Capítulo 55: A Floresta da Bruxa (2/4)
『 Tradutor: MrRody 』
Com um olhar inocente, um corpo voluptuoso e uma voz doce, Elisa tinha uma aparência que a maioria dos homens prontamente desfrutaria. Ou teve até um segundo atrás.
— S-Senhorita Elisa!
Os olhos de Hans C se arregalaram assim que a mulher esguia de cerca de 1,57 metros de altura desabou no chão.
Ploft.
Sua têmpora estava afundada, os olhos saltaram teatralmente e sangue escarlate jorrou como uma pistola d’água de onde seu canal auditivo deveria estar. A bela Elisa não mais existia.
— Você, o-o que você fez?! — Hans C, testemunhando sua desgraça, gritou em choque. — Por quê?! Por que machucou a senhorita Elisa?! O que fizemos para você?!
“É verdade, vocês ainda não fizeram nada.”
— Ah, desculpe. Foi um engano — respondi brevemente. Minha mão escorregou porque a maça era pesada. De verdade. — Por que você não se aproxima por um momento? Para conversarmos sobre uma compensação pelo meu erro.
— S-Seu maldito louco!
Bem, isso não funcionou. Para ser justo, ele também tinha um cérebro. Assim que sentiu o destino que o aguardava, Hans C entrou em pânico. — Ah, não… n-nós vamos todos morrer…
Eu não me incomodava mais em negar. — Fico feliz que esteja ciente.
— P-Por causa desses filhos da mãe loucos…
Exceto, enquanto eu sorria com o terror de Hans C, senti uma disparidade difícil de descrever. Perguntando-me o que era, analisei cuidadosamente o sentimento e percebi que era causado pela direção do olhar do homem.
“Ele não está nos olhando. Por que, ele está com medo de algo mais?”
Instintivamente, movi minha cabeça para seguir o olhar de Hans C. No final estava a falecida Elisa, uma mulher que tragicamente perdeu sua beleza e se tornou um cadáver frio.
Mas parecia que ela sentiu meu olhar sobre ela.
— Gigig, gigi, gigig… — Elisa, que deveria ter retornado ao abraço de seu criador, começou a convulsionar e a cuspir sons estranhos. Seus membros se agitavam e se dobravam como se estivesse sendo eletrocutada. Lembrava uma dança realizada por zumbis em um filme.
“Que porra é essa agora?”
Eu não conseguia entender o que estava acontecendo de jeito nenhum. Quando a acertei na cabeça, definitivamente senti a sensação única de um golpe fatal subir pelo meu braço. Por que ela ainda estava viva, se contorcendo e fazendo esses barulhos assustadores?
— Gigig, gigig, gig!
— B-Bjorn? O que está acontecendo?
“Não me pergunte, anão, eu também estou com muito medo.”
Eu havia matado muitas pessoas desde que acordei neste corpo, mas eu juraria pelos meus ancestrais que nunca tinha visto um cadáver dançar assim antes.
Crunch!
No entanto, esse hábito de cerrar os dentes quando estava nervoso era um lembrete de que meu corpo pertencia a um bravo bárbaro. — …Vou resolver isso.
— Resolver?
Em vez de responder, corri para frente e desferi minha maça. O alvo era o rosto de Elisa.
Smack!
Seu crânio, que era muito mais macio do que o de um demônio da morte, mais uma vez cedeu, quase fazendo Hikurod desmaiar.
— M-Mutilar um cadáver? Mesmo que essas pessoas sejam saqueadoras, isso é…!
O quê, era imoral? E daí? — Estava tão assustado que não pude evitar.
— O quê? Isso é algo que uma pessoa assustada faria…?
Cortei ele. Não sabia por que tinha que explicar isso para as pessoas repetidas vezes. — A melhor defesa é um bom ataque. — Claro que é. Estava com medo, então destruí. Para se proteger, é preciso mutilar o inimigo sem piedade. Era o jeito bárbaro.
“Agora entendi.”
Foi por isso que Ainar tinha medo das banshees… porque monstros do tipo espiritual não podiam ser espancados. Eles exigiam danos mágicos, não físicos.
Tendo chegado a essa nova realização, olhei para a falecida Elisa novamente e fiz um barulho amargo com a língua. — Droga, ainda dançando, hein? — Mesmo que seu rosto inteiro esteja afundado agora, Elisa continuou a estalar suas articulações e a fazer uma dança assustadora. Será que isso exigiria uma solução mágica? — Dwalkie! Use magia!
— Mas…!
— Apresse-se! — Sem desculpas. Não havia necessidade de ser gentil com crianças assim. Assim que gritei com ele, Dwalkie começou a entoar um feitiço.
Naquele momento, Hans C virou as costas para nós e começou a correr. — N-não posso morrer!
Foi uma coisa estúpida a fazer. Antes que ele pudesse dar alguns passos, a seta de besta disparada por Brown atingiu suas costas.
Swish!
Com as costas viradas, Hans C desabou, amontoado miseravelmente. Enquanto eu observava seu trágico fim, murmurei: — Maldito idiota. — Se ele não tivesse nos dado sua armadura, teria sido capaz de resistir a uma única flecha. Baixa inteligência sempre trazia sofrimento.
Logo depois, desviei meu olhar e olhei para o último inimigo restante, o lanceiro. lrita — Você não vai fugir? — eu perguntei.
— Eu sei que é inútil. — Seus olhos e voz implicavam que ele já havia desistido. No entanto, meu sangue de guerreiro sentiu algo estranho naquela voz, assim como na de Hans C. E foi naquele momento…
Shaaaaa!
De repente, um brilho negro irrompeu do corpo de Hans C. Para ser honesto, fiquei com muito medo, então me escondi rapidamente atrás de Dwalkie, mas nada de especial aconteceu depois disso. A luz irradiou por cerca de cinco segundos antes de desaparecer, depois disso, eu endireitei minha forma encolhida e olhei para frente.
— Mas que diabos?
Eu não sabia que tipo de combo bizarro era esse, mas no momento em que o espetáculo de luz acabou, o corpo de Hans C havia se transformado em uma múmia. Toda a umidade havia desaparecido, deixando um cadáver seco e sem vida. Os olhos de todos se voltaram instintivamente para Brown, que tinha atirado a flecha.
— Rotmiller, o que você…? — Hikurod perguntou.
– E-Eu não fiz nada! Sério!
“Eu sei, coroa.”
Isso também tinha algo a ver com (a falecida) Elisa. Nem tínhamos feito nada para lrita, e ele já parecia o mesmo que Hans C.
Dwalkie, nosso mago, ofereceu rapidamente sua interpretação. — A força vital extraída daqueles dois foi absorvida pelo corpo daquela mulher ali!
Huh, então é isso? Depois de jogar tantos jogos, agora eu tinha uma ideia do que estava acontecendo, e eu tinha um palpite.
– Gigig, gigi, gigig…
Logo depois. Elisa realizou uma dança com suas articulações e se levantou do chão. Seu rosto ainda estava meio esmagado, mas sua boca se abriu mesmo assim.
— Como… você… sabia?
— O quê?
— Que… somos… inimigos.
– Oh, isso. — Eu estava petrificado, mas respondi mesmo assim, fingindo estar calmo. — Todos os filhos da puta cheiram a lixo. — Foi uma resposta satisfatória? Eu achei que sim, vendo como Elisa e sua cabeça meio destruída riram alto disso.
— Ki, hee, hee, hee!
Merda, por que minha vida era sempre uma subida após a outra? Isso era igual à batalha contra o golem cadáver. Todos na nossa equipe congelaram diante da cena absurda que se desenrolava diante de nós, e eu os acordei gritando com eles assim como da última vez.
— Todo mundo, acorde! Caso contrário, todos vamos morrer!
Eu estava jogando Dungeon and Stone há dez anos. não era um jogo popular, mas eu tinha orgulho em dizer que não havia nada sobre ele que eu não soubesse, e eu tinha certeza disso.
— Ki, hee, hee, hee!
— O- O que aconteceu? Por que uma pessoa morta…
O cadáver havia revivido. Até onde eu sabia, que isso provavelmente não era um milagre realizado pelo deus da exploração, Reatlas. Não importava o que as pessoas que o serviam fizessem. Reatlas era um deus de boa natureza. Cheguei a uma conclusão com base em tudo que eu tinha inferido até agora.
— Ela é uma sacerdotisa de Karui.
Uma sacerdotisa do deus sombrio Karui.
‘Sacerdote de Karui’ era uma classe oculta que só podia ser selecionada quando você começava como humano e se tornava um sacerdote. Vinha com a vantagem de seu personagem poder usar poderes sagrados e feitiços das trevas ao mesmo tempo, mas a penalidade para isso era igualmente enorme.
— Uma sacerdotisa de Karui!
— Essa mulher serve ao deus maligno Karui?!
Como sacerdote de Karui, no momento em que os outros descobriam sobre sua classe, você era arrastado para a prisão. Portanto, era necessário formar uma equipe apenas com NPCs malévolos que você tinha feito seus lacaios, e também era necessário oferecer periodicamente sacrifícios vivos para manter sua posição.
“É provavelmente por isso que ela é uma saqueadora: encontrar um sacrifício dentro do labirinto é a opção mais segura.”
Isso explicava a maioria do que aconteceu. No entanto, uma pergunta permaneceu: por que tinha que ser nós? Por que eles nos perseguiram tão persistentemente? Mas não havia tempo para questionar coisas assim.
— Por sua causa… eu perdi… meus preciosos… subordinados.”
Foi porque ela absorveu toda a força vital de Hans C e Irita? A aparência de Elisa retornou quase ao normal enquanto ela me encarava. Seu cérebro esmagado parecia ter sido restaurado, pois sua fala estava melhor do que antes também. Em outras palavras, sua inteligência havia voltado.
No entanto, ser inteligente e ter uma boa personalidade eram duas coisas separadas?
“Do que essa louca está falando?”
— Se você está culpando outras pessoas mesmo em uma situação como essa — eu respondi sem rodeios — você não deve ter recebido uma educação adequada em casa.
— …O quê?
Foi culpa dela que Hans e Irita morreram de forma tão trágica e em tão tenra idade. Se ela tivesse aceitado seu destino em seu estado de crânio esmagado, isso não teria acontecido.
Logo depois, tomei minha decisão. — Vou vingar Hans e Irita.
“E também vou pegar todos os equipamentos e objetos de valor que eles têm, embora não seja fácil.”
Mas quando minha vida já foi fácil?
【Elisa Behenk conjurou Chamado da Morte】
— O-Olhem, ali! — Hikurod gritou e apontou para algo. Quando olhei, os corpos mumificados de Hans C e Irita estavam se levantando lentamente.
Se ela era uma sacerdotisa de Karui, não me surpreendi. Eu também já joguei como um algumas vezes. Chamado da Morte era a habilidade mais básica e fundamental dessa classe. No começo, só invocava monstros mortos-vivos, mas usar um cadáver como médium permitia manipular lacaios mais fortes. O fato de seus olhos não terem qualquer senso de consciência era prova disso.
— Grrrrr…
Logo depois, Hanita – abreviação de Hans e Irita – se transformaram em mortos-vivos e fixaram os olhos em nós.
— Destruam os inimigos, meus servos! — Ao comando de Elisa, eles avançaram.
Bam!
A batalha começou oficialmente quando Hanita colidiu com a parede de escudos que Hikurod e eu formamos.
【Riol Warb Dwalkie conjurou o feitiço de oitavo nível, Lança de Gelo.】
【Missha Karlstein conjurou Fortalecimento. O efeito de quaisquer habilidades ativas aumenta proporcionalmente ao poder da alma do usuário.】
【Missha Karlstein conjurou Conceder Toxinas.】
Enquanto estávamos sofrendo ataques frontais, Missha e Dwalkie trabalharam para causar algum dano, mas não conseguiram acertar. Com uma força que excedia a de humanos comuns e um alto nível de resistência física, nem mesmo uma maça poderia deixar uma marca neles, sem mencionar que seus corpos haviam sido transformados em mortos-vivos e ganharam resistência a danos de veneno e frio. Isso não seria uma boa combinação para nós.
Crack! Whoosh!
Claro, Brown, que tinha muita experiência lutando contra mortos-vivos, usou seus coquetéis Molotov generosamente.
— Que tolos!
【Elisa Behenk conjurou Fogo dos Mortos.】
Chamas negras surgiram no ar e começaram a absorver todo o fogo ao redor.
“Maldição.”
Essa situação estava se tornando ainda mais complicada. O poder sagrado do fogo, que era o atributo oposto aos mortos-vivos, não estava funcionando.
“Temos outra escolha além de destruir seus núcleos?”
Os mortos-vivos não podiam morrer enquanto seu núcleo estivesse intacto, mesmo que seus corpos inteiros fossem cortados. O núcleo de um esqueleto estava escondido entre as costelas, e o núcleo de um demônio da morte estava no cérebro. E esses caras, que foram trazidos de volta à vida pelo poder de um deus sombrio? A resposta era simples.
— Missha, você consegue matar aquela mulher?
O núcleo de um invocado geralmente estava dentro do invocador. Em outras palavras, se Elisa fosse morta, Hanita também poderia encontrar a luz e voltar para o seio do verdadeiro deus.
— Mm…
— Você não precisa matá-la. Apenas causar algum dano tornaria as coisas muito mais fáceis.
Depois de um momento, Missha concordou. — Vou tentarrr. — Imediatamente, ela pisou no meu ombro, deu um salto alto no ar e voou em direção a Elisa. O movimento era ágil e flexível o suficiente para ofuscar um elfo. No entanto, nosso oponente não era alguém com quem isso funcionaria.
【Elisa Behenk invocou Guarda Sombrio.】
Soldados sombrios se levantaram do chão e cercaram Elisa sem deixar brechas. Nem mesmo Missha seria capaz de romper essa barricada e cortar a cabeça de Elisa tão cedo.
“No entanto, não há motivo para não jogar o jogo longo.”
Não era como se Hanita tivesse armas em suas mãos. Desde que já tínhamos confiscado suas armas anteriormente, eles não representavam realmente uma ameaça, mesmo em forma de mortos-vivos. Na verdade, Hikurod e eu poderíamos prolongar isso pelo tempo que quiséssemos.
Depois de tomar minha decisão, redistribuímos nossas forças de trabalho. — Dwalkie, Brown, vocês dois ajudem a Missha.
— Mas…
— Está tudo bem. Nós dois faremos o que pudermos para segurar aqui.
— Tudo bem! Então eu deixo isso com vocês!
Assim que Dwalkie e Brown entraram na batalha, a maré começou lentamente a virar.
Claro, os Guardas Sombrios se regeneravam assim que eram destruídos, e até tinham tempo livre para nos lançar várias maldições, mas em certo ponto, o grande número de Guardas Sombrios invocados diminuiu significativamente.
— Parece que ela está lentamente perdendo o fôlego! Fiquem firmes!
Mesmo que ela adorasse um deus maligno, havia um limite para o poder de Elisa. Talvez ela não esperasse acabar nessa situação.
— Maldição… todos… vocês! — Ao se ver forçada a jogar na defensiva, aparentemente Elisa se assustou e começou a tremer de raiva. Parecia que ainda tinha um instinto de sobrevivência, pois apertou os dentes e murmurou baixinho. — Eu não vou esquecer… dessa humilhação…
O número de Guardas Sombrios havia diminuído ao longo de cerca de vinte minutos, restando menos de cinco. Percebendo o que ela estava prestes a fazer, eu exclamei alto. — O quê? Droga, não!
“Estávamos tão perto de te pegar, para onde você está indo?!”
Afastei Hanita, que estava em cima de mim durante toda a batalha, e corri em sua direção com toda a minha força.
【Elisa Behenk conjurou Espiritualização.】
Logo depois, o corpo de Elisa se tornou translúcido e flutuou no ar. Nesse estado, ela parou para olhar para nós. — Vocês nunca… voltarão… vivos. — Então ela voou para a escuridão ao longe.
Whiiip!
Suspirei profundamente enquanto olhava naquela direção como um cachorro que acabara de perseguir uma galinha. — Merda…
O chefão que estávamos tão perto de derrotar havia escapado, armado com um ressentimento contra nós.
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