A obra atingiu um pequeno ponto de hiato e novos capítulos serão publicados na segunda metade de julho.
Capítulo 623: Distrito Sete (1/5)
Depois de tanto tempo lutando no labirinto, chega um ponto em que você consegue se comunicar com os aliados apenas com olhares.
Assim como estávamos agora.
“Não sei o que está acontecendo, mas vamos capturá-lo primeiro.”
Após receber essa mensagem pelo meu olhar, meus aliados assentiram e sacaram suas armas.
— Então vocês não têm a intenção de colaborar e responder.
Felizmente para nós, o outro líder pareceu chegar à mesma conclusão, pois o grupo deles avançou contra nós.
— Capture-os agora!
Havia um total de catorze inimigos, incluindo o líder. Como não era um múltiplo de seis, não conseguimos dividir nossas forças de forma equilibrada.
Mas bem, não estávamos no labirinto, estávamos no meio da cidade.
【Você lançou Gigantificação.】
【Seu Nível de Ameaça e Atributos Físicos aumentam em proporção ao seu aumento de tamanho.】
Não sabíamos o quão fortes eram nossos inimigos, então aumentei o tamanho do meu corpo primeiro. No entanto, eles pareciam ter notado algo ao verem meu corpo aumentado.
Os inimigos que estavam avançando pararam de repente, chocados.
— B-Bjorn Yandel…?
— …É o gigante!
— Como alguém que estava desaparecido está aqui…?
Ei, obrigado por me reconhecerem, mas…
— C-Corram!
— Chamem reforços…!
“E aí? Para onde vocês acham que estão indo?”
Não demorou muito para suprimir as forças de Noark que encontramos na Praça Dimensional destruída.
Os números deles acabaram caindo de catorze para doze durante o processo. Ah, naturalmente, isso não aconteceu porque alguns fugiram. Eles simplesmente morreram enquanto tentavam escapar.
“Alguns aqui são habilidosos.”
Pelo jeito como eles se dispersaram rapidamente ao tentar fugir, presumi que esses caras treinaram juntos bastante. Dois dos membros mais rápidos quase conseguiram escapar quando tentamos capturar todos vivos.
— Bom trabalho, Erwen. As coisas poderiam ter ficado complicadas se os deixássemos fugir.
— …Não precisa me elogiar.
De qualquer forma, como capturamos todos, me aproximei de um deles que estava de joelhos.
“Doze pessoas.”
Era um número com o qual eu me sentia muito mais confortável.
— Emily, tire todo o equipamento deles, incluindo os dois mortos.
Eu não sabia quanto tempo teria, então os neutralizei enquanto realizava meu interrogatório.
E esse cara parecia perfeito para falar.
— …Ugh!
Agarrei o líder, que estava em silêncio e só olhava para o chão, pela cabeça e o levantei. — Ei, Olho Fedido.
Ainar inclinou a cabeça. — Hã? Bjorn, você conhece esse cara?
— Não.
— Hã? Então como você sabe o nome dele?
— …Do que você está falando? Só o chamei de Olho Fedido porque não gosto de como ele está me olhando.
Como diabos ‘Olho Fedido’ seria o nome de uma pessoa?
De vez em quando, percebo o quanto Ainar é ingênua.
— Haha… eu só… — Ainar coçou a nuca, parecendo um pouco envergonhada, e eu naturalmente voltei minha atenção para outro ponto.
— Enfim… Ei, Olho Fedido.
Mesmo após chamá-lo de novo, Olho Fedido se recusou a falar, e eu continuei sem esperar uma resposta.
— Faz tempo que não visitamos a cidade. O que vocês estão fazendo aqui?
Como esperado, ele ainda não me respondeu, então imediatamente desci com meu martelo.
Não no líder…
Crunch!
…mas na mão de um dos seus subordinados ajoelhados ao lado.
— Aaaah!
O Subordinado A soltou um grito de dor com o ataque repentino.
Comecei com ele e fui descendo a fila, esmagando uma mão de cada membro com meu martelo. Depois, perguntei ao líder de novo — Faz tempo que não visitamos a cidade. O que vocês estão fazendo aqui?
Naturalmente, não recebi resposta, e comecei a martelar de novo, começando pelo Subordinado A. Meu alvo era nada menos que a mesma mão que destruí na rotação anterior.
Crunch! Crunch! Crunch!
Perguntei a mesma coisa ao líder, e novamente ele não respondeu. No entanto, parecia que os subordinados entenderam o método de interrogatório, pois apertaram os olhos com força.
— Segure-os direito desta vez, Auyen.
— Sim…!
Enquanto golpeava mecanicamente, um dos subordinados falou apressadamente. — E-Eu vou…!
Eu pausei. — Hmm?
— Eu vou responder! Essa pergunta!
— Ah, é mesmo?
Como essa era a resposta que eu estava buscando, não fiquei tão surpreso. O líder, no entanto, não esperava que seu Subordinado G o traísse.
— Seu desgraçado traidor…! — Olho Fedido quebrou o silêncio e encarou o Subordinado G.
No entanto, como um membro macho de Noark, o Subordinado G não levou desaforo calado.
— O que diabos você quer que eu faça, então? Você pode passar por isso calado, mas estamos todos sendo espancados aqui.
— …O quê, acha que ele vai te deixar viver se você responder?!
— Não. Mas se vou morrer, prefiro morrer sem dor, não? Qual é o ponto de ser leal se vou morrer de qualquer forma?
— Se sua traição for descoberta, sua família na vila…
— Vai a merda! — Ele cuspiu no líder, rosnando — Seu bastardo. Não sabia que seu subordinado é órfão, sem família?
Do meu ponto de vista, o Subordinado G ganhou essa troca. Olho Fedido não conseguiu responder às palavras lógicas e penetrantes do subordinado. Embora, parecesse que ele queria xingá-lo no final.
— Filho da…
Não tinha tempo para assistir a eles brigarem entre si. — Cale a boca.
— Agh!
— Certo, então me diga. Por que vocês estão aqui? — Perguntei após silenciar Olho Fedido.
Subordinado G começou a explicar tudo o que aconteceu na cidade enquanto estávamos fora, e os eventos podiam ser resumidos em dois pontos principais.
O primeiro era que, há cerca de dois meses, os remanescentes de Noark haviam secretamente retornado à sua antiga residência na cidade subterrânea após saírem das muralhas do castelo. E fizeram isso para invadir Rafdonia.
— Invadir…?
— …Eles perderam a cabeça.
Meus aliados ficaram chocados enquanto ouviam a história junto comigo. Amelia até balançou a cabeça em descrença, mas eu não fiquei tão surpreso. Já tinha ouvido isso do Palhaço na Távola Redonda antes.
“Mas não esperava que eles fossem agir tão rápido.”
Versyl parecia muito mais calma que o resto dos meus aliados, talvez porque ela também estava lá quando o Palhaço revelou sua informação.
— E então? Qual é a situação? — Apertei. — Vocês ganharam? É por isso que o Distrito Sete está nesse estado?
— Não… Não vencemos. Estamos em um impasse.
— …Me conte mais em detalhes.
— Há dois dias, viemos pelos esgotos até a cidade e conseguimos emboscar alguns distritos, e conseguimos tomá-los em um dia.
— Dois dias atrás…? — Ouvi mais de sua explicação e descobri que hoje era exatamente um dia após o labirinto fechar. — Então vocês aproveitaram quando os aventureiros entraram no labirinto. E uma boa parte das forças do palácio também deve ter entrado no labirinto.
— Sim, é isso mesmo…
Depois de ouvir tudo isso, meu primeiro pensamento foi o quão azarado eu era. Voltamos após mal escapar, e justo quando a cidade estava sendo invadida. Era como se eu estivesse sempre tropeçando em mim mesmo.
— Estou ouvindo, continue falando.
— Ah, sim…
Subordinado G continuou a falar sobre o estado da batalha.
Eles haviam mirado no período entre o primeiro dia, quando os aventureiros saíram para o labirinto, e o segundo dia, quando retornaram. Graças a isso, conseguiram lidar com os guardas de cada distrito e tomaram a cidade com sucesso.
— Cercamos os aventureiros que voltaram do labirinto ontem e os suprimimos na praça, e agora estamos usando-os como reféns enquanto lutamos contra as forças do palácio.
Essa era a situação atual.
— O palácio parece valorizar mais a vida dos aventureiros do que a dos cidadãos comuns, então ainda não avançaram.
— Então por que vocês estão aqui?
— Estávamos em patrulha. Achávamos que o palácio poderia enviar infiltradores, então estávamos procurando por qualquer um que ainda estivesse escondido. O mago do nosso grupo disse que de repente sentiu algo vindo da praça…
— Há mais patrulhas?
— Não nas proximidades…
Pelo jeito que sua fala foi se arrastando, dava para perceber que havia algo mais que ele hesitava em dizer. Era hora de usar minha arma secreta.
— Tá tudo bem, você pode me contar. Se for útil, não vou me opor a deixar você viver. Não, juro pela minha honra como guerreiro que vou te mandar de volta vivo.
Era o juramento de guerreiro que eu usava desde o início, e que já me rendeu bastante sucesso.
O Subordinado G hesitou por um momento antes de revelar tudo. — Está quase na hora de enviarmos o relatório agendado. Se não fizermos o relatório na hora certa, podem enviar outro grupo de patrulha aqui…
Até o Olho Fedido não se conteve e gritou — Seu filho de uma chocadeira…!
Provavelmente era a última esperança que eles tinham.
Cala a boca, você é irritante.
— Esse relatório agendado, você pode fazer?
— Sim, eu posso. Já fiz isso algumas vezes. Ele me passou algumas vezes, dizendo que era chato fazer.
— Sério?
— Seu desgraçado! Você não sabe o quanto eu…!
Então esse cara não servia para nada.
Crunch!
Esmaguei a cabeça do chefe dele bem na frente dele, mas o Subordinado G apenas estremeceu antes de recuperar a calma.
— Deve haver uma pedra de mensagem nas coisas que vocês pegaram da gente. Se me derem, eu posso resolver isso.
— Parece que é esta aqui. — Amelia, que estava observando tudo ao lado, encontrou imediatamente a pedra de mensagem e me entregou.
— Certo, então faça. E não pense em fazer nada imprudente.
— Tá…
Com a pedra de mensagem em mãos, o Subordinado G relatou aos superiores que não havia nada acontecendo na área. Talvez por já ter feito isso várias vezes antes, o relatório terminou sem grandes problemas.
E assim, retomamos nossa conversa.
— De qualquer forma, você disse que tomaram alguns distritos. Quais distritos são esses?
— Distrito Treze e Distrito Sete.
Soltei um suspiro profundo.
— O-O que foi…? Cometi algum erro ou…?
Eu estava realmente sem sorte. Entre tantos distritos, eles conseguiram tomar dois, mas um deles tinha que ser justamente o nosso Distrito Sete.
Não consegui evitar o suspiro, mas mantive minhas emoções sob controle e continuei a conversa.
— Tá tudo bem. Continue. O que aconteceu com a terra sagrada?
O Distrito Treze tinha a terra sagrada dos terians, e o Distrito Sete tinha a terra sagrada dos nossos bárbaros. Como chefe dos bárbaros, eu não podia deixar de me preocupar com a nossa terra sagrada.
— A terra sagrada está isolada da cidade.
— Isolada?
— E-Eu sou só um soldado, então não sei os detalhes… mas ouvi dizer que usaram um círculo mágico criado pelo palácio há muito tempo. E eu… ouvi que foi feito para restringir os não-humanos… mas não tenho certeza, é só algo que falamos no grupo.
O Subordinado G pareceu lembrar, tardiamente, que eu era o chefe dos bárbaros e rapidamente acrescentou — M-Mas, já que a terra sagrada foi completamente separada da cidade, deve ter havido relativamente menos dano lá do que aqui.
Relativamente.
Aquela palavra me disse que houve algum dano na terra sagrada. Mas bem, não tinha jeito. Eu só precisava ser grato pela ‘relatividade’.
— Distrito Treze… E os terians, como estão?
Também perguntei sobre isso, já que estava preocupado com a terra natal da Missha, mas não consegui uma resposta detalhada.
— Aquele distrito é um pouco diferente, então não sei muito… mas provavelmente não está muito diferente.
— Entendo…
Missha mordeu o lábio. Mesmo sendo pessoas que ela odiava, parecia preocupada com sua família.
— Yandel, parece que já conseguimos todas as informações que precisávamos. Que tal nos movermos agora?
— Mover?
— Só por precaução. Se formos cercados aqui, até nós teremos problemas.
Seguindo o conselho de Amelia, decidimos sair da área. O relatório foi feito sem problemas, claro, mas ainda podíamos ser descobertos por outra pessoa.
— Então limpem tudo, menos ele. Não deixem nenhum vestígio.
Amelia lançou um olhar para o Subordinado G. — E ele?
— Vamos levá-lo vivo conosco.
O Subordinado G imediatamente se levantou com minha resposta. — E-Eu sabia, Lorde Barão! Sabia que você manteria sua promessa!
— Não me faça rir. — Amelia soltou uma risada seca, incrédula.
Afinal, ela sabia que eu era um bárbaro falso que não ligava para juramentos como esse.
“Ainda assim, não podia simplesmente ignorar isso com Ainar aqui também.”
Claro, a maior razão era que eu ainda queria arrancar mais informações desse cara.
Pshhhh!
Com a magia de Versyl e o equipamento de Amelia, todos os vestígios dos corpos foram apagados. Em seguida, nos movemos o mais discretamente possível. Como todo o Distrito Sete havia sido tomado pelos Noarkanos, precisávamos de um esconderijo temporário.
— E aquela casa em que vivemos no passado? Acho que não está longe daqui…
Seguindo a sugestão de Erwen, nos movemos rapidamente para a mansão pela qual havíamos feito um empréstimo no passado. As cercas eram altas e havia um porão, então era um local muito bom para nós de várias maneiras.
No entanto, em uma cidade transformada em campo de batalha, não havia como a mansão ter ficado intacta.
— N-Não… A casa das minhas memórias… Eu queria conseguir dinheiro suficiente para comprá-la de volta no futuro…!
Ao chegarmos ao prédio, evitando outras patrulhas, vimos que o segundo andar havia desabado, aparentemente devido a magia de fogo. A área ao redor também estava bastante queimada.
— Ainda assim, não está tão ruim. Só parece assim por fora, o primeiro andar está intacto. Além disso, com esse aspecto, poderemos usá-la para nos esconder por um tempo. As cercas estão destruídas em alguns pontos, mas com a forma como os postes estão inclinados, não poderão ver o que está dentro.
Amelia deu uma aprovação para o prédio, e entramos com cuidado.
— Auyen. Vamos fazer uma reunião, então coloque esse cara no porão.
— Sim. — Auyen imediatamente foi trancar o Subordinado G no porão. — A luz do sol não vai chegar aqui, mas você receberá suas refeições na hora certa. Provavelmente.
Ele parecia realmente animado, por algum motivo.
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