Índice de Capítulo


    Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』


    Um guerreiro bárbaro havia acabado de sair da terra sagrada. Ao ver Bjorn Yandel, um homem suspirou aliviado.

    — Felizmente, ele saiu logo.

    Se Bjorn tivesse intenção de ficar na terra sagrada dos bárbaros durante a noite, ele teria que tentar novamente no dia 15 do próximo mês. Tentar infiltrar-se na terra sagrada com este corpo teria sido um pouco…

    Zwip.

    O homem, que estava seguindo Bjorn Yandel, perdeu o equilíbrio e cambaleou. Como era a primeira vez que conectava seus sentidos a esse golem, alguns dos controles ainda eram desconhecidos.

    — Com licença, você está bem? — Quando o homem se endireitou em uma pose bizarra, olhares começaram a se voltar para ele.

    — Estou bem. — O homem sentiu uma estranha sensação de constrangimento e rapidamente saiu da área. Com uma marcha rangente, ele seguiu Bjorn.

    — Mamãe, aquele homem é engraçado…!

    “…Baekho Lee, se não fosse por aquele homem…”

    O motivo pelo qual o homem teve que deixar para trás seu corpo perfeitamente bom e se conectar a um golem com o qual não estava familiarizado foi tudo por causa de Baekho, porque ele não sabia quando ele apareceria novamente. Era muito perigoso sair da Torre Mágica como ele mesmo.

    “Para onde ele está indo agora?”

    Ainda era cedo e o céu estava azul. O homem continuou a caminhar atrás de Bjorn Yandel.

    “Ele vai beber tão cedo pela manhã?”

    Finalmente, ele chegou a um famoso pub no Distrito Sete, um bar que operava vinte e quatro horas por dia com três turnos de funcionários em rotação.

    — Aquele homem… é Bjorn, filho de Yandel?

    — Oh, aquele homem?

    — Tivemos sorte. Em pensar que veríamos o homem dos rumores pessoalmente.

    Assim que Bjorn entrou no bar, as pessoas ao redor se viraram para olhar. Ele agora era famoso o suficiente para ser reconhecido onde quer que fosse.

    Nhehehe.

    Como se saboreasse sua fama, Bjorn sorriu e sentou-se sozinho em uma mesa no centro da sala. Ele então começou a beber.

    — Hm, o que você gostaria de pedir…?

    O homem, que entrou no pub ao mesmo tempo e encontrou uma mesa nas proximidades, pediu algo para comer e ficou de olho em Bjorn. Não havia nada significativo a ser notado.

    — Ugh…!

    Apenas bebendo, bebendo e bebendo mais um pouco. A mesa ao lado dele, que estava vazia, agora estava cheia de bêbados que haviam seguido o cheiro de álcool.

    — Haha! Para beber algo tão forte de uma só vez, você realmente deve ser um gigante!

    As pessoas que inicialmente vieram apenas para conversar com uma celebridade eventualmente se sentaram quando ele provou ser mais divertido do que pensavam. Oh, havia bastante mulheres entre eles.

    — Hm, posso tocar seu braço?

    — …C-Claro!

    — Uau, realmente parece ferro! Oh, eu sou Amy.

    Interessadas no corpo de um aventureiro famoso, essas mulheres que se aproximavam fingindo não estar com medo começaram a tentar seduzir o guerreiro bárbaro. Isso não funcionaria, é claro. Isso porque Bjorn Yandel já tinha três amantes e era conhecido por cuidar de todas as três ferozmente.

    — Eu… sou B-Bjorn, filho de Yandel! Prazer em conhecê-la…!

    “Hã?”

    — Ahem…!

    — Oh meu Deus! Que viril.

    À medida que as mãos das mulheres ficavam mais ousadas e travessas, o guerreiro bárbaro não fez nenhum movimento para detê-las.

    — Posso tocar suas coxas também?

    — Ahem! Se você quiser… — Embora ele agisse como se não tivesse outra escolha, o leve sorriso nos cantos dos lábios provava que ele também estava gostando disso.

    “Esse cara deveria ser um herói…?”

    O homem estava incrédulo, mas nenhuma das pessoas parecia desconfortável com o comportamento dele. Elas não viam isso necessariamente como um problema ético. De qualquer forma, a bebedeira continuou até a noite.

    — Behelaaah! Bebidas! Tragam-me mais bebidas! Eu tenho muito dinheiro!

    Quanto mais se aproximava da meia-noite, mais ele esperava que Bjorn não fosse um jogador. Ele não podia deixar de sentir isso. Quebrar mesas em uma disputa de queda de braço do nada, tentar amenizar declarando que tinha muito dinheiro, ameaçar um cliente bêbado que lhe lançava um olhar por estar sendo barulhento, etc. Isso ia muito além de um ato perfeito de bárbaro. Esse cara era a própria definição de um guerreiro bárbaro sem cérebro.

    “Esse… não pode ser Elfnuna…”1

    Mesmo com esse pensamento em mente, o homem ainda esperou até meia-noite. Ele havia desperdiçado muito tempo ali hoje para sair sem verificar o resultado final. Muito tempo depois, faltava apenas um minuto para a comunidade abrir. Aquele bárbaro ainda estava bebendo com outras pessoas, algo que um usuário da comunidade nunca faria.

    Tick.

    Logo, o ponteiro dos minutos se moveu para a meia-noite. Tendo feito arranjos antecipados para não entrar na comunidade naquele mês, o homem pôde observar Bjorn Yandel sem perder um segundo.

    “…Então não era ele.”

    Mesmo sendo meia-noite, Bjorn ainda estava rindo e conversando. Não importa o quão rápido alguém entrasse e saísse, haveria um breve momento de pausa, mas não houve tal coisa aqui. Isso pelo menos significava que ele não fazia parte da comunidade.

    “Se ele não é um membro, mesmo depois da carta que enviei naquela época… isso deve significar que ele não é um jogador; de outra forma, não haveria razão para ele não se juntar.”

    Logo, o homem se levantou de seu assento com um peso tirado dos ombros. Bjorn Yandel não era um jogador, e ele sentiu uma estranha sensação de alívio ao pensar nisso.

    “Sim, não há como esse cara ser um homem moderno.”


    De acordo com o relato de Kharon, o dia dele ontem foi simples. Isso porque ele passou todo o dia em um pub, bebendo desde a manhã.

    “Não é de admirar que ele fedesse a álcool.”

    Claro, eu não pretendia repreendê-lo por isso. Fui eu quem disse a ele para ir beber em primeiro lugar. Imaginei que se Kharon passasse o dia em um bar, aquele cara estaria consciente do fato de que outras pessoas estavam por perto e não seria capaz de tentar nada engraçado.

    — Então, o que aconteceu enquanto você estava bebendo?

    — Oh, isso? É uma história meio longa… Mas foi muito divertido!

    Eu ignorei a história de um bêbado com quem ele fez amizade no pub e como ele acidentalmente quebrou uma mesa e teve que pagar por isso, porque eu esperava por isso. O preço da mesa e das bebidas não me incomodava desde que meu objetivo tivesse sido alcançado.

    — Se havia alguém estranho no bar? Hmm… — Kharon pareceu vasculhar sua memória embriagada antes de me dar a resposta que eu queria. — Pensando bem, havia um homem fraco sentado no canto o dia todo. Ele era um cara estranho e continuava pedindo coisas sem beber ou comer.

    Assim que ouvi isso, soube que era ele. — Então, o que você fez? Falou com ele?

    — Claro que não. Ele parecia meio vazio na cabeça, então não fui até ele primeiro.

    — Quando esse homem saiu do pub?

    — Eu não sei te dizer… Acho que foi por volta da meia-noite.

    Um sorriso apareceu no meu rosto. Ele estava no pub o dia todo e saiu assim que a meia-noite chegou e passou. Parece que meu truque funcionou. A visão de Kharon se divertindo com os frequentadores do pub deve ter eliminado todas as suspeitas dele sobre mim. Isso significava que meu plano havia sido bem-sucedido.

    — Hum, sim. Meia-noite deve estar certo. Porque foi por volta de uma hora que vi aquela mulher gata.

    “Hã?”

    — …Mulher gata? — A ansiedade cresceu dentro de mim. E, como sempre, era bem fundamentada.

    — Aquela filha de Karlstein!

    Missha havia encontrado Kharon em meu corpo. — O que aconteceu quando você a viu?

    Quando perguntei urgentemente o que aconteceu em seguida, Kharon explicou o ocorrido. — Ela pode ser meio gata, mas agiu mais como um tigre. Posso ver por que você gosta dela.

    Para resumir, aconteceu assim: Missha arrastou Kharon pelo pescoço enquanto ele flertava com as mulheres e eles trocaram uma breve conversa.

    — Desculpe. Não importa o que eu dissesse, nada funcionava.

    Logo, Kharon foi pego. Claro que foi, como ele esconderia o fato de que era uma pessoa completamente diferente dela? Mas a parte importante começava aqui. Então, o que aconteceu?

    — Ela perguntou o que você estava fazendo, então eu apenas respondi honestamente.

    — …Você respondeu honestamente? — Eu falei com os dentes cerrados.

    Kharon se encolheu com meu tom, mas ele deve ter realmente querido dizer isso porque continuou. — Bjorn, você é o herói da nossa tribo. Você está apenas cumprindo seu dever. Por que precisa esconder isso? Então, eu apenas disse a ela honestamente! Que Bjorn está cumprindo seus deveres com as guerreiras da tribo, então nem pense em interferir!

    Eu não respondi.

    — Haha, ela não parecia saber quais eram esses deveres, então expliquei para ela em detalhes. E então pareceu que ela finalmente entendeu e foi embora. Você deveria me agradecer! Agora você pode cumprir seus deveres na terra sagrada sempre que quiser! Mas… por que você está tão quieto? — Kharon perguntou cautelosamente, e eu mais uma vez respondi com silêncio.

    Eu simplesmente não sabia o que dizer aqui. Droga, como as coisas acabaram assim? Mesmo ficar bravo com Kharon seria inútil.

    — Kharon, filho de Tarson. Faça um juramento de guerreiro de que manterá tudo o que aconteceu hoje estritamente confidencial.

    — Juramento? Se quiser, posso fazer isso cem vezes.

    Gemendo internamente, pedi para ele fazer um juramento e Kharon concordou sem hesitação. Esse era o motivo pelo qual eu não podia ficar bravo com ele.

    — Oh, mas o que significa ‘confidencial’?

    — …Significa não contar a ninguém.

    — Isso não é difícil! Sou famoso na tribo por ser discreto!2

    Sim, o que ficar bravo com ele faria? Como um desastre natural, era mais sábio considerar o que havia acontecido uma inevitabilidade. Ninguém ficava bravo com as nuvens de tempestade por trazerem chuva, certo? Kharon já havia feito seu trabalho. Felizmente, conseguimos enganar o GM com sucesso.

    “Agora não tenho escolha a não ser lidar com as consequências.”

    Depois de me despedir de Kharon, fui para casa.

    Thump, thump.

    Diferente do usual, meus passos até lá pareciam muito pesados.


    Quando cheguei em casa, Missha estava sentada no sofá da sala. Eu não conseguia ver nenhum indício de emoção em seu rosto. Sim, nenhum mesmo.

    — Ah, você está aqui? — Missha perguntou como se nada estivesse errado. Mas suas unhas, que sempre estavam bem aparadas, estavam irregulares, e seus olhos estavam vermelhos. Ela passou a noite toda no sofá assim?

    — S-Sim… — Meu coração se apertou. Eu não conseguia dizer nenhuma das falas que preparei e apenas fiquei ali.

    — Ok, então. Vá dormir. — Como se me desse tempo para dizer algo, Missha olhou para mim em silêncio antes de se virar e ir para o seu quarto. Mesmo assim, eu apenas observei.

    O que eu poderia dizer? Que o que Kharon disse a ela não era verdade? Para explicar isso, eu teria que contar a ela sobre o GM. Claro, eu poderia inventar outra desculpa, mas…

    “Poderia piorar a situação.”

    Talvez se isso tivesse acontecido há alguns meses atrás, eu teria seguido por esse caminho. Mas agora, Missha já suspeitava que eu era um espírito maligno. Isso era melhor do que ser suspeito disso. Cumprir os deveres da tribo? Pelo menos isso não parecia algo que um espírito maligno faria. Isso era o melhor.3

    “…Que se foda!”

    Subi rapidamente as escadas e bati na porta de Missha. Não houve resposta. Ela não queria falar comigo?

    — Estou entrando. — Ignorei seus desejos e fiz o que queria como o bárbaro que eu era.

    Crack!

    Felizmente, a porta não estava trancada e se abriu facilmente. Pude ver um montículo do tamanho de Missha na cama, com o cobertor sobre a cabeça.

    “Então você não quer nem me olhar.”

    Foi uma boa coisa eu ter ido atrás dela, porque tudo tinha seu lugar apropriado. Um tanque era uma pessoa que protegia seus companheiros, não os machucava.

    — Se você não quiser falar, apenas ouça. — Eu disse. Ainda não tinha coragem de revelar que era um espírito maligno. Sem nenhum plano em mente, abri a boca do meu corpo bárbaro emprestado. — Nada aconteceu na terra sagrada.

    Missha puxou o cobertor um pouco para baixo ao ouvir minhas palavras. — …Por que você está me dizendo isso?

    Ela perguntou como se estivesse confusa, como se eu não tivesse motivo para dar desculpas, quer ela acreditasse nelas ou não. Ela não estava errada. Missha e eu éramos apenas companheiros de equipe. Houve uma oportunidade para nós termos um relacionamento mais íntimo, mas eu fui quem a afastou. Achei que seria difícil tomar decisões racionais em encruzilhadas futuras se sentimentos românticos interferissem.

    — Bjorn, isso é porque você acha que eu estou desconfortável? Se é por isso que você está sendo atencioso, não precisa…

    — Não é por você. É para minha própria paz de espírito. Diferente de Dwalkie, eu sou um bastardo egoísta. — Cortei Missha e falei. — Missha, nada aconteceu na noite passada na terra sagrada, e eu não quero que você interprete isso mal.

    — Por que você não quer que eu interprete mal…? — Os olhos que espiavam debaixo do cobertor estavam cheios de uma esperança e desejo distintos, que eu não podia ignorar para sempre.

    Respirei fundo antes de continuar. Mesmo que eu possa ser apenas um espírito maligno habitando o corpo de Bjorn Yandel, essa era uma verdade da qual eu não podia fugir para sempre. — Porque eu não considero mais você apenas minha companheira de equipe.

    1. SMCarvalho: É porque não é, kkkk, mas o Hansu Lee consegue atuar dessa forma tbm, eu acho.[]
    2. MrRody: Se ele for tão discreto quanto a Ainar for paciente, vai dar bom![]
    3. SMCarvalho: E mesmo sabendo disso, ele disse aquilo…[]
    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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