Índice de Capítulo

    A nação, como um todo, estava em caos! Todos os presos, que antes eram completamente inofensivos, por não conseguirem usar quaisquer poder que fosse, estavam soltos para fazer oque quisessem. O diretor Strogonoff, percebendo aquilo, logo ficou cheio de ódio, gritando

    — ORA, SEUS MISERÁVEIS!!!

    Alguns presos tentavam usar seus poderes para ferir o carcereiro líder, mas nenhum dos seus ataques conseguiam ferir o reitor. Strogonoff, irritado, lançou seu braço em forma de sentimentos negativos contra os presos próximos, matando-os de forma brutal, graças ao contato com aquela abstração maligna

    — EU IREI MATAR, TODOS AQUI!!!!

    Continuou gritando o número da prisão, seus gritos eram tão poderosos e cheios de raiva, que terremotos se espalharam por todo o território da prisão, passando por todas as divisões. Aquilo, era o anúncio do Apocalipse
    Kura escutou aquilo, assustando-se profundamente com aquela promessa, sabendo que seria o primeiro a ser caçado. Mas, antes de se tremer inteiro, Guilherme junto do resto do grupo, passaram a toda velocidade ao lado do rapaz, agarrando-o pelo seu capuz enquanto dizem

    — Vamos embora, pirralho! Seu irmão tá logo ali!

    Graças a distração de outros presos, o diretor ficaria tempo o suficiente ocupado, para permitir a passagem deles até a quinta e última divisão. Levou algum tempo até chegarem ali, algo por volta de meia-hora, mas eles finalmente chegaram e passaram a fronteira para a última divisão daquela prisão. Ao passarem para o outro lado, notariam a atmosfera abafada e quente daquele lugar, a escuridão que tomava conta, além da alta umidade do ar. Só de entrar ali, alguns membros daquele grupo de criminosos, começaram a suar devido a adversidade do clima.
    O solo do lugar também não era dos mais agradáveis, era rochoso, coisa que reforçava o calor que alguns sentiam. Em alguns trechos da estrada, lama aparecia no chão, era realmente uma divisão com bioma confuso e tenebroso

    — Ei, estamos chegando lá, Kurinha!

    Quem fala isso é Nane, finalmente recuperado de boa parte dos ferimentos. Rodolfo e Sandman estavam em silêncio, mas o criador de Lego esboçava uma face de medo, por ter entrado mais fundo na cadeia. O protesto, entretanto, estava visivelmente eufórico

    — É… finalmente, vou salvar o Shiawase!!

    Diferente dos outros níveis de prisão, o número de presos soltos ali era absurdamente menor. O motivo disso, é que a maioria, além de ter a marca que anula os seus poderes, também estavam aprisionados em jaulas, feitas especificamente para anular suas habilidades especiais.
    Depois de um total de uma hora, eles finalmente chegam na região onde o Shiawase deveria estar preso, já que, por se tratar de um suposto genocida de nível país, ele estaria ainda mais ao centro da prisão. Mas, algo chamou a atenção do rapaz elétrico

    — Onde ele tá?! Eu não sinto a presença dele, ou nada desse tipo!!

    O manipulador de raios disse aquilo, procurando seu irmão por todas as jaulas daquele lugar. Em meio a sua busca, uma voz disse para ele, em um tom até que bem moribundo

    — O Shiawase… se for ele quem está procurando, então você chegou tarde demais! Já levaram ele para as nações ilhadas!

    O grupo ouvia aquilo, abalando a todos de uma vez, e o mais abalado logicamente, foi o próprio rapaz manipulador de raios, que gritou em desespero

    — QUE?! E FAZ QUANTO TEMPO QUE LEVARAM ELE?!

    O homem ainda preso, estava encostado em uma parede de sua jaula, encarando o teto de metal da mesma, enquanto fala em um tom mórbido

    — Acho que pouco mais de uma hora… mas, o que tu acha que pode fazer, moleque?

    Kura, absurdamente frustrado por ter chegado inutilmente até as profundezas daquela prisão, falou em um tom elevado para o preso

    — Não tá na cara? Eu vou atrás deles, antes que saiam daqui!!

    O encarcerado ouviu aquilo, movendo-se de leve, encarando o chão daquela jaula. Na mente do acorrentado, passava o tempo em que ele e Shiawase ficaram conversando sobre coisas mundanas. Então, finalmente ele decide falar algo

    — Tá… vamos fazer o seguinte! Eles provavelmente levarão seu irmão de barco. Meus poderes são inúteis neste lugar, mas no mar eu conseguirei te ajudar a alcançar eles!

    Prendendo seus olhos naquele garoto estérico, o preso continua falando

    — Me liberte e proteja até a saída daqui, e eu farei o resto!

    O manipulador de eletricidade, escutou com atenção toda aquela proposta, então, se aproximando da cela do prisioneiro, ele usou o calor dos raios para derreter as grades, falando

    — Certo… mas, é bom que você esteja certo sobre isso!

    Saindo do centro daquele país, focando-se agora na primeira divisão, era possível de se notar o caos que estava naquele lugar. Os guardas e os presos, ambos os lados, estavam fazendo diversas baixas uns para os outros, além dos animais típicos daquele bioma, se aproveitarem dos cadáveres para se alimentar. No meio de toda a situação, os agentes da nação prisão que escoltavam Shiawase, finalmente chegaram até ali, estando no porto

    — Senhores, os navios já estão prontos! Podemos levar o prisioneiro!!

    Ao ouvir aquela besteira, o agente mais novo começou a rir da cara daquele soldado raso das nações ilhadas, então, após terminar de zombar do lacaio, ele chutou a cara do mesmo com extrema força

    — Navios?! Nem se vocês tivessem nos trazido um jato, iríamos com vocês! Tem um rebelde atrás desse prisioneiro. Qualquer caminho convencional, seria perigoso!

    O soldado atingido iria ser socorrido por alguns amigos, enquanto outro dos descartáveis, diria para seu superior

    — Mas, como iremos levar o prisioneiro, então?!

    O superior mais idoso, fazendo um sinal com sua mão direita, indicando para que o peão se acalmasse. Depois dos ânimos ficarem tranquilos, o velho decide falar

    — Nós já providenciamos a saída! Ela chegará em… vejamos…

    O idoso começou a olhar no relógio do seu pulso esquerdo, era um relógio absurdamente conhecido naquele mundo, além de ser de uma marca cara. Ao ver o seu relógio, um portal abriu-se ao lado dos dois agentes, revelando um homem com capacidade de criar portais!

    — Agora!

    Afirmou o idoso, passando pelo portal com o Shiawase em seus braços. O jovem, antes de passar, afirmou para os soldados rasos

    — Bem, não duvidando das defesas dessa prisão. Mas, se aquele grupo sair, vocês serão a isca para atrasar eles! Maleukone já é problemático, não precisamos de mais dor de cabeça!

    Sem dar a mínima para a resposta dos seus inferiores, o jovem passou pelo portal, que logo se fechou depois disso. A partir daquele ponto, quem morresse naquela missão, seria apenas mais um número qualquer.
    Nas nações ilhadas, toda a população comum se encontra tomada pelo desespero. Famílias inteiras, estavam dando seu jeito de fugir daquela aliança de países, que estava prestes a entrar em uma guerra generalizada. Nos céus e no mar, não era difícil de se encontrarem navios e aviões, cheios de civis em fuga, para quaisquer nações que poderiam lhes oferecer a segurança da guerra.
    Escondidos em algum lugar, bem distantes da visão dos comuns, se encontravam três silhuetas, ambas com tamanhos conhecidos, mas só uma sendo minimamente familiar

    — A hora está chegando, chefe!! Acha que estamos prontos?

    A figura anteriormente conhecida, estava relaxando, parecia pouco se importar com a batalha que estava chegando. Porém, ele dá sua resposta curta, seguida de uma pergunta

    — Relaxa, Deep! Dará tudo certo… ei, algum de vocês sabe onde está o Toshiro?

    A figura barbada, que até então se encontrava em total silêncio, decide da um sinal de vida, respondendo seu superior

    — Estava se arrumando para a batalha! Segundo ele, a entrada deve ser épica!

    Ao ouvir aquilo, o chefe deles começou a rir daquilo, como se tivesse acabado de ouvir uma piada das boas. Depois das gargalhadas, o homem afirmou

    — Esse Toshiro… ele se acha a última bolacha do pacote, viu?!

    De volta para a prisão global, Kura já teria libertado aquele prisioneiro acorrentado. O homem anteriormente preso, estava se alongando e mexendo seu corpo, conferindo se estava tudo bem!

    — Hum… obrigado aí, moleque!

    O manipulador de raios manteve seus olhos fixos naquele preso, o analisando. Durante essa análise, Kura reparou nos cabelos enormes dele e a barba igualmente grande, deixando visível que ele estava na cadeia há algum tempo. Depois de tal olhada, o rapaz respondeu

    — Se quer me agradecer, cumpra sua parte! E, qual o seu nome?!

    — Meu nome é Acquarize Maritimus. E bem, você não precisa se apresentar, já sei bastante coisa sobre você!

    Quando todos pareciam prontos para fugir, o som de um grito veio das costas dele, onde um homem imobilizado no ar, diria

    — Assassino do Humaitá! Já que está soltando esse pessoal, me solte junto! Você me fez um favor, em matar aquele maldito…

    O criador de raios, teve sua atenção presa a aquele homem e sua jaula, não fazendo sequer ideia de quem era ele. Durante o foco na jaula, outra silhueta também apareceu de dentro dela, com tal dizendo

    — Bem, se for soltá-lo, é bom que me leve junto! Você quem me colocou aqui, afinal!

    A sobrancelha do adolescente baixinho se levantou, ao escutar aquela voz. Buscando no fundo de suas memórias, por alguém que poderia vir a ser o dono dela, uma conclusão chocante chegou a sua mente

    — Nem fudendo! Você é o… Mike?!

    Aquele homem finalmente se colocou em um local com luz naquela cela, se revelando por completo. Estava com uma aparência mal-cuidada, com barba e bigode em péssimo estado, além de claro, a falta do braço que foi estourado pelo protagonista, na batalha entre eles. Com um sorriso no seu rosto bastardo, Mike diria

    — Sentiu saudades, seu merdinha?!

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