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    Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Elteriel – Note 』


    Como não sabíamos o que poderia sair dos subespaços da Ordem da Rosa, decidimos abri-los um por um.

    A primeira foi a maga Lilith Marrone. — Tem uma caixa…? — O que saiu foi uma pequena caixa de madeira, do tamanho suficiente para conter um ou dois livros.

    — Pode abrir. Não há vestígios de outras magias nela.

    Assim que Versyl deu o sinal verde, Marrone abriu a caixa lentamente.

    — Oh…

    — Isso é…

    Houve murmúrios inquietos dos membros enquanto olhavam por cima do ombro de Marrone para ver o que estava dentro. O conteúdo era bem diferente do esperado.

    — Tem algum dinheiro, algumas identidades falsas e uma foto…

    — De quem é essa foto? Talvez da família dela?

    — Pelo número de impressões digitais, eu diria que sim.

    O que era isso?

    — V-Vamos abrir o próximo, então!

    Embora o entusiasmo tenha diminuído um pouco, os outros e eu não perdemos toda a esperança e continuamos a abrir os subespaços.

    — É a mesma coisa. Algum dinheiro e identidades… e também tem uma pílula estranha aqui?

    A pílula encontrada na segunda caixa era bem familiar para mim e para Amelia. — É uma droga chamada Bênção de Lethe.

    — …Você reconhece isso, Srta. Raines?

    — Sim. Ela apaga a memória da pessoa que a toma. Um alquimista em Noark a inventou, mas parece que a família real também descobriu como fazê-la.

    — Isso… pode ser útil algum dia. Quantas memórias ela apaga?

    — Difícil dizer. Parece um pouco diferente da que me lembro. Talvez tenha sido aprimorada?

    — Entendo… Elas são de tamanhos diferentes, então presumo que quanto maior a pílula, mais memórias ela apaga. Mas vou precisar examiná-la melhor no meu laboratório.

    Passamos pelo terceiro, quarto e quinto subespaços, e antes que percebêssemos, a cerimônia de abertura estava chegando ao fim.

    — …É outra pílula de Bênção de Lethe.

    — Parece que também há algum tipo de veneno aqui.

    — Isso é um ácido poderoso usado para destruir qualquer vestígio de algo como, por exemplo, um corpo…

    Os subespaços que deveriam ser baús de tesouro foram, infelizmente, uma decepção. Bem, não era como se tudo dentro deles fosse inútil. Ainda assim, encontramos algumas pílulas de Bênção de Lethe.

    — Sr. Kaislan, você poderia dar uma olhada neste caderno?

    — É… uma lista de espiões enviados pela família real.

    Um dos itens do sexto subespaço era uma lista de pessoas que atuavam como informantes infiltrados para a família real. Fiquei novamente impressionado com o poder implacável do palácio ao ler os nomes.

    — Pelo que parece, isso é provavelmente apenas uma pequena fração de todas as suas fontes.

    — Há tantos… e você está dizendo que isso é apenas uma fração deles?

    — Olhe para isso. Os informantes listados aqui estão todos centrados em torno de um nobre em particular. Isso sugere que a dona deste subespaço estava em uma missão especial relacionada a esse nobre.

    — Você está dizendo que todos esses nomes são agentes secretos necessários para realizar uma missão… relacionada a um único indivíduo?

    — Bem, isso é apenas meu palpite — concluiu Kaislan.

    Não pude deixar de concordar. Que outra possibilidade poderia haver? — Ouvi dizer que a família real tem olhos e ouvidos em todos os lugares, mas nunca imaginei que fosse tão longe assim…

    O silêncio pairou pesado sobre a sala. Todos ali sentiram, a magnitude do poder com o qual teríamos que lidar no futuro.

    — De qualquer forma, isso é bom — eu disse quando o silêncio se tornou insuportável, tentando parecer indiferente. — Versyl, vou ficar com essa lista. Pode ser que eu precise usá-la um dia.

    Depois de concordar em guardar a lista para mim, seguimos em frente.

    — Finalmente estamos no último.

    Os olhos deles brilharam com minhas palavras. Embora a abertura dos subespaços ainda não tivesse atendido às nossas expectativas, todos nós nos perguntávamos se este último poderia ser diferente.

    — …Este era o subespaço ‘dela’, certo?

    Não podíamos ter certeza se Seis da Ordem da Rosa era uma comandante, subcomandante ou apenas uma membro regular, mas uma coisa era clara. Naquele dia, ela assumiu o papel de comandante.

    — É outra caixa de madeira.

    Ainda agarrados à esperança, todos nós nos preparamos para abrir a última caixa.

    “Dinheiro, identidade, uma Bênção de Lethe e… um único pedaço de papel dentro de um envelope aberto.”

    — Oh, uau…

    Era uma ordem emitida pela família real para exterminar a equipe de expedição em Pedra de Gelo caso conseguissem voltar com vida.

    — Podemos usar isso.

    Não foi uma má descoberta.


    Depois de terminar de abrir os subespaços, todos nós tiramos o equipamento que havíamos obtido do labirinto.

    — O que vamos fazer com todo esse equipamento?

    — Primeiro, devemos ter cuidado e levar nosso tempo para nos livrarmos do equipamento que conseguimos de Noark. Podemos usar o dinheiro para o fundo do clã daqui para frente.

    — Isso faz sentido…

    No final, a maior parte do saque adquirido durante a expedição foi entregue a mim. Eles também me deram autoridade para lidar com isso da maneira que eu achasse melhor.

    Surpreendentemente, ninguém reclamou. Fiquei feliz por confiarem tanto em mim, mas ao mesmo tempo, isso me preocupava.

    “Droga. Seria tão fácil enganar todos eles.”

    E se fosse outra pessoa no comando, e não um bárbaro bom e responsável como eu?

    — Yandel, o que devemos fazer com o equipamento da Ordem da Rosa? Se tentarmos vendê-lo, certamente chamará a atenção da família real.

    — Ah, quanto a esses, acho que devemos destruí-los e forjá-los novamente primeiro. Pode ser perigoso vendê-los, mas as matérias-primas são valiosas demais para desperdiçar.

    Mystium era um metal tão valioso quanto Arc, então vamos derretê-lo. Quanto ao couro de Ogro de grau cinco, podemos cortá-lo em pedaços e usá-lo em outros equipamentos. Claro, isso não nos deixaria com muito material. Mesmo que todas as adagas fossem derretidas, não haveria mystium suficiente para forjar sequer um conjunto de armadura, e a maior parte do couro seria descartada no processo de reaproveitamento.

    — Podemos decidir o que fazer com as matérias-primas depois, então se alguém quiser alguma coisa para si, por favor, traga uma razão convincente para o grupo na próxima vez que nos encontrarmos.

    O mystium seria perfeito para fazer um escudo para mim, mas como líder, eu não deveria ser ganancioso. Era justo usar o dinheiro que arrecadamos como grupo para o benefício do grupo. Embora, para ser justo, não parecia que qualquer um deles se importasse muito de qualquer maneira.

    — Tem outra coisa sobre a qual eu queria perguntar. Ouvi dizer que você fundou um clã há alguns dias… Quando seria possível para nós nos juntarmos?

    — Ah, a Versyl na verdade fez um cronograma para isso, então ela vai explicar brevemente agora.

    — Ah, sério? Então, quando eu poderia me juntar?

    — Você deve poder se juntar em cerca de três meses, Srta. Marrone. Acho que seria melhor você se aposentar de sua posição atual alegando atrito com seus superiores. Se pensar em uma razão melhor, por favor, me avise com antecedência.

    — Bem, então! E quanto a mim?

    — Sr. Kaislan… você será o último a se juntar a nós. Afinal, você já ocupa uma posição bastante alta. Devemos esperar até que a família real tenha perdido um pouco o interesse em nós antes de você fazer a mudança. Eu diria que entrar daqui a um ano pareceria o mais natural.

    — Entendo…

    — Sr. Calla, você não mencionou que foi liberado do seu clã recentemente? Você deveria tirar alguns meses de folga e fazer questão de demonstrar interesse em se juntar a outro clã. De qualquer forma, não haverá outro clã disposto a aceitá-lo. Você procurou outro lugar para ir, mas não encontrou nenhum que estivesse disposto a recebê-lo, então, naturalmente, acabou se juntando ao clã de Yandel, já que vocês já haviam se encontrado anteriormente em outra missão. Se fizer isso, parecerá o mais natural possível e não correrá o risco de atrair suspeitas.

    — E se outro clã me aceitar… o que farei então?


    — Então você pede que eles reconheçam sua posição anterior como subcomandante. Se você exigir uma posição mais alta, eles acabarão rejeitando você sem pensar duas vezes. Pode confiar em mim. Eu trabalhava na Gestão de Pessoal.

    James Calla não disse nada em resposta, visivelmente desanimado.

    — Ah, e Sir Parav…

    O briefing1 de Versyl continuou por mais algum tempo. Era impressionante de assistir. Seria por causa da personalidade de maga, da experiência como ex-subcomandante e do fato de ter vindo do mundo moderno? Ela era extremamente eficiente.

    “Fico me perguntando que tipo de trabalho ela fazia na Terra.”

    O briefing finalmente chegou ao fim, e a próxima pergunta foi dirigida a mim.

    — Então, quanto a Ainar sabe sobre nossa situação?

    — Ela não sabe de nada. Então, cuidado com o que vocês dizem quando a encontrarem mais tarde.

    — Entendo…

    — De qualquer forma, o clã já tem dois membros dos Sete Poderosos, então quando nos unirmos… Bem, acho que não será fácil evitar chamar atenção, por mais que não queiramos, hahaha.

    — Hm, você acha que já está nesse nível, Parav?

    — Oh, ah. Nem tanto? Não, quero dizer, talvez um pouco abaixo? Eu… acho.

    — Estou curiosa sobre o outro membro. Auyen Rockrobe, certo? Nunca ouvi falar dele. Ele é confiável?

    Como o assunto do nosso navegador foi levantado, Amelia respondeu por mim. — Ele é confiável. Posso garantir isso.

    Mais perguntas semelhantes foram feitas, mas eventualmente o tópico mudou para o banquete realizado para celebrar minha elevação de status. Contei a eles que íamos nos aliar a Melbeth e transitei a discussão para o próximo passo do nosso plano. No entanto, como não podia explicar tudo em detalhes naquele momento, mantive as coisas simples e dei apenas uma visão geral.

    — Para tantos inimigos quanto temos, todos eles têm seus próprios inimigos. E como diz o ditado, o inimigo do meu inimigo é meu amigo.

    Criar um clã e construir a reputação da minha casa nobre serviria como proteção enquanto reuníamos mais aliados. Esse era o cerne do meu plano.

    Tudo pelo objetivo de me vingar daqueles desgraçados que nos deixaram no inferno.


    Depois de exaurirmos os tópicos sérios, nossa conversa retomou um tom mais leve e confortável.

    — O que aconteceu com você, Sir Kaislan? Eles o interrogaram quando você voltou?

    — Não exatamente. Eles me fizeram algumas perguntas, mas não chamaria de interrogatório. Também não usaram nenhuma magia de verificação.

    Falamos sobre o que estava acontecendo em nossas vidas diárias.

    — Srta. Gowland, por acaso você tem algum remédio que ajude a dormir?

    — Tenho, sim. Posso te dar se precisar.

    — Você não vai perguntar por quê?

    — Bem, a verdade é que eu também não durmo muito bem. Não desde aquele dia.

    Algumas pessoas recorreram umas às outras em busca de ajuda.

    — Seu nome era Srta. Marrone, certo? O que você usou para pintar as unhas?

    — Ah, estas? Não são bonitas? Está na moda entre os magos hoje em dia. Gostaria de experimentar, Tersia?

    Outros aproveitaram para falar sobre seus hobbies. Era interessante de ver. Apenas um mês atrás, antes de entrarmos no labirinto, éramos todos estranhos uns para os outros.

    Olhei ao redor antes de me sentar sozinho no sofá no canto. Ao contrário do banquete, não havia pratos requintados ou vinhos caros. Simplesmente alugamos um prédio vazio para conversarmos. Mesmo assim, isso era muito mais agradável do que um banquete deslumbrante.

    — Acho que vou indo.

    Como sempre, os bons momentos voaram. Ao anoitecer, todos começaram a sair um por um. Quando me preparei para ir embora com a Erwen e a Amelia para voltar para casa, a festa chegou oficialmente ao fim.

    Dois dias depois, saí de casa bem cedo, ignorando os olhares suspeitos da Amelia e da Erwen.

    — Você está indo à biblioteca? Tão cedo assim?

    Eu só me lembrei agora.

    Em três dias, encontrarei você no lugar onde nos conhecemos pela primeira vez.

    Não havia um horário escrito na nota. Ragna sempre parecia ser do tipo que esquecia detalhes importantes como esse.

    Suspirei enquanto caminhava pelas ruas do Distrito Sete, mas eventualmente cheguei à Biblioteca Nacional de Ravigion.

    Quando acordei pela primeira vez no corpo de um bárbaro, passei a maior parte dos meus dias aqui. A essa altura, havia se tornado uma espécie de lar de infância para mim. No entanto, assim que cheguei, congelei. Havia um aviso na frente da biblioteca informando que estaria fechada hoje.

    “…Eu nunca imaginei que isso aconteceria.”

    E agora? Devo simplesmente esperar aqui? Se o fizesse, pelo menos não correria o risco de perdê-la.

    Tap, tap.

    O som de sapatos batendo no pavimento interrompeu meus pensamentos, e olhei para cima para ver uma mulher se aproximando lentamente. Assim que fizemos contato visual, não pude deixar de me encolher.

    — É um prazer conhecê-lo, Barão Yandel.

    Dos cabelos pretos aos olhos negros e à saia preta, a mulher estava vestida de preto dos pés à cabeça, exceto pela camisa branca.

    — Por favor, me siga. A condessa está esperando…

    — Errado.

    — …Perdão?

    Olhei fixamente para a mulher que inclinava a cabeça em confusão e disse simplesmente — Hoje eu não sou um barão, mas um comandante. Há alguns dias, fundei o clã Anabada.

    Se ela ficou surpresa com minha declaração repentina, não demonstrou. Sua resposta veio apenas com um sorriso profissional. — Entendo. A partir de agora, serei mais cuidadosa ao me dirigir a você, Comandante Yandel.

    — Obrigado. Por algum motivo, eu só senti vontade de ser comandante hoje.

    — Você… sentiu vontade? O que quer dizer com isso?

    — Oh, você não acha que comandante soa mais forte do que barão?

    — …Entendo — ela concordou de maneira desajeitada, embora claramente não entendesse a diferença.

    Decidi dar uma dica. — Você por acaso sabe o que significa Anabada?

    — Pelo que sei, é uma palavra de uma língua antiga que significa ‘um grupo de bestas selvagens’ — veio sua resposta imediata.

    — C-Certo… Acho que você já sabia disso…

    Devo ter parecido um bárbaro deprimido que acabara de perder a oportunidade de exibir meu conhecimento. A mulher fingiu não notar enquanto abria a porta trancada da biblioteca. — Por aqui. A condessa está esperando por você. — Ela caminhou na minha frente, e eu a segui de perto, estalando os lábios.

    Tap, tap.

    Pelo primeiro olhar, não pude deixar de pensar que ela era Hyeonbyeol.

    1. Resumo, introdução.[]
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