A obra atingiu um pequeno ponto de hiato e novos capítulos serão publicados na segunda metade de julho.
Capítulo 666: Novo Mundo (1/4)
Qual era meu relacionamento com Baekho Lee?
A pergunta provavelmente estava martelando na mente do GM até ele não conseguir mais segurar. Também não ajudava o fato de nunca ter havido um momento apropriado para perguntar antes. Pelo que pude perceber, ele havia pensado bastante em como abordar o assunto.
— É só que… não estou tentando me intrometer. Só estou curioso. Vi vocês dois se afastarem para conversar em particular…
— E daí?
— Sinceramente, é muito curioso… como aquele homem se refere a você pelo seu título e fala com respeito…
Era provavelmente o ponto central da questão para ele, para falar a verdade. Por que aquele Baekho, despreocupado e arrogante, me tratava com respeito? Ele devia estar enlouquecendo tentando descobrir.
“E esse cara também sabe como Baekho e eu nos conhecemos pela primeira vez.”
Pensar no meu primeiro encontro com Baekho ainda me dava arrepios. O GM havia se disfarçado de Hans I e tentado se aproximar de mim quando ele e Baekho se enfrentaram, e eu acabei tropeçando na cena e me envolvendo nela.
“Eu me perguntava o quão desequilibrado ele realmente era…”
Por pura curiosidade, Baekho me agarrou e me interrogou abertamente, perguntando se eu era um jogador na frente de todos os cavaleiros do palácio.
“Já se passaram alguns anos desde então…”
Impactado pela rapidez com que o tempo passava, disse: — Sério? Não estamos exatamente em bons termos. Quando o conheci, éramos inimigos.
— Hmm, inimigos…?
— Sim. Aquele esquisito caiu do céu do nada e tentou me matar. E, de alguma forma, ele desapareceu tão repentinamente quanto surgiu.
— …Então foi isso que aconteceu? — o GM inclinou a cabeça, fingindo não saber de nada enquanto ouvia. Ver o ato dele era engraçado por algum motivo, mas continuei sem deixar isso transparecer.
— Da próxima vez que o encontrei foi em Árvore Gnomo.
— Árvore Gnomo… você diz…
— Sim. Fui lá com minhas aliadas devido a uma missão e acabei o encontrando por acaso. Aconteceram mais algumas coisas depois… e ele também tem problemas com minhas aliadas.
Qualquer contradição nas minhas histórias provavelmente me exporia como um mentiroso medíocre, então fui direto ao ponto e resumi o resto. Ele provavelmente também sabia o que havia acontecido com Missha.
— Suas aliadas…
— Não quero entrar em detalhes, mas fizemos um acordo no processo, e as coisas se resolveram um pouco agora.
— Quando você diz que as coisas se resolveram…
— Considere isso como uma espécie de cessar-fogo temporário. Tanto ele quanto eu sabemos que haverá sangue se brigarmos. Ele está sendo cauteloso.
O GM pareceu ligeiramente espantado quando eu disse isso. Sua expressão parecia gritar ‘Baekho Lee? Ele?’ Também parecia surpreso com o quão poderoso eu era.
“Ei, coloca um pouco de respeito no meu nome.”
Eu havia embelezado algumas coisas para tornar minha desculpa plausível, mas isso não significava que o que disse era mentira. Embora eu não tivesse confiança para derrotar Baekho em um duelo mano a mano, também estava confiante de que não perderia.
— Você perguntou qual é meu relacionamento com ele, certo?
O GM assentiu, e mais claramente do que nunca, resumi em apenas uma frase o que Baekho era para mim.
— Para mim, Baekho Lee é…
Nem precisei mentir dessa vez. Embora não estivéssemos atualmente levantando armas um contra o outro porque éramos úteis um ao outro, não precisava mais hesitar.
— …alguém que preciso esmagar o crânio pessoalmente no futuro.
Baekho era um inimigo.
— Isso é tudo para suas perguntas?
— Sim… Ele é um homem muito perigoso. Precisava confirmar quais eram seus laços com ele, Lorde Barão.
— Entendi.
— Fico aliviado em ouvir que você não está do mesmo lado que ele. Nada de bom sairá de se envolver com ele… Ah, e claro, acredito que você já saiba disso, Lorde Barão.
O GM não parecia duvidar da minha hostilidade em relação a Baekho e até parecia satisfeito com a perspectiva, talvez por sentir o quão genuíno eu estava sendo sobre minha última afirmação.
“Quero dizer, é natural ele estar aliviado. Se eu tivesse dito que Baekho e eu éramos amigos, ele não teria ninguém em quem confiar aqui.”
De qualquer forma, terminei minha conversa com ele.
Quando voltamos ao acampamento, Baekho foi quem chamou pelo GM desta vez.
— Ei, vamos conversar.
O GM estremeceu como se tivesse acabado de ser convocado pelo valentão da escola. — V-Você está falando comigo? — Ele olhou para mim, como se pedisse ajuda.
— O que você quer com meu aliado?
— Ora, Lorde Barão. Não se preocupe. Não pretendo prejudicá-lo de forma alguma. Precisamos dele para consertar o círculo mágico, então certamente sabe que não faria nada precipitado, certo?
Bem, não era isso o que me preocupava. Era só que não conseguia ignorar a reação do GM quando ele me implorava com os olhos. Eventualmente, cedi — Conversem onde eu possa ver.
— Huh. Certo. Você concorda com isso, né?
O GM foi levado como um cordeiro ao abate antes de os dois começarem a discutir algo.
“Devo aprender leitura labial quando tiver tempo.”
Como o som da conversa estava sendo contido, não consegui ouvir o que eles estavam falando. No entanto, julgando pelas expressões, Baekho parecia frustrado enquanto falava, e o GM parecia tentar se explicar enquanto dava um sorriso desconfortável.
“Agora que penso nisso, esses dois também não se separaram em bons termos.”
O GM havia exilado Baekho da comunidade, algo que Baekho guardava rancor, para começar. O que eu não sabia era se eles haviam se encontrado depois disso ou não.
“Parece que terminaram mais rápido do que o esperado?”
Surpreendentemente, a conversa deles terminou rapidamente e o GM voltou, parecendo exausto.
— Sobre o que conversaram? — perguntei, curioso.
— Tivemos um desentendimento antes… E eu estava apenas me explicando um pouco… Hahaha…
Tsk, então ele não podia me contar. Devo perguntar a Baekho depois ou algo assim.
— Então, vamos dormir logo — ordenei. — Vai amanhecer em breve, então aproveite enquanto ainda está escuro.
— Sim… Então, também tenha um bom descanso, Lorde Barão.
Nada mais aconteceu enquanto todos descansavam. Quando o dia seguinte chegou, começamos a preparar imediatamente a ativação do suposto portal mencionado por Baekho.
— Uma lápide dimensional…? — perguntei.
— Parece bem semelhante, né?
— Essas coisas estão escondidas por todo o continente…?
— Quem sabe? Não sei se existem mais ou não. E esta foi encontrada por aquele vovô misterioso… Além desta e da que está conectada a ela, não vi nenhuma outra.
Por vovô misterioso, ele provavelmente queria dizer Auril Gavis.
— Mas a única coisa que elas têm em comum é a aparência. Ainda é diferente da lápide dimensional que você veria no labirinto. Não abre só tocando, é preciso colocar mana nela.
Hmm, então era por isso que eles falaram sobre alinhar as ondas de mana ou algo assim. Para terem sucesso sempre que os magos precisassem distribuir a carga de mana, eles provavelmente teriam que ter trabalhado juntos muitas vezes ou feito preparativos antecipados.
— Então vamos começar.
— Sim…
Com isso, após se aproximarem da lápide dimensional, o Erudito Caído e o GM colocaram as mãos sobre a pedra antes de fecharem os olhos.
Vwoong!
A mana se concentrou de forma tão densa que pude ver seus flashes multicoloridos a olho nu.
Shwoosh!
A mana fluindo se condensou cada vez mais até tomar a forma do portal que eu já esperava.
— Vou entrar primeiro, então sigam atrás de mim. O portal só será mantido por cinco minutos!
Assim que o portal abriu, Baekho saltou para dentro primeiro, e seus aliados naturalmente o seguiram.
— Uh…
— O que está fazendo? Por que não está entrando?
— Sim… Vou entrar primeiro…
Por precaução, deixei o GM pular no portal antes de rapidamente segui-lo.
Flash!
Senti uma sensação de flutuar, semelhante à de atravessar um portal dentro do labirinto, antes que minha visão clareasse. Dei uma olhada rápida ao redor para entender o ambiente, apenas para ficar completamente atônito.
Havia estruturas artificiais em forma de torres que eu não reconhecia. O chão de terra estava achatado e suavizado para facilitar o caminhar. Casas feitas de troncos se alinhavam como um tabuleiro de xadrez, e eu podia até ver uma cerca de madeira meio desmoronada ao longe.
— Uma vila…?
— Ah, não te contei? Este é o lugar onde os Noarkianos se estabeleceram.
Era a terra reivindicada por Noark.
Enquanto o GM e eu olhávamos ao redor, perplexos, Baekho deu de ombros antes de se aproximar e começar a explicar sobre a nova terra de Noark.
— Não está no mesmo nível da cidade, mas não parece pelo menos habitável? Eles têm casas e uma cerca de madeira que circunda a vila inteira. Há alguns poços por aqui também. Além disso, havia um campo além da cerca, onde cultivavam plantações. E embora não seja um grande rio, há um a leste daqui.
A terra dos Noarkianos tinha uma infraestrutura mais tangível do que eu esperava. Talvez até eu pudesse viver uma vida feliz aqui.
No entanto, o problema daquele monstro permanecia.
“É uma cidade fantasma completa…”
A enorme cerca de madeira que cercava a vila estava parcialmente destruída, e as casas em pé tinham danos visíveis. Podia facilmente ver algumas manchas escuras de sangue em certos pontos.
— Ah, e isso aqui. — Baekho bateu na lápide dimensional de onde o portal havia aparecido e desaparecido enquanto continuava. — Você poderia usá-la para abrir o portal que leva ao labirinto, mas apenas aquele vovô misterioso consegue fazer isso. Nem mesmo nosso vovô tem ideia de como.
— Tenho uma ideia. Descobri que é uma magia relacionada a tempo e espaço.
— Isso não muda nada. Não invente desculpas…
Embora o tom de Baekho fosse zombeteiro, o Erudito Caído estava certo: Auril Gavis era realmente anormal. O fato de ele ter aberto um portal que levava diretamente ao sétimo andar, além de teletransportar dezenas de milhares de pessoas de uma vez, sempre dava a impressão de que Auril Gavis estava brincando com as regras do mundo por conta própria.
— Mas se eles construíram essa vila tão bem, por que entravam tanto no labirinto?
— Quero dizer, eles precisavam comer e sobreviver, certo? Pelo que pude perceber, nem sequer conseguiram carregar comida adequadamente quando fugiram e tiveram que comer carne de monstro até chegarem aqui.
— …Você não disse que havia um campo?
— Não, isso foi feito bem depois. E mesmo se chamarmos de campo, é mais como um experimento. As plantações não cresciam bem e não eram suficientes para alimentar tanta gente.
— Então fizeram isso porque precisavam das pedras de mana?
— Bem, provavelmente.
— Mas ouvi dizer que também havia outro motivo — sugeri.
Baekho apenas deu de ombros, indiferente. — Bem, existem monstros aqui também, certo? Esse lugar só funciona se eles continuarem lutando por essências. Além disso, provavelmente estavam com medo de que o palácio os encontrasse no futuro.
Hmm, isso fazia sentido. A terra dos Noarkianos estava situada na mesma área que o Campo Cinza no Continente Negro, no sétimo andar. Os monstros que encontravam aqui provavelmente eram bastante fortes.
— Embora tenha sido tudo em vão depois que aquele monstro apareceu. Depois que ele voltou várias vezes e reduziu a vila a escombros, até aquele castelão teimoso mudou de ideia e disse para todos voltarem para dentro das muralhas.
— Entendo…
— De qualquer forma, vamos encerrar nossa sessão de perguntas e respostas aqui. Vamos embora!
Após apresentar a vila, Baekho nos levou para fora dela.
O GM murmurou para si mesmo — É bem diferente dos Campos Cinzas que conheço.
Observei um vasto campo aberto, coberto de grama verde que chegava até os meus quadris.
— Oh! O labirinto definitivamente parece mais com um mundo destruído, não é? Mas os monstros que aparecem aqui são semelhantes. O terreno também é o mesmo.
— I-Isso mesmo…? — O GM parecia surpreso por Baekho ter respondido gentilmente, já que ele estava apenas falando consigo mesmo.
— Sr. Baekho, há um monstro à frente.
Assim que saímos da vila, o arqueiro Leyton Bryat detectou algo e nos informou.
— Roaaar!
Um monstro que estava agachado na grama se levantou e soltou um uivo.
— É um Biterion. Terceiro Nível. Um monstro do tipo besta. Não possui fraquezas elementais e tem uma resistência física muito alta. Se possível, usar magia será o mais eficaz para nós — disse o GM, como se estivesse lendo de uma enciclopédia.
Imaginei como ele seria em seus dias de aventureiro.
“É conveniente, mas deve ter sido cansativo andar por aí com ele.”
De qualquer forma, para complementar a explicação do GM, o Biterion era um monstro raro que aparecia ocasionalmente no Campo Cinza.
— Sorte.
Ele deixava cair um dos materiais necessários para o oitavo estágio da Marca da Imortalidade.
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