Capítulo 135: Orcules (1/3)

『 Tradutor: MrRody 』

Nossa avaliação do efeito de campo, Guardião do Equilíbrio, já estava completa. As habilidades daqueles que entraram no labirinto foram distribuídas igualmente. Todos os membros do nosso grupo concordaram com a hipótese de Rotmiller, dada às várias dicas que dei, então explicações não eram necessárias.

— Talvez outros aventureiros tenham entrado neste labirinto.

— Outros aventureiros? Mas você não pode encontrar outros aventureiros na Torre dos Céus — murmurou Hikurod, claramente confuso.

— Murad, você deve saber que nossa situação atual não é normal.

A Torre dos Céus do quarto andar era uma área independente. A menos que vários grupos entrassem ao mesmo tempo, não importava o quanto você vagasse, você não encontraria outro grupo. No entanto, o lugar em que estávamos atualmente era um que o mundo exterior não sabia nada a respeito.

— Qualquer coisa pode acontecer aqui.

O desconhecido, o ainda não conhecido, significava que todas as possibilidades eram plausíveis.

— Entendo. Mas talvez nossas suposições estejam erradas. Talvez algum outro efeito seja acionado quando alguém simplesmente entra neste espaço…

Descartando outra possibilidade de Hikurod. Eu disse firmemente: — Isso parece ser um exagero. — Claro, esse nível oculto não era desconhecido para mim. Seria melhor resolver as coisas rapidamente e passar para a próxima tarefa sem perder tempo. — Acho que o palpite de Rotmiller está correto. Dwalkie, e você?

— …Também acho que isso é mais plausível.

— Então você concorda. Missha, e você?

— Ah… eu vou ficar quieta. — Missha se absteve. No entanto, como já tínhamos obtido os três votos necessários para a maioria, não a forcei a escolher.

— Ok, então chegamos a uma decisão. Por enquanto, vamos operar sob a suposição de que a hipótese de Rotmiller é verdadeira. Se tiver alguma reclamação, fale agora.

— …Não há nenhuma. — Depois que o líder do boneco anão deu um aceno sombrio, eu rapidamente resolvi o assunto.

Outro aventureiro havia entrado no labirinto, e eles eram mais fortes do que nós. Parecia que meus atributos haviam dobrado, então eu estava certo de que era um aventureiro ativo no sexto andar ou superior… não com um clã, mas em uma unidade de grupo. Se sim, o que devemos fazer agora? Os membros do nosso grupo deram suas opiniões sobre o assunto assim que levantei a questão, e aproveitei a oportunidade para cumprir a condição de invocar o mini-chefe.

“Ok, isso só precisa de mais um pouco mais tempo para funcionar.”

— Hmm, isso realmente imprrrta? Acho que seria melhor unirmos forças para encontrar uma saída…

— Nós não sabemos que tipo de aventureiros eles são. Por que não apenas ficamos aqui? Não há garantia de que ficaremos presos quando o labirinto se fechar.

— Haha! Meu amigo, pelo que você está tão preocupado? Mesmo que sejam mais fortes do que nós, não é esta uma situação especial? Mesmo se nos encontrarmos, eles não serão capazes de fazer nada conosco tão facilmente, então vamos seguir como normalmente faríamos.

— Um, mas só por precaução, seria melhor evitá-los o máximo possível e encontrar uma saída.

Eu sorri ironicamente. Eu me perguntava se eles diriam algo útil, então eu escutei atentamente enquanto esperava. Como esperado, sua inteligência coletiva não somava muito. Rotmiller era pelo menos melhor, mas embora ele pudesse ser habilidoso em se preparar para diferentes possibilidades, ele não tinha o pior cenário em mente.

— Bjorn, o que você acha?

Os olhares se voltaram para mim com essa pergunta. Finalmente, reuni meus pensamentos e falei. — Não acho que isso seja uma coincidência, também.

— Então o que você acha que é?

— Um grupo de aventureiros com tanto poder no quarto andar neste momento? Não faria sentido assumir que eles estavam vagando com um objetivo em mente?

— Você quer dizer que eles poderiam estar tentando alcançar esta área desde o início?

— Sim. E se sim, eles devem ter notado nossa presença a esse ponto.

Talvez eles vejam as marcas que deixamos para trás e nos persigam. Não, mesmo que eles não as usem, pode haver uma maneira deles nos rastrearem.

Dwalkie estava em negação. — Ah, não, n-não pode ser! Como eles já saberiam sobre este lugar…

O anão também riu da situação. — Haha, mesmo assim, você está falando como se eles já fossem saqueadores.

Rotmiller, por sua vez, fez uma pergunta séria. — Então, qual você acha que é o melhor curso de ação?

Essas pessoas eram desconhecidas… portanto, todas as possibilidades estavam sobre a mesa. Isso poderia ser sorte, ou poderia me levar à morte. Portanto, mesmo que eu parecesse estranho aos meus colegas, eu tinha que assumir o pior. — Temos que sair daqui — respondi.

Thump!

Não ignorar o pressentimento sombrio em meu coração era o segredo para minha sobrevivência.

Corremos pelo labirinto, não perdidos, mas seguindo corretamente em direção ao nosso destino.

— Por aqui!

Rotmiller, que seguia bem atrás de mim, segurava um mapa em sua mão. Não era o mapa em que ele tinha trabalhado até agora, mas um mapa que detalhava o layout de todo o labirinto. Claro, a localização da sala do chefe também estava escrita nele, já que era o saque que obtivemos ao derrotar Baphomet, o mini-chefe.

“Eu não esperava derrubá-lo tão facilmente.”

Baphomet foi convocado logo após eu terminar de falar. Normalmente, teria sido uma batalha acirrada vencida atacando seus pontos fracos, mas acabou levando menos de um minuto. Foi possível apenas derrubá-lo com puro dano. Não me senti tão bem em chamar isso de uma coisa boa.

“Quão fortes eles são normalmente?”

Tínhamos hóspedes desconhecidos e não bem-vindos. Eu já havia descartado a ideia de que poderia ser apenas uma pessoa. Não importa o quão forte um indivíduo fosse, havia limites.

Huff, huff!

Limpei minha mente e acelerei. Como todos pareciam acompanhar o ritmo, achei que estaria tudo bem. Na verdade, quando olhei para trás, até Hikurod, que tinha pouca resistência, estava correndo bem com Dwalkie em suas costas. Decidindo parar de me preocupar, esmaguei a cabeça do Vaikundus que saltou na nossa frente.

— Mehhg!

É claro que ele cambaleou pesadamente, mas não morreu com um golpe. No entanto, passei pelo monstro cambaleante sem diminuir a velocidade. Missha decidiu cuidar da mão de obra para nós.

Swish!

A luz brilhou em sintonia com o estouro da carne explodindo. No entanto, não houve som acompanhando de uma pedra de mana caindo. Parecia que Missha a havia pegado no ar novamente.

— Vire à esquerda!

Segui as instruções do Rotmiller e virei. Então, avistei quatro Vaikundus ao longe. Para ser honesto, Missha, Rotmiller e eu poderíamos nos livrar deles sozinhos agora, mas seria bom economizar até mesmo um segundo de tempo.

— Dwalkie!

Ao meu grito, Dwalkie desceu das costas do anão e lançou um feitiço.

Shhhhhh!

Tempestade Gélida – um feitiço de ataque de sétimo nível que causava dano a uma área ampla em vez de um único alvo. O feitiço era originalmente usado contra trash mobs¹ de oitavo ou nono nível ou como preparação para um movimento de combo da Missha.

— Meh… g?

Uma tempestade de pedras de granizo desabou pelo corredor, congelando os quatro Vaikundus. Os monstros de sexto nível haviam recebido não apenas o Congelamento, mas o status de Congelamento Profundo com apenas um feitiço. No entanto, eles seriam libertados desse estado em alguns segundos.

Barn!

Eu rapidamente os esmaguei com minha maça e continuamos nos movendo. Sempre que decidíamos que precisávamos de uma pausa, nos esparramávamos no corredor para recuperar o fôlego. O tempo passou assim, e era hora de fazer uma terceira pausa.

— Huff, huff… Bjorn, não estamos correndo rápido demais? Acho que não precisamos ter tanta pressa. — Hikurod respirou fundo e soltou o descontentamento que vinha segurando. Eu já esperava por isso.

Meu primeiro pedido de sempre tinha sido este: — Estou com esse pressentimento sombrio. Então, por favor. Confie em mim desta vez.

Os outros fizeram o possível para serem compreensivos.

— …Bem, de qualquer forma, você tem bons instintos.

— Eu não me importo. E Bjorn, não pense que eu paguei minha dívida com isso. Pretendo pagar adequadamente mais tarde.

Com o tempo, no entanto, eles começaram a questionar essa decisão.

— T-Também acho que isso é o suficiente — Dwalkie estava dizendo desta vez. — Parece um exagero dizer que eles já sabiam sobre este labirinto desde o início…

Era mais provável que eles tivessem vindo aqui por acidente, assim como nós? E mesmo que não fosse o caso, eles realmente poderiam ser saqueadores? Não seria um exagero acreditar que eles nos caçariam deliberadamente para nos prejudicar?

— Se você está preocupado com as marcas que deixamos para trás, podemos começar a nos mover mais devagar. Mesmo que sejam saqueadores, eles não serão capazes de nos encontrar em um lugar como este.

— Para ser honesto, não tenho certeza do porquê de você estar tão certo de que há uma saída aqui, também.

Acima de tudo, qual era a garantia de que haveria uma maneira de escapar em uma sala que poderia ou não ser o covil do chefe?

— Mm, não tenho reclamações. Você sabe disso, né? Quero dizerrr, hmm?

Essas eram todas perguntas razoáveis porque eles não tiveram as mesmas experiências que eu. Níveis Secretos não eram tão especiais assim. Basta olhar para Jencia, que conhecemos na Caverna Glacial não faz muito tempo. Ela abriu a Fenda através de um elemento oculto. Além disso, nos Caça-Fantasmas, informações eram trocadas todo mês e conhecimentos sobre elementos ocultos se espalhavam.

— Bjorn, você não está agindo como você mesmo hoje. Mesmo que tudo o que você diz seja verdade, por que não lutar de volta? — Hikurod disse persuasivamente, mas esse era o maior problema.

O fato de Guardião do Equilíbrio estar ativo? Isso ainda não mudava nada. Uma situação em que normalmente seríamos completamente destruídos agora era apenas uma situação em que seríamos destruídos numa quantidade normal. Isso era tudo. Mesmo que nossos atributos fossem iguais aos dos nossos oponentes, havia uma diferença em habilidade, níveis e número de essências. Com itens, essa diferença seria ainda maior.

“Se lutarmos, definitivamente perderemos.”

Essa era a fonte da minha ansiedade.

Thump!

Um leão poderia se dar ao luxo de não se importar com um coelho. Mas um coelho, se encontrasse um leão, tinha que correr.

— Não há tempo para isso. Se você terminaram de descansar, vamos.

— O Labirinto de Larcaz… — murmurou o homem de pé no meio da câmara de pedra: O homem tirou o capuz que cobria seu rosto e se aproximou do poço, então varreu cuidadosamente a pedra. — Finalmente chegamos aqui. — Os cantos de sua boca se curvaram para cima, e sua pele cicatrizada por queimaduras se enrugou. Qualquer um podia ver que ele estava genuinamente feliz.

— Meu Senhor, por que você deu asas a uma pessoa tão má?! — lamentou um velho de vestes pretas, sacerdotais, fechando os olhos. Perguntar se isso era verdadeiramente a intenção de Deus, jogando uma pergunta sem sentido para o ar era a única coisa que ele podia fazer.

— Velho, eu preciso arrancar sua língua?

— Como eu poderia ter medo de você? A dor física é…

— Oh, claro, eu quis dizer a língua do seu neto.

Quando o velho fechou a boca, o homem queimado riu e dirigiu seu olhar para o chão. Seus olhos pousaram em um aventureiro de meia-idade que estava encolhido no chão como um camarão. Suor frio havia brotado em sua testa, e seus lábios trêmulos soltavam gemidos de dor. — É apenas um braço, não exagere.

O homem riu do ombro do aventureiro decepado: Quem poderia imaginar que havia um jeito de entrar no lugar que ele tinha procurado por um ano inteiro?

— Para nos mostrar o caminho apenas porque foi oferecido o braço de um aventureiro de quinto nível… esse deus maligno é engraçado.

— Ele não… é seu colega de equipe?

— Colega de equipe? Eu o trouxe aqui apenas porque ele é útil. Ei, levante-se. Estamos atrasados, não temos tempo.

Enquanto o homem queimado apoiava o pé na cintura do aventureiro e o sacudia, rugas profundas se formavam entre as sobrancelhas do velho. — Pare com isso. Ele ofereceu uma parte do corpo ao deus maligno. A dor que ele está experimentando deve ir além da imaginação…

— Já basta, velho.

O velho deu um salto com a voz fria do homem queimado. Incapaz de esconder sua raiva, os punhos cerrados do velho tremeram, mas isso foi tudo. Ele estava enojado por sua própria covardia ao ser forçado a ser espectador de um ato tão maligno. No entanto, o velho tinha coisas que ele tinha que proteger. Talvez para este batedor fosse o mesmo.

— Estou bem… alto sacerdote. — O batedor lutou para se levantar, segurando seu soquete de ombro vazio.

O outro homem assentiu satisfeito. No entanto, algo logo lhe ocorreu, e ele franziu a testa e abriu e fechou repetidamente a mão.

Grrrp.

Ele sabia sobre o efeito do Guardião do Equilíbrio. No entanto, mesmo levando isso em consideração, as mudanças que acabaram de ocorrer em seu corpo não faziam sentido. — Velho, alguma coisa mudou? Como está o seu poder divino?

— …Diminuiu um pouco.

— Diminuiu? Não aumentou? Você tem certeza?

— Tenho certeza.

O homem virou a cabeça para encarar o batedor. — E você?

— Incluindo o Poder da Alma, no geral, meus atributos físicos estão mais baixos…

— Entendo. — O homem sorriu de maneira sinistra e encarou o corredor. Um batedor de quinto nível havia perdido parte de seus poderes? — Parece que alguns ratos entraram primeiro. — Seus olhos, iluminados pela tocha tremeluzente, brilhavam com uma luz fria.

1. Monstros fracos[↩]