Índice de Capítulo

    A obra atingiu um pequeno ponto de hiato e novos capítulos serão publicados na segunda metade de julho.


    『 Tradutor: MrRody 』


    Um arrepio percorreu minha espinha.

    — Ei, por que ninguém está falando?

    Só com essa frase, mesmo que ainda não tivéssemos lutado com ele, um rugido urgente encheu meus tímpanos.

    Thump-thump-thump!

    Meu coração de guerreiro, que instintivamente sentia que ele era um predador natural, bombeava sem parar, enviando oxigênio pelo meu corpo. Começou a se preparar para o pior antes mesmo de minha mente processar a situação.

    Swip.

    No silêncio ainda, a única coisa que movi foram meus olhos para verificar meus companheiros. Todos estavam congelados no meio do passo. Eles também devem ter sentido subconscientemente o perigo que esse cara emanava de cada poro.

    — Olá? — O homem franziu a testa e falou novamente. — Vocês realmente vão ficar aí parados?

    Graças a isso, minha mente se acalmou um pouco. Tempo era dinheiro. Não seria bom desperdiçar mais minutos e segundos que seriam tão preciosos daqui para frente. Por isso, com ouvidos e olhos atentos, eu encarei nosso adversário e rapidamente reuni qualquer informação que poderia ter sido negligenciada.

    — Ei, bárbaro, você não deveria dizer obrigado? Você conseguiu derrotar aquela coisa facilmente graças a mim.

    Este homem sabia sobre este lugar, e assim que percebeu que estávamos aqui, correu imediatamente para a sala do chefe.

    “Ainda assim, ele chegou rápido demais.”

    Para chegar ao mesmo tempo que nós, sendo que tínhamos o mapa? Isso seria impossível a menos que ele de alguma forma encontrasse o caminho exato sem errar. Como ele conseguiu fazer isso?

    “Que tipo de habilidade é essa?”

    Eu precisava descobrir isso. Nossos planos futuros mudariam dependendo dessa informação. Olhando para trás, parecia que a resposta estava em uma parte anterior da conversa.

    — Se não tivéssemos cortado outro braço, talvez tivéssemos perdido isso.

    Uma oferenda. E era óbvio de quem era o braço. Devia pertencer ao pobre homem atrás dele.

    “…Ele deve ser um sacerdote de Karui.”

    Essa era a esperança. Se ele tivesse simplesmente encontrado o caminho usando algum tipo de habilidade de exploração, não teríamos chance.

    — Eu imploro. Por favor, pegue o item que quer e deixe-os ir.

    O velho, que eu presumia ser o sacerdote servindo ao deus maligno, também não parecia ter um relacionamento muito cooperativo com seu líder.

    “Será que ele sequestrou o sacerdote e o forçou a mudar de classe? E o homem que ofereceu o braço está em uma situação semelhante?”

    Após analisar calmamente a situação em três respirações, abri a boca. Eu estava sem tempo.

    — Bem, não importa — começou o líder — Eu só…

    — Eu nunca esperei encontrar outro aventureiro em um lugar como este — eu disse.

    — Então você não é mudo afinal? — Quando quebrei o silêncio, o homem olhou para mim com tom de diversão. Ok, ganhei algum tempo.

    — Você sabe como sair daqui? — perguntei casualmente o que ele sabia. Assim, eu poderia parecer mais como um novato.

    De repente, no entanto, sua voz ficou fria. — Você… o que você é?

    “Diacho? O que eu fiz de errado?”

    Enquanto eu pensava nisso, o homem estreitou os olhos. — Uma luz amarela acendeu por causa desses filhos da mãe? Não verde?

    Em vez de interesse ou curiosidade, seus olhos estavam cheios de vigilância. Inconscientemente, meus olhos se moveram para o anel em seu dedo. Estava cravejado com pedras verdes, vermelhas e amarelas e era semelhante a um item numerado que eu conhecia… a coisa que eu costumava chamar de Anel do Semáforo. Não. No. 6111: Caçador de Destinos.

    Se acendia verde, a situação em que você estava era positiva. Uma luz vermelha significava negativo, e o item alertava sobre uma mistura quando piscava amarelo. O anel estava atualmente brilhando com uma luz amarela.

    “Droga.”

    Isso era o que significava sentir uma mistura de alegria e tristeza? Se estava amarelo, significava que havia pelo menos alguma chance de eu derrotá-lo. Essa era uma boa notícia para mim. A má notícia era que ele também havia percebido isso.

    “Estamos ferrados.”

    A única vantagem dos fracos, aproveitar a falta de vigilância dos fortes, desapareceu por causa daquele maldito anel.

    — Você sabe o que é isso? — Para piorar as coisas, ele até percebeu minha reação de fração de segundo e imediatamente mostrou suas verdadeiras intenções.

    Ssshing!

    Ele puxou uma lâmina de luz azul-prateada da cintura. Com aquele brilho deslumbrante, o aspirante a ferreiro reagiu primeiro. — Isso é uma espada feita de ark…

    Ark1 era um metal de grau seis, considerado o tipo mais refinado neste mundo, e capaz de destruir a maioria dos itens numerados. Foi por isso que eu estava esperando por um número maior de inimigos em vez disso. Quanto mais alto o andar de um aventureiro, mais extrema era a diferença no equipamento, sem mencionar a classificação e o número de essências.

    “Pelo menos o nono andar…”

    No entanto, eu não desviei o olhar e aceitei a dura realidade como ela era. Este não era um clã de dezenas de pessoas. Assumindo que a habilidade correspondesse ao equipamento, ele era um jogador forte que poderia estar ativo no nono andar com apenas cinco pessoas. Ele devia ter pelo menos oito essências também, e todas acima do quinto nível.

    — Bárbaro. — A essa altura, no entanto, essas habilidades eram irrelevantes. Ele estava em um nível em que poderia cortar todos os cinco de nós sem nem mesmo precisar da ajuda do sacerdote. — Me dê o item que você encontrou lá dentro. A menos que queira morrer.

    Fiz uma avaliação do que eu precisava fazer para sobreviver. E então, estendi a joia que obtive da sala do chefe. — Ah, você está falando disso?

    Originalmente, este era o Plano D: desistir de tudo que ele pedisse e implorar por minha vida.

    — Então você tinha mesmo. Agora, entregue-a. Então vou deixá-lo viver.

    Fitei o homem sem dizer uma palavra. À medida que o silêncio se prolongava, meus companheiros começaram a falar um a um.

    — …Estamos bem. Basta dar a ele. Nós nem sabemos para que serve, de qualquer forma.

    — Eu também concordo. Não seria melhor evitar uma luta, se possível?

    Esses sentimentos eram inúteis. Esta joia era a única razão pela qual ainda estávamos vivos. Como eu poderia fazer um acordo com um lunático que sequestrou um sacerdote e o forçou a se converter? Isso estava fora de questão.

    — Minha barriga… — Quando abri a boca com cautela, todos ficaram atentos. O homem também estava me observando em silêncio. Pude ver um sorriso malicioso em seus lábios, o sorriso arrogante de alguém que já parecia saber qual escolha eu faria. Então, eu também sorri. — Ah, caramba! Meu estômago dói!

    — …O quê?

    Enquanto o homem ficou momentaneamente confuso com meu grito repentino, enfiei a joia na boca sem hesitação.

    Gulp!

    Forcei-me a engolir. Meu esôfago doeu ao empurrar uma joia do tamanho de uma tangerina com força, mas tudo bem. Isso seria resolvido em alguns segundos.

    Burp!

    Um arroto saiu enquanto eu resistia ao impulso de vomitar. Então todos recobraram a consciência.

    — O que isso significa? — o homem perguntou, com um olhar assassino.

    — Eu apenas senti vontade! — eu respondi.

    Depois disso, houve um breve momento de silêncio. O homem me encarou, aparentemente tentando descobrir exatamente que tipo de louco ele estava enfrentando. Acho que meus companheiros de equipe não eram muito diferentes também, mas isso não importava. Fazer o que precisava ser feito e não se importar com a opinião dos outros era o jeito bárbaro.

    — Bárbaro, não pense que você vai morrer com dignidade. — O homem saltou do chão e avançou em minha direção com uma velocidade que era difícil de acreditar que vinha do mesmo atributo que o meu.

    Swoop!

    Aproveitando ao máximo sua espada longa, ele perfurou meu escudo sem resistência. Era óbvio o que o cara estava pensando. Ele devia estar planejando me matar e abrir meu corpo para recuperar a joia.

    “E daí? O que ele vai fazer a respeito?”

    Apliquei força ao meu escudo, usando-o para ajustar a posição da lâmina que penetrava – não para fora, mas em direção ao meu estômago.

    Aparentemente percebendo, ele apressadamente retirou sua espada. Ele provavelmente estava bem ciente de que a joia que eu tinha engolido não era muito durável. — Esse era o seu plano? — ele perguntou.

    Eu não neguei. Este era o Plano E, que substituiu todos os planos que eu tinha descartado.

    Buuurp!

    “Me processa viado!”

    Agora, eu realmente não tinha escolha a não ser levar isso até o fim.

    Os olhos do homem continuavam a se mover enquanto ele procurava a oportunidade certa para atacar. Se ele conseguisse cortar minha cabeça de uma vez, então ele só precisaria rasgar meu estômago e pegar a joia.

    “Sem chance.”

    Eu bati no meu estômago com um punho do tamanho de uma melancia.

    Boom! Boom!

    Cada vez que minha mão balançava, os olhos dele contraiam. Era evidente pelo olhar em seu rosto que ele estava preocupado que o item no meu estômago pudesse rachar.

    — Ah, é só que meu estômago está inchado.

    — …Seu desgraçado maluco.

    Eu aceitei o rótulo. Ninguém evita folhas caídas no outono porque pisar nelas não é um problema. Mas e a sujeira? Você poderia pisar acidentalmente, mas ninguém faria isso de propósito.

    Whack!

    Parei de bater no meu estômago. O segredo do Plano E era não cruzar a linha. Isso deveria ser um aviso suficiente.

    — O que você quer? — O homem agora estava tentando conversar comigo. Não querendo me provocar, ele já havia colocado a espada em seu cinto.

    “Sim, então isso é tão importante para você, né?”

    Eu estava tentado a provocá-lo ainda mais, mas me movi silenciosamente para o outro lado do corredor com meus companheiros e fui direto ao ponto. — Um dia. Apenas nos dê um dia.

    — Não deixá-los ir? — O homem me deu um olhar curioso. Não que eu não entendesse por quê. Qualquer pessoa em uma situação semelhante perguntaria algo assim.

    — Eu não imploro pela minha vida assim. — Para ser mais preciso, eu não me importava em fazer coisas sem sentido como essa. — Dê-me um dia. — Eu julguei que este era o máximo que ele permitiria. — Então não farei nada covarde.

    — Como posso confiar em você? — o homem perguntou friamente.

    Sem hesitação, puxei o meu trunfo. — Juro pela honra de um guerreiro. Estamos exaustos por não dormirmos há dias. Mas se você esperar apenas um dia, eu lutarei de forma justa e honrada — respondi como se fosse tudo o que eu quisesse desde o início, como se eu não estivesse disposto a fazer algo covarde em primeiro lugar.

    Diante do meu espírito de luta, o homem hesitante perguntou silenciosamente: — Você realmente acha que pode vencer?

    Eu ri. Eu poderia vencer? Bem, eu ainda achava que as chances eram pequenas, mas e daí? — Isso é motivo para desistir? — Sem precisar fingir, falei com sinceridade.

    O homem olhou para o meu rosto. Após um momento de silêncio, ele finalmente me deu uma resposta, sua voz firme de uma maneira que não admitia discussão. — Doze horas. Vou te dar doze horas. — Este era seu limite. — Estou te avisando com antecedência, no entanto… não pense que o mesmo truque funcionará de novo.

    Ele preferiria que entregássemos o item aqui e agora, e sua urgência para não nos deixar ir era evidente tanto nos olhos quanto na expressão. Soltei um longo suspiro que estava segurando. Eram 5h40 da manhã, e eu tinha conseguido o que mais precisava desesperadamente: tempo.


    Corremos pelo labirinto. Nossa formação era um pouco diferente da habitual. Rotmiller e Hikurod estavam na frente, e eu estava fechando a retaguarda. A razão para isso era simples.

    — Realmente não parece que ele está nos seguindo.

    Embora Rotmiller tenha dito isso, não podíamos saber por quanto tempo o homem manteria sua promessa. Eu tinha que ficar de olho em minhas próprias costas.

    — E então, o que vamos fazer agora? — Rotmiller perguntou enquanto abria caminho.

    Ele não era o único com perguntas. — Bjorrrn… realmente vamos lutar?

    — T-Talvez não seja uma boa ideia. Você viu o que aconteceu antes. Ele cortou seu escudo como se fosse papel.

    As perguntas e preocupações que eles estavam segurando foram todas direcionadas a mim. Eles tinham confiado tudo a mim antes, mas agora estavam, tardiamente, começando a se preocupar. No entanto, a partir de hoje, a era da democracia acabou. Não havia tempo suficiente para levar em consideração as opiniões de todos e convencê-los a seguir em frente.

    — Hikurod, Missha, Rotmiller, Dwalkie. — Chamei cada um pelo nome e pedi um favor. — Em um futuro próximo, posso dizer algo ou dar ordens que vocês não entendam. Mas vocês podem confiar em mim e me seguir uma última vez?

    — Claro.

    No entanto, exceto por Missha, eles não responderam imediatamente. Esperei em silêncio, confiando na versão de mim mesmo que estava mostrando a eles nos últimos meses.

    O primeiro a falar foi Hikurod. — Se não fosse por você, eu já teria morrido na Cidadela Sangrenta. Confiarei no seu julgamento.

    O segundo foi Dwalkie. — E-Eu também. Bjorn, acreditarei no destino do herói que você tem pela frente.

    ‘Destino do herói’ era uma especulação que acompanhava meu epíteto de Pequeno Balkan como um tempero enquanto se espalhava pela cidade, e também algo que o xamã tinha mencionado para mim. Era um pouco estranho que Dwalkie estivesse me dizendo isso tão seriamente, quando me conhecia tão bem. Na situação atual, porém, isso era uma coisa boa.

    O último foi Rotmiller. — Quando o vi, tudo o que pude fazer foi tremer de medo. Eu não conseguia fazer mais nada. Vou acreditar e seguir o que você disser. — Senti uma profunda confiança nessa breve declaração. No entanto, Rotmiller continuou sem se demorar no momento emocional. — Mas, além disso, há algo que preciso te contar primeiro.

    — O que é?

    — Se minhas previsões estiverem corretas, ele é extremamente perigoso.

    — Você tem alguma informação sobre ele?

    — Houve uma vez, há muito tempo, que ouvi falar de um aventureiro que usava uma espada longa de ark — respondeu Rotmiller. — Dizem que ele foi amaldiçoado por um draconato e seu corpo inteiro estava coberto de queimaduras.

    Então, quem diabos era esse cara? Ao contrário de mim, que só tinha mais perguntas, parecia que o trio tinha alguém em mente.

    — Uma maldição de draconato? Não pode ser…

    — O Matador de Dragões! Rotmiller, você está falando sobre o Matador de Dragões?

    — Isso, isso… então isso significa que ele é um membro do Orcules…?

    Franzi a testa com a gritaria urgente deles. Eu ainda não sabia quem era o Matador de Dragões.

    “Orcules.”

    Essa era uma palavra antiga neste mundo que significava — olhos da bruxa. — Eu tinha adquirido informações sobre o grupo que usava esse nome logo no início através de livros.

    “Um grupo de lunáticos que dizem que seu objetivo é matar o rei.”

    Mas não se podia simplesmente descartá-los como maníacos. O fato de que eles continuaram sobrevivendo por décadas, mesmo fazendo coisas tão ridículas, provava o quão fortes cada um deles era. Mesmo que a família real tivesse colocado uma enorme recompensa neles, só conseguiram se livrar de sete.

    “Enfrentamos um desgraçado ainda mais problemático do que eu pensava.”

    Além do gosto amargo na boca, um pensamento ficou mais claro: fugir não era a melhor solução aqui. Não havia um ditado famoso?

    — Então, o que devemos fazer?

    Logo depois de receber o mapa de Rotmiller, escolhi nosso destino. — Vamos para cá.

    Não havia paraíso para o qual pudéssemos escapar, pelo menos desta vez.

    1. ‘아크로’, com a sonoridade de ‘ah-keu-ro’, é uma palavra inventada sem uma tradução real, o mais aproximado seria ‘Acro’, na tradução oficial americana usam Arc. Preferi usar Ark por enquanto, mas está sujeito a mudar caso alguém dê uma sugestão melhor.[]
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