Índice de Capítulo

    A obra atingiu um pequeno ponto de hiato e novos capítulos serão publicados na segunda metade de julho.


    『 Tradutor: MrRody 』


    Eu não sabia exatamente quando aquilo tinha acontecido, mas no momento em que percebi, todos já estavam congelados com os olhos abertos como estátuas de pedra. — …Missha? Dwalkie? Hikurod?

    “O que está acontecendo?”

    Assim que comecei a questionar isso, algo que eu havia negligenciado antes chamou minha atenção. Agulhas muito longas e finas estavam saindo do pescoço de cada um dos meus camaradas.

    “Provavelmente eu também tenho uma no pescoço.”

    O importante aqui era que os músculos do meu pescoço estavam rígidos e aquela sensação de formigamento estava se espalhando para baixo.

    【Você foi envenenado pelo Veneno Paralisante do Basilisco. Seu atributo de Físico é maior que 300. O efeito do veneno é reduzido pela metade.】

    Processando a ameaça, meu coração batia como louco. Minha mente, por outro lado, emitia calmamente ordens, me dizendo o que eu tinha que fazer agora.

    Swip.

    Meus braços grossos levantaram o escudo e cobriram meu tronco. Minhas pernas estavam ligeiramente flexionadas, baixando meu centro de gravidade para que eu pudesse reagir a qualquer momento. A quietude apertava minha garganta. Eu evitava até mesmo respirar para me concentrar nos sons ao meu redor.

    Tec, tec, tec.

    Eu ouvia o som de água pingando ao longe. Era isso, não restavam mais dúvidas. Assim como quando pisei naquela armadilha de goblin, o inimigo devia estar por perto. Um silêncio trêmulo seguiu por alguns segundos. Eu sentia como se cada nervo do meu corpo estivesse em alerta.

    Tap.

    Então, ouvi um som fraco. Era difícil chamá-lo de passo… Era mais como uma pedra rolando no vento.

    “…Isso é uma habilidade de furtividade?”

    Rapidamente tomei uma decisão. Eu não sabia o que era aquilo, mas o veneno estava se espalhando lentamente pelo meu corpo. Então seria melhor ver o fim desta batalha antes que o veneno terminasse comigo.

    【Você usou Explosão Selvagem.】

    Isso tornaria a sobrevivência um pouco mais provável.

    — Behelahhh! — gritei com todas as minhas forças. Claro, ao contrário dos monstros, o atributo de Nível de Ameaça nem sempre funcionava em humanos, mas eu havia investigado isso antes.

    — Ummm… e-era uma sensação muito estranha. Era como se minha mente soubesse que não havia nada perigoso, mas meu corpo estava me dizendo que eu deveria correr… — Dwalkie me disse.

    Quando expostos à Explosão Selvagem, aqueles com força de vontade fraca sentiam medo. Portanto, esses oponentes poderiam fugir antes mesmo que eu pudesse provocá-los adequadamente.

    — Prrr alguma razão, senti que tinha que me livrar de você rapidamente. Claro, isso foi antes de você se transformar num gigante. Depois disso, me senti como o Dwalkie.

    Por outro lado, se o alvo fosse mais agressivo, algum grau de provocação era possível. Então, e quanto ao meu inimigo misterioso que estava se escondendo no escuro?

    — Esta é uma situação estranha, Bárbaro.

    Eu sabia. Eu que deveria ser quem estava dizendo que era estranho. Não estava certo do que ela estava fazendo, mas de alguma forma conseguia ouvir sua voz tanto na minha frente quanto atrás de mim.

    “Espera, essa voz me parece familiar…”

    Eu me arrepiei. Além da questão de não saber onde o inimigo estava, a voz que acabara de ouvir era de uma mulher. Era um pouco abafada, mas não consegui identificar.

    “Quem poderia ser?”

    Meu cérebro inquisitivo combinou várias palavras-chave: uma mulher que se escondia como uma assassina e atira agulhas paralisantes. Lembrei-me. — É você. — A vadia que encontramos na Terra dos Mortos. Tinha que ser ela.

    Ela possivelmente não estava interessada em esconder sua identidade. — …Não pensei que você seria capaz de me reconhecer apenas pela minha voz.

    Logo, ela apareceu na minha frente. Um corpo esguio com pouco mais de 1,65m, cabelos ruivos flamejantes e a orelha direita cortada pela metade, tudo era igual ao que era antes, exceto que as roupas que ela vestia eram casuais.

    Tff.

    A mulher deu um passo à frente e estreitou a distância entre nós. Para ser honesto, eu estava suando copiosamente. Recentemente, eu tinha crescido exponencialmente e até ganhado o epíteto de Pequeno Balkan, mas ainda assim, eu não era nada diante dessa vadia.

    — Você ficou forte, Bárbaro. Em pensar que você ainda pode se mover depois de ser atingido.

    “Uma aventureira ativa no oitavo andar e até sabe como usar aura…”

    Não importa como eu pensasse sobre isso, não poderia fazer nada sozinho. Mas isso não significava que eu iria desistir sem lutar. Colocando força na mão que segurava meu escudo e maça, eu reorientava minha mente assustada.

    A mulher me observou fazer isso. — É por causa dos seus companheiros que você não está fugindo? — ela perguntou.

    É claro, ela era uma vadia perturbada. O fato de ela perguntar isso me deu calafrios. — Vou fazer as perguntas primeiro. Mantive minha promessa. Por que você veio me matar? — eu perguntei, engolindo em seco. Eu estava curioso sobre seus motivos. Se eu soubesse quais eram, talvez pudesse encontrar outra maneira de sair dessa.

    — Te matar? — Ela franziu a testa e virou a cabeça. — Foi você quem abriu a porta e invadiu, Bárbaro.

    — …Porta?

    — Diga-me. Quem lhe contou sobre este lugar?

    “Que diabos ela está falando?”

    Por alguma razão, essa conversa estava unilateral. — Eu não entendo, então fale claramente. Invadir? O que é este lugar? — perguntei diretamente.

    A mulher franziu a testa novamente. Parecia que ela tinha percebido que havia algo muito errado com essa interação. — …Como você abriu a porta?

    — Se você está falando da coisa mágica no esgoto, eu a destruí com uma maça.

    — Você… quebrou?

    — Há algum problema?

    A mulher fechou os olhos por um momento diante da minha pergunta confiante, então balançou a cabeça como se tivesse entendido. — Não, não há. — Como uma aventureira de alto nível, ela não parecia acreditar cegamente em magia como Dwalkie ou Hikurod. Mas, ainda curiosa, ela perguntou — Mas por que você a quebrou?

    — Porque essa vadia escapou por ali.

    Naquele momento, aproveitei para abaixar Elisa no chão. Na verdade, ela estava me incomodando há um tempo. Não parecia haver sinais de uma batalha acontecendo agora, mas ela certamente atrapalharia se uma batalha começasse.

    — …Essa é a sacerdotisa de Karui que estava sendo procurada algum tempo atrás.

    — Fico feliz que você saiba disso. Então estamos na mesma página agora? — perguntei.

    — Claro.

    — Bom. Foi bom te ver. Estaremos indo agora. Ah, não precisa nos dar poções. Eu cuidarei do resto…

    — Pare. Agora que você sabe sobre este lugar, não posso simplesmente deixar vocês irem.

    — …Mesmo se eu destruir o gravador de vídeo e jurar manter tudo o que aconteceu hoje em segredo?

    — A situação é diferente daquela época.

    “Maldição… então é um não, né?”

    Limpei minha mente de todas as fraquezas. Tendo ouvido uma resposta afirmativa da própria boca da vadia, só me restava uma opção. Portanto, tirei a armadura que estava vestindo.

    Clique.

    — …Por que você está fazendo isso assim de repente?

    Ignorando sua pergunta, tirei minhas perneiras, capacete e calçados e os joguei de lado. — Ei — eu disse.

    Felizmente, a outra parte decidiu me entreter com a conversa. Seus olhos estavam dizendo, “se você tem algo a dizer, diga”.

    Rapidamente continuei. — Você conhece as duas principais maneiras de deixar alguém com raiva?

    — …Não, quais?

    — A primeira é parar de falar no meio de uma frase. E a outra é…

    — É…?

    Eu também não sabia. Ninguém me contou o resto.

    — Behelahhh! — Avancei com toda a minha força, esperando que isso tivesse desviado um pouco a atenção da vadia. Recuei o braço que segurava a maça.

    A mulher, que se assustou por um momento, sorriu como se tivesse descoberto meu truque. — Que engraçado.

    “Afinal, correr em sua direção dessa distância não seria surpreendente para você. Mas e isso?”

    Voom!

    Balancei meu braço para frente e joguei a maça.

    Whip!

    Como esperado, ela também evitou aquilo. Ela virou o corpo bruscamente para desviar da maça e me olhou interrogativamente. Parecia que ela não esperava que um bárbaro jogasse uma arma logo no início de uma luta. Joguei o escudo da minha outra mão sem nenhum arrependimento.

    Whip!

    O escudo girou no ar e voou como um disco, fazendo todo o meu treinamento valer a pena. A velocidade, incomparável à de uma maça. No entanto, aquela vadia desnecessariamente flexível facilmente esquivou-se do escudo ao se curvar para trás. Mas, isso não foi decepcionante, porque eu esperava isso.

    Huff!

    Aproveitando a abertura criada pela maça e pelo escudo, irrompi do chão mais uma vez e continuei a correr. A distância se estreitou em um instante, já que meu atributo físico agora superava o das pessoas comuns.

    “Agora.”

    Estendi a mão como fiz ao deslizar em direção a Elisa. A expressão da vadia ainda estava relaxada, como se dissesse, “Esse idiota?”

    Huff!

    Para provar isso, ela evitou o ataque dando exatamente três passos para trás. Mas eu tinha estendido a mão para que ela pudesse vê-la claramente em primeiro lugar.

    “Exatamente como eu pensei.”

    Estávamos em um corredor reto que não poderia ser exatamente chamado de largo. Se um bárbaro grande corresse na sua direção pela frente, o único lugar para onde você poderia escapar era para trás. Claro, se meu oponente conseguisse se afastar muito mais, eu não poderia fazer nada sobre isso. Mesmo assim, ela só se moveria o suficiente para evitar o ataque. Mais do que uma questão de personalidade, isso devia ser um sintoma de ser um obcecado pela eficiência, um que se desenvolveu naturalmente como resultado de sempre buscar posições de vantagem.

    “Acho que posso prosseguir com o Plano A.”

    E assim, lancei a Gigantificação no momento exato. Foi um movimento de ligação inspirado pela minha dramática sobrevivência contra Riakis. Meu corpo cresceu e meus braços se alongaram de acordo. A distância que deveria ter ficado fora de meu alcance imediatamente encolheu.

    Pela primeira vez, vi um pouco de surpresa em seu rosto. Eu nem tinha começado ainda. Imediatamente agarrei seus ombros e a puxei para mim, sentindo uma resistência significativa.

    — Você… — Era diferente do nosso último encontro, quando eu tinha sido empurrado para trás pela força bruta. Isso porque naquela época eu era um bárbaro novato no primeiro nível que não tinha essências. — …precisa construir um pouco de força.

    Com o poder de um Golem Cadáver, um vampiro e um Orc Herói, arrastei minha oponente indefesa para perto de mim. Agarrando-a firmemente pelo pescoço para que ela não pudesse escapar, dei-lhe um soco bem no rosto.

    Smack!

    Tanto o som quanto o golpe foram poderosos. Mas mais uma vez, um nocaute em um só golpe provou ser impossível.

    “Mais uma vez.”

    Recuperei-me rapidamente e desferi outro soco. Justo naquele momento, senti movimento em minha visão periférica aguçada. Ela havia recobrado os sentidos e estava empunhando sua adaga.

    “Ela está planejando cortar todo o meu pulso?”

    Rapidamente tomei uma decisão. A vadia era uma usuária de aura. Portanto, nem resistência física, força óssea, nem resistência a mana realmente importavam contra ela. Aquela adaga definitivamente cortaria meu braço antes que eu pudesse tocá-la.

    “Vou seguir para o Plano B.”

    Interrompi meu punho estendido. Não estava pensando em minha segurança no último minuto. Apenas achei irrazoável sofrer danos unilaterais. Não tinha medo de me machucar se fosse isso que precisava fazer para sobreviver.

    “Explosão de Carne.”

    No momento em que terminei de pensar as palavras em minha cabeça, uma forte explosão irrompeu da mão que segurava minha oponente, uma explosão de carne e sangue ácido.

    Pop! Chhh!

    A vadia teimosa apenas franziu a testa, não gemendo de dor nem uma vez. Mas parecia que ela talvez não tivesse Resistência à Dor; ela pode ter suportado a dor, mas por um breve momento, seus movimentos ficaram rígidos.

    “Ok, então Plano A novamente.”

    Desviando da adaga que ela brandia, acertei um soco em seu abdômen. Sabendo que esta era uma oportunidade que nunca mais viria, continuei.

    Smack! Pow! Pow!

    Como qualquer causador de danos com um corpo franzino, os resultados dos meus esforços logo apareceram nela. Sangue vazava de sua boca como se seus intestinos tivessem sido mastigados. Ao ver isso, um sentimento imenso de exaltação percorreu minha cabeça e até senti pressão nos olhos. Droga, a única coisa que poderia vencer essa vadia era…

    【Amelia Rainwales lançou Autorreplicação】

    Justo quando meu cérebro sentiu esperança, o instinto soou o alarme e me enviou um aviso. O motivo disso era simples.

    — …Bárbaro.

    Por que eu estava ouvindo uma voz de trás de mim? Ela estava claramente presa em minha mão, bem na minha frente.

    Tap, tap!

    Sentindo a presença de outra pessoa, instintivamente parei de socar e olhei para trás. Uma mulher que era exatamente igual àquela que eu estava segurando estava correndo em minha direção.

    “Droga.”

    Eu nem mesmo me perguntei como algo assim poderia acontecer. Autorreplicação era um poder super raro que só podia ser obtido a partir da essência do Guardião da Fenda do quarto andar, a Floresta dos Doppelgängers. 1

    — Já que você tem a essência de um vampiro, isso deve ser o suficiente — murmurou a mulher em meu aperto.

    【Amelia Rainwales lançou Chute de Asura.】

    O clone da Amelia deu um grande salto para frente, girou no ar e me chutou no rosto.

    Bam!

    O impacto que senti foi como se minha cabeça estivesse explodindo. Espere, ela realmente explodiu?

    Tap.

    O som de um baque pesado encheu meus ouvidos. Minha visão escureceu. Minha consciência desvaneceu como um celular sem bateria.

    — Droga…

    【Devido à habilidade passiva Fonte das Trevas, você não morrerá até que seu coração seja destruído. Sua velocidade de regeneração é aumentada drasticamente pelo efeito Vida Eterna.】

    1. “Doppelgänger” refere-se a uma cópia idêntica de uma pessoa, um clone, muitas vezes associada a presságios ou ao fenômeno de ver sua própria imagem refletida de maneira sobrenatural ou psicológica.[]
    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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