Capítulo 290: Peixe Grande (2/4)
『 Tradutor: MrRody Revisor: SMCarvalho 』
Tum.
Meu coração, que batia de forma baixa e constante, começou a acelerar. — …Você é Auril Gavis? — Ele era talvez a única pessoa que poderia responder a todas as perguntas que eu tinha desde que acordei neste corpo. — Você… realmente foi quem fez aquele jogo?
— Tenho certeza de que concordamos em alternar quem faz as perguntas, mas, como entendo como você provavelmente está se sentindo, responderei a esta. — Ele assentiu. — Isso mesmo. Eu fiz aquele jogo.
Caramba, então era realmente ele. Supondo que ele não estivesse mentindo, claro.
— Agora, já que revelei meu nome, é a sua vez. Qual é o seu nome? — Agora que a bola estava na quadra dele, ele fez uma pergunta sem fazer rodeios.
“Ele deve estar perguntando pelo mesmo motivo que eu perguntei.”
Nomes eram importantes, especialmente em um mundo espiritual onde aparências não significavam nada. Como podia ser inferido pelo fato de que o Erudito Caído usava a aparência de uma criança aqui, neste lugar, tomávamos a forma que considerávamos nossa. Mas esse anonimato desaparecia no momento em que revelávamos nossos nomes. Isso abria uma oportunidade para ele me encontrar do lado de fora.
— Hansu Lee. — Revelei meu nome verdadeiro, que não havia contado a ninguém além de Baekho.
Claro, o velho não ficou satisfeito com isso. — Oh? Acho que isso significa que você é da Coreia? Mas minha pergunta foi sobre o nome que você usa aqui, não esse.
— O nome que uso aqui, huh? — Ok, imaginei que ele perguntaria isso. — Nivelles Enze.
Isso era tecnicamente um nome que eu usava aqui também, certo? Como eu já havia lidado com Baekho, que era capaz de distinguir entre verdades e mentiras, joguei deliberadamente um truque. Esse poderia ser o criador da Távola Redonda, afinal. Se esse fosse o homem que criou o sistema de joias que formava a base do grupo, não achava estranho supor que ele pudesse ter uma habilidade assim.
“Não custa nada ser cauteloso…”
Com minha resposta, o homem me deu um olhar indecifrável. — Hmm…
— Há algum problema?
Ele apenas me observou por um momento antes de anunciar o fim da sua vez. — Não. Agora é a sua vez.
Minha cabeça estava girando. O que eu deveria perguntar primeiro? Havia tantas coisas que sempre quis perguntar se algum dia encontrasse esse homem, então era difícil priorizar.
“Sim, vamos perguntar isso primeiro.”
Escolhi uma das perguntas da minha lista. — Por que você nos trouxe para este mundo? — Esta era a raiz de todas as ações: motivação. Por que ele fez algo assim?
Em vez de responder, Auril Gavis fez um comentário estranho. — …Você certamente é especial.
— O que isso significa?
— Encontrei algumas pessoas da Terra, mas a maioria acredita que está apenas dentro de um jogo.
Ah, então era isso que ele queria dizer. Para ser justo, eu também costumava pensar assim. No entanto, depois de passar por tantas dificuldades aqui, consegui obter muitas pistas. Em pensar que eles ainda podiam ser tão iludidos. Este lugar era um mundo diferente. Se minha teoria estivesse correta, Dungeon and Stone era simplesmente um jogo baseado nesse mundo.
— Então, sua resposta?
— Justo, no que lhe diz respeito, não haveria nada que você gostaria de saber mais do que isso. — Logo, Auril Gavis abriu a boca e deu-me a razão pela qual essas pessoas tiveram que trazer seres de um reino distante para este mundo. — Porque vocês são os únicos que podem abrir a porta para o Portal do Abismo.
— O quê? O Portal do Abismo? O que poderia ser…
Auril Gavis me interrompeu. — As perguntas são feitas uma de cada vez. Não era essa a regra?
— Ah… Sim, é verdade. — Faça sua pergunta.
Quando cedi minha vez, o homem sorriu. — Você… Usou o Fragmento da Pedra dos Registros? — Os olhos do velho enrugado brilharam com expectativa ansiosa. O Fragmento da Pedra dos Registros era uma herança de família passada por gerações da casa real de Noark, e um tesouro com a incrível habilidade de reverter o tempo.
“Droga, como ele descobriu isso?”
No momento em que ele mencionou isso, meu coração deu um salto. E com razão, porque eu não tinha imaginado por um momento que a pergunta que ele faria depois do meu nome seria uma que fosse direto ao coração da minha situação.
“Merda, o que eu respondo?”
Já era tarde demais para desviar casualmente da pergunta perguntando o que era o Fragmento da Pedra dos Registros. Ele já teria notado que eu também estava perturbado.
— Pode levar o tempo que precisar — disse Auril Gavis.
Tomei uma decisão rapidamente. — O que te fez pensar isso?
Claro, eu sabia que perguntar isso não era diferente de meio que confirmar suas suspeitas, mas o que mais eu poderia fazer? Não só ele era alguém em quem mentiras não funcionavam, mas devia haver algo que eu fiz que o fez pensar nisso em primeiro lugar. Auril Gavis já havia saltado direto para a certeza. Se ele não estivesse certo, nunca teria mencionado o Fragmento da Pedra dos Registros na minha frente.
— Tenho três razões. — Auril Gavis sorriu enquanto explicava a base de suas suspeitas como se estivesse explicando algo para seu neto. — Primeiro, você é forte demais para estar aqui há apenas um ano. Segundo, você não era uma das pessoas que eu convidei para este lugar. Terceiro, você pode ser forte, mas não o suficiente para invadir meu território sem permissão.
— Só com isso…?
— Haha, não é ‘só’. Para que todas essas coisas sejam verdadeiras, não há outra explicação a não ser essa.
“Ainda não entendo, porém…”
— Então posso assumir que a resposta à minha pergunta é sim?
Seria ridículo negar agora, então simplesmente admiti com frieza. Era uma pena eu ter sido exposto em duas perguntas, mas o que eu poderia fazer? Eu só tinha que fazer o controle de danos a partir deste ponto.
— Haha, já que você é da Terra, não teria vindo do passado. De que ano você é?
— As perguntas devem ser feitas uma de cada vez, eu acredito.
— Ah, está certo. Vá em frente. — Auril parecia estar de bom humor. — Então, sobre o que você está curioso agora? O que é o Portal do Abismo? Se a bruxa está viva? Hmm, ou você pode estar se perguntando se o mundo exterior é realmente o inferno, como o rei afirma. — Ele soava como se fosse responder qualquer coisa que eu perguntasse.
“Está me irritando de uma maneira estranha.”
Será que era porque eu o vi dispensar friamente os outros membros antes? A estranha gentileza de Auril Gavis estava despertando meu lado rebelde.
“Devo simplesmente abandonar o navio agora?”
Eu até comecei a me perguntar se seria mais sábio encerrar a sessão de perguntas e respostas aqui e pedir para ser enviado para fora. Não havia nenhuma razão racional para eu me sentir assim, mas não era o tipo de coisa que eu deveria ignorar. Baseado na minha experiência, ignorar esses sentimentos instintivos geralmente levava ao desastre.
“Mas se não for agora, posso nunca mais ter outra chance de descobrir essas coisas.”
Eu não podia negar que esta era uma oportunidade preciosa demais para deixar passar simplesmente porque era um pouco desconfortável. Este velho teria todas as respostas. Logo, decidi.
“Vamos esquecer todas as pequenas curiosidades e perguntar sobre o que é importante. Você é daqui? Então, como mudou de dimensão? Você tem camaradas que compartilham seus objetivos, e por que criou este mundo espiritual?”
Engolindo de volta as muitas outras perguntas que tinha, perguntei: — Por que você está tentando abrir o Portal do Abismo? — Quando se tratava de pessoas, a motivação era uma das coisas mais fáceis de entender sobre elas. O que movia as ações deste homem?
Auril Gavis respondeu após uma breve pausa. — Por que você pergunta isso?
— Achei que concordamos em uma pergunta de cada vez.
— Haha, não seja tão frio. Eu só estava me perguntando se você não deveria perguntar primeiro o que é o Portal do Abismo.
Sua pergunta era justificada. Era apenas que não parecia uma questão razoável, na minha opinião.
— Haha, acho que estou começando a entender que tipo de disposição você tem — ele disse.
— Então, qual é a sua resposta?
— Eu planejava responder qualquer pergunta que você tivesse para mim, mas isso parece um pouco injusto.
— Está dizendo que não vai responder?
— Ainda não conheço muito bem quem você é. Tudo tem uma ordem adequada.
Ha, eu não esperava que ele tomasse essa postura. Então teríamos que encerrar a sessão de perguntas e respostas aqui?
— Que tal isso? Se o Portão do Abismo se abrir, você poderá voltar ao seu mundo original. Que tal? Não é o que você perguntou, mas não é o suficiente?
Auril Gavis jogou essa informação quase como se fosse uma recompensa. Era óbvio que ele sempre planejou responder assim se eu perguntasse por que ele queria abrir o Portão do Abismo.
“Mas isso não pode ser tudo.”
Tive a sensação de que ele estava escondendo a parte realmente importante. Se a única coisa que o Portão do Abismo fizesse fosse nos permitir voltar, ele não teria razão para nos trazer aqui.
Bem, é por isso que eu queria verificar seu motivo… Se é assim que ele quer jogar, eu também posso deixar passar coisas difíceis de encobrir a partir de agora.
— Tudo bem, é sua vez agora. — Eu casualmente entreguei as rédeas como se estivesse satisfeito com a resposta dele. Prosseguimos para uma troca rápida de perguntas.
— De que ano você é?
— Ano 154.
— Vinte anos a partir de agora.
Ele lentamente me interrogou sobre minhas informações pessoais e eu fiz o mesmo.
— Sua relação com o palácio é hostil?
— …Pode-se dizer que sim.
— O que quer dizer? Quero que seja claro.
— Somos adversários.
“Hmm, é assim? Então vocês não estão todos no mesmo barco.”
— Quem lhe enviou o convite deve ter sido o eu do futuro… não, espere, deixe-me reformular a pergunta. Quem lhe deu o convite?
— Um espírito maligno da Terra apelidado de GM.
— …GM?
— Eu também não sei mais nada sobre ele.
— Entendi. Agora é sua vez.
— Por que o palácio está escondendo o fato de que o mundo exterior está normal?
— Hmm, acho que essa informação se espalhou tanto nos próximos vinte anos? — Auril tentou me sondar sorrateiramente, mas quando eu não respondi, ele me deu uma resposta. — O palácio acredita que essa é a melhor maneira de proteger este mundo.
— Quer dizer que não é por simples sede de poder.
— Infelizmente. — Assumindo a próxima vez, Auril perguntou em que dificuldade eu venci o jogo.
Respondi — Vezes Quinze.
— …Você está mentindo.
Caramba, que cara de pedra. Mas isso confirmou uma coisa: realmente havia um detector de mentiras funcionando.
— De qualquer forma, eu não entendo. Por que você mentiria sobre isso e não sobre o resto… — Auril parou como se tivesse chegado a uma conclusão. — O original! Pode ser que você tenha completado minha versão original? — Ele levantou a voz com empolgação.
“Maldição.”
Era cheque-mate. No momento em que eu respondesse negativamente, se tornaria outra resposta completamente diferente.
“Nossa, e ele disse que minhas perguntas eram injustas?”
Era ridículo, mas o que eu podia fazer? Afinal, este era um mundo onde os fortes conseguiam tudo. Um pequeno como eu só podia engolir. Fiquei em silêncio, incapaz de dizer honestamente ‘não’.
O velho tomou meu silêncio como confirmação. — Você completou, completou! Certo, não há como o Fragmento da Pedra dos Registros reagir a alguém que veio de um produto lixo, produzido em massa como essas outras versões! — ele divagou fervorosamente e principalmente para si mesmo. Enquanto eu ouvia, me senti um pouco constrangido. — Diga-me, como você venceu? Quanto tempo levou? Não, o que você fazia originalmente para viver?
De repente, parecia que o velho estava desesperado. No entanto, como os idosos tendem a ter altos e baixos emocionais extremos, senti a necessidade de verificar se era realmente o caso. — Quero beber algo.
— Hã? Mas você não pode sentir sede aqui…
— Então está dizendo que estou mentindo?
Quando tirei minha máscara e franzi a testa, o velho rapidamente fez um copo e o encheu com água.
“Hmm, isso não vai servir.”
— Sprite.
— …Sprite?
— Quero que seja sprite, não água.
— Ahh! Você quer dizer isso? — O velho rapidamente trocou o líquido no copo. Estava claro, mas definitivamente era sprite, dado as bolhas que subiam do fundo. Não pude evitar de engolir tudo.
— Aah… — Ao contrário das bebidas sem gosto e sem cheiro que eu normalmente encontrava no quarto de Hansu Lee na comunidade, senti a sensação refrescante do ácido carbônico descendo pela minha garganta.
Burp.
— Haha, você bebe com vontade, como um homem. De qualquer forma, se você terminou, quero que me responda agora. Existem muitos outros que venceram o original em vinte anos, como você?
A essa pergunta, um sorriso se espalhou pelo meu rosto. Com razão, porque meus instintos bárbaros, que estavam afinados com estruturas hierárquicas, estavam me dizendo algo. Eu não sabia o que era tão importante sobre completar o original, mas talvez eu tivesse a vantagem agora.
— Hmm, você está tão curioso assim?
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