A obra atingiu um pequeno ponto de hiato e novos capítulos serão publicados na segunda metade de julho.
Capítulo 259: Clã (3/5)
『 Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』
Mesmo após a luz na joia se apagar, o silêncio se arrastou. Assim como eu estava no meio de me perguntar se aquele post era verdadeiro ou não, o Palhaço havia confirmado sua autenticidade, o que tornava o peso do que havia acontecido naquele dia ainda mais evidente para nós.
“Então, o mundo exterior realmente está bem.”
O que aconteceria com a cidade quando a comunidade fechasse à noite? Rumores certamente se espalhariam como fogo.
“Aqueles malditos bastardos de Noark.”
Ouvindo a verdade da boca do Palhaço, pude ver claramente as intenções de Noark. Aquele post não era uma confissão nascida de desobediência pessoal. Foi um movimento planejado para espalhar essa informação pela cidade usando a comunidade.
“Por isso esse idiota está nos contando tudo isso tão facilmente.”
O Palhaço sempre se escondia atrás de uma máscara frívola e falava em um tom teatral, mas ele não era realmente um tolo. Por exemplo, ele manteve silêncio durante todos os planos anteriores de Noark. E mesmo sendo um dos principais membros da Orcules, ele nunca os usou como fonte de informações aqui.
— Em breve, um assassino será enviado atrás de Bjorn Yandel.
A última informação que ele mencionou foi semelhante. Embora ele falasse como se Noark fosse enviar um assassino, ele estava, na verdade, se referindo a uma trama de assassinato de um grande clã. E o que ele ganhava ao fazer isso era óbvio.
— De qualquer forma, Sr. Veado, você foi muito zeloso. — O Palhaço fez Veado agir na vida real. — Pshe, eu não esperava que você realmente enviasse aqueles cavaleiros dessa maneira.
Ele havia lançado as bases para rastrear a identidade de Veado em troca de nos informar. Mesmo que o assassinato contra Bjorn Yandel falhasse, do ponto de vista dele, isso era muito mais importante.
— Pau no cu.
Era possível que a razão pela qual Veado de repente chamou os cavaleiros de volta fosse porque ele havia percebido tardiamente qual era o objetivo do Palhaço. Quanto mais longo o rastro, mais provável era que ele fosse pego por ele.
— É divertido ver vocês dois brigarem, mas por favor façam isso depois por conta própria! Hm, Sr. Palhaço, se não se importa, posso fazer uma pergunta? — Quando o Palhaço e o Veado mostraram sinais de começar uma briga, a Rainha habilmente cortou a tensão e fez uma pergunta. — Então, quem é o velho? Aquele que carregou mais de dez mil pessoas com Teletransporte em Massa de uma vez e desapareceu. Parece que ele também foi quem guiou todos vocês para fora.
— Isso… — Palhaço hesitou e riu de maneira constrangedora. — Pshehe, é um segredo. Se eu contar, não seria divertido, certo?
Estava claro que ele não fazia ideia de quem era o cara. Essa não era a maneira de fingir saber algo. Com a experiência que acumulei até agora como Leão, vi uma oportunidade de adicionar meus dois centavos e aproveitei. — Não há como aquele velho ter revelado sua identidade.
Finalizei a atuação lançando um olhar para o Palhaço como se estivesse repreendendo-o por tentar enganar com um truque mesquinho. O Palhaço se assustou, como se eu o tivesse pego no flagra. Seus olhos pareciam dizer: ‘Como você sabe disso?’
A Rainha, por sua vez, desviou o olhar para mim, lançando um olhar curioso. — Hmmm, isso significa que você sabe algo, Sr. Leão? Quem é aquele velho misterioso?
“Não, como eu saberia?”
Mantendo contato visual, não respondi, o gesto característico de Leão que indicava que você precisava trazer algo interessante se quisesse ouvir algo dele.
A Rainha resmungou, — Hmph, então pode pelo menos me dizer o que te interessa?
“Hey! Isso reduziria a variedade de informações.”
Só havia uma coisa que eu poderia dizer, exatamente a mesma fala que usei em uma situação semelhante no passado. — Eu não sei. — O próprio Leão não sabia. — O que me interessa.
Diante das minhas palavras, a Rainha olhou para mim como se eu fosse uma besta desconhecida.
“Muito bem, acho que cumpri minha cota por hoje…”
Fingi não me interessar na conversa que se seguiu, apesar de ouvir atentamente. A reunião, que havia sido momentaneamente interrompida, retomou.
— Então desta vez vou eu. — Goblin tomou o segundo turno. Ele revelou informações relacionadas a uma das igrejas. — Lembram-se de eu ter contado sobre uma bênção que foi concedida a alguém há alguns meses? Finalmente descobri quem foi.
O quê? Do nada? Não esperava que isso surgisse aqui, tentei ao máximo manter minha compostura.
— Finalmente você vai ser útil. Pshehe, então, quem é? E qual é o artefato sagrado que receberam? — O Palhaço, que havia demonstrado um forte interesse na bênção e no artefato sagrado na época, endireitou-se na cadeira. Talvez algo assim nunca tivesse acontecido antes.
O Goblin estufou o peito e disse, — Bjorn Yandel. Aquele que recebeu a bênção naquela época é o mesmo bárbaro que recentemente ganhou fama como o Gigante.
As coisas estavam ficando interessantes.
— Bjorn Yandel.
Não querendo me gabar, mas era o nome mais quente na cidade atualmente.
— Ele foi quem recebeu a bênção…? — Tendo sofrido muito nas minhas mãos, o Palhaço riu, aparentemente em choque. — Ei, essa informação está confirmada? Aquele homem nem mesmo é humano. Como ele poderia receber uma bênção?
— Bem… também achei estranho, mas quando investiguei, não é completamente inédito. Na verdade, houve algumas pessoas de diferentes raças que receberam bênçãos no passado.
— A maioria deixou uma grande marca na história. — O Veado interveio para apoiar a explicação do Goblin. — Então pare de duvidar do Goblin sem saber nada. A joia não ficou verde?
— Isso… — Isso não significava necessariamente que a informação estava correta. Era obviamente o que o Palhaço queria dizer, mas não conseguiu terminar a frase. Isso porque ele era o principal exemplo disso.
— Calma, calma. Vamos parar com isso. Você também, Sr. Palhaço. Já que esta informação é 100% precisa, ao contrário da informação do Sr. Palhaço da última vez, vocês não precisam se preocupar. Eu mesmo vi e confirmei.
Hã? Goblin viu e confirmou que era verdade pessoalmente? Bem, isso mudava as coisas. No começo, pensei que era altamente provável que Goblin tivesse obtido informações depois que já eram amplamente conhecidas. Mas ele estava dizendo que viu pessoalmente?
“…Então ele também estava lá?”
Quando o terceiro ramo quebrou, havia um total de cinco pessoas ao meu redor: três guardas-cavaleiros, Missha e Sven Parav, o subcomandante da Segunda Ordem dos Paladinos de Reatlas. Naturalmente, pude imediatamente reduzir a lista de suspeitos para um, já que era praticamente um fato estabelecido que o Goblin era um paladino.
“Que interessante. Pensar que ele é realmente ele.”
A imagem que Goblin apresentava na Távola Redonda e aquele paladino digno de então eram incrivelmente diferentes. Bem, provavelmente ainda não era uma diferença tão chocante quanto a minha.
“…Isso é realmente uma coisa boa?”
A identidade do Palhaço e da Rainha, e agora até mesmo do Goblin, havia sido revelada para mim. Pode haver um dia em que essa informação seria extremamente útil.
— Então qual é o artefato sagrado? Se é a Deusa das Estrelas, deve ser um artefato relacionado ao destino, certo?
— Para ser honesto… eu também não sei isso. Não estou em posição de perguntar… — Goblin então confessou que não sabia nada sobre as habilidades do artefato sagrado, e sua vez terminou.
A próxima era Rainha. — No dia em que os aventureiros retornados estavam sendo recompensados no Palácio da Glória, o palácio enviou um aviso oficial para a Torre Mágica.
— Um aviso oficial?
— Sim. Foi um pedido para que reparassem o portal para o labirinto. Quando verificaram, descobriram que estava em um estado muito instável. — Depois disso, a Rainha fechou a boca e esperou que a joia brilhasse. Foi uma luz verde, indicando um passe, mas os outros membros não ficaram satisfeitos.
— Pode ser apenas sua segunda vez, mas vamos lá. Pshehe, de que serve uma informação lixo como essa?
Apesar da provocação de Palhaço, a Rainha não se abalou. — Eu não sei. Acho que essa informação terá significados diferentes para diferentes pessoas, dependendo do nível delas — retrucou ela. — Se os reparos fossem um pouco atrasados, poderia haver um colapso dimensional.
Mas até o Veado estava do lado do Palhaço dessa vez. — Não é como se você estivesse dizendo que um colapso dimensional vai acontecer, no entanto; informações de que os reparos já foram feitos são um pouco abaixo do padrão.
Bem, não havia nada que eles pudessem ganhar com essa informação, mas o mesmo não podia ser dito para mim.
“…Se os reparos estão concluídos, seria correto assumir que o bug de copiar EXP foi corrigido.”
Droga, isso significava que eu precisaria fazer uma speedrun para ganhar EXP de abertura de portal de agora em diante?
Ainda assim, apenas por precaução, decidi testar isso mais uma vez na próxima vez que entrasse no labirinto.
— Não tenho mais nada a dizer. Sinceramente, acredito que esta informação não é inferior à que ouvi hoje. — A Rainha permaneceu firme com os outros membros e recebeu um passe.
— Oh, você pode fazer isso…? — O Goblin, que havia recebido muitas rejeições no passado, parecia admirado com esse método inusitado. Mas saber que você podia fazer algo e fazê-lo funcionar eram duas coisas diferentes. Mesmo que o Goblin tentasse dizer o mesmo que a Rainha, as coisas não iriam da mesma maneira para ele. A teimosia de um bárbaro não era algo que todos poderiam fazer. Tinha que ser respaldada pela confiança de que você era o melhor.
“Essa mulher também é muito estranha.”
De qualquer forma, depois da Rainha, foi a vez do Veado. Ele falou sobre um tesouro real sendo roubado enquanto Karnon estava em chamas. Eu nunca tinha ouvido falar disso antes, mas, a julgar pelas reações desses caras, parecia ser um item bastante importante. Vou investigar isso mais tarde.
— Agora é você, Lua Crescente.
Finalmente chegou a vez do Lua Crescente. Como ele estava silenciosamente se mantendo reservado e agindo fora do personagem, eu estava ansioso para saber que tipo de informação ele iria revelar. Mas quando ouvi de fato, não era nada especial.
— Os elfos decidiram substituir o próximo sangue-puro por outra pessoa devido a circunstâncias dentro da tribo. Eles estão atualmente procurando um candidato adequado.
Como esta era uma informação sobre o funcionamento interno de uma das seis raças, ajudava a ter uma noção do estado atual das coisas na cidade, mas, de outra forma, era apenas uma informação comum que terminava aí. No entanto, não consegui tirar os olhos do Lua Crescente. Isso porque ele estava olhando diretamente para mim.
— Da próxima vez, trarei algo mais interessante. — Com isso, ele queria dizer que, embora não tivesse nada útil para mim desta vez, estava determinado a não desistir da Pedra da Ressurreição.
Isso não era ruim. Na verdade, a própria informação também não era tão ruim para mim.
“Se eles estão selecionando um novo candidato a sangue-puro, Erwen poderia assumir o papel? Se ela pudesse consumir isso, seria um divisor de águas.”
Enquanto eu colocava meus pensamentos em ordem, pude sentir os olhos de todos em mim. Ah, já era minha vez. Em vez dos poucos bits que preparei, puxei outra coisa. — Se você usar a Pedra da Ressurreição, pode reviver até duas pessoas.
“Então, continue trabalhando duro.”
A Pedra da Ressurreição era um item que havia sido considerado uma mera lenda até eu mencioná-lo, mas que agora se tornara uma realidade. Naturalmente, informações sobre este item eram valiosas. No entanto, imaginei que os membros que não estavam desesperados pela Pedra da Ressurreição achariam isso insatisfatório, já que não era uma informação relacionada a como adquiri-la. Era apenas um detalhe extra dizendo que poderia salvar duas pessoas, e essa também já era a terceira vez que eu usava esse tópico específico.
No entanto, os outros membros não expressaram sua insatisfação. O clima não estava certo para isso.
— Duas pessoas… Entendo… — Lua Crescente, que parecia ter perdido alguém importante há não muito tempo, murmurou sem emoção diante das minhas palavras. Havia um profundo anseio em sua voz. Seguiu-se um momento de silêncio.
— Por que, Sr. Crescente, você acabou de nos fazer perder uma chance hoje. — Palhaço lamentou que minha vez tivesse sido desperdiçada na Pedra da Ressurreição e sugeriu que passássemos para a próxima rodada.
— Não tenho mais nada preparado, então vou parar por aqui. Se não fosse pelo Leão, vocês todos não teriam vindo, também. — Crescente nem sequer olhou para Palhaço e pediu compreensão aos outros membros antes de sair da Távola Redonda.
O mesmo valeu para o Goblin. — Uh, minha curiosidade está satisfeita… Não tenho nada para usar, então também vou sair.
Uma vez que até o Goblin saiu, o Veado também achou difícil continuar apenas com nós quatro e optou por sair. Isso era justo, quando você chegava a quatro pessoas, a reunião ficava um pouco difícil. Excluindo o palestrante, você só poderia passar com informações que duas ou três outras pessoas não conhecessem, e a quantidade de informações que você poderia obter em troca em cada rodada era reduzida.
— Então, que tal isso? Nós três.
— Não me importo.
O Palhaço e a Rainha concordaram em continuar. No final, a escolha foi minha.
“Esses dois certamente têm informações valiosas…”
O pensamento me fez querer ser ganancioso, mas, no final, decidi não forçar. Se eu não fosse cuidadoso, eles poderiam descobrir que eu não passava de um blefe. Então a reunião terminou após a primeira rodada. — Se houvesse algo interessante, já teria sido dito. — Com essa linha arrogante e típica do Leão, me virei e voltei para o quarto de Hansu Lee.
Depois de passar mais tempo olhando pelo fórum, logo chegou a hora de fechar e voltei ao meu corpo original.
— Ah, certo. Esta não é minha casa. — Eu estava em um quarto em uma pousada no Distrito Sete que havia obtido usando o rosto e nome de Kharon. Assim que abri meus olhos, todas as preocupações que havia momentaneamente deixado de lado voltaram com força total.
“Espero que Kharon esteja bem.”
Kharon era meu álibi. Se o GM realmente tivesse decidido agir hoje, provavelmente estaria observando Kharon agora para ver se ele era um jogador.
Inalei profundamente.
Queria verificar como as coisas haviam corrido o mais rápido possível, mas se eu fosse para onde Kharon estava agora, havia uma chance de tudo dar errado. E então decidi exercer paciência e suportar minha curiosidade ardente. Na manhã seguinte ao que acabou sendo uma noite quase sem dormir, encontrei Kharon novamente na terra sagrada, conforme combinado.
— Bjorn!
Como a mudança de aparência durava trinta dias, colocamos a máscara novamente para voltar às nossas aparências originais.
— Hehehe, considerando as olheiras sob seus olhos, estou supondo que você teve uma ótima noite?
Ah, certo. Essa era a desculpa que eu estava usando. — …Graças a você.
Eu ignorei isso e interroguei Kharon sobre tudo o que havia acontecido ontem, raciocinando que não podia correr o risco de ‘não lembrar’ de algo importante depois. Para ser honesto, no entanto, eu estava apenas muito curioso. Embora eu tivesse confiado essa tarefa a ele, minha imaginação correu solta a noite toda.
— Oh, você quer dizer ontem?
“Eu me pergunto o que poderia ter acontecido?”
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