A obra atingiu um pequeno ponto de hiato e novos capítulos serão publicados na segunda metade de julho.
Capítulo 218: Comandante (2/4)
『 Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』
— Não! Leve-me com você…!
— …Sinto muito.
Assim que o último aventureiro fechou os olhos e entrou no portal, a batalha finalmente chegou ao fim. A razão era simples. Ainda havia cavaleiros por todos os corredores bloqueando os outros aventureiros.
— Rendam-se — disse o comandante deles.
— Desculpe? Mas nosso portal ainda não foi lançado
— Aquele portal foi o último. Sinto muito, todos vocês.
— C-Comandante, o que você…! Ahhh!
Assim que um dos cavaleiros abaixou a espada, aventureiros correram de todos os lados para atropelá-lo e espancá-lo.
— Fale! O que isso significa? Por que esse é o último portal?!
O cavaleiro simplesmente suportou toda a violência. Ele respondeu às perguntas mesmo quando seus dentes foram arrancados e as veias em seus olhos estouraram. — É como ele disse.
— V-Você bastardo louco! Então você sabia que seria abandonado e ainda assim…!
— Alguém tinha que ficar para trás. Sua raiva é justificada, então descarregue em mim. Este corpo meu ainda vale isso, pelo menos.
— Eu vou te matar!
— Por… Rafdonia…!
Alguns cavaleiros se renderam enquanto outros mantinham suas espadas erguidas até o fim, mas o resultado foi o mesmo. Os aventureiros os dominaram com números e quebraram suas linhas, descarregando cegamente sua raiva e desespero. Claro, os aventureiros sabiam que os cavaleiros estavam no mesmo barco que eles e serviriam como forças valiosas para o que estava por vir. No entanto, eles precisavam de alguém para descontar suas emoções.
Cenas semelhantes estavam ocorrendo por toda a caverna central.
— Ahh! Quem é você? Não empurre…!
Um bárbaro facilmente empurrou a multidão de um dos corredores e fez uma cena. — Ei, cavaleiro. — Ele agarrou o braço de um aventureiro espancando um cavaleiro e falou. — Matar pessoas…
— D-Deixe-me ir!
— …É um problema.
— O quê!? Esses bastardos nos abandonaram. Você está do lado deles…!
Nesse momento, o bárbaro socou o rosto do aventureiro que protestava.
Pow!
O aventureiro desabou no chão.
— Eu disse… é um problema… — o bárbaro rosnou. Todos ficaram parados imediatamente. Não havia mais aventureiros atacando cavaleiros, pelo menos naquela área específica.
A situação no centro não era tão diferente do que eu esperava, exceto por uma coisa.
“Eu não esperava que tantos cavaleiros ficassem para trás.”
Foi um erro de cálculo abençoado. Eles não seguiriam minhas ordens, mas pelo menos ainda eram pessoas de alto nível. Apenas viajar por essa caverna com suas vidas intactas os tornaria boas iscas para mim.
— Sr. Yandel! — Um instante depois, meus companheiros apareceram pelo caminho que eu havia desobstruído.
— Oh, vocês podem cuidar desses caras?
— Perdão?
— Quero dizer, protejam eles para que não morram. — Confiando os cavaleiros quase mortos ao meu time, deixei o corredor e me dirigi à praça no centro.
— Ahh! P-Pare…!
A cada passo, gritos ecoavam em todas as direções. Eles eram principalmente dos cavaleiros.
“Sim, vocês também são humanos, não é? Aqueles que estão sofrendo tendem a se juntar.”
— …Maldição!
Temperamentos exaltados. Por outro lado, havia também aqueles que se jogavam no chão a poucos metros de distância, em um estado de desespero. Até mesmo a raiva parecia inútil para essas pessoas.
— N-Nós todos vamos morrer.
— Cecilia… Desculpe, eu…
Essas pessoas estavam aceitando suas mortes como inevitáveis. Entre elas, havia até aqueles que usavam as insígnias de grandes clãs. Havia algumas unidades de grupo e algumas pessoas sozinhas ou em duplas. Bem, até mesmo um grande clã não poderia levar todos com eles. Mesmo cavaleiros ficavam abandonados em situações como essa. Eles teriam excluído membros de nível mais baixo primeiro porque as vagas eram limitadas.
Ocasionalmente, ouvi vozes tentando conter a raiva. — Por favor, parem…! Isso não muda nada! Eles estão no mesmo barco que nós! — Esse grupo estava dividido em duas categorias: aqueles que apelavam profundamente à emoção e levantavam suas vozes para preservar a moralidade e a humanidade, e aqueles que ainda mantinham a esperança.
— Vocês ficaram todos loucos!? Desse jeito, todos vamos morrer!
Eles deixaram a raiva de lado e tentaram parar essas atrocidades com lógica. De certa forma, eu provavelmente me encaixo nessa categoria. Essas eram as pessoas que seriam de maior ajuda para mim nessa situação.
Tuff.
Eventualmente, eu parei de andar. Na minha frente estava o monumento que eu já tinha visto muitas vezes antes, o Último Grande Sábio. Era a única estrutura que todos os aventureiros no labirinto usavam para comemorar as façanhas do aventureiro Diplan Groundel Gabrielius.
‘Em honra ao seu grande passo inicial.’
Havia um elemento oculto neste monumento, algo que permitia abrir a Fenda no primeiro andar. No entanto, seria impossível entrar na Fenda e evitar a batalha. Não só não tínhamos uma pedra de mana de oitavo nível, mas mesmo que tivéssemos, a última Fenda foi aberta há um mês, então não havia sentido. Eu deliberadamente evitei abri-la nos últimos meses, pensando que seria mais benéfico explorar o quinto andar, então ela abriu naturalmente. Bem, essa decepção não mudou nada.
— Ahem, ahem. — Eu tossiquei e limpei minha garganta. Mesmo assim, eu não estava particularmente preocupado. Se os bárbaros tivessem algum traço proeminente além de suas habilidades físicas excepcionais, seria suas vozes distintamente altas. — Paaaaarem!
Um grito trovejante liberado no modo de 【Gigantificação】 foi suficiente para perfurar os tímpanos de todos, mesmo em uma situação caótica como essa. Por um momento, todos pararam e voltaram sua atenção para mim. Claro, isso não durou muito. Eles olharam para mim por um momento com olhos que pareciam perguntar, Quem é esse bastardo? então pararam de se importar.
“Então isso não é suficiente para vocês, né?”
Para ser honesto, eu não tinha grandes expectativas. Algo tão cartunesco poderia realmente acontecer na vida real? — Eu sou o Pequeno Balkan, Bjorn, filho de Yandel! — Mas, fosse ignorado ou não, continuei gritando e gritando. Uma regra para ser um bárbaro era esta: se as pessoas não podiam ouvir sua voz, era porque ela não era alta o suficiente. — Se algum compatriota sabe quem eu sou, faça o que eu digo a partir de agora! — Eu pedi apoio porque não era o único bárbaro ali.
— Pequeno Balkan, Bjorn, filho de Yandel!
— Grande guerreiro!
— Estas são as ordens do nosso próximo chefe! Devemos segui-las!
— Behelaaah!
Começando com Kharon e Ainar, os bárbaros espalhados por toda a caverna gritaram em uníssono. Eles estavam me observando desde que eu gritei pela primeira vez. Embora não soubessem o que eu estava planejando, provavelmente acharam que deveriam ajudar um compatriota.
— Eu repito! Todos parem!
Enquanto eu gritava, ecos seguiam.
— Eu repito! Todos parem!
— Eu repito! Todos parem!
— Eu repito! Todos parem!
Mais uma vez, a multidão parou e voltou sua atenção para mim. Talvez se eu tivesse gritado sozinho até minhas cordas vocais cederem, eles não teriam parado, mas como os mesmos gritos continuavam se repetindo ao meu redor como uma transmissão de rádio, eles não podiam deixar de ficar curiosos.
— Quem é você para nos dizer para parar!?
— Tudo isso é por causa desses desgraçados, mas você quer que a gente aguente isso!? — A quantidade de negatividade ainda era muito grande. Muitos ainda estavam espancando cavaleiros, cegos de raiva.
E então continuei gritando: — Eu repito! Todos parem! — Como um bárbaro simples e cabeçudo, continuei gritando a mesma coisa repetidamente, pretendendo continuar até que meu pedido fosse atendido. E quando meus gritos alcançaram algo como o décimo verso… — Eu repito! Todos parem!
— Alguém cale esse desgraçado!
A raiva que não diminuía, não importava quanto fosse expressada, acabou se voltando contra mim.
— Se você vai ficar do lado do palácio, então morra! — Um dos aventureiros até correu em minha direção.
— Protejam o futuro chefe! — Os guerreiros bárbaros que viram isso correram para me proteger.
No entanto, eu os parei. — Parem! Não devemos lutar entre nós!
Os simples bárbaros pararam sob meu comando, mas não os aventureiros que estavam correndo em minha direção.
Whip.
Um deles estava empunhando uma espada como se estivesse enfrentando um inimigo.
Khak!
Imaginei que isso aconteceria, considerando seus equipamentos de qualidade inferior, mas não deixou um único arranhão em meu corpo. Afinal, como o ferro normal poderia penetrar tudo isso?
— Uh… Um…
Eu não tentei bloquear nada e apenas fiquei ali parado, imóvel. Isso foi suficiente para deixar clara nossa diferença de habilidade, e ele notou um instante depois. Com a cabeça fria após toda a excitação, o aventureiro recuou quase com medo.
“Ei, onde você pensa que vai?”
Eu o agarrei pelo ombro e o puxei em minha direção. — Você quer viver? — Perguntei. Ele não respondeu. — Eu perguntei se você quer viver! Se você acha que vai morrer de qualquer maneira, por que está fugindo!?
Quando gritei ameaçadoramente, o rosto do aventureiro ficou pálido.
— Diga-me, você quer viver!?
Como um rato encurralado mordendo de volta o gato, o aventureiro não aguentou a pressão, me olhou nos olhos e gritou: — Q-Quem gostaria de morrer, eim!?
Essa era a frase que eu queria ouvir. Todos já estavam olhando para nós devido à cena que esse cara tinha feito. Soltei o ombro do aventureiro. — Então corra para longe. Se acha que pode sobreviver assim.
O aventureiro, agora livre, não correu para escapar. Para ser exato, ele não conseguiu. Parecia ter perdido toda a força nas pernas enquanto se sentava no chão com um baque surdo. Mas aparentemente, ele ainda tinha um pouco de energia sobrando, suficiente para gritar comigo com raiva. — Então o que você quer que eu faça!?
O que mais havia a fazer? Eu já tinha dito várias vezes. Tirei os olhos dele, olhei ao redor e gritei novamente: — Repito! Todos parem!
A vida como um bárbaro me ensinou bem que suas frustrações poderiam se transformar em tenacidade um dia, contanto que você não desistisse primeiro.
Embora tenha sido apenas por um momento, todos finalmente ficaram quietos. Foi quase um milagre. A única coisa que o bárbaro fez foi gritar. Ele não usou violência, apenas gritou implacavelmente. No começo, ele achou que era tolice porque achava que, não importava quantas vezes o homem gritasse, esse caos atual não poderia ser contido. Supondo que todos recuperariam a razão assim que todos os cavaleiros estivessem mortos, ele e seus membros do clã se afastaram da situação.
— Incrível.
A violência unilateral contra os cavaleiros quase parou completamente, algo provocado por um único bárbaro. Como isso foi possível? A razão exata ainda era incerta. Só se poderia adivinhar. Sempre se dizia que palavras carregavam peso, então talvez as palavras daquele bárbaro carregassem mais do que o normal. Assim como uma ação deixava uma impressão maior do que cem palavras, talvez aquela tolice insistente dele tivesse provocado a curiosidade das pessoas.
Hehe.
Ou talvez eles simplesmente tenham recuperado o senso depois de ver algo ridículo repetidamente, como quando o clima de uma conversa séria muda completamente quando alguém diz algo estúpido. Claro, tudo isso era apenas especulação. Ele não sabia qual era a verdadeira razão pela qual todos pararam. Poderia ser que eles simplesmente ficaram curiosos sobre o que aquele bárbaro queria dizer.
No entanto, uma coisa era clara. Aquele bárbaro conseguiu realizar algo que ele não conseguiu. O aventureiro de quinto nível Pequeno Balkan, embora inferior em termos de poder e tamanho de facção, conseguiu.
— Comandante adjunto.
— Sim, vá em frente.
— Nada de apenas observar silenciosamente. Se alguém atacar um cavaleiro próximo, pare-os — o homem ordenou antes de seguir em frente.
— Comandante, para onde você vai?
— Quero ouvir o que aquele bárbaro que causou toda essa comoção tem a dizer. Se ele é apenas um tolo, ou…
O comandante adjunto inclinou a cabeça, mas o homem não elaborou. Ele poderia admitir que era um pouco estranho.
— Todos, parem! Ele está certo. Apenas parem por enquanto! Vamos pensar juntos com calma!
Assim como ele acabou de fazer, outros espectadores de toda a caverna começaram a levantar suas vozes e se levantar.
Tum!
Por algum motivo, seu coração disparou. O homem olhou na direção do monumento.
— Eu repito! Todos, parem! — O bárbaro ainda estava gritando, e as pessoas que o apoiavam estavam gritando de volta.
— Todos, parem!
Agora, até mesmo aqueles que não tinham nada a ver com o bárbaro estavam levantando suas vozes. Ao ver isso, o homem foi atingido por um pensamento involuntário de que tudo o que estava acontecendo agora era como uma cena de uma história de herói em um conto folclórico que ele costumava ler quando criança.
— Qualquer um que causar problemas a partir de agora será considerado inimigo!
Alguém se aproximou de mim. — Eu sou o comandante do Clã Nartel, Melter Fend. Se você tiver um plano para sair dessa situação, gostaria de ouvi-lo.
Uma mulher se aproximou em seguida. — Sou Lacey Nareth da Igreja Heindel1. Estou aqui para agradecer por prevenir essa tragédia.
O terceiro era um mago. — Sou um mago de batalha de Rafdonia. Ah, eu não fui abandonado, mas escolhi ficar para trás por vontade própria. Eu não gostava daquele comandante.
Mais e mais pessoas continuaram a se reunir: um sacerdote, um mago, o líder de um clã, o comandante adjunto, um líder de grupo e até indivíduos, aqueles que costumavam pertencer a um grupo, mas foram abandonados ou voluntariamente ficaram para trás.
— Acho que você pode parar de gritar agora. Todo mundo está esperando você falar.
— Diga-nos. Você realmente tem um plano? Ou parou a carnificina por piedade?
Como esperado, você não podia derrotar um bárbaro que queria fazer algo. Tendo alcançado meu objetivo, desliguei o modo Repetição Sem Mente. — Prazer em conhecê-los a todos. Eu sou Bjorn, filho de Yandel.
Os requisitos para uma conversa finalmente foram atendidos.
- Temos aqui, o nome do 2º deus de Rafdonia![↩]
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