Índice de Capítulo

    O grupo entrou naquela dimensão, sumindo por completo da vista dos inimigos. Lá dentro, Kura conseguiu notar como era a aparência daquele universo de bolso, notando que se parecia muito com uma escola

    — Caramba… que diferente!

    Disse o adolescente, caminhando um pouco pelo lugar, explorando como aquilo funcionaria. Guilherme, por sua vez, coçou a sua garganta de forma extravagante, chamando a atenção de todos para ele e falando

    — Amigos, amigos!! Eu nos trouxe aqui, para fazermos uma viagem “tranquila” até a saída da prisão! Infelizmente, nosso carro foi destruído, e alguns aliados morreram no caminho!

    Os sobreviventes, se lembraram dos dez que morreram graças a aqueles pássaros de ferro, lamentando pela perda deles. Para animar a situação, o moreno continuou a falar

    — Porém, isso não será em vão! Minha dimensão ficará por um tempo limite em pé, graças à grande quantidade de pessoas… mas, aposto que será o bastante para vazar daqui!!

    Ele ergueu sua mão destra aos céus, terminando aquele discurso

    — A morte deles, não terá sido à toa!!

    Saindo do foco daquele grupo, voltaremos para Buraji. Na sala da líder do país, estava Kraftig, recebendo dois militares de cargo inferior. Adentrando aquela sala, ambos os militares fizeram continência para a mulher, com o da esquerda iniciando a falar

    — Senhora Kraftig! Nós recebemos informações sobre o paradeiro do Kura!

    A parda, se esticando naquela cadeira de sua sala, logo prendeu seus olhos no militar do lado esquerdo, ordenando para o mesmo

    — Vamos, diga!

    — Ele conseguiu chegar à última divisão da nação prisão, começando sua marcha para fora! Em um ataque de retaliação, o grupo dele simplesmente desapareceu! Não acreditamos em sua morte, pois o espírito animalesco selado nele, não se libertou

    A mulher absorve aquelas palavras, refletindo sobre as informações recebidas. Depois de analisar aquilo, um sorriso de alívio sorriu em seu rosto, como se tudo estivesse dando certo. Depois desse tempo, a moça encarou o homem da direita, falando para aquele moço

    — E você, o que veio fazer aqui?

    — Minha senhora, temos informações sobre o criminoso Nellu!

    Ao ouvir aquilo, a mulher de pele mais escura, arregalou levemente seus olhos, enquanto uma gota de suor gélida desce pelo lado esquerdo de sua face. Engolindo seco, a mulher diz

    — E o que tá esperando? Diga logo, onde ele está?! Aquele terrorista de merda!

    — Bem, a senhora provavelmente não vai gostar…

    Voltando o foco, para a dimensão escolar criada por Guilherme, o manipulador de raios sentiu sua orelha esquentar, pondo sua mão nela

    — Hum? Aconteceu algo, moleque?

    Falou Bagual, notando a reação do rapaz com a sua orelha. Na mente do aborígene, aquilo poderia ser algum ferimento de combate, que o jovem poderia ter sofrido!

    — Hã? Ah, não é nada, Bagual! Provavelmente é alguém falando de mim, sabe como é, né? A fama não é fácil!

    O antigo rival de Humaitá, escutou aquela superstição, dando algumas risadas daquilo. Percebendo a brecha, Kura decidiu fazer uma perguntar

    — Bagual, quero saber de uma coisa, ligada a você!

    O indigena escutou a fala do rapaz, e logo disse para ele
    — Claro, pergunte!

    — Certo, qual a sua ligação com o Humaitá?

    Ao escutar aquilo, o velocista fica calado por algum tempo, como quem não tivesse boas lembranças daquilo. Ao lembrar de Humaitá, uma veia ficou saltada em sua cabeça, pulsando fortemente, enquanto ele responde

    — Bem, eu era da mesma aldeia daquele maldito! Eu e meu irmão, fizemos o teste para a liderança da tribo. Porém, eu fui derrotado por aquele miserável, e meu irmão perdeu pro dele!

    Bagual encarou o adolescente, soltando um sorriso sádico para o rapaz, complementando

    — Mas, quando descobri que você deu cabo desse arrombado, eu sorri muito! Ah, mas você não faz ideia, eu fiquei muito alegre!!

    O manipulador de raios, ficou visivelmente desconfortável com aquelas palavras. Afinal, ele só conseguia se lembrar de Scy e do Jaguar, ambos filhos do homem que ele tinha matado, um de sangue e outro adotado. E para o deixar ainda mais mal, ambos eram seus amigos agora

    — Bem… eu não me sinto bem com isso, sabe, sei que isso deve ter sido ruim para você. Mas, eram as leis e cultura do seu povo, a culpa não era deles… você acha que está certo?

    Aquelas palavras deixaram o velocista desconfortável com aquilo, já que na imagem do Kura, veio o seu irmão mais novo. Um silêncio constrangedor tomou conta do assunto, até o adolescente novamente quebrar aquele gelo

    — Mas… como você chegou nessa prisão?

    A caminhada continuou, o silêncio novamente retornou por um tempo, mas logo a resposta do aborígene chegou

    — Bem, depois de perdemos, eu e meu irmão fomos expulsos da aldeia, pelo nosso pai! Então, cometemos vários crimes, para sobreviver. Um dia, fomos capturados, e eu fui condenado à morte!

    Aquilo deixou o manipulador de correntes elétricas, não só com a atenção presa, mas em dúvida com um detalhe da história

    — Ué, mas se você foi condenado à morte, como está aqui?

    O rival de vida do Humaitá, respondeu aquilo na lata

    — Meu irmão aproveitou o fato de sermos gêmeos, me nocauteou e trocou nossas roupas… resumindo…

    Antes de aquilo se ter completado, o jovem militar de Buraji, conseguiu chegar a uma conclusão óbvia. O irmão de Bagual, foi executado no lugar dele, para salvar o seu irmão

    — Oh… meus pêsames!

    — Nah, está tudo bem!

    Mike e Maritimus estavam ouvindo aquela conversa melancólica dos dois. O vilão magnético, soltou um sorriso sarcástico no canto do seu rosto, enquanto comentar com o mendigo dos mares

    — Pfftt, são duas bichinhas melancólicas, não acha? Fala sério, os dois tiveram problemas com irmãos! São almas gêmeas!!

    O barbudo com poderes ligados ao mar, encarou o bigodudo do comentário inconveniente, absorvendo aquelas palavras, e logo respondendo aquele autoproclamado “Deus”

    — É, e você deve ter problemas nesse pedaço de merda, que você apelidou de cérebro! Afinal, para falar essa pá de merda, normal não pode ser!

    Mike escutou aquela ofensa por parte do Maritimus, franzindo suas sobrancelhas, enrijecendo os músculos de sua face, enquanto grita com aquele cabeludo loiro

    — COMO É, SEU VERME INFERIOR?!

    Ao ouvir tal fala autoritária por parte daquele maldito moreno arrogante, o loiro revirou os seus olhos para o seu lado direito do corpo, evidenciando o seu grande tédio, com tais proclamações arrogante. Enquanto faz isso, Maritimus se afastou em passos serenos do Mike, enquanto responde aquele miserável

    — É exatamente isso que ouviu, seu verme! Sabe, você gosta de pagar de Deus, mas para falar assim de outras pessoas, deve ser por falta de amor materno!

    O ex-presidiário, se virou na direção do bigodudo, ostentando um sorriso arrogante no seu rosto, terminando de falar

    — Sua mamãe não te deu amor, fooii?!

    Aquela discussão estava ficando fervorosa, até que a dimensão começou a colapsar, indicando que iria desativar a qualquer momento

    — Ei pessoal, vamos surgir! Se preparem!!

    Berrou o Guilherme, enquanto a sua dimensão ia de pouco em pouco desaparecendo enquanto treme, até finalmente desaparecer, expelindo aquele grupo para fora.
    No lado de fora da dimensão, o grupo foi lançado nos céus, caindo cerca de oito metros até colidir no chão. Em uma análise rápida, após aquela grande queda, o criador de correntes elétricas percebeu algo

    — Ei, essa aqui é…

    Antes daquela frase ser completada, um berro absurdamente alto pôde ser escutado, com uma voz gritando de forma ensurdecedora

    — AQUI É A PRIMEIRA DIVISÃO, É A SAÍDAAAA

    Rodolfo era quem gritava aquilo, beijando o solo daquele lugar, da mesma forma que um marido beija sua esposa. Aquela cena ridícula, fez os outros membros daquele grupo de fugitivos, olharem o loirinho de canto de rosto. Enquanto aquela cena acontece, Nane percebe algo

    — Ei… aqui está caótico demais, não?

    Afirma aquele presidiário, enquanto nota as cenas de guerra à sua volta, vendo diversas explosões ocorrendo em volta deles, com presos e carcereiros voando devido às mesmas. Não apenas isso, mas os grandes morcegos naturais daquele ambiente, estavam se aproveitando daquele caos, se alimentando dos cadáveres caídos

    — Ei, são os fugitivos!

    Grita um dos presos daquela divisão, apontando para o grupo com seu dedo indicador direito, fazendo outros fugitivos também olharem para o grupo. Kura, percebendo aquilo, logo falou para seus aliados

    — Merda… mais luta?

    Os presidiários foram se aproximando do grupo, colocando-os em uma posição de defesa, prontos para um combate. Porém, quando finalmente os outros bandidos se aproximam, todos apenas abraçam aqueles noventa rebeldes, começando a falar para os mesmos

    — OBRIGADO, CARAS!!!! GRAÇAS A VOCÊS, NÓS TEMOS A OPORTUNIDADE DE FUGIR!

    Kura ficou ouvindo aquilo de canto, fazendo uma cara de certa vergonha com aquela situação, chegando a cogitar a ideia, de revelar que aquilo nunca foi o seu objetivo. Porém, antes de qualquer coisa sair da boca daquele adolescente, Acqua estendeu a sua mão, fazendo-o se manter em silêncio. Assim, o adulto tomou as rédeas da situação

    — Bem, já que são gratos, que tal nos ajudarem? Precisamos do caminho para o pier! Irei fazer nossa fuga!

    Os presos ouviram aquilo, acenando com a cabeça, com todos entrando em um acordo para ajudar. Porém, em meio aquela situação, vários pedaços de corpos mortos começaram a voar pelos ares, em meio a esta confusão, um presidiário apareceu, correndo enquanto grita

    — FUJAM, O DIRETOR STROGONOFF ESTÁ AQUI-

    Antes de sua frase ser terminada, um punho feito de uma massa roxa de sentimentos negativos, colide com toda a força contra a cabeça daquele pobre aprisionado, a explodindo no mesmo instante. Aquilo, foi um sinal para os outros correrem, tentando guiar eles até o pier

    — KURA, SEU MOLEQUE! ACHOU MESMO, QUE EU NÃO VIRIA ATÉ A ÚNICA SAÍDA DA PRISÃO, APENAS PARA TE ESPERAR?!

    O medo instaurar-se no grupo liderado pelo protagonista, mas antes de qualquer situação precipitada, Mike começou a caminhar na frente deles, enquanto fala para eles, em seu tom arrogante

    — Bem, arranjem nossa fuga, e eu seguro esse maldito! Tenho de dar uma lição nele, por me aprisionar aqui!!

    Bagual também começou a andar, indicando que ajudaria o bigodudo, mesmo tendo aquelas suas falas preconceituosas. Porém, antes do indigena tomar aquela decisão, o adolescente criador de raios, repousou sua mão direita no ombro do adulto, acenando sua cabeça em forma de negação.
    Focando agora, apenas no homem-magnético e o diretor da prisão, o homem-negativo, logo falou para aquele fugitivo

    — Mike… você foi espancado pelo maldito Kura, acha mesmo, que você pode me derrotar?

    Aquilo irritou profundamente o receptáculo do espírito felino, que ficou com suas veias da testa amostra, enquanto grita para o líder daquele país de presos malditos

    — EU VOU TE MOSTRAR, QUEM VAI LEVAR UMA SURRA DE QUEM, SEU VERME!!

    Strogonoff logo indicou que iria avançar contra aquele homem do bigode, inclinando seu corpo levemente para a frente, enquanto estendia o seu punho. Porém, antes da contração muscular do mesmo ser concluída, o manipulador de magnetismo usou de suas habilidades ligadas a tal capacidade da eletrofísica, para criar uma onda de calor contra o solo rochoso, derretendo-o e fazendo com que o diretor afunde na rocha em estado líquido. com seu oponente no chão, Mike diz

    — Para um diretor, você é mais burro que uma porta!

    Erguendo a mão direita, o receptáculo do gato magnético começou a carregar um ataque na palma da mesma, se preparando para finalizar aquele trabalhador. Mas, segundos antes disto acontecer, o diretor Strogonoff destruiu totalmente aquele solo, usando daqueles sentimentos negativos para gerar uma grande explosão. Aquele ataque, fez o gigante magnético sair voando em direção a praia, caindo com tudo contra o chão. Ali, ele começa a reclamar

    — Maldição… pelo menos, a fuga não deve demorar-

    Ao dizer aquilo, Mike pôde notar algo no horizonte, o grupo de criminosos estava saindo daquele lugar, acompanhado de mais alguns milhares deles. Aqueles fugitivos, iam embora no topo da cabeça, de animais marinhos semelhantes a baleias

    — COMO OUSAM?!

    Grita Mike na direção do horizonte, levantando-se rapidamente, enquanto faz isso. Maritimus, toma a dianteira da situação, respondendo o abandonado

    — Eu usei meus poderes para manipular esses animais marinheiros para a nossa fuga! Mas… foi muito difícil te abandonar, meu amigo!!

    Ao final de sua frase, possuía um imenso tom irônico, zombando da cara daquele fugitivo abandonado. Antes de mais nada, o diretor da nação prisão aparece nas costas do cabeludo magnético, afirmando

    — Pense em sobreviver primeiro, seu verme!

    O punho direito do líder negativo caiu com tudo na direção da cabeça daquele bandido, na tentativa de derrotá-lo. O bigodudo, consegue no último segundo se esquivar, carregando o mesmo ataque usado anteriormente contra o jovem soldado de buraji, o atirando contra o imenso diretor, ocasionando uma grande explosão

    — Agora, é a vez deles-

    Um ataque feroz acertou a cara daquele criminoso do bigode, lançando-o a vários metros de distância, já sem consciência. O diretor, estava sem dano nenhum daquele ataque lançado por Mike. Mas, mesmo tendo lidado com o oponente, ele notaria a distância daqueles fugitivos

    — Estão longe… MALDIÇÃOOOOOOOO!!!

    A fuga do grupo, foi bem sucedida

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