Índice de Capítulo


    Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』


    A princípio, pensei que poderia ser o GM novamente, mas se fosse, ele não estaria usando um rosto que já tinha usado antes para se aproximar de mim novamente. Além disso, a vibração emanada pelos cavaleiros e pelo próprio homem era completamente diferente. Simplificando, esse cara era o verdadeiro Hans I, não o GM fingindo ser ele. E assim, eu tinha apenas uma opção.

    — Eu devo me desculpar…

    Segurando a respiração, cerrei os dentes e fingi que não o ouvi.

    Huff!

    — P-Por que você está fugindo?!

    — Oh! Eu só senti vontade de correr!

    — Q-Quê…! — Quando eu disparei em uma corrida, o (verdadeiro) Hans I ficou extremamente surpreso, mas isso não iria parar meus pés de se moverem.

    — Behelaaah! — Nossa distância aumentou instantaneamente e ele não me seguiu. Felizmente, parecia que ele não tinha tanta tenacidade.

    “Será que o despistei?”

    Chegando rapidamente em frente à nossa pousada, tentei acalmar meu coração acelerado. Eu só tinha ouvido sua voz, nem sequer vi seu rosto. Graças a isso, nenhum contato visual foi feito, e como segurei minha respiração, a possibilidade de contaminação pelo ar era baixa.

    “Isso deve ser suficiente. Sim, devo estar bem.”

    — Bem-vindo de volta. — Enquanto eu tomava fôlego em frente à porta, um servo me cumprimentou. Eu o segui para dentro.

    — Nyaha, Bjorrrn está aquiii! — Uma Missha de rosto muito vermelho me cumprimentou. Ela estava no Modo Alta Energia (Álcool).

    Erwen, que estava sentada graciosamente ao lado dela, estava em um estado semelhante. — Senhor… hehe, hehehe! — Ela me chamou com um tom estranho e prontamente explodiu em uma risada arrepiante.

    “O que está acontecendo aqui?”

    Nossos arredores estavam cheios de garrafas vazias e o cheiro de álcool pairava pela sala de estar.

    “Não faz nem uma hora desde que saí…”

    O que exatamente aconteceu aqui nesse meio tempo? Colocando um chapéu de detetive e escaneando a sala, foi então que percebi que Ainar não estava em lugar nenhum.

    — Onde a Ainar está?

    — A guerreira caiu de bêbada e adormeceu há muito tempo. — A pessoa que respondeu à minha pergunta foi um dos servos do prédio. Quando perguntei sobre sua localização, fui direcionado não a um quarto, mas a um quintal no meio do prédio.

    Honkkk!

    “Ha, francamente.”

    Joguei Ainar na cama e voltei para baixo. Missha estava bebendo da garrafa, aparentemente muito feliz com algo. — Mm…!

    Sentindo algum tipo de perigo, aproximei-me cautelosamente de Missha. — Algo aconteceu enquanto eu estava fora? — Havia ocasiões em que ela tomava pequenos goles de álcool e ficava bêbada, mas eu nunca a tinha visto virar garrafas inteiras assim.

    — Aconteceu? Nyaha, nada aconteceu!

    — Então por que está bebendo assim?

    — Eu estava de bom humor!

    — E-Entendi?

    Beber porque estava de bom humor? Acho que estava preocupado por nada. Depois de um mergulho refrescante na fonte termal e com bebidas grátis, não havia realmente razão para não beber.

    — Sim, no início. — Missha limpou o álcool dos lábios com a manga, todos os traços de riso desaparecendo de seu rosto.

    Inconscientemente, virei a cabeça para evitar seu olhar. Naturalmente, a forma desleixada de Erwen no sofá chamou minha atenção. Ela estava olhando para o espaço e, por algum motivo, continuava rindo sozinha.

    — Hehehe… — Ela era uma bêbada risonha ou algo assim?

    Missha de repente agarrou meu pulso.

    — Ei, Bjorrrrrrn.

    — Sim, diga.

    — Sua rejeição naquele dia.

    “Uh… você vai trazer isso à tona agora?”

    Era um tópico desconfortável, mas o clima não era propício para eu evitá-lo. Assim que fechei a boca e esperei, Missha mordeu o lábio e perguntou:

    — É prrrque eu não posso dar à luz a um bárbaro?

    “Hã? O que? Ainar disse algo estranho?”

    Meu cérebro entrou em pane por um momento, mas o corpo de um bárbaro era bom em crises.

    — Claro que não. — Minha boca se abriu sem um traço de hesitação. Não era exatamente uma mentira. O motivo pelo qual eu tinha rejeitado Missha naquele dia não era porque eu não sentia atração por ela ou porque ela era uma terian. Havia um motivo que era meu e só meu.

    — Entendi… — Como para discernir se eu estava mentindo, Missha olhou diretamente nos meus olhos antes de abrir uma nova garrafa e derramá-la pela garganta. — Então deve ser… — Ela olhou nos meus olhos novamente e depois os evitou, seus lábios abrindo e fechando antes de finalmente continuar em um tom baixo. — Você… um dia, desaparecer… desaparecerrr…

    Missha parou antes de finalmente abaixar a cabeça. — Nyahang…

    Não é de se admirar que ela parecesse estar muito além do seu limite alcoólico habitual. Soltei a respiração que estava segurando e a peguei. Então, levei-a para seu quarto e a deitei na cama.

    Quando voltei para a sala de estar, Erwen estava me olhando com um sorriso nos lábios.

    — Finalmente, todas… estão dormindo…

    O que essa garota estava dizendo? — Vá dormir se está bêbada.

    “Golpe no pescoço.”

    — Kehk…

    Eu a nocauteei e a joguei ao lado da Missha.


    Estava lentamente se aproximando da meia-noite. Me perguntei se deveria limpar as garrafas espalhadas, mas decidi deixá-las. Nem estávamos em nossa casa. Eu tinha certeza de que cuidariam disso quando eu saísse do quarto.

    — Ufa…

    Desabei no sofá, que era um pouco pequeno para mim. Meus pensamentos estavam todos confusos por causa da última coisa que Missha havia dito.

    Você… um dia, desaparecer… desaparecerrr…

    Era óbvio o que ela estava tentando dizer no final. ‘Porque você vai desaparecer algum dia…’ Ela provavelmente iria perguntar se esse era o motivo pelo qual eu a rejeitei. Claro, eu duvidava que ela soubesse com certeza que eu era um espírito maligno. Não, na verdade, ela provavelmente considerava mais provável que eu não fosse. Ela me viu recebendo uma bênção em uma cidade onde os espíritos malignos eram conhecidos por serem inimigos dos deuses. A ideia de que um dos ditos deuses ajudaria um espírito maligno e concederia uma relíquia sagrada a ele era absurda. Isso provavelmente era apenas uma raiz de ansiedade que estava em sua mente há um tempo e saiu graças ao álcool.

    “Ainda assim, o que é fortuito é que acho que ela não me odiaria, mesmo se eu fosse um espírito maligno.”

    Eu estava aliviado por isso. Eu estava grato e até feliz por não ter passado meu tempo aqui em vão. Mas a maior emoção que estava sentindo era a vergonha.

    “O que eu realmente quero?”

    Quando acordei no corpo de Bjorn Yandel, meu maior objetivo era a sobrevivência. Depois de sobreviver e me adaptar a este mundo de alguma forma, decidi tentar encontrar uma maneira de voltar ao meu mundo original. Mas… Não estava tudo bem viver assim? Eu realmente precisava voltar para lá? Para ser honesto, havia menos para se esperar lá do que aqui.

    Ultimamente, esse pensamento estava crescendo em minha mente. De alguma forma, eu estava começando a entender por que os jogadores chamavam os residentes deste mundo de NPCs para diferenciá-los. Havia a necessidade de traçar uma linha, para nos lembrarmos de que este mundo não era o mundo ao qual pertencíamos, que tínhamos um lugar para voltar.

    “Pare.”

    Forçadamente interrompi essa linha de pensamento. Eu voltaria para casa? Ou ficaria aqui? Nenhuma decisão podia ser tomada ainda. Não fiz um juramento a mim mesmo depois de ver aqueles prisioneiros no corredor da morte morrerem por não conseguirem pagar seus impostos? Eu estava determinado a pelo menos chegar ao sexto andar.

    “Não há utilidade em pensar sobre isso agora de qualquer maneira.”

    Isso não era apenas uma questão de impostos. O Matador de Dragões, o Palhaço, Noark, Palácio… este mundo estava cheio de coisas que podiam ameaçar minha vida. Gostando ou não, eu precisava ficar mais forte. Não importava o que eu quisesse ou decidisse fazer, eu precisava estar vivo para que isso acontecesse. Então, nesse sentido…

    — Para onde está indo tão tarde da noite?

    — Oh, estou indo dar uma pequena caminhada. Não precisa me esperar. — Informei ao servo que estava saindo e deixei o prédio. Estava se aproximando de um horário em que não haveria pessoas por aí.

    【02:37】

    Quando saí, o ar frio da noite encheu meus pulmões. Talvez fosse porque estávamos bem no pé da montanha, mas estava um pouco frio.

    Tuff, tuff.

    Como esperado, a rua estava pouco movimentada, mas não estava completamente vazia. O salão de jogos iluminado ainda estava fervilhando de barulho. Bem, isso realmente não importava muito para mim, porque meu destino atual estava fora da cidade.

    “Está escuro.”

    Assim que saí da cidade, uma escuridão comparável à do labirinto preencheu meu campo de visão. O interior da Coreia também era assim. Se eu me afastasse um pouco da luz, o abraço negro da natureza me saudava.

    “De qualquer forma, deve aparecer logo.”

    Pensei em acender uma tocha, mas decidi apenas caminhar com cuidado, por precaução. Não sabia quanto tempo estava lá fora quando a caverna marcada no mapa que a pousada me deu finalmente apareceu. Este lugar era uma atração turística aqui.

    “Não há ninguém guardando o local.”

    Assim que entrei cautelosamente na caverna, meu entorno começou a se iluminar lentamente. Isso porque este lugar era semelhante ao primeiro andar, uma caverna misteriosa cheia de cristais nas paredes que brilhavam com luz azul. Movi-me sem hesitação. Não havia outros caminhos, no jogo, você só precisava caminhar em linha reta desde a entrada.

    Whooom!

    Logo, uma ampla cavidade apareceu. No centro dela havia uma pedra que pulsava em intervalos regulares.

    “Rignaracia.”

    O mapa – panfleto da pousada dizia que a origem do nome era uma palavra antiga que se traduzia literalmente como ‘bênção da terra’. Tocá-la trazia boa sorte. Provavelmente era uma superstição. Afinal, o objeto que realmente tinha uma função oculta aqui não era aquela pedra.

    Crrr.

    Abri a bolsa de sub-espaço e puxei minha maça. Passando pela pedra no centro da câmara, pressionei o botão de interação na parede onde estava pintado um mural. Oh, e com isso quero dizer que bati nela com toda a minha força.

    Banggg!

    A parede desmoronou ao ser destruída por uma maçada com a força de um Ogro por trás dela, mas eu não estava muito preocupado com isso. Esta caverna tinha um círculo mágico de auto-reparo. Ela se consertaria em cerca de cinco minutos.

    “Então, vamos lá.”

    Depois disso, pulei para dentro do túnel que apareceu atrás da parede destruída. Lá dentro havia um espaço pequeno, assim como no jogo.

    “Vendo que está escondido assim, o de fora provavelmente é falso e o de dentro é o real.”

    Coloquei minha mão na pedra no centro. Ao contrário da de fora, era uma pedra comum que não vibrava em intervalos regulares nem emitia uma vibração misteriosa. Mas com o passar do tempo, outra sensação veio.

    【A energia do Dragão da Terra reside em você. (1/3)】

    Uma sensação de satisfação fluiu pelo meu corpo através das pontas dos meus dedos.

    【Seu Poder da Alma aumentou em +10】

    【Sua Resistência à Terra aumentou em +20】

    Era uma característica oculta bastante agradável. Embora viesse com a condição de que você tinha que se tornar um nobre e poder entrar e sair de Árvore Gnomo, ela dava quase trinta pontos de atributos de graça.

    “A maioria das pessoas que jogaram a versão original pelo menos um pouco deveria saber sobre isso, porque teriam pressionado a tecla de interação em todos os lugares que iam.”

    Este era meu palpite, mas suspeitava que muitos jogadores sabiam sobre este elemento oculto. No entanto, eu tinha certeza de que eles não sabiam sobre esta parte específica.

    【A bênção concedida à sua alma ressoou.】

    【Os atributos adicionais aumentaram 30%】

    Ao receber a bênção do Dragão da Terra, o bônus de atributos foi atualizado de 20% para 30%.

    “No entanto, não pensei que iria desbloqueá-lo tão rápido.”

    Era definitivamente um mundo longe de um jogo normal. Tornar-se um nobre apenas no nível cinco? Se isso fosse o jogo, eu teria pensado que era um bug. De qualquer forma, devo voltar logo.

    Agora que tinha conseguido tudo, me virei para a saída, momento em que congelei.

    Swoosh.

    Na frente do buraco na parede, que havia começado a se reparar como se desafiando o tempo, estava um homem.

    — Uau, então você realmente era um jogador? — Era Baekho Lee.

    Todos os tipos de pensamentos passaram pela minha mente. Por que Baekho estava aqui? Não tinha visto nenhum sinal dele desde aquele dia. Será que ele me seguiu o tempo todo? A verdade, ao que parecia, era muito mais simples do que isso.

    — Esta é uma coincidência estranha. Vim aqui porque pensei que o GM estava disfarçado, mas em pensar que você apareceria.

    Tudo voltava a Hans. Baekho encontrou Hans I por acaso em Árvore Gnomo e, ao segui-lo, me descobriu.

    “A partir de então, ele deve ter me seguido por aí.”

    Consegui montar uma linha do tempo aproximada dos eventos. Então, como devo agir agora? Havia praticamente apenas uma opção.

    — Lá vem você de novo. Não está cansado de dizer isso? — Não pensei que seria uma boa ideia revelar minha identidade a Baekho. Ele claramente era um cara volátil. Mesmo que continuássemos amigáveis, ele provavelmente sacaria uma faca e me forçaria a fazer uma escolha no minuto em que a merda atingisse o ventilador.

    — Parece que aquela gata também percebeu. Não seria melhor matá-la?

    Sim, assim. Eu sentia como se estivesse encurralado, mas teimosamente fingia não ter a menor ideia do que ele estava falando. — Agora entendo por que o chefe chama os espíritos malignos de seres perversos.

    — Uau, admito que você tem uma boa cabeça sobre os ombros. Você é super criativo pra tentar se esquivar de uma situação como essa.

    Usei todas as habilidades de atuação que possuía para colocar uma expressão questionadora.

    — Situação como essa…?

    Baekho riu como se eu não o estivesse enganando.

    — Sim, uma situação como essa. O fato de você estar aqui é prova de que é um jogador, certo? Como mais saberia que isso estava escondido aqui?

    “Ok, eu sabia que você perguntaria isso, idiota.”

    Respondi imediatamente, distorcendo habilmente a verdade.

    — Sou um benfeitor da raça dos dragões. Depois de devolver a Espada do Dragão ao seu povo, fiquei próximo do antigo dragão ancião, Lapir. Até mesmo a sacerdotisa do dragão, sua filha, se dá bem comigo.

    Esta resposta implicava claramente que eu teria ouvido essa informação deles.

    Assim que Baekho ouviu isso, ele inclinou a cabeça.

    — …O que diabos? Você está dizendo a verdade.

    “Claro que estou. Porque eu não menti.”

    — Então foi você quem ferrou aquele desgraçado dragão? Uau, isso é épico! — exclamou Baekho, aparentemente achando isso um tanto interessante.

    Suspirei internamente. Embora tivesse que revelar alguns dos meus segredos para sair dessa enrascada em que me encontrava… para ser honesto, não foi realmente uma perda.

    “Sim, o anel quebrou de qualquer forma.”

    Agora que a relíquia sagrada não estava mais ativa, gostando ou não, chegaria o dia em que eu encontraria o Matador de Dragões novamente. Isso significava que eu não tinha motivo para guardar essa informação com minha vida como antes.

    — Sim.

    Baekho me estudou por um momento e depois assentiu.

    — Faz sentido. Sim, com um feito desses, faz sentido que eles te contem sobre isso. Isso não é nada especial.

    “Isso significa que estou livre? Não, claro que não. É cedo demais para baixar a guarda.”

    Esperei pacientemente pelo que ele diria em seguida, permanecendo alerta. Depois do que pareceu uma eternidade, Baekho sorriu e perguntou:

    — Mas ei, por que você está respondendo a todas as minhas perguntas?

    Minha mente ficou em branco.

    — Da última vez, quando perguntei se você era um jogador, você teimosamente se recusou a responder. Então por que está sendo tão simpático de repente?

    “Esse maldito desgraçado.”

    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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