Capítulo 149: Chefe Bárbaro (1/6)
『 Tradutor: MrRody 』
Não faz muito tempo, Missha foi bem clara comigo.
— Eu… eu gosto de homens magros.
— Nyah! Isso significa que você não tem nenhum charrrme como homem!
Quando nos perdemos na Floresta das Bruxas, ela disse isso porque mal interpretou minha oferta amigável de um contrato. Fiquei aliviado com essas palavras. As pessoas costumavam dizer que não havia amizade entre um homem e uma mulher. Achei que se os gostos dela fossem tão definidos, poderíamos permanecer como companheiros sem problemas, mesmo que ficássemos juntos por muito tempo.
— Venha, sente-se rápido. Não comer o suficiente enquanto está se recuperando é ruim para você.
A atitude da Missha em relação a mim mudou gradualmente. Ela passava todas as manhãs para me acordar, e nós comíamos pratos caseiros juntos. Ela até me dava a carne. Para ser honesto, parecia que eu tinha uma namorada em vez de uma companheira. No começo, pensei que era porque arrisquei minha vida para salvá-la e ela estava me recompensando do seu jeito.
— …Sim. Eu gosto de você. Como homem.
Então, era isso desde o começo.
— Você sabia? — ela perguntou.
— Eu não tinha certeza.
Para ser mais preciso, eu estava ignorando por essa razão. Não é como se ela tivesse trazido o assunto a tona. Decidi não enfrentar esse problema, dizendo a mim mesmo que poderia estar enganado, porque agora que sabia, só havia uma opção.
— E-Entendi…
Vendo Missha tremer enquanto me olhava, percebi o quão covarde eu era. Se eu tivesse enfrentado esse problema antes, poderia ter resolvido de outra maneira. Eu também poderia ter afastado ela com dicas óbvias, se os sentimentos da Missha não tivessem crescido ao ponto de até mesmo o Dwalkie me dizer para parar de ignorá-los. Sim, tenho certeza de que teria sido assim.
— Então… o que você acha?
Agora havia duas escolhas diante de mim: me aproximar e acender um fogo ardente, ou apagar o fogo antes que crescesse mais. A resposta já havia sido decidida.
— Eu…
Eu era um espírito maligno e um jogador. Eu não era Bjorn Yandel, e eu não havia desistido das esperanças de voltar para casa. Mas, como eu não podia dizer isso, e como o Dwalkie também disse que seria covarde pedir honestidade sem mostrar minha verdadeira essência, falei sinceramente.
— Eu te considero uma companheira valiosa.
Recebi uma resposta alguns segundos depois. — Sim… não vai funcionarrr comigo, né?
— O mesmo vale para qualquer outra pessoa. Não posso me dar ao luxo de fazer isso. Não sabemos quando vamos morrer. Além disso, não faz nem um ano desde que terminei meu ritual de maioridade. — Em muitos aspectos, esse era um momento em que a sobrevivência deveria ser minha principal prioridade, e a Missha tinha que continuar se aventurando comigo. Se ficássemos emocionalmente envolvidos, seria difícil tomar uma decisão lógica em certas situações. Isso colocaria ambos em risco. Tive que encarar os fatos e estabelecer limites. No entanto, mesmo que eu justificasse como o melhor para nós, a raiz da minha decisão era egoísmo. — Eu quero que você apenas me considere como um companheiro.
Missha rejeitou minha sugestão. — Não!
— …O quê?
— Por que eu deveria fazerrr isso? Em primeiro lugar, eu não tinha intenção de revelar meus sentimentos hoje, seu bárbaro horrível! Seu… trapaceiro! Tudo isso, depois de me perguntar como se fosse aceitar! — Missha gritou irritada e me deu um soco no estômago.
Smack!
O dano frio atingiu até meu coração. Ainda com raiva, Missha continuou a gritar.
— Quando eu pedi para você aceitarrr meus sentimentos? Eu sei que você não está em posição de fazer isso! Mas! Dizer para eu não gostar de você, isso é muito cruel!
Smack! Smack! Smack!
O dano frio rapidamente se acumulou.
— Não, isso…
Quando eu estava prestes a dizer algo, a mão de Missha caiu fracamente sobre meu estômago. — Eu… não quero muito. Do jeito que as coisas estão agora é suficiente para mim. Então, não diga coisas assim. Hm? Prrr que você está tentando tirar isso de mim…?
Tremores percorriam minha pele onde a Missha e eu estávamos conectados. Eu não podia ver o rosto dela porque ela estava com a cabeça abaixada, mas não era difícil adivinhar qual expressão ela usava. Fiquei em silêncio. Achei que não estava qualificado para consolá-la agora, seja com palavras ou ações. Um momento de silêncio passou, e logo o tremor parou.
Missha recuou e me encarou com olhos vermelhos e inchados. — Você não vai ganharrr comida amanhã — soltando essas palavras venenosas ela saiu.
Eu fiquei lá como uma estátua e a vi partir.
Nhéque.
Quando entrei na pousada, o dono, sentado no balcão, olhou para mim e estalou a língua. — Você errou com ela hoje.
Eu sabia disso sem precisar ouvir.
Toff, toff.
Subi as escadas e abri a porta. O quarto de Bjorn Yandel ainda estava apertado. Por alguma razão, isso me lembrou do quarto vazio de Hansu Lee. Era hora de admitir. Não era porque eu havia me apegado que me tornei fraco. Era por ser fraco que eu não queria me apegar.
Na manhã seguinte, Missha, que disse que eu não teria comida, veio me acordar com uma marmita saudável cheia de cenouras na mão. — Mastigue tudo bem direitinho. Entendeu?
Por causa dos pecados que cometi, mastiguei e engoli obedientemente tudo. Não demorou muito, pois eu devorei rapidamente. No entanto, ao me ver desviando os olhos depois da refeição, Missha abriu a boca primeiro.
— Não é ruim… o jeito que as coisas estão agora.
— Mas…
— Sem mas. Você não tem o direito de decidirrr. Então não fique com essa cara preocupada. Estou apenas fazendo o que quero fazer. — Essa foi a conclusão que ela deve ter alcançado em casa na noite anterior. Não havia espaço para eu argumentar. Missha era mais madura do que eu. Ela deve ter dito isso tão resolutamente porque não queria que essa relação se tornasse ainda mais desconfortável.
Eu tinha certeza de que o Dwalkie não gostaria que eu assumisse uma posição tão incerta, mas eu apenas disse: — Okay.
— Então, não vamos falarrr mais sobre isso a partir de agora. Entendeu?
— Entendi.
Com isso, o assunto estava resolvido. Nada realmente mudou em relação a antes.
— Lave-se. Devemos sairrr em breve.
Depois de comer, eu rapidamente tomei um banho e saí com a Missha. Fomos para o local de encontro, encontramos nossos companheiros e todos fomos para Kommelby juntos. O clima na carruagem estava bastante pesado.
— Esta é a primeira vez que vamos todos para lá juntos. — Hikurod fez o melhor para parecer animado, mas, estritamente falando, nem todos estavam aqui. Agora, mesmo se quiséssemos, nunca poderíamos.
— …Vamos terminar nossos negócios rápido e voltar.
Depois de chegar a Kommelby, as coisas melhoraram. Consertamos nosso equipamento e vendemos o que precisava ser vendido. Finalmente, fomos ao escritório administrativo central e fizemos um contrato para transferir a casa do Dwalkie para o Hikurod. A razão era simples: o anão disse que a compraria.
— …Há alguma razão para isso? Tenho certeza de que o Dwalkie não gostaria que você fosse tão longe.
— Haha! Sempre foi meu sonho possuir uma casa. Não fizemos muito dinheiro desta vez? — Eu tentei dissuadi-lo, mas a resolução de Hikurod era inflexível. — Agora, chega de se preocupar. Assine logo.
Com o oficial do governo como notário, a assinatura foi feita e a casa do Dwalkie se tornou propriedade do anão. O valor da casa dado a nós pelo escritório administrativo era de vinte e quatro milhões de pedras. No entanto, disseram que teria sido vendida por 20% menos em um leilão, então só recebemos cinco milhões de pedras por pessoa.
— Então vamos voltar e tomar uma bebida.
Depois de terminar nossos negócios e retornar à área residencial, fomos à taverna. Lá, fizemos nossa distribuição final de saque. Toda a renda, incluindo as pedras de mana, foi dividida em quatro. Devido aos custos de reparo de equipamento ou ao custo de consumíveis usados no labirinto, pode haver pequenas diferenças para cada pessoa, mas uma quantia enorme de dinheiro havia caído em nosso colo.
“Vinte e cinco milhões de pedras…”
Hikurod provavelmente só tinha dez milhões de pedras sobrando depois de comprar a casa, no entanto. Também foi acordado que a espada do Matador de Dragões e o Desejo Restrito que usei no labirinto seriam reconhecidos como parte da minha parte.
— Sua Essência de um Vampiro desapareceu e foi substituída pela Essência de um Ogro? Definitivamente era o item que aquele homem estava procurando, então. Mas isso aconteceu enquanto você estava tentando nos salvar, certo?
— Eu não sou tão sem vergonha a ponto de ser ganancioso. Se não fosse por você, o Matador de Dragões teria ficado com a espada em primeiro lugar.
Eu fiquei muito grato por ouvir essas palavras. Se fôssemos converter esses dois itens em dinheiro e dividi-los entre quatro, eu estaria pedindo falência várias vezes.
— Agora, então, vamos beber.
Depois de algumas bebidas a mais, lentamente abri a boca. — Acho que devemos começar a falar sobre o time.
Um lugar na equipe ficou vago. Eu não estava planejando preencher a posição, mas sim deixar o time com a Missha.
No entanto, Hikurod estava um passo à frente de mim. — Eu tenho algo a dizer a todos sobre isso. Eu vou parar de ser um aventureiro.
— O quê?
— Desculpe por trazer isso à tona em um momento como este. No entanto, eu tomei a decisão depois de pensar sobre isso o dia todo ontem, então espero que entendam.
— Se você parar com este trabalho, o que planeja fazer no futuro? — Rotmiller perguntou em resposta à declaração do anão.
— Vou montar uma forja. É por isso que comprei aquela casa. Achei que era agora ou nunca. — Não era de admirar que ele tivesse se adiantado para comprar a casa do Dwalkie. Ele estava planejando renová-la e montar uma forja. — Para mim, tornar-me um aventureiro sempre foi meio que fugir da realidade. Desisti do meu sonho porque não tinha talento, porque precisava de dinheiro para viver no presente. É por isso que não quero viver com arrependimentos. Isso seria um insulto ao meu amigo.
Ninguém ousou falar contra a declaração resoluta do Hikurod. Só podíamos torcer pelo seu sucesso em seus futuros empreendimentos.
— …Espero realmente que seu sonho se torne realidade.
— Oh, isso significa que você é o chefe agora? Eu definitivamente vou visitarrr.
— Se eu precisar ir ao ferreiro, posso simplesmente ir à sua loja a partir de agora.
— Sim, isso vai funcionar! Realmente, só de pensar nisso já me deixa feliz! Hahaha!
Depois da renúncia resoluta do anão, foi Rotmiller quem tomou a conversa. — Murad, não se sinta mal por sua decisão. Afinal, eu também estava planejando deixar a equipe depois desta expedição.
— O quê? Você? Mas por quê?
— Senti que estava falhando. Só isso. — Hikurod não disse nada em resposta a essa resposta direta. Rotmiller, que talvez tenha antecipado essa reação, continuou sem hesitação. — Na verdade, eu disse ao Bjorn antes. Eu não poderia ter imaginado na época que isso terminaria assim. Agora que ganhei uma quantia considerável de dinheiro, vou tirar um tempo para me desenvolver.
— …Acredito que, com sua diligência e perseverança, você será capaz de alcançar qualquer objetivo.
Após a declaração sincera de Hikurod, seus olhos se voltaram para mim e Missha. Eles devem ter se perguntado o que faríamos.
Eu esbocei brevemente meus planos futuros. — Nós dois vamos formar uma nova equipe. E vamos subir ainda mais.
— Sim, eu achei que você diria isso.
— Senhorita Karlstein tem um caminho difícil pela frente.
— …Bem, é meu próprio karrrma, eu acho. Também não é como se eu pudesse fazer outro tipo de coisa.
Todos nós levantamos nossos copos e brindamos nossa última festa juntos como o Time Meio-Lesado. Abençoando e torcendo pelo futuro uns dos outros, passamos nosso tempo relembrando o passado. Como sempre, no entanto, o tempo marchava implacavelmente, e logo o anão e a Missha ficaram bêbados e bateram a cabeça na mesa quando desmaiaram.
— É hora de começar a ir para casa. — Eu dei a Rotmiller um sorriso triste. No final de uma bebedeira, sempre éramos nós dois que ficávamos para resolver as coisas. Estávamos terminando nosso encontro no verdadeiro estilo do Time Meio-Lesado.
Assim que eu estava prestes a me levantar com esse pensamento em mente, Rotmiller desviou do roteiro, baixou a voz e chamou meu nome como se estivesse esperando que os dois adormecessem. — Bjorn, quero te perguntar uma coisa.
— …Fale.
Eu o encarei, sentindo uma tensão estranha se instalar em meus ombros. Rotmiller hesitou. Então, ele falou. — Você é um espírito maligno?
A maior, mais essencial tarefa para a dissolução segura do Time Meio-Lesado ainda permanecia.
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