Capítulo 333: Ao Futuro (3/6)
『 Tradutor: MrRody Revisor: SMCarvalho 』
O que eu estava fazendo agora e com que propósito? Para se tornar um jogador excelente, era necessário estar constantemente ciente dos seus objetivos e dos meios para alcançá-los. Fazendo isso, você podia reduzir a quantidade de tempo desperdiçado desnecessariamente. Essa era a maneira de ter uma gameplay eficiente.
Slurp!
Enquanto eu lambia meus lábios, estava ocupado revisando minha lista do que queria alcançar nesta viagem à comunidade. Não precisava pensar por muito tempo, pois tudo podia ser resumido em uma frase. Meu objetivo era descobrir a identidade do GM.
“Hmm, essa seria melhor.”
【Estilo Leão Quarta Forma: Possessão.】
Indo além da atuação, essa era uma técnica que me permitia continuar uma conversa de forma fluida como se eu tivesse sido possuído pela pessoa que estava incorporando. Acabei de inventar isso.
— Haha, te surpreendi? — Quando ri como o velho, os olhos do cara branco se arregalaram.
— V-Você é realmente ele, senhor? — Sua voz era acolhedora, mas ele sentiu que algo estava errado? Sua guarda, que parecia ter baixado um pouco, subiu ainda mais. — Mas sua altura é diferente… Sua pele também…
“Haha, você tem muitas dúvidas para um novato. Um dia, você será um grande homem.”
Falei como se estivesse bastante feliz por estar recebendo suas suspeitas. — Eu poderia dizer o mesmo de você. — Meu tom era o de um avô ensinando algo novo ao neto gentilmente.
O homem olhou ao redor como se tivesse acabado de perceber algo, então verificou seu reflexo no vidro da janela na parede. — Ah, então essa é sua verdadeira forma?
— Isso mesmo.
— Mas por que a máscara…?
— Eu não quero mostrar meu verdadeiro rosto para os outros.
— Ah…
‘Ah’ o quê? Foi bastante engraçado vê-lo acenar como se entendesse minha lógica, mas me certifiquei de manter uma expressão séria. Eu não era Hansu Lee agora.
— Haha, então o que achou daqui? — Decidi começar com uma pergunta leve e reunir informações aos poucos.
— Ah, certo… ainda não tenho certeza. Também não tenho certeza de como fazer a coisa que você me falou…
A coisa que eu disse? Eu não fazia ideia do que ele estava falando. Então…
【Estilo Leão Segunda Forma: Fique Quieto.】
Usando a habilidade secreta que sempre me garantia meio caminho andado, logo senti uma puxada na linha.
— A… materialização que você mencionou? Até isso não é tão fácil…
“Ah, isso.”
Felizmente, era algo com o qual eu estava familiarizado. Era uma função essencial para dominar se você quisesse ser ativo na comunidade dos Caça-Fantasmas.
“Normalmente só funciona no mundo interior de uma pessoa. Mas como ele assumiu a posição de Mestre, acredito que isso também seria adequado para ele aqui.”
Rapidamente analisei a situação e continuei a conversa de forma suave. — Haha, é natural ter dificuldades no início. Vou te ajudar um pouco. Há algo que você gostaria de comer?
— …Sim.
— Feche os olhos e imagine em sua cabeça com detalhes. Imagine que está em suas mãos. Sim, bom trabalho. Você aprende rápido.
— Desculpe…?
— Gostaria de abrir os olhos?
— Sim… H-Hã? — O homem abriu os olhos, que se arregalaram ao ver o hambúrguer em sua mão. Ele deu uma grande mordida. — …Não consigo sentir o gosto.
“Ah, isso? Desculpe, essa função foi removida quando a Távola Redonda foi criada antes de você se juntar… Mas não há necessidade de dizer uma verdade tão cruel.”
— Isso é inevitável, então não fique muito abatido.
— Certo… — O homem assentiu em aceitação, mas ainda não conseguiu esconder sua decepção.
Não era como se eu não pudesse simpatizar. Quando vim para os Caça-Fantasmas pela primeira vez, também não pude esconder a decepção que senti ao experimentar a lata de Sprite na geladeira.
— Ah, hm.
— Fale.
— Mas o que aconteceu com você, senhor? Você disse que eu nunca mais te veria… — Julgando pelo seu tom, ele não estava desconfiado de mim, apenas curioso.
Não era uma pergunta muito difícil, então pude responder facilmente. — Eu estava preocupado com você. Achei que deveria encontrá-lo aqui pelo menos uma vez e oferecer alguma ajuda antes de partir.
— Ah, entendo…! — Como o novato ingênuo que era, o homem confiou nisso sem um pingo de suspeita.
Assim que vi isso, soube que o momento era perfeito. Como consegui ganhar um pouco de sua confiança, era hora de cavar um pouco mais. — Não se preocupe demais. — Dei um tapinha no ombro do homem casualmente, como alguém sem segundas intenções. — Com um talento mágico como o seu, você melhorará rapidamente na materialização.
O GM era um mago. Já sabia disso depois de encontrá-lo pessoalmente meses atrás, mas a razão pela qual escolhi deliberadamente as palavras ‘talento mágico’ era simples. Era melhor ser cauteloso com tudo. Como ele estava apenas em seu primeiro ano, era possível que ele ainda não fosse oficialmente um mago.
— Ah, magia… é por isso que você me escolheu, senhor. — Julgando pelo seu tom, parecia que ele já havia escolhido o caminho do mago. — Ainda assim, há algo que não entendo muito bem. Haveria muitas pessoas mais capazes do que um meio-mago como eu, então por que…?
— Não se menospreze. Quantos dos chamados para este mundo se estabeleceram tão rapidamente quanto você? Você certamente se tornará ainda maior com o tempo. — Quando comecei a elogiá-lo inocentemente, o homem desviou o olhar, visivelmente envergonhado. Neste ponto, tentei cavar mais um pouco sobre sua identidade. — A propósito, qual era seu nível mesmo?
— Sexto nível.
O quê? Eu fiquei genuinamente surpreso. Não teria nem um ano desde que ele foi chamado aqui, mas sexto nível? Isso era possível em tão pouco tempo?
Enquanto essas perguntas preenchiam minha mente, o homem murmurou em um tom autodepreciativo — Felizmente, meu nível é alto, mas ainda não consigo usar magia corretamente, então vivo sempre em alerta…
Isso respondeu às minhas perguntas. Combinado com o fato de que ele se chamou de meio-mago antes e me disse que ainda não conseguia usar magia, isso tinha que significar que o personagem que ele possuía quando chegou aqui era um mago. Estatisticamente, a possessão de espíritos malignos só acontecia quando a pessoa possuída tinha vinte anos. No entanto, ao contrário dos aventureiros, que só podiam entrar no labirinto como adultos, os magos podiam selecionar sua classe em uma idade jovem.
“Ha, enquanto eu comecei do zero como bárbaro…”
Mesmo enquanto me via ficando com inveja de outra pessoa pela primeira vez em muito tempo, gravei aquela informação vital na cabeça. Então, havia casos como esses entre os espíritos malignos.
— Hm… qual é o problema?
Eu ri. — Não é nada. Estou apenas orgulhoso de você.
— Por favor, não diga essas coisas. Isso me deixa envergonhado…
— Envergonhado? Como saber suas falhas e trabalhar duro para corrigi-las é algo para se envergonhar?
Com as palavras calorosas que quase me deram cáries só de dizê-las, o homem olhou para mim, comovido. — Senhor…!
“Ok, no jogo, ele estaria no estado Confuso agora.”
Fiz outra pergunta sutilmente. — Mas… qual é o seu nome?
Já era hora de eu aprender a identidade do GM, que estava envolta em mistério. Eu sabia que ele era um mago, mas ainda não sabia seu nome ou rosto, então queria aproveitar esta oportunidade para descobrir.
— Perdão? Meu nome? Por quê…? — O homem parecia confuso com minha pergunta. Sinais de desconfiança começaram a surgir em seus olhos, algo que eu havia trabalhado arduamente para amenizar, conquistando sua confiança até agora.
“Bem, acho que não vai funcionar assim.”
Rapidamente tomei uma decisão e tirei o Plano B da cartola. O Plano A era apenas para testar as águas de qualquer maneira. — Haha, eu estava perguntando pelo seu nome verdadeiro — disse alegremente.
— N-Nome verdadeiro? — O homem parecia surpreso por um momento antes de exalar alívio. — Ah… claro. Estava me perguntando por que você estava perguntando meu nome de repente. Você não tem motivo para perguntar isso…
— Haha, eu estava perguntando apenas por curiosidade, então você não precisa responder se não se sentir confortável.
— Não. Não há sentido em esconder meu nome verdadeiro. É Oliver Wiseman.
— Que nome bonito, haha… — Ri como o velho e deixei o nome ‘Oliver Wiseman’ entrar por um ouvido e sair pelo outro. Como ele disse antes, qual era o sentido em saber isso? Nomes reais eram inúteis aqui.
— Mas, senhor?
— Hmm?
— Posso pedir um conselho?
— Claro. Vá em frente.
— Você me disse para transformar este lugar em um lugar para que espíritos malignos, não, jogadores, interajam.
“Uh, ele disse?”
— Sim, eu disse.
— Acho que posso produzir a pílula de que você falou com um pouco mais de pesquisa, mas estou perdido quanto aos outros aspectos. Você poderia me dar alguns conselhos sobre isso?
— Hmm…
— Não sei como começar a decorar este lugar.
Ah, isso. Depois de pensar um pouco, dei ao GM o que sabia que acabaria sendo um ótimo conselho. Como eu havia decidido seguir o jogo, não foi nada difícil ajudá-lo. Se ele não sabia como administrar esta comunidade, eu só precisava dizer a ele o que vi no futuro.
— Já que este mundo classifica pessoas como vocês como espíritos malignos, os outros relutarão em entrar neste lugar. Deve haver um sistema para manter o anonimato completo.
— Ah! Tenho uma ideia para essa parte! Acho que posso criar algo como um fórum na internet…
— Fórum na internet?
— Desculpe. Esse deve ser um termo desconhecido para você.
O GM explicou as comunidades da internet de uma maneira fácil de entender, como alguém ensinando um velho sobre cultura pop. Para alguém que viveu com a internet a vida toda, essa explicação foi completamente redundante. No entanto, aprendi uma coisa com isso.
“Então, Auril não se apresentou adequadamente.”
Julguei pelo jeito que esse cara estava falando que parecia que Auril apenas se apresentou como um espírito maligno de outro mundo e não como o criador do jogo. De qualquer forma, isso não era importante.
— Oh, isso parece uma boa ideia. Mas já que você está nisso, acho que também seria uma boa ideia usar esses ‘computadores’ que você mencionou antes. Isso combina com a forma de uma comunidade e seria mais fácil para as pessoas se adaptarem a algo com que estão familiarizadas.
— Oh… você tem razão!
— Também seria uma boa ideia criar algo como uma troca para diferentes grupos se ajudarem. Um lugar para trocar informações e itens da vida real sem revelar suas identidades será uma perspectiva atraente para muitos.
— Uau…
— E quando você enviar essas pílulas, envie uma carta em sua língua materna para explicar que tipo de lugar este é.
— Incrível…! É impressionante o suficiente que você tenha entendido o conceito de computadores e comunidades imediatamente, mas também pensar em tudo isso…!
Passei um tempo descrevendo a forma final dos Caça-Fantasmas para o GM como se tudo fosse ideia minha. Com cada seção, o GM soltava exclamações de admiração.
Mas parecia que algo ocorreu a ele tardiamente. — Só pelo que você está descrevendo, será um lugar extraordinário. Mas como posso criar tudo isso? — perguntou o GM, inclinando a cabeça. Para isso, eu não tinha nada a dizer.
“Como assim, como? Isso é para o engenheiro descobrir. Como eu saberia o processo?”
— Se for você, você pode fazer isso — disse firmemente.
— Desculpe…?
— Você pode ainda ser inexperiente em materialização, mas você se acostumará lentamente. Eu acredito no seu potencial.
— Ah, certo… — respondeu o GM meio sem entusiasmo. Ainda parecia lhe faltar confiança, mas isso não era problema meu. Foi assim que as coisas aconteceram no futuro, de qualquer maneira.
Terminei o debate sobre viabilidade ali e retomei meu trabalho de design. — Ah, e mais uma coisa. Que tal escrever um código de entrada no final da carta?
— Você quer dizer uma senha?
— Sim, se você usar um insulto ao palácio como senha, deve conseguir filtrar espiões até certo ponto.
O PS depois da carta na verdade servia como uma senha. Não que importasse muito, é claro. Quer você acertasse a senha ou não, a SoulQueen tinha que aprovar sua adesão após um processo de verificação. Como eu era uma pessoa perceptiva, descobri o truque escondido na carta e inseri a senha antes mesmo que ela chegasse.
“Ah, pensando bem, a abreviação de ‘senha’ é PW, não PS.”
Como isso aconteceu, então? Tinha sido apenas um golpe de sorte da minha parte? De repente, ocorreu-me que poderia haver outra maneira de descobrir a senha, mas isso não era algo para se preocupar agora.
— Senhor, você está passando mal?
— Ahem, não. Onde estávamos?
— Você estava falando sobre uma maneira de identificar espiões.
— Ah, certo. — Depois disso, comecei a falar sobre tudo, desde o conteúdo da carta até o conceito de todos terem espaços privados individuais, juntamente com medidas para filtrar e expulsar espiões.
“Essas devem ser instruções suficientes.”
Embora eu estivesse propenso a perder alguns detalhes ao transmitir isso verbalmente, não estava particularmente preocupado. Esta não era a primeira vez que eu experimentava isso desde que vim para o passado. Quer eu dissesse tudo ou não, esta mansão lentamente se transformaria na comunidade que eu conhecia.
“Hmm, talvez essa fosse a tarefa que eu tinha que fazer nesta era…”
Quando esse pensamento passou pela minha cabeça por acaso, de repente comecei a me preocupar se poderia ser enviado de volta ao presente assim que saísse da comunidade.
“Não, vamos lá. Isso não vai acontecer.”
Tentei afastar minhas preocupações.
— Mas, senhor… — disse o GM cautelosamente. — Isso não é certo, mas a pessoa que você mencionou no final da última vez. Acho que sei quem é. Hm… quando você descobriu que eu terminei o jogo no modo ×15, você lembra que disse que um dia haveria um usuário que conseguiria vencê-lo na dificuldade original? A pessoa que realizaria o desejo de todos os jogadores?
Quando entendi o que ele estava dizendo, estremeci. Ah, então era sobre isso que eles falaram.
“Então ele não passa informações sobre o futuro para qualquer um.”
Agora eu podia ver que o GM havia sido designado para uma posição de vigilância. Porém, o próprio GM parecia não estar ciente disso.
“Mas o que é esse negócio de desejo? Ele está falando sobre o Portão do Abismo? Hmm, talvez aquele velho apenas dissesse o que fosse necessário para motivar o GM, que eu preciso aparecer para que todos possam ir para casa.”
De qualquer forma, decidi pensar nisso depois. — Sim?
Quando o incentivei, o GM continuou falando. — Pensei nisso desde então e tenho um palpite de quem poderia ser. Ele era muito famoso em nosso fórum, que se chamava Stone Iven… e alguém que eu respeitava muito. Enquanto eu estava terminando o jogo no modo ×15, recebi muita ajuda dele.
Eu sabia de quem ele estava falando sem que ele precisasse dizer, mas eu estava disfarçado de Auril Gavis, então me inclinei com uma antecipação falsa. — E quem é?
— É alguém que usava o nome de usuário Elfnuna.
— Hmm?
— Não tenho certeza, é claro, mas na minha opinião, não há mais ninguém lá fora que pudesse vencer a dificuldade original além dele. E você não disse da última vez que esse usuário seria um bárbaro? Coincidentemente, parecia que ele usava principalmente Bárbaros de Escudo.
— Entendo… certo. Mas como nada está confirmado ainda, seria melhor deixar o máximo de possibilidades em aberto. Existe a chance de que essa pessoa não seja um bárbaro.
Acrescentei casualmente essa última parte para dificultar um pouco mais para ele me rastrear. Mas isso foi um erro da minha parte?
— Perdão? Não um bárbaro?
“Uh, por que você ficou tão surpreso de repente?”
Embora eu estivesse surpreso, soltei uma risada fácil. — Haha, só quis dizer que é uma possibilidade.
— Entendo… — O GM falou como se concordasse, mas seus olhos diziam o contrário. — Senhor?
— Fale.
— Posso ser tão ousado a ponto de fazer mais uma pergunta? — O GM olhou fixamente em meus olhos, que eram as únicas coisas visíveis através da minha máscara, e perguntou: — Qual é o meu nome?
“Oh, que bagunça.”
Ao refletir, talvez eu o tenha subestimado demais. Mesmo que ele pudesse ser um novato agora, este era um veterano que acabaria comandando a comunidade por mais de vinte anos, mantendo sua identidade totalmente escondida o tempo todo. Embora ele pudesse não ter o julgamento rápido que teria em seu auge, não lhe faltaria inteligência.
O fato é que minha aparência aqui era diferente do mundo exterior, mas eu ainda usava uma máscara e também havia perguntado seu nome. Embora eu tenha fornecido explicações válidas para cada ação que tomei para que ele as aceitasse, mesmo assim, as discrepâncias se acumulavam. Não importava o quanto eu tentasse agir como o velho, eu não conseguiria fazer isso perfeitamente. Esse homem deve ter sentido que algo estava errado em nossa conversa desde o início, e minha declaração agora foi um erro crítico.
— …Por que você não está dizendo nada?
À sua pergunta, eu ri com amargura e em silêncio. Mas agora que as coisas chegaram a este ponto, não era hora de perguntar onde tudo deu errado.
— É porque você não sabe meu nome…?
Falei rapidamente, interrompendo o GM. — Zerkif Elmen Mackinder. — Esse não era apenas um nome aleatório que eu soltei às pressas.
— São três. Devo dizer todos eles?
Este era o nome de um dos três magos que Baekho suspeitava ser o GM. Como tal, a probabilidade de ser o certo era de um terço. As chances eram boas o suficiente para pelo menos tentar antes de jogar a toalha. Então, como isso funcionou para mim?
Houve um momento de silêncio. Então, o GM falou com uma voz que irradiava hostilidade. — Você… quem é você?
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