A obra atingiu um pequeno ponto de hiato e novos capítulos serão publicados na segunda metade de julho.
Capítulo 413: Dilema (5/5)
『 Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Elteriel – Note 』
— Um… para ser honesto, desde criança, sempre tive uma intuição muito boa…
Quando lancei um olhar de descrença para o Goblin, ele começou a dar exemplos. Sua explicação estava toda desordenada, ao ponto de eu me perguntar se ele realmente sabia o que estava dizendo, mas houve uma coisa que ele disse que deixou uma impressão.
— A mesma coisa aconteceu no dia em que as colunas de fogo apareceram! Eu deveria ter entrado no labirinto naquele dia, mas senti a mesma coisa que estou sentindo hoje…
No início, pensei que ele pudesse estar meio fora da casinha, mas se ele realmente tinha passado por todas as coisas que acabou de mencionar, era difícil ignorar. Afinal, Sexto Sentido era um atributo real que existia em Dungeon and Stone.
— Ok, volte para a sua posição.
— E-E vamos partir então?
— Não posso forçar uma marcha baseada em ansiedade infundada.
— …A-Acho que é verdade, né?
— Sim. Mas vou pensar sobre isso.
Goblin saiu com uma expressão que dizia ‘Ok, fiz o melhor que pude’.
Só então meus camaradas disseram algo, começando pelo curandeiro Velho Didi. Ele se limitou a uma versão mais educada de ‘Esse cara tem algum problema na cabeça?’ — Que sujeito interessante.
O mago Ashed se manifestou em sua defesa. — Talvez ele tenha recebido uma revelação. Já que ele é um paladino que serve a Deus.
Erwen, por sua vez, parecia um tanto irritada. — Quem é esse cara? Ele está estragando o descanso de todo mundo quando estamos todos cansados.
— Calma, calma, vamos nos acalmar.
Enquanto eu encorajava Erwen a relaxar, Amelia também se aproximou de mim. — Schuitz, o que você está pensando? Não parece que você descartou o que ele disse como bobagem.
— Há uma razão pela qual aventureiros acreditam em superstições.
— Então você pretende seguir o aviso dele?
— Bem… — Eu teria que pensar sobre isso. Para ser honesto, comecei a ter um mau pressentimento assim que ouvi o que ele disse.
Swip.
Com isso em mente, olhei para o Anel do Semáforo no meu dedo. Ele ainda não estava brilhando, mas eu não podia baixar a guarda só por causa disso.
Esse anel não prevê tudo.
O Anel do Semáforo também era assim no jogo. Mesmo que houvesse um evento na área, não era como se ele tivesse uma probabilidade de ativação de cem por cento. Em vez disso, ele ativava aleatoriamente. Se houvesse uma luz verde, definitivamente havia algo bom nas proximidades. Mas só porque a luz não se acendia, não significava que não havia nada de bom por perto. E vice-versa.
“O que devo fazer?”
Justo quando minhas preocupações estavam chegando ao ponto de ebulição, o anel ativou e começou a brilhar.
【O anel detectou seu destino.】
Shaaaaaaa.
Olhei rapidamente para baixo e vi que a cor da luz era um vermelho muito vívido.
— Senhor…?
Levantei-me rapidamente, deixando uma Erwen confusa para trás. — Todos, preparem-se para partir! — Encerrei a curta pausa e coloquei o grupo em movimento novamente.
— …Mas ainda nem ficamos parados por dez minutos.
— Os membros da equipe estão tendo dificuldades.
Os líderes de equipe expressaram preocupações, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Um pouco de exaustão era melhor do que passar por um evento digno de luz vermelha, certo? — Em formação! Estamos partindo agora!
Recomeçamos a marcha. Cerca de trinta minutos depois, a luz no anel se apagou.
Shaaaaa.
Não havia como saber que tipo de força negativa estava se aproximando de nós. Eu estava atordoado, mas também perplexo.
“Sven Parav, quem diabos é esse desgraçado? Isso é apenas coincidência? Não importa o quão bom seja o Sexto Sentido de alguém, seu raio de alcance não pode ser maior que o do Anel de Sinalização, certo?”
Mesmo enquanto eu pensava nisso, continuava lembrando da expressão de Sven enquanto ele tentava me convencer de que tinha bons instintos. Então, enquanto viajávamos, me afastei um pouco para marchar ao lado do Goblin.
— E agora? Você se sente bem? — Se ele ainda se sentisse ansioso, eu poderia simplesmente descartar o incidente como uma coincidência, já que ele não sabia sobre o Anel do Semáforo ou o fato de que sua luz já havia se apagado.
— Ah, sim… E-Eu me sinto mais tranquilo agora.
Que diabos…?
No Continente Negro do sétimo andar, um homem humano com um corpo tão robusto quanto o de um bárbaro se abaixou e tocou o chão. — Baekho, há rastros aqui!
— Sério? Quantas pessoas?
— Acho que mais de vinte, mas não tenho certeza! Mas é claro que eles não saíram daqui há muito tempo! — ele gritou, sua voz tão alta quanto se esperaria de um homem de sua grande estatura.
— Podem ser eles — disse o velho, mal conseguindo se ouvir através do zumbido em seus ouvidos.
— Eles?
— Você sabe. As pessoas que destruíram o Olho do Céu e fugiram.
— Ah, aqueles caras…
— Pretende segui-los? Se for realmente eles, poderemos exigir um pagamento justo de Noark desta vez.
— Hmm. — O homem loiro acariciou o queixo e pensou por um momento. Então ele riu e se virou para o outro membro do grupo. — Gatinha, o que você acha que devemos fazer? — ele perguntou em um tom brincalhão.
A terian que recebeu a pergunta apenas franziu a testa, desapontada. Ela não respondeu.
— Bem, posso dizer só pela sua expressão. Isso é um não, certo?
— …É uma perda de tempo — ela disse.
— Perda de tempo? Sei que você simplesmente não quer machucar ninguém da cidade. Que chato.
Quando a conversa deles terminou, o guerreiro que primeiro descobriu os rastros cutucou Baekho em busca de uma resposta. — Então, o que você vai fazer? Segui-los?
— Não. Por que se incomodar? — O homem loiro deu de ombros. — Não temos certeza se são eles, certo? E se formos e percebermos que seguimos alguns desgraçados aleatórios caçando na área?
— Admitidamente, seria uma perda de tempo. Mas também não é um desperdício deixá-los ir sem verificar? Se os seguirmos agora, podemos alcançá-los rapidamente — disse o velho.
— Ah, tanto faz. Não é como se fossemos conseguir algo incrível por capturá-los. — O homem loiro acenou com a mão, irritado, e tirou uma cadeira do subespaço. — Se os encontrássemos aqui por coincidência, talvez. Mas não há necessidade de segui-los e verificar. Vamos fazer nosso próprio trabalho. Não se preocupe com os outros. Eles vão resolver por si só.
— Se é isso que você quer, tudo bem.
— Ok, então vamos deixar isso de lado e fazer uma pausa para comer antes de continuar. Ei, Aures!
— Haha! Só um momento! Vou preparar uma carne deliciosa em um instante!
Logo, o cheiro de carne assada começou a se espalhar ao redor deles.
Era o nosso sexagésimo dia no labirinto. Em outras palavras, restavam quinze dias até que o sétimo andar se fechasse.
— De alguma forma, acabamos chegando até aqui. — Chegamos à zona oeste do Poço do Dragão, o Lugar de Descanso dos Perdidos.
Shaaaaaaaaaa.
Uma névoa negra enchia a área ao redor, se recusando a se dispersar apesar dos ventos fortes. Através dela, podíamos ver dezenas de milhares de espadas enferrujadas cravadas em um campo aparentemente interminável. Este lugar emanava uma vibração assustadora, mas ninguém comentou sobre isso. Ninguém tinha tempo para se entregar a esses sentimentos.
— Schuitz, temos que continuar nos movendo. Se pararmos e acabarmos cercados…
— Eu sei, cala a boca.
Hmm, isso foi muito duro? O pensamento me veio depois, mas não me desculpei. Eu não tinha esse luxo.
— Schuitz, não seja tão pessimista. Se o comandante vacilar, todos os outros também vão vacilar.
Hã, não esperava ser consolado. Soltei uma risada amarga e suspirei.
“Não é demais me dizer para não me preocupar?”
Meu plano já tinha saído dos trilhos. Seguimos para o norte, para a esfera de influência do inimigo, e não para o sul, onde estavam nossos aliados. Achei que, se escolhesse este lugar, poderíamos sobreviver. Afinal, como diz o ditado, você muitas vezes não vê as coisas quando elas estão bem debaixo do seu nariz. Mas na realidade?
“Desgraçados teimosos.”
Sempre que diminuíamos o ritmo por um momento, nossos perseguidores rapidamente nos alcançavam. Por causa desses caras, fomos forçados a marchar por dias a fio sem descanso, muito menos dormir.
— Eu simplesmente não entendo. Como eles estão encontrando nossa localização exata todas as vezes? — Kaislan questionou como as tropas de Noark estavam conseguindo nos seguir sem falhas, mas eu sabia a resposta. Já tinha passado por isso antes.
— Se não tivéssemos cortado outro braço, poderíamos não ter percebido.
No Labirinto de Larcaz, o Matador de Dragões usou um sacerdote de Karui para nos rastrear. Ele provavelmente estava usando um método semelhante desta vez, já que esses caras estavam dispostos a sacrificar qualquer coisa para alcançar seus objetivos.
— Parav. Como você está se sentindo agora?
— E-Eu acho que estou bem por enquanto…
Goblin teve um grande papel em evitar qualquer morte até agora. De alguma forma, ele sempre percebia quando nossos perseguidores estavam por perto toda vez que fazíamos uma pausa. E sempre que estávamos em movimento e ele timidamente perguntava se podíamos ir em outra direção, sempre acabava que o inimigo estava à espreita, esperando para nos emboscar mais à frente. Quando percebi isso, comecei a fazê-lo andar ao meu lado mesmo enquanto nos movíamos.
— Então podemos descansar um pouco mais. Me avise imediatamente se algo parecer errado.
— Certo.
De repente, ele caiu no chão. Se ele estava agindo assim, significava que nossos arredores realmente estavam seguros. Francamente, eu também queria desabar no chão e fechar os olhos, nem que fosse por um breve momento.
“Mas eu não posso fazer o mesmo.”
Afastando meus pensamentos fracos, reuni os líderes de equipe para uma reunião. — Calla, Kaislan, Jun, Akurava, deixe-me começar dizendo que sinto muito. Eu pensei que poderíamos nos esconder até o dia do fechamento aqui, mas estava errado.
O pedido de desculpas foi um pouco fora do meu estilo? Os outros líderes de equipe pareciam bastante surpresos e ofereceram palavras de conforto, um por um.
— Não acho que isso seja algo pelo qual você precise se desculpar — disse Calla.
— Sim. Basta olhar para nossos perseguidores. Mesmo que tivéssemos esperado pela equipe de resgate lá atrás, não teríamos durado nem um dia — acrescentou Jun.
— Se não fosse por você, mais pessoas teriam morrido — disse Akurava.
— Estou envergonhado em dizer isso, mas quando as coisas aconteceram do jeito que aconteceram, fiquei feliz por não ser o comandante. Como disse antes, o comandante é alguém que nunca pode vacilar… — disse Kaislan.
“Ah, isso tira um pouco do peso dos meus ombros.”
Ultimamente, eu vinha pensando muito nisso, que talvez devêssemos ter esperado em Pau-Morto pelo resgate. Ou talvez deveríamos ter ido para o sul e lutado para escapar do território inimigo, mesmo que isso significasse sacrificar muitas vidas pelo caminho. E se todos morressem porque tomei a decisão errada aqui?
Boom.
Era como viver com uma rocha do tamanho de uma montanha no peito, mas isso não significava que eu poderia ignorar minhas responsabilidades. Mesmo que isso significasse adicionar uma rocha ainda maior ao meu peito.
— Ahem.
— Você parece envergonhado.
“Tanto faz.”
Tap, tap.
Bati no meu joelho e disse aos líderes — De qualquer forma, é por isso que chamei vocês aqui. Para ouvir suas opiniões.
— Parece que você já tomou uma decisão — disse Akurava.
“Ah, isso é verdade.”
Ainda assim, eu estava apenas pensando sobre isso, não tinha tomado a decisão completamente ainda. — Tenho certeza de que todos vocês já sabem disso, mas não conseguiremos sobreviver muito tempo escondidos aqui. — Antes de chegar ao ponto, cobri o básico. — Se não continuarmos nos movendo, o inimigo logo nos alcançará e seremos cercados.
Éramos como tubarões que só podiam respirar enquanto continuássemos nadando para frente. Escorregar ou parar significava game over. Se déssemos ao inimigo tempo para organizar um cerco em larga escala contra nós, nossas tropas cansadas não conseguiriam resistir.
— Então, para onde você planeja ir?
Olhei para os líderes de equipe curiosos e mordi o lábio com remorso.
— Pelo que você está dizendo, parece que você tem um lugar em mente.
Era como eles disseram. Eu realmente tinha um lugar em mente. Na verdade, era um lugar que eu já tinha pensado durante a fase de planejamento, não um que surgiu depois de chegarmos aqui. Simplificando, este era o Plano B, uma opção que eu não queria seguir, a menos que as coisas estivessem extremamente críticas.
— Estou curioso. Para onde diabos você planeja nos levar em uma situação dessas? — perguntou Akurava.
No final, vocalizei a opção em voz alta. — Vamos voltar para Pedra de Gelo. — Uma jornada cansativa para nós também seria uma jornada cansativa para o inimigo.
“Vamos ver até onde eles conseguem nos seguir lá dentro.”
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.