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    Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Elteriel – Note 』


    Passivas e ativas estavam seladas quando você estava dentro da comunidade, e por isso a habilidade de detector de mentiras que tanto me deu trabalho no mundo exterior não funcionava aqui. Além disso, mesmo que Baekho pudesse usá-la, eu poderia contra-atacar com o presente de Auril Gavis. Mas nada disso realmente importava agora.

    “Ele está tentando me sondar?”

    Havia duas possibilidades aqui. Uma, Baekho não tinha certeza se eu estava dizendo a verdade sobre minhas intenções, então estava fingindo estar bravo para poder verificar mais uma vez. Dois, ele tinha absoluta certeza de que eu estava mentindo.

    Tum!

    “Maldição”

    Meu coração estava disparado, quase vibrando. Talvez eu o tenha subestimado. Esse cara viveu nesse mundo cruel por mais de uma década, certo? Só porque ele não tinha um detector de mentiras não o tornava um idiota. Na verdade, ele seria ainda mais sensível, mesmo sem ele. Graças à sua habilidade, ele estaria intimamente familiarizado com as estratégias que mentirosos usam e acumulou uma vasta quantidade de dados para subconscientemente acessar.

    “As chances de ele estar apenas testando as águas são muito baixas.”

    Em uma fração de segundo, tomei minha decisão.

    “É melhor admitir meu erro e pedir desculpas do que presumir que uma desculpa vai funcionar.”

    Felizmente, foi Baekho quem quebrou o silêncio. — Hansu.

    — …Sim?

    — Desculpe, não posso devolver a Gatinha para você.

    — …O quê?

    Os lábios de Baekho se curvaram em um sorriso frio. — O que foi? Viver como um bárbaro fez você perder a audição? — O tom dele era ácido de uma forma que eu nunca tinha ouvido de Baekho enquanto eu estava na forma de Hansu. Ele me olhou diretamente nos olhos e fez questão de falar em um tom exagerado. — Não posso devolver sua preciosa Gatinha.

    Minha mente ficou em branco.

    — Não percebe? Ela será mais útil para me ajudar a alcançar meus objetivos do que os seus. Você quer ficar neste mundo, certo? Claro, não se preocupe.

    Curiosamente, eu não senti uma raiva fervente.

    — Eu a devolvo quando terminar.

    Em vez disso, eu só consegui rir. Para ser honesto, não sabia nem por quê. Mas, mesmo sabendo que ele estava obviamente me provocando, e também sabendo que deveria fazer um esforço para garantir que nossa relação não piorasse ainda mais, as palavras saíram de mim sem filtro. — Baekho, você… Você é realmente um bosta fodido.

    Eu nem mesmo me arrependi.

    — Uau, agora você está mostrando suas verdadeiras cores. E você sempre foi tão cuidadoso. — Baekho também riu. — Você não tem moral para falar, tem?

    Sorri ainda mais. Como resultado, todos aqui estavam sorrindo.

    Crep, crep, crep.

    Apesar do calor da lareira, um ar frio se instalou entre mim e Baekho.

    — Interessante.

    — Sim, é mesmo.

    Cada um de nós murmurou, e ele abriu a boca para quebrar nosso impasse primeiro. — Mas há uma coisa que não entendo. Como sou eu o bosta fodido? — Ele não se incomodava mais com linguagem educada ou honoríficos.

    Eu dei um sorriso irônico. — Não é óbvio que você é quem está fodido?

    — Pense bem. Sua vida real está lá fora esperando, mas você está tão apaixonado por uma NPC que quer fazer algo tão tolo quanto ficar aqui.

    Isso nem valia a pena responder. Não importa o que eu dissesse, ele não entenderia.

    — Talvez eu pudesse aceitar isso vindo de algum amador, mas você? Voltar nem é um sonho para você. Você tem poder. Tem bons companheiros. Você fez coisas impressionantes, é famoso, e o que é isso? Você até tem um título de nobre…

    — O que você está querendo dizer?

    Quando o interrompi, Baekho foi direto ao ponto. — Não finja ser um cara normal. É nojento. Está na cara que você é quem está fodido. Foi divertido? Preencher o vazio na sua vida com pessoas? Ficando poderoso rapidamente com o conhecimento do jogo, então agora você se sente alguém valioso? Mas, deixe-me adivinhar, agora que todos estão te tratando como um herói, você sente que precisa se esforçar ainda mais para corresponder às expectativas deles, certo?

    Estritamente falando, ele não estava errado. Se eu fosse olhar para as mudanças que sofri de um ponto de vista de terceira pessoa, eu definitivamente chegaria a uma conclusão parecida. Mas não importava se ele estava certo ou não.

    — Ah, tenho certeza de que você vai se ajoelhar diante de Auril Gavis e agradecê-lo com o tempo.

    “Caramba, esse moleque gosta mesmo de falar. Não é assim que um verdadeiro guerreiro de teclado luta, cara.”

    — Hm. Você parece um cara muito irritado, Baekho. — Mantive o máximo de compostura possível e encarei Baekho. Se isso fosse um jogo por turnos, seria minha vez de atacar. E não havia necessidade de um discurso longo. — Mas eu entendo. Você foi o abandonado, não o que abandonou, certo?

    — …Abandonado? — Ele não parecia entender o que eu estava dizendo.

    Eu gentilmente elaborei. — Por que está fingindo ser bobo? A história das garotas fugindo de você quando descobriram que você é um espírito maligno é bem conhecida.1

    — …Ha.

    — É por isso, não é? Por que você está tão desesperado para voltar? Tsk, seu idiota infantil. — Eu disse essa última parte suavemente para que Baekho não pudesse ouvir, mas parecia que ele estava ouvindo como um bisbilhoteiro.

    A expressão de Baekho se deformou estranhamente, embora não tenha permanecido assim por muito tempo. — Haha, hahaha! Kh…puhahaha!

    Baekho explodiu em gargalhadas como se eu tivesse contado uma piada genuinamente engraçada. Era um mecanismo comum de enfrentamento. ‘Você é totalmente ridículo, e é por isso que estou rindo assim’, algo assim.

    Fiquei ali parado olhando para ele, totalmente em silêncio, e o riso de Baekho lentamente diminuiu. — Meu amigo.

    — O que.

    — Você realmente gosta tanto assim da Gatinha? A ponto de me atacar de repente?

    — Não me importo com isso.

    — Claro que se importa. Parece ser a maior razão pela qual você não quer voltar. — Fiquei em silêncio novamente. — Uau, você não consegue admitir isso nem agora. Você é surpreendentemente tímido. — Julguei que não importava o que eu dissesse aqui, só seria sugado para as provocações dele. — Ah, espera! Acabei de ter uma boa ideia.

    A declaração soou estranhamente sombria.

    — Sobre a Gatinha… — Meus instintos estavam certos. — Por que eu simplesmente não a mato?

    “Bosta!”

    — Honestamente, você só quer ficar neste mundo porque está tão satisfeito com o status quo, certo? — Quanto mais ele falava, mais meu coração se apertava. — Então não seria uma má ideia simplesmente matá-la. Se este lugar se tornar insuportável para você, naturalmente você vai querer voltar para casa. Como um coelhinho buscando refúgio quando o inverno chega.

    Essa era a razão fundamental pela qual eu não havia revelado minha identidade para Baekho.

    — Hmm, acho que é uma ideia realmente boa.

    Esse cara faria qualquer coisa para alcançar seu objetivo.

    — Coisas quebradas podem ser consertadas. Certo? — Ele sorriu para mim. Seu sorriso era brilhante e não combinava nada com o tom de nossa conversa. Senti um arrepio na espinha, o medo instintivamente surgindo em mim.

    — Baekho. — Mas havia outra emoção, mais poderosa do que o medo.

    — O que.

    Era uma intenção assassina, o desejo profundo de matar alguém. — Se você continuar dizendo essas besteiras… — Eu nem precisei meditar e entrar no clima como na Távola Redonda. Só tive que liberar o que estava reprimido, algo que já estava acumulado há um tempo. — Vou ter que te matar. — Minha intenção assassina estava mais intensa do que nunca.

    Baekho vacilou ao sentir minha intenção de matar desenfreada. Claro, a hesitação dele foi muito breve. Logo, ele começou a falar novamente. O que saiu da boca dele mostrou o quão diferente ele era das pessoas que conheci no passado. Não era um pedido de desculpas, nem palavras de ressentimento, nem mesmo um pedido para parar.

    Confrontado com uma intenção assassina que teria deixado o Coletor de Cadáveres sufocando e se debatendo no chão, ele disse

    — Uau…

    Foi uma exclamação sincera.

    — Você é incrível… outros caras teriam se mijado.

    Ele jogou palavras de elogio que não eram realmente elogios e caminhou lentamente até mim, rolando os ombros para aliviar a tensão ali.

    — Mas Hansu.

    Um passo.

    — Não se lembra?

    Dois passos.

    — Eu te ensinei isso.

    Três passos.

    — Intenção assassina.

    Chegamos ao alcance de um braço, e de repente pude sentir com todo o meu corpo a intenção assassina que ele mantinha contra mim.

    A intenção assassina era uma técnica não oficial usada por profissionais para assustar novatos. Embora eu tenha me beneficiado do uso da intenção assassina na Távola Redonda, nunca fui o alvo dela. Para ser mais preciso, só fui alvo dela exatamente uma vez, quando a Raposa tentou usá-la no dia em que me tornei membro da Távola Redonda. Era uma sensação estranha, essa foi minha impressão na primeira vez que experimentei. Fazia minha pele arrepiar e meu coração disparar, mas era só isso.

    — Agora, então… — Por outro lado, a intenção assassina de Baekho era diferente, desde sua intensidade até sua ferocidade. — Diga isso de novo. — Acho que agora podia entender por que o Coletor de Cadáveres estava tremendo tanto naquele dia.

    Tumtumtumtum!

    Meu coração batia tão forte que parecia que poderia explodir a qualquer momento. O suor frio se acumulava e escorria pelo meu rosto. Em teoria, este não era um lugar onde a respiração era necessária, mas meu fôlego ficou preso como se alguém estivesse apertando meu pescoço com um aperto de ferro. Era como se cada célula do meu cérebro estivesse em chamas.

    — O que foi mesmo? Você vai ter que me matar?

    Não estava a ponto de eu cair como o Coletor de Cadáveres ou a Raposa. Claro, era difícil e cada parte de mim queria fugir. Eu poderia terminar tudo isso simplesmente saindo da sala de bate-papo. Mas, mesmo assim…

    — Amigo, você não acha que isso é realmente possível, acha?

    Eu suportei de qualquer maneira porque eu sabia. Eu aprendi algo enquanto vivia como Bjorn Yandel. Quando você fugia de seus medos, uma situação ainda mais aterrorizante estaria esperando por você do outro lado.

    — …É?

    Forcei minha mente turva a voltar à consciência e dei um passo à frente.

    Tap.

    Agora um pouco mais próximo, inclinei-me em direção a Baekho e sussurrei em seu ouvido — Eu não acho que é totalmente impossível. — Isso não era apenas um blefe para ganhar nossa batalha de vontades.

    — Vamos lá, você não disse que zerou o jogo no Vezes Dez?

    Eu realmente estava confiante.

    — Em dez anos, você será como eu.

    Embora eu possa carecer de poder em comparação a ele agora, se eu apenas tivesse mais tempo…

    — Realisticamente, eu não tenho mais áreas para melhorar, então…

    Um mero Vezes Dez.

    — …Eu poderia vencer Baekho.

    Mas talvez minha confiança tenha transparecido. Baekho recuperou a compostura, que havia desaparecido enquanto eu falava, e sorriu. — Interessante.

    “É mesmo?”

    — Você está me irritando. — Eu cliquei a língua e joguei suas próprias palavras de volta em sua cara. — Por que você está mentindo de repente? — Baekho inclinou a cabeça como se não tivesse ideia do que eu estava falando e eu acrescentei — Você não acha isso interessante de verdade.

    “Se achasse, por que continua recuando?”

    — …Ei, ei! Pare, pare! — Baekho deu três passos para trás com gestos exagerados. — Ah! Hansu, honestamente! Eu não posso nem brincar com você! — De repente, sua expressão e personalidade fizeram uma virada completa. Baekho continuou sem me dar tempo para ajustar. — Não há como eu realmente matar a Gatinha. Eu só estava dizendo isso. Só dizendo! Você sabe o quanto eu gosto de você, Hansu? Eu tenho sido tão bom para você desde o momento em que nos conhecemos!

    “Sim, claro. Não, bem, tenho certeza de que ele gosta de mim. Desde que ele encontre algo útil em mim.”

    — É por isso que você ameaçou matar a Missha?

    — Relaxe, relaxe! Ameaçar? Eu disse a você. Foi uma brincadeira! — O tom de Baekho era desdenhoso2, mas os fatos eram fatos. Aquilo tinha sido uma ameaça. — Por que eu mataria a Gatinha? Eu não ganharia nada com isso.

    Bem, essa lógica era realmente crível. Ele estaria perdendo uma mestre das espadas duplas de gelo e também fazendo de mim um inimigo. De qualquer maneira que se olhe, matar ela estava longe de ser algo racional. Mas…

    — Se sua ameaça funcionasse, você usaria isso para me controlar no futuro. — Eu já estava tonto por quase perder nossa batalha de vontades antes. Se ele tivesse conseguido me dominar, a conversa que estaríamos tendo agora seria completamente diferente.

    — Honestamente! Por que você pensaria isso, parceiro?! Eu não sou tão mau assim!

    Ele não estaria rindo como estava agora. Ele não teria me chamado de ‘parceiro’ e começado a agir amigavelmente novamente.

    — Estou feliz que você não seja mau. Então devolva a Missha.

    — Eu vou. Se você me fizer um favor.

    Ele nunca teria me oferecido um acordo assim.

    “Então, este cenário é o Plano B desse desgraçado?”

    Enquanto eu o encarava com esse pensamento em mente, Baekho continuou, um tanto constrangido. — Eu não vou pedir para você voltar comigo de novo. Eu sei o quão sério você é agora.

    — Qual é seu o ponto.

    — Ainda podemos trabalhar juntos, certo? — Baekho fez uma pausa por um momento para me dar um olhar suplicante.

    Claro, eu não pretendia entrar no jogo dele. — …Termine sua frase primeiro.

    — Você conhece a situação em que está melhor do que eu.

    Sim, melhor do que a dele, pelo menos. Não era boa, cheia de coisas problemáticas. Não, na verdade, era pior. Cada dia parecia patinar em gelo fino como navalha. — E daí?

    — Eu vou te ajudar a passar por esses tempos difíceis. Dar todo o suporte para transformar as coisas de ruins para boas. Em troca, me ajude a vencer o décimo andar mais tarde.

    A oferta de Baekho não era ruim. Ao contrário de mim, ele não tinha nada que o segurasse. Simplificando, se ele assassinasse o marquês, seria de grande ajuda para mim.

    — Baekho.

    — Sim?

    — Você não deveria fazer algo antes de me pedir ajuda? — Fui breve. Eu ainda não sabia por que ele me queria tanto. — Traga-me a Missha primeiro. Então conversaremos. Sua resposta?

    Baekho ficou em silêncio novamente. Ele parecia perdido em pensamentos. No momento em que ele mandasse a Missha para mim, perderia sua vantagem.

    Finalmente, ele quebrou o silêncio. — Hansu, como estamos ambos exaltados hoje, vamos encerrar esta conversa aqui. — Ele optou por adiar.

    — O quê?

    — Você não vê? Minha cabeça está muito confusa agora. Então vamos conversar novamente na próxima vez. Enquanto isso, vou considerar cuidadosamente o que fazer com a Gatinha. Certo?

    — Certo…

    “…uma ova.”

    Antes que eu pudesse terminar minha frase, no entanto, ele me interrompeu. — Ah, amigo, você disse certo!

    — …O quê?

    — Então até logo!

    — Ei, espere! Espere… — Eu me apressei em estender a mão, mas não havia nada que eu pudesse fazer fisicamente neste mundo espiritual.

    Tap.

    Assim que meus dedos tocaram Baekho, seu corpo desapareceu em um halo de luz.

    — Pop!

    1. MrRody: Garotas, plural. Foram múltiplas vezes, ou ele tinha um harem?[]
    2. Leviano, desrespeitoso.[]
    Um pequeno gesto, um grande impacto.

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