Capítulo 109: Me dê mais uma chance!
A fuga do grupo seguiria a toda velocidade, com a utilização dos poderes de um dos lacaios daquele “pequeno exército”. Quando, por fim, o grupo de criminosos atingisse uma distância de ao menos quinhentos metros do diretor, ele finalmente seria solto da prisão temporal, uma vez solto, ele apenas notaria a distância avassaladora, e pegaria seu rádio
— Atenção, toda a nação prisão, a ordem agora é de fortalecer as fronteiras. Temos um código vermelho!!
Focando a cena, agora, no nível central daquele país carcereiro, a dupla do idoso e do jovem estressado, finalmente chegaram na jaula responsável por prender Shiawase, o responsável por tudo aquilo que está ocorrendo
— Esse é o condenado à morte, é?
Questionou o jovem, olhando o estado ínfimo em que que o preso se encontra. O ambiente à volta deles era escuro, e um vazio imensurável sugava a determinação deles. O corpo do mais velho, estava moribundo, cheio de feridas pelos castigos dos monstros daquela divisão, além dos efeitos da fome e sede, já que o mesmo não vê água, e muito menos comida, desde sua prisão
— Sim, sim! É este garoto mesmo… sabe, não sei ao certo o motivo do nosso senhor montanha querer executar ele. Mas, ordens, são ordens!!
Respondeu o idoso, olhando de forma neutra para o acorrentado. Um dos parceiros de cela de Shiawase, não conseguia fazer nada além de assistir os guardas retirando suas correntes, para efetuarem a locomoção do mesmo. O silêncio percorreu aquele lugar, com o único barulho que podia ser escutado, sendo o das correntes, pouco a pouco caindo no chão. Tal silêncio anunciador da morte, porém, logo foi cortado pelo barulho do rádio de um dos guardas. Ao atender, a mensagem sobre a invasão era transmitida para todos ali, juntamente de um outro aviso
— O vice-diretor foi nocauteado?! Droga!!
Afirmou um dos carcereiros, terminando de soltar as correntes do preso. Aquela notícia era ruim, tendo em vista que, uma vez que o vice-diretor Mcgregor estava apagado, levaria apenas 5 minutos para que a anulação dos poderes de todos os prisioneiros, acabasse por ser revogada completamente, o irmão mais velho dos protagonistas, mesmo estando completamente destruído, ouviu toda aquela mensagem atentamente
“E- eu… eu tenho alguma chance! É… eu tenho!”
Pensou ele consigo mesmo, caindo no chão após ser solto, e ficando lá por algum tempo. O responsável pela retirada do preso, em específico, o homem velho de antes, logo suspirou enquanto se virou para seu assistente
— Nossa, que problemão! Bem, acha melhor eu usar logo meus poderes neste maldito?! Hein-
Antes de completar totalmente a sua frase, um soco de direita acertou a lateral da face do velho, o jogando no chão o responsável por tal ataque surpresa foi Shiawase. O rapaz estava se esforçando além de seus limites, apenas para ficar de pé, mas com um sorriso confiante em seu rosto, ele logo afirmou
— Arf… arf… se acham que vão me levar, antes de eu conseguir honrar os esforços do meu irmão… então, vocês estão enganados!!
Dois dos guardas tentaram o imobilizar durante a fala, mas em um movimento rápido tirado do judô, o jovem conseguiu derrubar os dois de cabeça no chão, os nocauteando ma hora devido a força do impacto
— CINCO MINUTOS, NÃO SÃO NADA PARA MIM!!
O problema parecia até que iria se agravar, mas logo um gás azulado tomou conta do ambiente, enquanto o assistente do idoso, começou a falar em um tom absolutamente sereno
— É, é! Talvez, se fosse a sua versão em bom estado, você poderia até acabar com todos aqui! Mas…
Em um movimento extremamente invasivo, o material gasoso entrou forçadamente nas narinas do irmão mais velho, iniciando assim os efeitos de sonífero e imobilizante, simultaneamente a finalização daquele discurso maligno
— Quem está aqui, é o seu “eu” moribundo! Então, pare de falar merda, e aceite logo a morte!
Ao terminar de falar isso, Shiawase caiu completamente no efeito, estando naquele momento totalmente apagado. O idoso logo se levantou, enquanto esfrega a sua bochecha atingida
— Nossa, esse soco doeu!
Afirmou o idoso, com a cara de reclamação, o assistente jovem, franziu sua testa e deixou suas veias saltadas devido a raiva daquela atitude desleixada. Então, brutalmente ele agarra os cabelos do irmão mais velho de nossos protagonistas, jogando-o em cima do colo do velho e falando
— Pare de falar merda! Apenas use seu poder de confinar poderes nesse inútil aí, e vamos embora! Você ouviu o aviso, essa prisão virará um cabaré, em menos de cinco minutos!
O velho ficou surpreso com aquela atitude, mas decidiu aceitar a recomendação de seu assistente. Então, ele logo ativou a sua própria marca de confinação de poderes, a colocando em um tamanho de 30cm nas costas do condenado à morte. Com isso resolvido, eles logo foram ao carro enquanto carregam o prisioneiro, e começaram a se dirigir para a saída daquele país.
Voltando o foco, ao grupo do Kura, a jornada deles parecia calma, nenhum inimigo tinha ousado se aproximar deles ainda, enquanto um calmo silêncio tomava conta daquele caminho. O silêncio, entretanto, logo foi quebrado pelo brincalhão do Guilherme
— Ei, me diga aí, garoto! Na fofoca que tava correndo pela prisão, estavam dizendo que você veio salvar o Shiawase, isso é verdade?!
O manipulador de eletricidade, escutou a pergunta daquele preso recém liberto, é mesmo ainda estando desconfortável com toda a situação, afinal, não tinham tanta intimidade ainda. Ainda assim, o jovem rapaz decidiu responder
— Sim, sim! Ele é meu irmão mais velho, e também do meu irmão mais novo, Arold! Só não deixei o Arold vir, não quero que ele se envolva nisso…
O homem com poderes de piadas ficou pensativo com isso, coçando seu cavanhaque, enquanto inicia sua resposta
— Certo, certo! Muito nobre da sua parte, não só o objetivo de querer salvar seu irmão mais velho, mas o de não ter envolvido seu irmão mais novo nisto! É só, que…
Enquanto discursa, o homem moreno se inclinou um pouco, ficando mais relaxado naquela situação, e finalmente dando um fim para aquela resposta
— Shiawase foi acusado de destruir um país inteiro! E você, você é dito como uma entidade importante por ser um receptáculo, e ainda tem… ou melhor, tinha um futuro brilhante pela frente! Acha mesmo, que vale a pena jogar tudo isso fora, por alguém acusado de aniquilar um país, sua vegetação, fauna e povo?!
As palavras do ex-preso irritaram o garoto, que se virou com um olhar tomado de raiva para o questionador. Logo, avançando de forma brusca o seu rosto para perto do rosto de Guilherme, Kura dá a sua resposta
— Eu conheço o Shiawase, e ele nunca faria isso! Eu estou arriscando tudo isso, por ter certeza de que isso foi uma acusação infundada! Meu irmão nunca faria algo assim!!
Aquilo assustou a todos, e fez com que até os cuidados que eram realizados na manipuladora do amor, tivessem de ser pausados! Porém, aquela resposta tirou boas risadas do homem moreno, que dando alguns tapinhas no ombro do garoto, finalmente deu a sua resposta
— Certo, certo! Se acalme aí, tomada de 220v! Eu estava só vendo, se valeria a pena te ajudar!
Yami logo foi lentamente afastado, enquanto no interior de sua alma, o espírito na qual o rapaz era receptáculo, começou a dar algumas risadas. Com as tensões finalmente baixas, o brincalhão termina de falar
— Não que eu não fosse ajudar antes, claro! Mas, só vendo se eu deveria dar toda a minha força, ou só uma pequena parte! E com toda certeza, usarei tudo!
O clima parecia que seria tranquilo, até o momento em que disparos foram lançados contra o veículo do grupo, fazendo-o capotar brutalmente
— PUTA MERDA, VAMOS MORRER!!
Gritou Rodolfo, estérico por conta da situação, sendo brutalmente calado por Diogo, o braço direito de Guilherme, que acertou um soco brutal na boca de Rodolfo
— CALA A BOCA, CABELO OXIGENADO!
Ao lado de fora do veículo do grupo, se encontra um pequeno batalhão de carcereiros, algo por volta de 100 aprisionadores. Ao centro daquela centena de soldados, se encontrava um homem fardado e de capa, cuja cabeça esbanjava duas grandes entradas de cada lado, geradas pela queda capilar daquele homem, aquele, era o capitão daquele batalhão
— Chefe, chefe!
Grita um dos soldados rasos, observando o carro virado com seus binóculos. Ouvindo o clamor de seu subordinado, o desprovido de cabelo decide dar ouvidos ao mesmo, gerando a seguinte linha de diálogo
— Diga, Marcos!
— Mas, meu nome é Matheus, senhor-
— Ninguém te perguntou nada, Mário! Vamos, diga logo o que é!
O lacaio se irritou levemente, por conta de ser tão maltratado por seu líder, mas soltando uma virada de olhos por dentro de seu equipamento, antes de dar a sua resposta sobre a situação, gerando uma nova linha de diálogos
— Senhor, eles estão saindo pelas entradas daquele grande veículo!
— A MINHA CABEÇA TEM MAIS ENTRADAS QUE A TOCA DE UM ESQUILO?!
O calvo rapidamente deu um soco na cara do pobre coitado, nocauteando instantaneamente aquele soldado e arrancando-lhe alguns dentes. O resto do batalhão, logo gritou ao seu chefe
— NINGUÉM FALOU DO SEU CABELO, ANIMAL!!
O chefe das duas entradas capilares, fez uma pausa extremamente brusca na sua ação, ficando alguns segundos coçando seu queixo, até falar algo, extremamente corado
— Ah… foi mal!
Paralelamente a todo o escândalo ocasionado pelos carcereiros, o invasor e seus aliados presidiários, conseguiram localizar o grupo de aprisionadores, graças aos gritos de seu chefe calvo
— Caramba, que idiotas escandalosos!
Falou o manipulador de raios, fazendo com que Rodolfo encarasse ele de canto de rosto. Atitude justificável, visto todo o escândalo gerado pelo jovem até aquele momento, por sua vez, Guilherme apoiou suas mãos nos ombros daqueles dois, enquanto fala calmamente
— É, eles são! Mas, mesmo eles revelando a localização deles assim, não muda o fato de que estão prontos para nos atrasar! Possivelmente, o diretor está vindo para cá!
Aquela afirmação deixou todos tensos, afinal, o diretor tinha derrotado a Maryn com um único golpe, não daria para saber qual seria o destino deles caso aquele miserável chegasse novamente. Diogo, enquanto aquele diálogo ocorria, estava analisando melhor os arredores, principalmente o grupo de inimigos. Inicialmente, ele poderia perceber a diferença numérica, de dois inimigos para um, mas, acima de tudo, uma coisa conseguiu o deixar completamente pálido
— Ei, vocês!! O capitão daquele grupo, ele não é qualquer um!
O trio se voltou para o gigante musculoso, notando o medo que ele estava sentindo. Logo, engolindo seco sua saliva, o homem de cabelos cacheados termina de falar
— O capitão deles, é o Sebastian, a morte branca!!
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