Capítulo 145: Tá sentindo a energia?!
Alguns segundos antes da conclusão da luta entre a entidade bestial e o grupo de vilões, Aristeu chegou até o campo de combate, deixando para de encontrar com Krafitg após seus netos saírem de cena. Só se encontrar com a mulher, o idoso falou
— Ei, pirralha! Quero te pedir um favor!
Ao ouvir a voz do velho, a morena ficou espantada, não só por sua presença ali, mas devido a forma repentina que o mesmo chegou no campo de guerra
— Como você chegou aqui, seu velho decrépito?!
Indagou a líder de Buraji, levemente assustada com a situação. Sem pestanejar, o avô dos protagonistas respondeu
— Ora, olhe para as minhas roupas molhadas! Eu vim nadando!
Com aquela afirmação, a mulher se botou a observar o corpo do idoso, notando o quão ensopado o mesmo estava. Mas, se recompondo, ela logo o perguntou
— E o que aconteceu, com os capitães que botei para te impedir de vir até aqui?!
Ouvindo aquilo, o idoso de pele mais escura apenas soltou um pequeno sorriso, respondendo a garota
— Ah, eles? Não se preocupe! Um desmaiou só de sentir a minha aura, e o outro… bem, ele me decepcionou! Sabe, para alguém que treinava agachamento, com o peso de mais de mil Everest’s, falhar em levantar meu braço velho, cansado e doente é uma vergonha!
Krafitg ouviu aquilo, não podendo deixar de se espantar com as palavras que ouvia, por compreender o quão poderoso aquele veterano de guerra era. Logo, Aristeu falou para a moça
— Sabe, como pode ver, o espírito que ficava dentro do Maleukone, está livre! Logo mais, eu vou conseguir recuperar o cadáver dele. Por favor, dê um enterro digno a ele e meu neto!
A morena escutou aquilo, pensando até mesmo em retrucar aquele velho. Mas, a decisão da líder de Buraji foi a de se calar, consentindo com a escolha do veterano.
Voltando ao presente, Aristeu se encontra frente a frente com seus inimigos, ignorando a existência deles momentaneamente, para encarar o corpo sem vida de seu amigo, enquanto pensa
“Maleukone… nunca pensei, que eu seria o último de nós dois a morrer!”
Logo, o chão abaixo daquele cadáver brilhou em uma cor amarelada, explodindo e enviando o corpo sem vida em direção às embarcações de Buraji. Com aquilo resolvido, o avô dos protagonistas se virou até aquele grupo criminoso, os encarando em silêncio por algum tempo, para logo falar
— Nellu… tem noção, de como suas escolhas afetam as vidas de milhões de pessoas, e até mesmo pessoas próximas a você?!
Ouvindo aquilo, o líder daqueles foras da lei, encheu sua voz de ódio, retrucando ao senhor de idade na sua frente
— Seu velho imbecil, eu não vou aceitar ouvir um sermão seu!! Você é a última pessoa que pode falar de mim!!
O velho escutou aquilo, coçando por de trás de sua cabeça, mostrando certo desconforto com aquela situação. Então, ele responde
— É… nunca pensei, que você ainda estaria na adolescência! Realmente, sua puberdade tá durando muito.
Olhando em sua volta, o veterano de guerra percebe o quão destruído aquele arquipélago ficou, se sentindo triste com aquela situação. Sendo assim, ele continua seu monólogo
— Sabe, já tive essa fase, de não me importar com as consequências, e você sabe bem disso! Mas, depois da velhice, eu amoleci! Não quero que nossa luta cause mais danos a este lugar! Sendo assim…
Uma luz logo surgiu embaixo dos pés de todos ali, sendo esse o chão se transformando na mais pura forma de energia. Aristeu, movendo suavemente suas mãos, moldou aquela energia no formato de dois dragões colossais, em homenagem ao seu amigo. Assim, revelando seu poder de transformar massa em energia, e já implicando outra capacidade, a de controlar tal energia, para assim “solidificar” os dragões energéticos, aprisionando os inimigos dentro deles. As criaturas começaram a voar, com o criador delas de encontrando no topo da cabeça das mesmas, as “pilotando” enquanto diz
— Lutaremos em um arquipélago parecido, que tem aqui perto!
O grupo de vilões, sequer conseguiu reagir a toda aquela situação, coisa que deixou todos extremamente acuados. Nellu, encarando furioso aquele homem de idade avançada, logo grita ao mesmo
— VOCÊ REALMENTE NÃO MUDA, NÃO É?!
Um silêncio tomou conta, depois daquela fala, com o homem de idade se negando a responder aquela fala. Com o passar de quatro segundos, os dragões de energia terminaram de percorrer uma distância de mais de doze mil quilômetros, alcançando assim o outro arquipélago ali próximo. Com a chegada no local, o manipulador de energia fala
— Passageiros, apertem os cintos! Iremos pousar agora!!
Ao ouvir aquilo, a espinha do homem de cabelos rosas gelou, com a única reação dele, sendo a de gritar para os seus subordinados
— DÊEM UM JEITO DE SE DEFENDER, OU VOCÊS IRÃO MORRER!!
Quando Nellu disse aquilo, os dragões de energia se atiraram em direção ao chão, com o criador dos mesmos se mantendo em inércia no ar, apenas assistindo a cena da queda. Cada um do grupo de bandidos, tentou ativar seus poderes a tempo, na tentativa de se proteger da queda livre iminente. Em menos de um trilionésimo de de um milissegundo, as entidades de energia colidiram com o chão, gerando uma explosão energética avassaladora, a força de impacto foi tanta, que todo aquele arquipélago de dez milhões de quilômetros quadrados em área, acabou por por se rachar completamente. O oceano em volta daquele local, acabou por evaporar quase que instantaneamente devido ao calor gerado pela explosão, e a luz gerada por ela poderia ser observada, até um pouco depois da costa das nações ilhadas. Aristeu logo caiu no chão restante do arquipélago, pousando em pé sem grandes problemas. Na frente dele, Nellu e os outros membros de maior importância do grupo, se encontravam, sem grandes danos pelo corpo. Percebendo isso, o velho logo afirmou
— Bem, vamos lutar! Este lugar é perfeito para isso!
Ouvindo aquilo, o homem de cabelos rosas logo decidiu se levantar, encarando o seu velho inimigo nos olhos, enquanto diz para o mesmo
— Você fez um teste cruel, não é?
Virando sua cabeça em volta, o criminoso conseguiu ver, que alguns dos seus lacaios de menor importância, tinham sido completamente vaporizados por aquela explosão, coisa que o fez sentir uma gota gélida de suor escorrer pelo canto esquerdo do seu rosto. Engolindo seco, o terrorista voltou a olhar o inimigo de frente, entrando em posição enquanto fala aos outros
— Neste começo de luta, não interfiram! Pretendo enfrentar ele sozinho, só botem o dedo caso eu visivelmente não vá aguentar!
Ao dizer isso, sua energia de determinação começou a emanar do seu corpo, ficando concentrada em volta do seu corpo. Os outros ali presentes, apenas concordaram com aquilo, se afastando levemente da batalha. O velho moreno, vendo aquilo, também libera sua aura, que mesmo concentrada em volta do seu corpo, era extremamente hostil e assustadora. Então, olhando o adulto de frente, o idoso recém chegado diz
— Certo, vamos lutar, pequeno Nellu! Irei te ensinar, que nem tudo pode ser do seu jeito!
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