Capítulo 181: Maldição (1/5)
『 Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』
Hans Chrisen. O nome era familiar de alguma forma.
— Uhh! Bjorrrn! Aquele cara é…!
Mesmo sem a Missha me dizer, eu de repente me lembrei. Todos os tipos de criaturas convocadas o cercavam.
— Ele é um invocador! — disse Raven.
A formação das convocações era composta por um atacante e três suportes, com uma média de sétimo nível. Depois de identificar cada um deles, suspirei.
“Não é de admirar que ele parecesse tão familiar.”
Com isso, a possibilidade de ser um cara de aparência semelhante foi anulada. Este era Hans G, o cara que eu havia determinado ser um jogador com base em seu conhecimento dos padrões de ataque de Riakis e das condições de aparição de um Cavaleiro da Morte.
“Maldição.”
O que aconteceu quando eu o encontrei pela última vez? Um Troll apareceu no quarto andar e quase matou todos nós. Jogador ou monstro, todo Hans neste mundo era uma praga.
Tuff.
Meu coração ficou frio.
“Eu tenho que matá-lo.”
Esse único pensamento dominou minha mente.
— Sr. Yandel? Por que você está tão quieto…?
Eu corri para frente com mais força do que nunca. A pausa logo antes disso foi apenas para ganhar impulso.
Boom!
Deixando pegadas claras na superfície dura do chão, fechei a distância entre mim e o desgraçado em um instante. Mas Hans G também não ficou apenas assistindo.
— Kyaaaaaa! — Um lagarto próximo gritou e cuspiu fogo em mim. Para ser preciso, era uma besta invocada do atributo fogo chamada Naimpi.
Whooosh!
Como uma invocação de sétimo nível, suas chamas não eram muito ameaçadoras, mas quando reforçadas por buffs das invocações de suporte, seu poder de fogo aumentou explosivamente.
Chhhhhh!
O calor chiava na minha pele. Mas quem se importava? — Behelahhh! — Meu tronco estava coberto com um escudo e o resto do dano foi compensado com Resistência ao Fogo. Enquanto eu corria pelo fogo, o mesmo queimava um pouco da pele, mas eu tinha que priorizar.
Crunch!
O maça, cheia do poder de um Ogro, fez um som satisfatório ao acertar. Simultaneamente, a cabeça do Hans G explodiu e ele desabou. A morte deve ter sido instantânea porque ele se transformou em luz antes mesmo de seu corpo tocar o chão.
— O-O que você está fazendo! — gritou Raven, pois minhas ações foram diferentes da minha promessa de deixá-la observar.
Não é que eu não pudesse entender por que ela estava irritada, mas eu poderia explicar depois. — Não se aproxime! — gritei autoritariamente, movendo-me rapidamente em direção aos meus companheiros. Então soltei o ar que estava prendendo. — Hup!
Feito. Eu posso ter encontrado um Hans, mas não respirei seu ar poluído. Então estaria tudo bem. Não, deveria estar bem…
— De jeito nenhum, é veneno?
“Uh, não, mas… Como devo explicar isso?”
— Sim. Vamos desistir deste caminho.
— Perdão? Espere, é realmente veneno? Não havia nada que sugerisse…
— Basta. Vamos.
Com uma atitude um tanto autoritária, levei a equipe de volta pelo caminho de onde viemos. Parecia que a Raven não estava familiarizada com esse meu lado. Ela começou a seguir sem questionar, mas com uma expressão descontente no rosto.
— Isso é longe o suficiente. — Depois de caminhar por cerca de cinco minutos, eu parei. Assim que estava prestes a me virar e explicar o que havia acontecido, tropecei em uma pedra irregular e cambaleei. — Uhh! — Conseguindo recuperar o equilíbrio de alguma forma, eu não caí, mas nem isso parecia uma coincidência. Poderia ser que o efeito Hans tivesse começado? Mas aquele era apenas um doppelganger, não o verdadeiro Hans. Talvez o infortúnio terminasse aqui…
— Yandel! Tem mais à frente!
Ao grito do Sr. Urso, olhei rapidamente ao redor novamente. Dois doppelgangers se aproximavam. Eu sabia exatamente o que eram assim que os vi por uma razão simples: as duas pessoas que emergiram da escuridão tinham o mesmo rosto exato.
“Maldição!”
Fechei os olhos, depois os abri novamente, mas a cena à minha frente permaneceu inalterada. Isso era um inferno?
— Eu sou… C-Chri… sen.
— H-Hans… Chri… sen…
Hans estava sendo copiado.
Foi exatamente como da primeira vez. Sem me importar com as chamas, avancei imediatamente e esmaguei sua cabeça. Nesse caso, trabalho em equipe era apenas um bônus, não uma necessidade.
— Todos segurem a respiração. Vamos passar!
— Huh? O que?
— Não há tempo para explicar!
Como não havia outro caminho, prendi a respiração e corri pelo corredor. Quando finalmente nos afastamos o suficiente, virei-me e verifiquei meus companheiros.
— Bjorn, seus olhos estão assustadores! — gritou Ainar.
— O que está acontecendo? Por mais que eu olhe, não acho que havia veneno lá. Era alguém que você conhece? — exigiu Raven. Meus companheiros não conseguiam esconder sua confusão com meu comportamento estranho.
— Sim. Eu o conhecia. — Eu me acalmei e expliquei tudo: que o nome do doppelganger que acabamos de encontrar era Hans, e todas as coisas ruins que aconteceram cada vez que encontrei um Hans.
— Isto é um grande problema! Mas, o que faço? Eu respirei! — Tendo ouvido a lição de Educação Hans que dei aos bárbaros, Ainar ouviu minha história pessoal e roeu as unhas ansiosamente.
— …Parece que não é apenas uma coincidência. — Como qualquer aventureiro que acredita em superstição, o Sr. Urso também parecia preocupado.
— Perdão? O que você quer dizer com isso? — Raven ficou ali, sua expressão claramente dizendo: Que tipo de bobagem vocês estão falando? Então ela explodiu em risadas. — Pft, Puhahaha!
Ela era uma louca? Como podia rir em uma situação dessas?
— Eu acho que você realmente é um bárbaro, afinal, Sr. Yandel.
— Isso é uma declaração racista.
— Oh, sinto muito se soou assim. Mas… P-Pffft! Se você está realmente preocupado, quer uma Proteção de Mago?
Uma Proteção de Mago? Isso não existia no jogo.
Quando inclinei a cabeça, a Raven explicou calmamente como se estivesse falando com uma criança. — Sempre que um mago visita um bairro pobre, as crianças correm para pedir que lhes demos sorte. Essa é a Proteção de Mago.
“…Então são apenas palavras vazias?”
— Eu não preciso disso.
— Por quê? Pelo menos vai te acalmar. — Raven riu e disse que não estava apenas brincando. Ela começou explicando um estudo que mostrava que acreditar fortemente em algo poderia afetar o corpo físico.
“Parece que ela está se referindo ao efeito placebo… Quem você acha que eu sou?”
— Faça.
— Ok. Tem certeza? Oh, como era feito mesmo? Pode se curvar um momento? — Quando me abaixei no chão, Raven bateu nos meus ombros como se estivesse me nomeando cavaleiro com uma expressão bastante reverente no rosto. Então ela falou em um tom incomumente caloroso. — Tudo vai ficar bem. Você herdou minha sorte.
Eu não sabia sobre sorte, mas senti minha razão voltando. Quando pensei sobre isso, isso era apenas um mau presságio. Havia um Hans por perto quando encontrei o Matador de Dragões?
— Ugh, honestamente! Recomponha-se! Você é o líder da equipe!
Conforme as palavras da Raven, eu precisava sair disso. Mesmo que o efeito Hans realmente existisse, enquanto estivéssemos dentro da Fenda, encontrar o verdadeiro Hans era inevitável. Tudo o que eu poderia fazer era ser mais cuidadoso do que o usual.
— Eu também! Faça em mim também!
— Você… pode fazerrr em mim também?
— Ahem, eu também.
Quando minha expressão relaxou, meus companheiros se reuniram em frente a Raven como filhotes de pássaro.
— Ha… Tudo bem. Façam uma fila, todos. — Mesmo suspirando, Raven concedeu proteção a cada um de nós, até acrescentando palavras de bênção. Ela sempre foi assim? Eu senti como se estivesse testemunhando um lado inesperado dela. — Agora, me diga. Tenho certeza de que você não o matou sem pensar nas consequências. Você já sabia sobre ele, certo? Sobre aquele Hans, ou o que quer que seja.
— Até certo ponto. — Depois que as bênçãos foram distribuídas, eu reservei um tempo para compartilhar as informações que eu sabia, ou seja, que essência Hans Chrisen tinha e quem eram seus companheiros.
— Então, o grupo dele é uma arqueira elfa, um guerreiro humano e um mago?
— A última vez que vi era isso.
— Apenas quatro pessoas?
— Como estão na Fenda, é muito provável que haja cinco pessoas agora. Ele provavelmente colocou um batedor na vaga restante. — A Fenda do quarto andar abriu-se em algum lugar acima do vigésimo quinto andar. Sem um batedor, encontrar a Fenda antes de atingir a capacidade máxima era virtualmente impossível.
— Isso parece provável.
Quando também contei o que sabia sobre seus companheiros, Raven assentiu aliviada. Eu tinha a sensação de saber o que ela estava pensando. A menos que houvesse uma grande mudança, a equipe de Hans G era claramente inferior a nós.
— Não precisaremos nos preocupar com qualquer jogo sujo quando se trata de dividir o saque com eles.
— Nós que faremos jogo sujo.
— Se a situação exigir. Ainda não sabemos nada sobre o último grupo.
Terminando nossa troca de informações ali, retomamos nossa expedição. Felizmente, parecemos estar fora do alcance deles agora, porque depois disso só encontramos nossos próprios doppelgangers.
“Que pena. Eu estava esperando aprender sobre o último grupo com antecedência.”
Parece que nossos caminhos não se cruzaram porque o grupo não identificado não deu sinais de aparecer. Mas não adiantava ficar pensando nisso.
— Oh! Outra caixa de pedra de mana!
Nós vagamos pela caverna o dia todo e ocasionalmente abrimos as caixas que apareciam em nosso caminho. Esta era a principal recompensa da primeira etapa, a Caverna das Sombras. Como os doppelgangers não cuspiam pedras de mana, era assim que podíamos conseguir algum lucro.
“Ainda assim, é um pouco estranho.”
Eu pensei que era apenas um recurso no jogo, mas agora que estava experimentando pessoalmente, parecia estranhamente fora de lugar. Quase parecia um jogo real.
— A hipótese que está circulando no mundo acadêmico é que o arquimago não descobriu o labirinto, mas o criou.
Talvez as palavras da Raven naquela época fossem verdadeiras. Se alguém fez o labirinto, esta configuração fazia sentido.
“O que é este mundo, afinal?”
Era este um jogo ou outra realidade? As perguntas que eu tinha desde o primeiro dia em que acordei neste mundo permaneciam em minha mente, mas como sempre, eu as dobrei e as coloquei em um canto novamente. Eu não seria capaz de encontrar uma resposta nas pistas que tinha agora. Gastar energia em algo inútil era tolice.
— Todas as caixas estão abertas agora. Os doppelgangers também estão acabando. O que você vai fazer?
— Você não deveria estar tomando as decisões aqui? — Eu dei de ombros e entreguei as rédeas para a Raven.
O que ela dissesse era o que eu ia dizer. — Um, eu acho que devemos descansar aqui e ir para o centro amanhã.
— Por que?
— Porque há uma grande chance de as outras equipes já terem se reunido no centro. Não há necessidade de acampar juntos, certo? — Foi uma decisão de mago, focada na segurança. Eu especialmente gostei da desconfiança subjacente pelos outros nessa decisão. — O que, há algo que você queira dizer sobre meu julgamento?
— De forma alguma.
— Hmm, mas o olhar em seus olhos é estranho…
— Eu só estava pensando como estou feliz por ter uma maga como você na equipe. — Isso foi sincero. Ela nunca saberia o quanto as coisas ficaram mais fáceis desde que ela se juntou à equipe.
— …A bajulação não vai te levar a lugar nenhum.
“Sim, sim, mas seus ombros já estão nas suas orelhas.”
Depois disso, montamos um acampamento provisório e nos revezamos na vigília enquanto o oitavo dia chegava ao fim.
Foi assim que o nono dia começou. Acordando um pouco mais cedo do que o usual, nos dirigimos ao centro da caverna. Não nos perdemos no caminho. Ficamos aqui por causa das caixas, mas o caminho para chegar lá era realmente muito simples. Você só tinha que seguir o corredor com ervas daninhas.
Thump, thump.
Quanto mais nos aproximávamos do centro, mais ervas daninhas e musgo apareciam na parede. Logo, uma ampla cavidade apareceu à nossa frente.
— Finalmente, os retardatários chegaram! — Dez aventureiros já estavam reunidos dentro.
— Oh! V-Vocês chegaram, Sr. Yandel! — Oh, claro, Hans G estava lá também. Eles passaram a noite aqui? Quando chegamos, os aventureiros estavam limpando um acampamento caótico. Eu rapidamente fiz uma varredura.
A equipe de Hans G está como eu esperava.
Nenhum dos membros havia mudado e todos os quatro eram os mesmos da última vez que os vi. A mulher desconhecida com eles devia ser a novata.
“A outra equipe é…”
Eu não tinha certeza. Eles eram um anão, um terian e três humanos(Talvez seja necessário alterar o gênero aqui, caso o terian seja a terian). Seus equipamentos pareciam aproximadamente no mesmo nível que os nossos. A única peculiaridade eram seus olhos afiados. Mas considerando a configuração da Fenda, isso não era especialmente peculiar também.
— Quem é o seu líder? — O anão veio até nós. Ele foi o cara que nos chamou de retardatários assim que chegamos.
— O-O Sr. Yandel é provavelmente o líder. É-É dele que eu falei para vocês.
— Pequeno Balkan?
— S-Sim. — Parecia que eles já haviam se cumprimentado. Hans G disse algo ao anão, depois me cumprimentou em um tom amigável. — É-É bom encontrá-lo novamente. Pensar que eu veria você aqui. V-Você não faz ideia de como eu fiquei surpreso ao ver seu doppelganger.
— Chega.
— …Perdão?
— Não se aproxime. — Baixei a voz e impedi o Hans de se aproximar. Do jeito que eu via, essa distância era justa para nós. Não havia necessidade de mascarar seus sentimentos neste mundo, certo? Eu me virei do Hans G e falei com o anão. — Etiqueta de Identificação?
Por algum motivo, foi o Hans G quem respondeu. — Oh, haha! E-Eu já verifiquei as identificações deles, então você não precisa…
“Sério? Do jeito que você está agindo, isso só me deixa mais ansioso.”
— Identificação. — Eu ignorei as palavras do Hans e repeti.
O anão sorriu e fez um pedido próprio. — Vocês mostram as suas primeiro.
Ele queria iniciar uma guerra psicológica ou algo assim? Eu não estava particularmente com vontade de evitar, mas a identificação vinha primeiro, então eu apenas cedi e mostrei. — Agora é a sua vez.
A meu pedido, o anão mostrou a dele. — Agora, terminamos?
— …Terminamos. — Assenti.
Nesse momento, a voz de Raven soou na minha cabeça graças a um feitiço de transmissão usado para transmitir mensagens secretamente. — Sr. Yandel. Essas pessoas não são da cidade.
“Sim, então, você também percebeu. Esses bastardos são do submundo.”
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