Capítulo 266: Bug (5/5)

『 Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』

Ele riu quando eu disse: — Há quanto tempo.

— Não achei que você se lembraria de mim.

Eu acho que ele estava surpreso por eu tê-lo reconhecido. Verdade, afinal, foi um encontro breve. Não tivemos a oportunidade de ter uma conversa cara a cara, muito menos de nos apresentarmos corretamente.

— Memórias assim não são facilmente esquecidas.

Mas como eu poderia esquecer a vez em que tive que rastejar por uma caverna escura de quatro enquanto um pé estava todo ferrado e sangrando por todo lado?

— Patzran, você poderia me passar uma poção?

— Eu estava guardando para quando não pudesse usar o poder divino.

— Você tem muitas de qualquer jeito. Eu pagarei por ela quando sairmos.

— Tsk.

Esse cara, que era o espadachim do grupo que me salvou, jogou uma poção para o líder com uma expressão descontente. Foi uma experiência nova. Quantas vezes na vida você se sente humilhado e grato ao mesmo tempo?

— Gosto desse aspecto dos bárbaros. Sua regra de ferro é retribuir uma dívida, não é mesmo? — O cara interpretou minhas palavras do jeito que queria, um sorriso satisfeito nos lábios.

Eu não me preocupei em corrigi-lo. Bem, é verdade que eu estava grato. — Ainda assim, que surpresa. Não pensei que você também se lembraria de mim.

— Não há muitas pessoas que conseguiriam rastejar uma distância tão grande em um estado como aquele. — O cara me olhou de cima a baixo. — De qualquer forma, pensar que você era aquele Bjorn Yandel. — Sem necessidade de apresentações, ele inferiu minha identidade apenas pela aparência. Hm, eu não sabia se deveria considerar isso uma coisa boa ou ruim.

Enquanto eu ria, Raven se aproximou por trás. — Há quanto tempo, Sr. Patzran.

— Quem… Ah, Srta. Raven?

Eu estava tão surpreso quanto o espadachim. O quê, eles se conheciam? — Certo… sim. Ouvi dizer que você se juntou a esta equipe.¹

— Somos um clã agora, não uma equipe. Mas, de qualquer forma, uau! Eu não fazia ideia de que você e o Sr. Yandel se conheciam. Isso é destino?

— Que destino? Nem sabemos os nomes um do outro ainda. — Quando entrei na conversa, o espadachim riu e revelou seu nome.

— Malmern Patzran.

— Que pronúncia estranha.

— Minha casa ainda insiste em um estilo de nomeação tradicional. Me chame de Patzran. É assim que todos me chamam.

— Casa? Você é um nobre?

— Nobre? Talvez milhares de anos atrás.

Eu entendi o que ele quis dizer imediatamente. Havia casos assim de vez em quando, pessoas de famílias que outrora eram nobreza ou realeza em países antes do fim do mundo. Mas depois de entrar nesta cidade, foram degradadas a meros plebeus. Eles não tinham títulos, mas ainda sustentavam sua legitimidade interna decidindo sobre os chefes de suas casas e coisas do tipo.

— Então, o que estava fazendo na frente do nosso barco? — Após as apresentações, Patzran foi direto ao ponto.

Como eu não estava fazendo nada em particular, respondi honestamente. — Estávamos apenas explorando a ilha toda.

— Entendi. — Minha fama era uma coisa, mas como ele conhecia Raven, Patzran não duvidou da nossa explicação. — Nervio Pertia. — Ele ativou o círculo mágico gravado no barco e o reverteu para o subespaço. Foi um pequeno ato, mas que realmente me incomodou.

— Onde está seu grupo daquela vez?

— Eles estão explorando a ilha.

— Acho que isso significa que vocês estão procurando por algo?

— Bem, não acho que somos familiarizados o suficiente para discutir isso.

“Nossa, tão defensivo.”

Foi uma resposta firme que estabeleceu limites claros, mas eu tinha uma ideia geral do que eles estavam fazendo.

“Eles ancoraram na costa e depois enviaram apenas uma pessoa para guardá-lo…”

Isso deve ser porque estavam procurando por algo. A maioria das gravações de invocação tinha um período de recarga, afinal. Se tivessem determinado que não havia nada a procurar, teriam saído no barco imediatamente em vez de esperar novamente.

“Mas desativar a invocação significa que encontraram o que procuravam.”

Nesse caso, o que eles poderiam estar procurando? Havia uma coisa que me vinha à mente. Eu também vim ao sexto andar com esse objetivo.

“Se for o caso, isso atrapalha meus planos…”

Mesmo enquanto lambia os lábios inconscientemente de arrependimento, me certifiquei de controlar minha expressão para que meus sentimentos não transparecessem. Mas parecia que o mesmo valia para meu oponente.

— Yandel, quanto tempo vocês vão ficar nesta ilha? — Patzran perguntou casualmente, seu tom despreocupado.

“Huh, ele está tentando me sondar?”

— Provavelmente vamos ficar aqui.

— Ficar? Não há nada de especial aqui.

— Esta é a nossa primeira vez aqui.

— Hmm, não seria uma má ideia para vocês irem pelo menos para a próxima ilha… — Patzran disse esperançoso antes de mudar repentinamente de tom, aparentemente percebendo que tinha ido longe demais. — Bem, não importa. Tenho certeza de que vocês descobrirão isso por conta própria.

“Sim, quem é você para decidir para onde vamos?”

— De qualquer forma, se vocês ficarem nesta ilha, podemos nos encontrar novamente. Até mais, então, Yandel. — Logo, Patzran encerrou a conversa. Era óbvio o que ele estava pensando. Ele provavelmente queria se apressar e informar seus companheiros da nossa presença.

— Espere — eu disse rapidamente, e Patzran se virou. Ele parecia curioso sobre por que eu o chamei de repente. Eu não podia deixá-lo ir assim, porém. Para ser honesto, algo estava me incomodando durante toda a conversa. — Não é só Yandel, é Baronete.

— …O quê?

Ele inclinou a cabeça como se tivesse ouvido errado, então falei mais claramente desta vez. — Eu disse que é Baronete Bjorn, filho de Yandel.

“Quem ele pensa que é, tentando agir de forma amigável? Ele acha que ainda sou o bárbaro no chão daquela vez?”

— Então vou indo. Ahem! B-Baronete Yandel…

Quando Patzran se afastou da nossa linha de visão, Raven suspirou. — …Sr. Yandel, você precisava fazer isso? — Era óbvio do que ela estava falando. Ela deve achar que fui muito duro.

Mas eu endireitei meus ombros com orgulho. — Não é como se eu pedisse para ele falar com as mais altas honrarias.

“Eu não pedi para ele me chamar de Sir Baronete Yandel. Nem critiquei sua fala casual. Então, o que você quer dizer com ‘você precisava fazer isso’?”

— Raven, sou eu quem não entende você. Que outro nobre é tão generoso?

— Ah, não tenho nada a dizer sobre isso… Ainda assim, você nunca fez algo assim antes. O que aconteceu entre vocês dois? — Raven parecia considerar isso algum tipo de vendeta pessoal da minha parte, mas esse não era o caso. Eu era honestamente mais grato a ele do que qualquer outra coisa. Mas isso e aquilo eram coisas separadas.

— Raven, há uma grande diferença entre falar comigo casualmente porque eu disse para ele e falar casualmente primeiro quando eu nunca disse que ele podia. — Mesmo quando me tornei nobre, meus companheiros e conhecidos não mudaram a forma de falar comigo. Isso porque eu disse para não mudarem. Mas Patzran? Era provavelmente hipócrita da minha parte apontar isso como bárbaro, mas ele falou casualmente comigo assim que me viu.

— Hah, então você está dizendo que fez isso pelo seu orgulho como nobre? Você é um verdadeiro nobre agora.

O que essa garota está dizendo? — Não como nobre, mas como líder do clã.

— …Perdão?

— Onde quer que eu vá agora, eu represento todos vocês. Mas eu deveria ter apenas rido e seguido em frente em consideração a um aventureiro que eu não conheço bem? Só porque é alguém que conheço?

— Isso…

Mais importante, o objetivo da equipe deles parecia coincidir com o nosso, então nos encontraríamos novamente no futuro. Foi por isso que ativei o Modo Nobre Bárbaro, determinei que deixar-nos sermos subjugados desde o início não era sensato a longo prazo.

— Desculpe por ser crítica. Eu não pensei tão longe. — Raven abaixou a cabeça e se desculpou. Essa era uma de suas forças: admitir um erro e se desculpar honestamente.

— Isso é tudo o que preciso. Já esqueci. — Eu acenei com a mão com um coração generoso como o bárbaro que sou e, em vez disso, fiz a pergunta que estava na minha mente. — Mas Raven, você não gosta de nobres?

— Não? Não é isso, de jeito nenhum.

“Hmm, sério? Seu tom foi muito afiado mais cedo. Oh, ela é amiga íntima daquele homem? E é por isso que ela ficou com raiva ao me ver intimidando-o?”

Perguntei diretamente porque achei que essa era uma teoria plausível, mas Raven balançou a cabeça novamente. — Ah, definitivamente não é isso. Eu só encontrei o Sr. Patzran algumas vezes em banquetes…

— Hmm, então por que você estava tão zangada?

— Eu não estava zangada.

— Mas você estava definitivamente diferente do usual.

Raven teve dificuldade em responder minha pergunta. Em vez de parecer desconfortável, parecia mais que ela também não sabia a razão. — Só me incomodou um pouco. Enquanto outros nobres são assim, eu esperava que você não fosse igual, acho… Não, espere. O que estou dizendo? Ugh, eu também não sei. — Raven parecia confusa.

Eu ri. Achei que sabia o que ela queria dizer. Até eu me sentiria estranho se Ainar de repente mudasse e começasse a agir como uma figura autoritária. Uhum, o charme de um bárbaro era sua mente, que era tão simples quanto pedra.

— Ah, vocês dois, parem! Que vibe estranha é essa?! — Não gostando do clima estranho, Missha interrompeu e o assunto mudou naturalmente. — Então, o que vamos fazer agora? Ainda há muito da ilha para explorar.

— Ah, estou pensando em terminar o tour pela ilha.

Isso deve ser suficiente para medir o tamanho da ilha, e já confirmamos que havia outras pessoas aqui além de nós, competidores que podem ter vindo a esta ilha pelo mesmo motivo.

— Então, o que vamos fazer agora?

Minha resposta à pergunta de Raven foi breve. — Vamos para o interior da ilha.

Você não pode ser um aventureiro se vai recuar só por causa de alguma competição.

A Ilha Farune, a ilha mais próxima da Ilha dos Começos, era um popular campo de caça. Os monstros eram todos de nível oito ou inferior, mas era um local vantajoso financeiramente porque monstros do tipo inseto surgiam aqui em grandes quantidades. Sim, isso se você olhasse apenas os lucros.

— Erwen, fogo! Fogo! Fogo! Depressa!

— O-Ok!

— Ahhh! Acho que um entrou na minha boca!

— Srta. Ainar! Uma pedra de mana acabou de sair da sua boca! Você realmente mastigou o monstro até a morte?!

Krungby era um monstro do tipo inseto de nível oito maior que o rosto de uma pessoa que podia convocar enxames de insetos.

Whooosh!

Cada vez que Erwen e Raven liberavam suas habilidades de área de efeito em larga escala com magia ou espíritos de fogo, éramos banhados por pedras de mana, mas ninguém parecia feliz com isso. Eu não era diferente.

“É mais nojento do que eu pensava.”

Embora me considerasse alguém com estômago forte, isso ainda estava se mostrando um desafio. Fluídos corporais grossos me cobriam completamente, e o cheiro de insetos sendo assados era repulsivo. Cara, eu gostaria de não ter que saber que esse cheiro existia.

— Eu nunca ouvi dizer que havia tantos monstros aqui. Mas acho que como não há pessoas por aqui… Kyaaa!

— Não fale! Vai entrar na sua bo… oooH!

Mesmo enquanto meus companheiros de clã estavam passando pelos piores momentos de suas vidas, eles não pediram para voltar. A razão para isso era simples.

— Bjorn, parece que você estava certo.

— Sim. Deve haver algo nesta ilha. Caso contrário, aquelas pessoas não teriam vindo aqui com um barco tão grande.

Claro, eu não sou um aproveitador, então não planejava segui-los o suficiente para descobrir o que era. Não só eu já sabia o que era, mas ninguém no nosso clã era moralmente falido o suficiente para concordar com um plano assim em primeiro lugar. Então decidimos procurar por conta própria, assumindo que algo estava escondido na ilha.

“Graças a isso, não parecerá suspeito mesmo se encontrarmos mais tarde.”

O problema era a equipe de Patzran, porque a característica escondida aqui era um tipo de evento que visava a ilha inteira.

“Se não houver mais ninguém na ilha além de nós, há um total de onze pessoas.”

Isso ainda não excedeu quinze pessoas, que era a condição para desbloquear o nível de dificuldade mais alto, mas onze já era difícil o suficiente.

“É provavelmente por isso que ele também tentou nos mandar embora. O evento seria muito mais fácil de passar sem nós aqui.”

Isso me deixou um pouco curioso. Como ele sabia sobre este easter egg²? Poderia haver um jogador entre os membros do grupo dele? Ou ele era um jogador?

“Tenho certeza de que vou ter uma noção disso quando nos encontrarmos…”

Enquanto eu caminhava com esses pensamentos em mente, Erwen nos parou. — Senhor, alguém está lutando ali. — Ela apontou na direção do centro da floresta. Como era alguém com audição várias vezes melhor que a nossa falando, eu tinha certeza de que ela não ouviu errado.

— Parece que a equipe do Sr. Patzran está caçando — disse Raven. — Hmm, se os encontrarmos aqui, acho que ele vai entender errado e pensar que os seguimos…

— Não. Eles não estão caçando. — O olhar nos olhos da Erwen era afiado.

— Desculpe? O que você quer dizer com eles não estão caçando…

— Quero dizer que é o som de pessoas lutando contra outras pessoas.

Em outras palavras, havia um Player Kill em andamento.

1. Isso na verdade foi revelado para nós leitores no cap 41; Apesar da maioria não notar; Mas, o homem que salvou o Bjorn quando ele entrou no labirinto, é o mesmo a quem a Raven ligou quando quis saber o que o aventureiro faria se alguém tivesse forçado uma essência nele.[↩]
2. Easter Egg significa Ovo de Páscoa; É o apelido dado a pequenos fatos secretos que desenvolvedores colocam em seus jogos, pois, nos Estados Unidos, é normal para crianças brincarem de encontrar ovos de páscoa escondidos durante a mesma.[↩]