressiva desapareceu em menos de um segundo. Era algo difícil de descrever em palavras. Apagar uma pressão tão intensa criada por uma concentração extrema de uma só vez? Será que algo assim era possível com uma mente humana?

“Não deveria ter me adiantado…”

Enquanto a Raposa lamentava sua imprudência, o Veado abriu a boca. — O que vocês acham do que ele disse mais cedo?

— Você quer dizer o Vamdemon?

— Sim.

— Isso… não pode ser mentira, já que a luz da verdade se acendeu.

Claro, a joia no centro da mesa redonda não era perfeita. Se o falante realmente acreditasse que suas palavras eram a verdade e não tivesse dúvidas, a joia brilharia verde.

— De alguma forma, não acho que ele esteja desinformado.

— Isso… eu concordo. É por isso que é difícil entender.

Para que as informações do máscara de leão fossem verdadeiras, uma certa premissa também tinha que ser aceita como verdade: ele teria que ter derrotado um Vamdemon com um grupo de três pessoas.

— Tenho certeza de que pode ser assim no jogo, mas ainda parece muito exagerado para mim — murmurou o Veado.

Lua Crescente sorriu e se juntou à conversa. — Não seria possível no Modo Cinquenta? Mas acho difícil acreditar que Leão tenha passado nessa dificuldade.

— Hmm, você está assumindo que essas são informações que Leão aprendeu no jogo.

Um momento de silêncio seguiu o comentário ponderado do Palhaço. Claro, não durou muito. Os três balançaram a cabeça e sorriram.

— …Haha, não pode ser.

— Palhaço, você sempre fala coisas estranhas.

O Raposa não lançou palavras de negação como os outros dois, mas ele sentiu da mesma forma. Atacar um Vamdemon com apenas três pessoas era difícil até mesmo no jogo. Como poderia ser feito aqui?

— Tsk, vocês todos carecem de imaginação. — O Palhaço clicou a língua em aparente descontentamento. — Mas de qualquer forma, espero que vocês se preparem mais da próxima vez.

— Se preparar?

— Informações! Quero dizer informações! O que é isso? Finalmente tivemos alguém assim se juntando a nós, mas tivemos que afastá-lo por falta de informações. Vocês vão assumir a responsabilidade se ele perder o interesse neste lugar? Quem sabe o que ele pode nos contar no futuro?

— Olha, dizer que ele perderia o interesse é um pouco demais…

— Você não ouviu o que ele disse mais cedo? Ele estava claramente decepcionado!

— A-Ahem…

— Se você não tem nada para usar, pelo menos encontre algo estimulante e interessante. Eu não quero perder essa oportunidade por causa de vocês. Entenderam? — Com os comentários do Palhaço, os três ficaram de boca fechada, caindo em um silêncio constrangedor.

Os Sentinelas da Távola Redonda eram um grupo secreto que jogadores comuns nem sabiam da existência. Os três tinham um certo orgulho em ser membros.

— É isso?

Aquelas duas palavras haviam despedaçado tudo isso. Aquele olhar frio e zombeteiro os fez perceber o quanto eram arrogantes. Quando ele saiu sem nem olhar para trás, eles admitiram isso para si mesmos. No final, os Sentinelas da Távola Redonda era apenas um pequeno lago para alguns.

“Que lugar interessante.”

Abri os olhos com uma sensação de completa satisfação. Dentro do quarto de Hansu Lee, preenchido apenas por uma cama e uma mesa de computador, verifiquei o horário antes de fechar os olhos.

“Os Sentinelas da Távola Redonda, huh?”

A comunidade que Baekho havia me falado era mais útil do que eu esperava. Era uma fonte perfeita de informações de alta qualidade, das quais eu estava gravemente carente.

“Preciso encontrar uma maneira de ficar lá o máximo possível.”

É claro, para fazer isso, era importante manter a fachada. Apenas descobrir que eu era um novato não era motivo para me expulsarem, mas eles tentariam investigar minha identidade de forma mais aberta se descobrissem.

“De qualquer forma, posso pensar nas informações que quero usar lá amanhã.”

Mudando de assunto. Sargento Lee, Baekho Lee. Um profissional entre profissionais… e a definição de azar, tendo sido convocado aqui depois de limpar o jogo no dia em que foi dispensado. Ele nem sequer conseguiu terminar seu descanso. Para ser honesto, ainda não conseguia acreditar. Ele realmente seria tão generoso a ponto de me ajudar depois de tudo isso?

“Devo agradecer a Baekho na próxima vez que nos encontrarmos.”

Eu só entrei na sala porque sentia falta de estar perto de coreanos, mas acabei fazendo uma ótima conexão. Claro, não tinha intenção de manter o relacionamento unilateral. Não só eu não queria isso, mas Baekho também não seria tão tolo.

“Não ultrapassar os limites um do outro para que possamos continuar rindo juntos é a chave para manter um relacionamento duradouro.”

Com isso em mente, sentei-me em frente ao computador e participei das atividades da comunidade. Diferente da última vez, ganhei GP vendendo pequenas informações. No meu tempo livre, fui ao mural de avisos ou salas de bate-papo e me acostumei com o clima lá. Logo, minha segunda visita à comunidade acabou.

Dentro do quarto do Bjorn Yandel, assim que abri os olhos, verifiquei meu relógio. Mal havia passado algum tempo desta vez também.

“ …Se eu não estivesse cansado, teria sido perfeito.”

Como eu estava acordado por cerca de doze horas adicionais durante o tempo em que normalmente dormia, havia uma quantidade considerável de exaustão mental. Ou talvez fosse um efeito colateral de usar muito a intenção assassina? Seja qual for a causa, eu estava feliz por ter liberado minha agenda para amanhã…

— Bjorrrn! Até quando você pretende dormir!

Maldição. Eu só havia fechado os olhos apenas por um momento, mas de repente Missha estava lá. Já deve ter amanhecido, já que a luz entrava pela janela.

— Só mais um pouco…

— Que ‘só mais um pouco’? Você sempre me chama de preguiçosa. Você ficou acordado a noite toda na biblioteca de novo?

— Não.

— Hmm, sério…? De qualquer forma, antes de dormirrr de novo, coma isso enquanto está quente.

Missha era meticulosa sobre comer na hora certa, então obedientemente me levantei e comemos juntos antes de eu me esparramar na cama novamente. Não tenho certeza de quanto tempo passou depois disso, mas quando abri os olhos lentamente e olhei pela janela, vi uma luz crepuscular e escarlate refletida no vidro.

— Você dormiu até o prrr do sol! O que você fez ontem?

— Só tive um pouco de dificuldade para dormir.

— …Você teve?

Aquela reação meio que machucou meus sentimentos, mas não pude discutir com ela. O corpo de um bárbaro poderia adormecer assim que decidisse. — Mas, de qualquer forma… você esteve aqui o tempo todo?

— Claro que não. Depois do treino da manhã, me encontrei com Dwalkie por um tempo, e também fui à casa dos meus pais.

— O quê? Espere um minuto, você se encontrou com Dwalkie?

— Sim. Ele disse que estava prrreocupado com algo, então dei alguns conselhos a ele. — Missha falou como se não fosse grande coisa, mas sabendo dos sentimentos de Dwalkie, eu não conseguia reagir da mesma forma. Mesmo em Dungeon and Stone, os relacionamentos entre membros do grupo sempre foram um bilhete sem volta para o derramamento de sangue.

— Então… com o que ele estava preocupado?

— Nyah… Não posso simplesmente revelar os negócios de outra pessoa…

Nossa, isso realmente machucou meus sentimentos. — Não somos uma equipe?

— Bem… tenho certeza de que posso contar para você, Bjorrrn. — Quando agi decepcionado, Missha revelou sem hesitação o que estava na mente de Dwalkie. Aparentemente, ele havia procurado por ela para obter alguns conselhos regulares de relacionamento. Aparentemente, ele gostava de alguém, mas estava preocupado se deveria ou não revelar seus sentimentos.

“Em pensar que existem pessoas que realmente fazem esse tipo de coisa…”

Contendo o riso, pedi mais informações. — Então, o que você respondeu?

— Hmm? Eu só disse para ele confessar como um homem.

— Entendi… — Isso era mais ou menos o que eu esperava. Missha não era alguém que ainda não tinha tido um relacionamento aos vinte e cinco anos? Como era óbvio pela forma como ela geralmente me tratava, ela não estava interessada nos relacionamentos entre um homem e uma mulher.

Mas naquele momento, Missha evitou abruptamente meu olhar e exclamou: — É prrr isso que eu quero dizer algo… — Seu rosto estava estranhamente vermelho. O que diabos? Era por causa do pôr do sol? Assim que pensei nisso, Missha segurou minha mão. — Bjorrrn, se estiver tudo bem para você, você irá visitar minha casa comigo amanhã?

— …Visitar? Não ‘ir até’? — Pensando que as palavras não se encaixavam no contexto, pedi esclarecimentos, mas Missha apenas assentiu.

— Sim. Você pode? Eu continuarei a fazer o que você pedir no futuro. Hmm?

Perguntando-me o que diabos estava acontecendo, logo juntei as peças do que estava acontecendo. Ela não estaria agindo assim se estivesse apenas me convidando para sua estalagem. — Pode ser que você esteja falando da casa de seus pais?

Missha baixou a cabeça diante da minha pergunta. — Sim… — Havia um tremor nervoso percorrendo suas mãos. O sol já havia se posto neste momento, e o pôr do sol brilhando em Missha através da janela estava ficando mais escuro. Ela engoliu em seco e deu uma explicação adicional. — M-Meu pai querrr te ver, entende… Então, eu estava pensando… você pode… ir comigo…?

Um convite dos pais dela? Eu estaria mentindo se dissesse que não fiquei surpreso, mas respondi sem hesitação. — Tudo bem.

— …O quê? S-Sério? Pra valer? Uau! Sem voltar atrás, ok?

— Uh huh, a que horas devemos sair amanhã?

Parecia que um momento muito aguardado finalmente havia chegado.