Capítulo 112: Marcha para fora! Parte: 2
Kura ficou encarando o rosto de Mike, lembrando-se de tudo que ele tinha feito em Uwurug, deixando visível o nojo na sua face
— Te soltar?! Estou com cara de maluco, seu velho de merda?!
Mike manteve seu sorriso cínico ao ouvir aquilo, não parecendo se importar com absolutamente nada daquilo. Então, ainda sorrindo, o homem na meia-idade fala
— Uuuhhh… ficou irritado, é? Vamos lá, garoto! Me solte, e vamos embora daqui. Eu prometo não te matar, durante a fuga
O outro homem preso, ficou em silêncio ouvindo aquilo, esperando apenas a conclusão daquele ato.
Dentro da mente do gerador de eletricidade, a voz do gigantesco cão espiritual, começou a falar para ele
— Garoto, vê se me escuta! Sabe, eu odeio a ideia de ajudar esse homem, já que ele é receptáculo daquele gato maldito! Mas…
O canino gigante, se ajeitou naquela cama imensa de cachorro, ficando deitado de forma ainda mais relaxado, terminando de dizer a sua frase
— Não é difícil se livrar dele! Falta um braço pro mesmo, e agora você tem o meu aumento de força! Se ele sair dos trilhos, só traia ele e o espanque!
Kura escutou aquilo, pensando bastante naquela possibilidade. Entretanto, a sua face no mundo real, não deixava de mostrar o seu nojo, sobre a possibilidade de libertar aquele maldito. O companheiro de prisão de Mike, vendo isso, logo se pronúncia
— Ei, assassino do Humaitá! Se o problema for esse merdinha bigodudo, não se preocupe! Eu posso acabar com ele, antes de um fóton de luz atingir o solo!
Mike escutou aquilo, se virando para o indigena preso, deixando visível sua face tomada de ódio, enquanto diz
— Como é, seu verme imundo?! Se refere a Deus, com esse desrespeito, e acha que sairá impune?!
O indigena preso dá algumas risadas da cara daquele infeliz magnético, e depois delas, ele fala em um tom sério
— E você é o Deus do que? Só se for dos vermes, fracos e imundos!
Os dois começaram a trocar farpas, coisa que até animou o imenso lobo na mente do adolescente elétrico. Mas, antes de aquilo continuar, o som dos guardas se aproximando podia ser escutado, coisa que fez Guilherme se assustar
— Moleque, é bom pensar logo!
Percebendo que, aquele momento não era dos melhores, Yami olhou o indigena preso, perguntando
— Qual o seu nome, e qual sua ligação com o Humaitá?
— Meu nome é Bagual! E sobre sua outra pergunta, prefiro não responder ela…
Ouvindo o nome daquele possível aliado, o criador de raios finalmente tomou a decisão
— Vou soltar vocês, mas é bom que cumpram suas promessas!
O irmão mais velho de Arold, se aproximou da lateral daquela jaula. Ele não sabia como funcionava a tecnologia da mesma, então teve uma ideia simples! Carregando um raio poderoso em sua mão direita, o protagonista lançou o mesmo contra a gaiola de metal, eletrificando absolutamente todas as áreas metálicas da mesma, incluindo os equipamentos futuristas dentro dela. Esse ato, pifou todos os sistemas da cela, liberando o uso dos poderes daqueles presos
— LIBERDADE!!
Mike gritou isso, finalmente tendo o controle pleno de seu magnetismo, usando a habilidade para destruir em um único golpe, toda aquela jaula. Se aproveitando das sobras de metais, ele usa o calor eletromagnético, para derreter os mesmos e os moldar na forma de um braço mecânico. Com isso feito, ele coloca sua prótese improvisada.
Bagual, notando que poderia se mexer, logo diz para o grupo de bandidos
— Irei cuidar dos inimigos, como prometido!
Os soldados daquele país de prisioneiros, finalmente alcançaram a localidade do grupo. Ao perceber os criminosos, o capitão daquele esquadrão de guardas grita
— Vamos, deem um fim neles!!
Os mais de quinhentos soldados, logo apontaram suas armas, mirando contra o grupo de bandidos. No momento em que todos os gatilhos seriam acionados, os soldados rasos sentiram algo estranho
— Hum?! O QUUUUÊÊÊÊÊ?!?!?
O grito ensurdecedor do esquadrão poderia ser escutado, pois suas armas tinham simplesmente desaparecido de suas mãos. Ao lado do grupo liderado por Kura, uma pilha de armas de fogo se formou
— Que? Mas como?!
Ao olhar o chão na frente do conhecido de Humaitá, o adolescente percebeu algo sutil, uma linha de pegadas! Aquilo, fez o elétrico chegar a uma rápida conclusão
— Você correu até eles, para tomar as armas?!
O indigena sorriu para aquele adolescente, confirmando que o chute do rapaz estava correto. Mike, vendo o exército inimigo desarmado, apenas criou uma poderosa onda de radiação gama, e lançando contra os militares carcereiros, pulverizando eles e falando
— Mas não os matou, ser inferior! Para sairmos daqui, o extermínio deles é necessário!
Bagual revirou seus olhos ao escutar aquilo, dizendo em voz baixa, na tentativa de evitar uma briga
— Certo, bata palmas e eu farei isso!
Entretanto, graças aos seus poderes envolvendo magnetismo, Mike conseguiu ouvir o sussurro graças às ondas eletromagnéticas de rádio, gritando para o velocista
— Como é, seu merda?!
Quando os dois começaram a brigar, Rodolfo, em um surto psicótico de coragem absoluta, gritou para os dois encrenqueiros
— EI, SEUS ANIMAIS DE MERDA! VAMOS FOCAR EM FUGIR DAQUI!!
Aquilo assustou o bigodudo e o indigena, não por sentirem medo ou ameaça vindos de Rodolfo, mas sim, por ele quebrar sua imagem de um completo panaca covarde. Assim, os dois se calam, com o grupo podendo continuar seu caminho para a saída. Por terem só um carro, eles iriam puxando o que tinham com um reboco, até terem acesso ao motor de outro
O caminho foi silencioso, aparentemente tranquilo. Mesmo sendo um caminho pacífico, o grupo se mantém atento e tenso, devido aos perigos misteriosos daquela divisão. Depois de uma hora daquela caminhada cansativa, aquele grupo criminoso, poderia sentir o chão começar a tremer
— É o que?
Se perguntou Sandman, percebendo essa mudança repentina das vibrações do solo. Depois de vinte segundos daqueles tremores, ao horizonte, eles puderam ver um grupo de mil soldados vindo na direção dos mesmos
— PUTA MERDA!
Gritou Nane, ao ver aquela quantidade avassaladora, que no quesito de números, era dez vezes maior que o grupo atual deles. Acima da cabeça daquele poderoso exército, vultos se encontravam, e em uma descida repentina, aquele vulto arrancou a cabeça de dez pessoas do grupo criminoso. Essa aproximação, porém, permitiu que os dotados de super velocidade, percebessem a fundo como era a criatura.
O monstro, tinha por volta dos seus dezesseis metros de altura, suas asas tinham mais ou menos o dobro do seu tamanho. Acima de sua pele, penas feitas de ferro s protegiam, além de um bico, igualmente metálico para as investidas
— Um metal-bird!
Afirmou Mike, ao notar a criatura. Visivelmente, além dos perigos militares, os animais daquele lugar, também vão atrapalhar eles
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