Índice de Capítulo

    O ruivo ficou preso entre aqueles grãos de areia, começando a se enfurecer com aquele presidiário

    — Seu… eu vou te matar também, seu verme imundo! Esse seu poder irritante não é o bastante para te salvar!

    O ladrão de calor começou a liberar as ondas quentes naquela areia, aquecendo de forma rápida e transformando em vidro. Isso gerou grandes dores no sandman, que soltou fora a parte que virou vidro e voltou seu braço a forma normal dele, gritando para aquele capitão

    — Merda! Isso doeu, seu carcereiro idiota!

    Paralelamente a isso, o garoto manipulador de raios se aproximou de Nane, segurando-o em seus braços e chamando pelo criminoso

    — Ei, Nane! Você está bem?!

    O desnudo caído tossiu bastante sangue, até finalmente conseguir soprar algumas palavras em um tom pesado e dolorido, expressando todos os danos que sentiu

    — Não muito, garoto! Mas… eu ainda posso continuar! Eu juro!

    O Kura rapidamente calou a boca do seu companheiro, respondendo para ele de forma rápida

    — Não fale nada! Você está todo machucado, cara! Apenas relaxe, aquele cara da areia vai nos ajudar bastante!

    Enquanto isso, a batalha do ladrão de energia e do homem-areia continuou de forma frenética. Todos os ataques do Armstrong eram focados em transformar o corpo do arenoso em vidro, enquanto o transmutador elemental apenas ficava se separando das partes vitrificadas, enquanto lançava ataques focados em entrar para dentro do corpo daquele capitão-carcereiro. Notando a dificuldade que o duelo estava tendo, o preso das areias rapidamente grita para o protagonista elétrico

    — Ei, garoto! Me ajude com esse esquentado maldito!

    O adolescente de prontidão mudou seu foco e entregou o seu amigo nu a Rodolfo. Então, preparando-se para a batalha, o capitão militar de Buraji começou a correr na direção daquele aprisionador, chegando em uma distância boa o bastante para desferir um soco de direita contra o abdômen motoqueiro de mais de dois metros. Entretanto, Sun Armstrong percebeu aquilo a tempo, conseguindo segurar o punho do seu inimigo baixinho, logo falando ao adolescente

    — Ei, pirralho! Se quer atacar alguma pessoa de surpresa, você deveria ir pelas costas!

    — Ah, é?! Valeu pela dica aí, vermelhão! Mas… meu objetivo nunca foi te acertar!

    Então, com isso declarado, o carcereiro rapidamente percebeu a falta de Sandman. Entretanto, já era tarde para que Armstrong fosse atrás de seu inimigo, já que a areia embaixo dos pés do motoqueiro começou a rodar e o sugar para debaixo do solo, com o homem-areia gritando para o garoto elétrico

    — Liga a moto dele, moleque!

    Escutando isso, aquele adolescente jovem se dirigiu a toda velocidade até o veículo daquele soldado da nação gaiola, saltando em cima do mesmo e dando um circuito no sistema elétrico daquele veículo. Esse choque foi o suficiente para ligar o motor da motocicleta, e com a mesma ligada, o garoto com eletrocinese grita para seus companheiros

    — Subam logo, pessoal!

    Rodolfo carregando Nane rapidamente correu até a moto enquanto criava plataformas de lego no chão, se jogando em cima do veículo. Enquanto o transmutador elemental se materializou na moto, através da areia do solo. Com todos ali, o protagonista elétrico logo acelerou a moto, iniciando a locomoção a todo vapor daquele veículo. O capitão ruivo saiu de baixo fãs dunas de areia logo após isso, enfurecido e gritando para o grupo

    — Ei, devolvam a minha moto, seus pedaços de merdas!

    Nesse ponto, porém, já era tarde demais para qualquer reação por parte daquele capitão militar. Sun, só podia olhar o grupo sumir no horizonte arenoso, enquanto se enfurece internamente, pensando consigo mesmo

    “Eles levaram até meu comunicador… Sorte que tenho um reserva!”

    O grupo da moto, estava chegando bem próximo da saída daquela divisão, com o Kura estando feliz por saber que a saída se encontra próxima. Porém, Sandman logo fala ao garoto

    — Ei, o estado do seu amigo ali é grave! Pare um pouco, irei pegar algumas daquelas lesmas!

    Essas palavras chamaram a atenção de todos ali, com o adolescente da eletricidade sendo o primeiro a fazer uma pergunta, já que, o preso das areias já tinha se proposto a guiá-los naquele deserto

    — Lesmas? Para que elas?

    O ex-presidiário suspirou quando ouviu essa pergunta, pois finalmente lembrou que não tinha contado todos os detalhes sobre aquele lugar. Então, ele começou a explicar aos seus atuais companheiros, resultando no seguinte diálogo com o Kura

    — Bem, de forma resumida: a carne daquelas lesmas é ótima! Pois te nutre por dias a fio, além de ajudar na sua recuperação, aumentando sua regeneração de ferimentos, hidratando e tirando a fadiga!

    — Uau! Você sabe bastante sobre esse lugar, né? Mas como?!

    — É que, há mais ou menos uns 8 anos atrás, um grupo de prisioneiro conseguiu se livrar dos equipamentos de segurança e ficaram vagando por esse deserto… e eu estava no meio deles! Nisso, tivemos que aprender bastante coisa, para sobreviver!

    — Nossa! Mas, como isso nunca foi citado no mundo?

    — Garoto da eletricidade… já ouviu falar, que: “tudo que ocorre na nação gaiola, fica na nação gaiola”?

    Essa última resposta do até então “Sandman”, deixou não só o garoto militar, mas todos ali no grupo extremamente intrigados. Afinal, mesmo Rodolfo e Nane, nunca sequer escutaram uma notícia sobre os acontecimentos dentro da prisão, antes de irem presos para lá. Mas, o grupo não teve muito tempo de discutir isso, pois pouco na frente deles já tinha um grupo de umas oito lesmas, que fizeram o homem de areia falar

    — Ótimo, pare a moto, elétrico!

    O manipulador de raios logo parou com tudo a moto, deixando assim uma distância de mais ou menos cem metros, entre o grupo e aqueles animais rastejantes. Sem perder tempo, o homem-areia transmuta suas mãos no material mais abundante no deserto, as moldando em forma de estacas e usando para perfurar o corpo dos animais em um único ataque. Os pobres moluscos terrestres não tiveram como reagir, sendo empalados e mortos ali mesmo, mas não sem antes transformar em vidro os braços de areia do recém liberto, por conta do calor de seus líquidos. Isso gerou dores ao ser de areia, obrigando-o a separar a parte transformada no material reluzente das partes que ainda eram areia, moldando suas mãos ao normal novamente

    — Merda! Isso dói! Bem, o jantar já foi abatido, só falta cozinhar!

    Exclamou Sandman, enquanto estava andando na direção das suas presas. O trio ficou impressionado com aquilo, principalmente o criador de peças de plástico, que falou de forma entusiasmada para o aliado de areia, gerando um diálogo curto entre ambos

    — Que incrível! Mas, ei! Você não se machuca com as partes transformadas em vidro?!

    — Bem, sim… mas, nada que deixe feridas mortais reais, só se for o meu corpo todo, claro! Mas aí, convenhamos… quem não morreria?!

    O adulto logo chegou no corpo morto das lesmas, usando seus membros em forma de areia para segurar todos os corpos. Então, ele logo fala para o Kura

    — Garoto, pode esquentar elas com seus raios?!

    Prontamente o jovem concordou, criando eletricidade nas suas mãos e atirando os raios contra os moluscos mortos, torrando-os até o ponto de cozimento ideal para o consumo. Então, cortando os corpos cozidos em cubos com o uso da areia, Sandman os entrega para Nane, fala do ao homem nu

    — Vamos, coma isso! Vai te ajudar!

    O criador da fumaça rosa logo abriu sua boca, permitindo que a carne cozida começasse a entrar por aquele lugar e fosse adentrar até seu estômago. O prisioneiro que ainda se encontra sem roupas logo terminou de se alimentar, sentindo-se mais energizado e revigorado, por mais que ainda tivesse ferimentos no seu corpo. Então, com isso resolvido, o homem-areia se virou para os outros dois, falando para eles

    — Ainda tem carne aqui, comam! Não queremos ninguém ficando fraco no meio do caminho, não é?

    Os outros dois concordaram, começando a comer a carne que ainda restava. Então, quando todos se alimentaram, Nane decidiu fazer sua primeira pergunta ao novo aliado, principalmente por estar se sentindo melhor

    — Bem… “Sandman”, né? Qual o motivo de você estar preso aqui?

    O homem de grãos de rochas degradadas, logo voltou seus olhos na direção do preso em estado de recuperação, respondendo para esse atual aliado

    — Crimes de estado. Durante um bom tempo, trabalhei para um grupo que expunha diversos crimes do estado que mandava no país em que eu nasci, uma pequena nação autoritária, perdida no meio do Saara… acabaram me descobrindo, e depois de uma batalha me derrotaram, capturaram e me enviaram para cá

    O trio escutou isso, deixando um efeito de choque em todos eles. A surpresa se formou, pois ninguém ali esperava uma história daquele tipo vindo se alguém daquele nível. Então, com ainda mais curiosidade, o garoto dos raios pergunta, gerando um pequeno diálogo

    — E você tinha quantos anos, quando isso aconteceu?

    — Dezoito anos!

    Aquilo foram informações interessantes, já que, para o julgamento dele ter o condenado diretamente para aquela prisão, isso indica que ele já deveria agir contra o estado de seu país a alguns anos. Logo, sabendo-se disso, Rodolfo mais uma vez não conseguiu se manter de bico calado, falando para o homem feito de areia

    — Uau! Você é bem perigoso mesmo, né? Cheguei a ficar com um pouco de medo!

    Kura e Nane rapidamente bateram contra a cabeça do loiro baixinho, gritando para ele em um tom extremamente rude e ignorante

    — Idiota! Cala essa boca pelo menos por um segundo, seu merda!

    Enquanto o grupo estava nessa pausa satisfatória e amigável, o carcereiro na qual lutaram há pouco tempo atrás, Sun Armstrong, estava debaixo daquele sol extremamente quente, tentando falar com a sua base por um de seus comunicadores. A voz do ruivo era bruta e estressada, mostrando a raiva do homem com o seu furto

    — Sim, seus idiotas! Eu quero que venham em um grupo de pelo menos oitocentos de vocês! E também, quero que chamem aqueles outros dois capitães da segunda divisão, pois isso só aconteceu por falha deles!

    O soldado do outro lado apenas concordou de prontidão, não querendo sofrer as consequências da fúria do seu chefe. O roubo da moto de Armstrong foi levado como uma declaração brutal de guerra, que não poderia ficar por isso mesmo, o extermínio era o objetivo do carcereiro

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