Índice de Capítulo


    Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』


    ‘Sempre pense antes de agir’, esse foi o conselho que dei a Ainar no meu primeiro dia aqui. Essas não foram apenas palavras vazias na época. De fato, esse lema salvou minha vida diante de inúmeras dificuldades.

    “Puta que pariu.”

    Para esse fim… depois de tirar um momento para amaldiçoar minha sorte, fiz um balanço da minha situação atual.

    Quem diria que veria um rosto familiar aqui…

    Primeiro, uma coisa poderia ser deduzida dessa frase: ela não veio aqui me procurando.

    Isso é meio problemático.

    Segundo, ela estava tão perplexa com a situação quanto eu. No entanto, ao contrário da última informação, havia uma nuance diferente aqui, era quase como se ela estivesse sugerindo que havia outra razão pela qual precisava esconder sua identidade, além da óbvia.

    “ Eu pensei que Noark estava selada… Então ela está aqui como espiã ou algo assim? E foi forçada a sair antes de ser selada?”

    Bem, era difícil ter certeza. Poderiam haver outros fatores ocultos. Agora, só uma coisa estava certa.

    Bem, vou ter que te espancar e apagar sua memória como da última vez.

    Mesmo apesar de tudo isso, ela não tinha a intenção de me matar. Em outras palavras, eu poderia pelo menos descansar tranquilo nesse sentido.

    “Contanto que eu não pise acidentalmente em uma mina.”

    Eu só precisava ser cuidadoso para que ela não descobrisse que a pílula de remoção de memória não funcionou em mim. Dessa forma, a situação não tomaria um rumo pior. Assim, minha abordagem básica aqui foi decidida. Embora eu não tivesse intenção de tomar a pílula voluntariamente e me incapacitar, com essa garantia, eu não tinha nada a perder.

    “O que eu disse no esgoto mesmo?”

    Foi há alguns meses, mas eu me lembrava facilmente. Quando nos reencontramos acidentalmente no esgoto, essa foi a primeira coisa que perguntei. — …Por que você está aqui para me matar? Eu cumpri minha promessa, não cumpri? — Se eu quisesse fingir que minha última memória dela era da Terra dos Mortos, tinha que perguntar a mesma coisa de novo.

    — Isso foi o mesmo que você disse naquela época.

    — …Naquela época?

    Quando olhei para ela sem entender, a mulher balançou a cabeça e continuou. — Mas seu rosto parece muito mais calmo desta vez.

    Acabei rindo.

    “Calmo, hein?”

    Era tão óbvio assim? — Nosso juramento ainda é válido — disse francamente. — Por que não fingir que não me viu?

    — Então tome isto. — A mulher tirou uma pílula do bolso, inteiramente escura e um tanto úmida, e a jogou para mim. — Essa pílula apaga as memórias de uma pessoa. Se você tomá-la, então não se lembrará de nada do que aconteceu hoje.

    Por um segundo, tive a sensação de que tomar essa pílula poderia ser a maneira mais limpa de resolver essa situação. Mas não, tinha que ser um último recurso. — Como posso confiar em você? — Tomar isso me deixaria inconsciente. E se essa mulher quisesse meu equipamento? E se ela abrisse e encontrasse a Espada do Dragão no meu anel de subespaço? Isso seria uma mina terrestre em si só.

    — Você tem outra opção?

    — Por que você acha que eu não tenho?

    Comparado a quando nos conhecemos na Terra dos Mortos, eu estava várias centenas de vezes mais forte. Mesmo em comparação com meus dias no esgoto, eu estava pelo menos dez vezes mais forte do que costumava ser. Acima de tudo, este não era um porão escuro sem ninguém por perto para me ajudar. Era uma cidade acima do solo, com lei e ordem.

    — Com apenas um grito, meus companheiros acordarão. Você não pode lidar com todos eles sozinha. — Não havia razão para eu ceder a essa mulher.

    — …Vejo que era arrogância, não calma.

    — Você pode ver por si mesma.

    Apesar das minhas palavras ousadas, a mulher ficou em silêncio. Ela pode ter me chamado de arrogante, mas sabia que as coisas eram diferentes do que costumavam ser. Um silêncio pesado e repentino caiu no corredor vazio enquanto o dia começava a amanhecer. A primeira a falar foi a ela. — Bárbaro. — A mulher deu um passo à frente e me chamou.

    Em vez de responder, me virei. Lá, com certeza, vi seu clone. Esta era a habilidade Doppelganger, Auto-replicação.

    Shaa!

    【Amelia Rainwales lançou o Chute de Asura.】

    O clone que apareceu silenciosamente atrás de mim saltou no ar e balançou um pé pesado. Foi o mesmo movimento que atingiu minha cabeça da última vez. Imediatamente levantei os braços para proteger meu rosto.

    Bang!

    O golpe formigante percorreu meu pulso, mas foi só isso.

    “Com minha resistência física atual?”

    Bem, o golpe parecia ter quebrado um osso, mas na verdade, eu não conseguia dizer com certeza. Eu nem conseguia sentir dor tão trivial por causa do meu atributo de Resistência à Dor.

    — Behelahhh! — Chamando o nome do meu deus ancestral, soquei um punho do tamanho de uma melancia no rosto do clone.

    Pop!

    Assim que o clone recebeu o golpe, desapareceu em uma nuvem de fumaça. Virei-me apressadamente na direção de seu corpo original, antecipando um ataque simultâneo, mas a mulher apenas ficou lá. — Como você sabia?

    Oh, ela nunca pensou que eu seria capaz de parar esse movimento. — Som — respondi honestamente.

    Em algum momento durante nossa conversa, todos os sons no corredor haviam desaparecido. Embora pudesse ser tarde da noite, era um fenômeno claramente estranho. Como o ronco da Ainar facilmente penetrava as portas de madeira, assim que o som desapareceu, eu sabia que a mulher estava planejando um ataque surpresa. E assim que ela deu um passo à frente, descobri o truque. Auto-replicação era algo que eu já havia sofrido uma vez.

    “O raio de alcance no qual o clone pode ser convocado é de cinco metros.”

    Ela obviamente estava longe demais para convocar um bem atrás de mim sem dar um passo à frente. Como já havíamos lutado duas vezes, consegui contra-atacar.

    Repeti o que disse antes. — Minha oferta ainda é válida. Apenas finja que não me viu e desapareça.

    Como esperado, recebi uma resposta diferente desta vez. — …Como posso confiar em você?

    Sorri e devolvi suas próprias palavras. — Você tem outra opção?

    Eu não sabia qual habilidade ela havia usado, mas parecia que só durava por um curto período de tempo. Comecei a ouvir o ronco da Ainar novamente há alguns segundos. Agora, se eu realmente gritasse…

    Creak.

    A porta se abriu naquele momento. — Bjorrrn? Com quem você está falando… — Missha apareceu por uma fresta na porta, esfregando os olhos.

    — Vou explicar mais tarde. Entre.

    — Ah!

    Estendi a mão e fechei a porta antes que ela pudesse se abrir completamente.

    — Nyah! Seu brutamontes horrível! — Missha ficou furiosa depois de bater a cabeça na porta, mas não tinha como evitar. Isso não era importante agora. — Nyah!! Abra! Eu disse para abrir! É uma garota, não é? Erwen? Ela voltou de novo?!

    Apoiei meu peso na porta e olhei silenciosamente para a mulher. A mensagem em meus olhos era muito simples: ‘O que você vai fazer agora?’

    Recebi minha resposta após uma breve pausa. — Se eu disser que vou embora, você acreditará em mim? — Em outras palavras, eu não tentaria retaliar?

    Respondi sem hesitar. — Vou acreditar em você. — Afinal, esta era a mesma mulher que me deixou ir com um juramento e apenas um juramento, e eu não a havia denunciado. Eu até impedi a Missha de sair do quarto. — Só quero que saiba que não me importo com o que você faz. Só não quero me envolver com você.

    — …Estou certa — murmurou a mulher em um tom ligeiramente melancólico, mas essa não era a resposta que eu estava buscando.

    — Então, sua resposta?

    — Eu vou partir.

    — E promete nunca mais vir me procurar?

    — Eu não vim por você. Mas… se você quiser, prometo isso também.

    Com estas palavras, abaixei um pouco minha guarda. Embora uma mera promessa não significasse muito neste mundo, nem todos eram assim.

    — Eu não quero matar um bárbaro com minhas próprias mãos, se puder evitar… Esse foi nosso acordo desde o início.

    Mesmo na Terra dos Mortos, ela me salvou por causa de uma promessa. O peso de uma promessa era diferente para ela.

    Eu a considerava uma lunática naquela época, mas acontece que ela não é totalmente assim…

    — Então vá, humana.

    Diante das minhas palavras, ela assentiu silenciosamente. Então ela se virou e desceu as escadas.

    Click, clack.

    Quanto mais longe o som de seus passos ficava, mais aliviado eu me sentia. Fiquei realmente feliz por isso ter terminado sem uma luta. Eu ainda não estava totalmente pronto para enfrentar a Aura de alguém. Cidade e companheiros ou não, se ela realmente quisesse me matar, eu também teria que ver sangue.

    — Ufa… — Eu só conseguiria dormir se a visse sair pessoalmente, então fui até as escadas.

    Click.

    A mulher estava no último degrau, prestes a descer para o primeiro andar. Mas parecia que ela notou minha presença. — …Não sou só ‘humana’. — Ela se virou e olhou nos meus olhos. — Amelia Rainwales. — Deixando essas palavras para trás, ela desapareceu como fumaça.

    Minha mente ficou em branco por um momento. — O que… — Isso fez parecer que nos encontraríamos novamente.

    Toc, toc.

    Bati primeiro na porta da Ainar, mas o som do ronco foi a única resposta que recebi e a porta não se abriu. Ao contrário da porta da Missha, que se abriu imediatamente.

    — Ei! Quem era aquela mulherrr lá fora?!

    — Uma mascate1.

    — O quê? A essa hora?

    — Vamos apenas dormir. Estou cansado.

    — Huh? Oh? Uh… Nyah!? Dormir? Aqui? Por quê?

    Joguei um travesseiro no chão e deitei. Eu realmente não queria fazer isso, mas…

    — C-Certo. P-P-Prrrque você está cansado. D-D-Durma aqui, porém, não no chão…

    — Isso seria meio… É melhor dormir no chão.

    — Hm? Então, p-prrr que você está aqui?

    Porque estava meio assustado para dormir sozinho esta noite.


    Os dias se passaram e já era hora de entrar no labirinto. Faltava uma hora e meia para o portal abrir. Na hora exata marcada, Raven chegou. Com isso, todos estavam reunidos.

    — Felizmente, ninguém se atrasou desta vez.

    Primeiro lançamos o feitiço de vínculo e depois começamos a nos mover. Nosso ponto de encontro desta vez foi a taverna do Sr. Urso. Decidimos que levá-lo conosco desde o início seria mais fácil para todos nós do que esperar uma hora por ele lá. — …Definitivamente, há menos pessoas do que o normal.

    A estrada que levava à Praça da Dimensão estava estranhamente quieta. Eu podia entender por quê. Como os tempos eram o que eram, todos provavelmente queriam fazer uma pausa e avaliar a situação.

    “Mas o que é isso?”

    Quando cheguei à Praça da Dimensão, congelei. A cena aqui era completamente diferente das ruas silenciosas pelas quais acabamos de passar.

    — Todos, por favor, façam fila! — O número de funcionários públicos presentes era várias vezes maior que o usual. Eu também podia ver soldados. Centenas de grupos compostos por um cavaleiro e quatro soldados estavam espalhados por todo o lugar.

    “Eles estão tentando restringir a entrada no labirinto?”

    O pensamento veio à mente, mas felizmente não era isso. — Aqui está. — No final da longa fila, um funcionário do governo se aproximou apressadamente de nós e entregou dois itens. Um era um gravador de vídeo, e o outro… honestamente, eu não fazia ideia.

    — O que é este colar?

    — É uma etiqueta de identificação que mostra que você está do nosso lado.

    — Etiqueta de identificação?

    — Sim. — O funcionário explicou algumas novas precauções que estavam tomando no labirinto e nos advertiu que não poderíamos perder a etiqueta. Foi uma palestra longa, como era típico de alguém que trabalhava na administração, mas o essencial era simples.

    “Se perdermos, fodeu.”

    Sem uma etiqueta de identificação, nos tornaríamos alvos de assassinato. Por outro lado, matar alguém sem uma etiqueta não acarretava punição.

    “Não é à toa que têm sido tão silencioso. É porque estavam tramando isso.”

    Vendo que só estavam nos dizendo isso pouco antes do labirinto abrir, parecia que o governo havia conseguido manter um sigilo rigoroso. Como residente de Rafdonia, isso não era necessariamente uma coisa ruim.

    — B-Bjorrrn… vamos ficar bem?

    — Por que não ficaríamos? Isso significa que o exército vai nos proteger no labirinto.

    — Oh, é mesmo?

    — Ainda assim, uma coisa é certa. O boato de haver um portal na cidade subterrânea é verdadeiro.

    Conversamos e esperamos, e o portal abriu depois de cerca de cinco minutos. Os soldados entraram primeiro, então era a vez dos aventureiros esperarem na fila.

    — …Talvez não consigamos entrar.

    — Por favor, Sr. Urikfried. Isso não vai acontecer — disse Raven, mas com o passar do tempo, sua expressão ficou tensa.

    O portal encolheu à medida que a fila diminuía. Na verdade, eu estava mais do que feliz com esse desenrolar dos acontecimentos.

    “Hmm, se as coisas acontecerem assim, não vou precisar explicar nada.”

    Originalmente, eu pretendia confessar o incidente da minha primeira viagem ao labirinto para que eu pudesse usar o bug de cópia de pontos de experiência. Depois de observá-lo por um mês, sabia que o Sr. Urso era alguém que dava grande valor à confiança, e Raven era confiável em um sentido diferente. O incidente com o avaliador especial desempenhou um grande papel na minha decisão.

    Se lhes dissermos, eles provavelmente ganharão várias vezes mais com a informação. Eu me recuso a deixar isso acontecer.

    Ela nunca fez nada que beneficiasse outra pessoa, então eu planejava revelar esse método e acumular pontos de experiência grátis a partir deste mês.

    — O que você está fazendo!? Entre logo!

    — Se você não vai entrar, saia do caminho!

    Com o jeito que as coisas estavam indo, pensei que seria possível aproveitar o bug naturalmente. Mesmo eu achei que a situação atual era arriscada. O fato de ver os soldados aqui assustar alguns aventureiros acabou ajudando, fazendo-os hesitar em entrar e retardando a fila.

    — Chega! Todos, por favor, recuem!

    — O quê!? O-O que você quer dizer!? Esperei por mais de uma hora!

    A admissão foi cortada quando restavam cerca de dez pessoas na fila.

    — V-Vamos ter que ir para casa assim!?

    — Huh, eu não pensei que eles realmente nos cortariam.

    — É porque você nos zicou2, Sr. Urikfried.

    — …Você está me culpando por isso?

    Raven suspirou. — Tanto faz. Vamos voltar.

    Todos pareciam resignados.

    “Agora, vocês estão deixando este bárbaro triste. Já vão desistir?”

    — Bjorn, o que você está fazendo? Há algo à frente?

    — Agora.

    Eventualmente, a luz do portal começou a desvanecer. Normalmente, esta era a hora em que alguém teria gritado — O portal vai fechar em breve!

    — Todos, subam nas minhas costas.

    — Hã?

    Não havia tempo para explicar, então ativei a 【Gigantificação】. Meu corpo cresceu em um instante.

    — O-O que você está fazendo!? É ilegal ativar uma habilidade sobre-humana fora dos locais especificados!

    Pagar uma multa não era problema. Não era tão caro. A menos que você machucasse alguém, eram apenas cerca de trezentos mil pedras.

    “Vou tirar isso do fundo da equipe.”

    Imediatamente peguei os quatro em meus braços e comecei a correr cegamente para frente.

    — Ei! O que você está fazendo!?

    — Pare!

    Ignorei todos os gritos dos funcionários públicos. De qualquer maneira, isso terminaria com apenas uma pequena multa. Não havia razão para não entrar. Só pense em quanto ganharíamos depois de apenas um dia de caça no quinto andar.

    — Nyaaaaah!

    — Não pode ser… você vai mesmo entrar?

    — Behelahhh!

    Meu grito foi resposta suficiente? A Ainar começou a rir de seu lugar escondido sob meu braço esquerdo. — Hahaha! Sim, Bjorn! Grande guerreiro! — Agora isso sim era um bárbaro.

    Boom! Boom!

    Corri pela praça vazia com um sorriso satisfeito no rosto.

    Shaaaaa!

    A luz do portal encolheu para o tamanho de uma pessoa e começou a flutuar. Logo, a luz brilhou e nos abraçou.

    【Você entrou na Caverna de Cristal no primeiro andar.】

    “Seguro.”

    【Sua Reputação aumentou em +1.】

    【Sua Reputação aumentou em +1.】

    【Sua Reputação aumentou em +1.】

    【Sua Reputação aumentou em +1.】

    【Sua Reputação aumentou em +1.】

    1. Aquele que percorre ruas vendendo tecidos, joias, quinquilharias etc.; essas mercadorias ou produtos; Quem oferece produtos em domicílio.[]
    2. Zica, Uma gíria informal; Designação comum que denota azar, falta de sorte, infortúnio[]
    Um pequeno gesto, um grande impacto.

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