Índice de Capítulo

    Fora de todo aquele combate, Kura se encontrava em um campo florido dentro de sua mente. Andando por aquele lugar, ao longe, o rapaz da eletricidade conseguiu ver seu irmão Shiawase, logo, o protagonista mais velho grita

    — SHIAWASE, EU TÔ AQUI!

    Gritou o garoto, enquanto corria na direção do mesmo, derramando lágrimas de emoção, por ver o mesmo vivo na sua frente. Ouvindo aquelas palavras, aquela imagem do irmão mais velho olhou na direção do garoto-elétrico, começando a correr na direção oposta do mesmo a toda velocidade. Cada vez mais que o Kura acelerava, mais longe Shiawase parecia ficar do mesmo, até que em certo momento, aquela imagem do irmão falecido caiu de cima de um precipício, em direção ao infinito. O manipulador de raios, apenas viu aquela cena, ficando em visível choque, sem conseguir fazer nada

    — SHIAWASEEEE

    Gritou o protagonista, enquanto aquele mundo de pouco em pouco iria se desfazendo, com cada flor e pedra sendo destruída. Até que, por fim de todos esses delírio, seus olhos se abrem em uma cama de hospital, com o garoto tendo uma visível crise de pânico

    — AAAHHHHHH

    Gritou o mesmo, olhando em volta e logo vendo um rosto conhecido, o de Krafitg. A mulher estava ali o vigiando, e logo deu a ele as boas-vindas ao mundo real

    — Oh, acordou a bela adormecida! Bom dia!!

    Kura ameaçou se levantar da cama, mas antes de qualquer atitude acabou sendo segurado pela mulher e jogado de volta na maca, enquanto a mesma afirma

    — Ei, relaxa! Tudo aquilo acabou já faz tempo!

    Irritado com aquilo, ele retrucou

    — TEMPO?! QUANTO TEMPO?!

    A morena, ainda segurando o rapaz, falou para o mesmo

    — Seis meses, para ser precisa! Você entrou em coma, e só foi acordar agora, em outubro!

    Aquilo deixou o garoto estático e em choque, com ele se lembrando de tudo que aconteceu em detalhes. O estômago do mesmo embrulhou, e ele logo começou a vomitar no chão devido ao trauma. Kraftig apenas assistiu aquilo, até que os vômitos parassem, com a mesma logo perguntando

    — Bem, tem algo que você deseja saber?

    Ouvindo a pergunta, o garoto de cabelos escuros se virou para a mulher, dizendo para a mesma

    — Eu… eu quero um pequeno resumo, de tudo que aconteceu após eu desmaiar!

    Ele afirmou aquilo, enquanto limpava o resto de vômito do canto da sua boca. A loira ao ouvir aquilo, logo começou a dizer para ele

    — Bem, após sua perda de consciência, Maleukone começou a lutar sozinho contra os seus inimigos, se matando no processo e liberando o espírito do qual era receptáculo no mundo. A entidade, entretanto, foi logo capturada pelo grupo do Nellu.

    O adolescente se manteve em silêncio, ouvindo aquilo atentamente, permitindo a moça continuar seu monólogo em paz

    — Seu avô também apareceu no campo de batalha, enfrentando os inimigos sozinho

    Aquilo chocou o rapaz elétrico, que rapidamente gritou

    — MEU AVÔ?! E O QUE ACONTECEU COM ELE?!

    A mulher parou momentaneamente, pensando se revelaria a verdade ou não, mas decidiu prosseguir

    — Ele se matou em combate, explodindo a si mesmo, os inimigos e um arquipélago inteiro. Sabe, a morte dele foi impressionante, e seu último ataque foi mais impressionante ainda. Tanto seu avô, Aristeu, quanto Maleukone, lançaram golpes que seguiram em direções opostas através do universo. Mas, mesmo assim, ambos destruíram corpos celestes do tamanho de galáxias inteiras.

    O garoto escutou aquilo, não sabendo como reagir a aquela notícia chocante. Lágrimas escorreram pelo seu rosto, até que ele começou a falar

    — Porra, porra! Eu só entrei nesse exército, para conseguir tratar dele e do meu pai! E eu falhei, falhei miseravelmente!

    Olhando para a moça de pele morena, o garoto logo perguntou para ela

    — Me diga, por favor! Ele, pelo menos, conseguiu matar os assassinos do meu irmão?

    Ouvindo aquela voz triste e desesperada, a mulher dos olhos amarelos fraquejou novamente em continuar a falar, mas decidiu dar a informação

    — Bem, foi isso que pensamos durante três meses. Até que, Nellu e seus capangas deram às caras na nação prisão novamente. Lógico, tinham membros faltando, boa parte morreu, mas os cabeças ainda estavam ali.

    Aquela informação enfureceu o Kura, que rapidamente perguntou, gerando o seguinte diálogo

    — O QUE ELES QUERIAM LÁ?!

    — Capturar Mike, o receptáculo do gato energético. Porém, não sabemos que fim ele teve, pois o país carcereiro inteiro foi destruído antes de sua captura. Não acreditamos na sua morte, pois sua entidade não foi libertada no mundo, mas não sabemos onde ele pode estar.

    Um silêncio tomou conta daquela sala, com a mulher logo continuando

    — Antes que você pergunte, sua situação não é das melhores! O mundo inteiro queria você preso na nação prisão quando acordasse, graças ao fato de você libertar vários criminosos perigosos no mundo. Mas, para a sua sorte, aquele país inteiro foi destruído.

    Aquilo chamou a atenção do rapaz que logo perguntou, gerando novamente outro diálogo

    — E, qual seria o meu destino, então?

    — Bem, normalmente, seu destino seria que nós encontrássemos outro receptáculo, transferindo sua entidade para ele e te executando em seguida. Mas, o rei Camillo foi extremamente guerreiro, e usando de sua influência no conselho, reduziu sua pena para um exílio. Mas, tem certas condições

    A mulher parou de falar um pouco, dando um gole em um café ali do lado. Então, o Kura perguntou

    — Quais são elas?

    Largando o café de lado, a líder de Buraji falou

    — Em primeiro lugar, você terá seu título militar revogado! Ou seja, você se tornará um civil até o fim da pena. O tempo dela é de três anos exatos, e durante esse tempo, você não poderá pisar em nenhum país do mundo, incluindo Buraji. Caso o contrário, você será executado!

    Ouvindo aquilo, novamente o receptáculo de Buraji se enfureceu, dizendo

    — Ei, tem pegadinha aí! Como posso passar três anos exilado, se nenhum lugar do mundo pode me aceitar?! Eles me deram uma pena de morte enrustida!

    A mulher riu um pouco daquilo, dizendo para o garoto

    — Sim, sim! Bem, quando aceitamos os termos na época, estávamos torcendo para você nunca mais acordar. Mas, para a sua sorte, alguém disse que sabia exatamente como ajudar…

    Aquilo chamou atenção do ex-militar, que logo disse

    — Quem?

    A porta daquele quarto de hospital logo se abriu, com uma figura anteriormente conhecida saindo pela mesma, aquele era o Stold

    — E aí, garoto! Quanto tempo, hein?

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota