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    Kura escutou aquelas palavras, enquanto retirava a espada cravada em seu peito lentamente. Por sorte, nenhum órgão vital foi acertado durante o ataque, fazendo com que apenas sangue caísse no chão. Analisando a lâmina, o elétrico chegou em uma rápida conclusão:

    “Essa espada, é do mesmo metal que as lâminas daquele cangaceiro das terras do Liger! Tenho que tomar cuidado, então!”

    O adolescente fincou a espada no chão, olhando para aquele oponente e dizendo para ele:

    — Ah, é?! Não sei como você conseguiu passar pela minha detecção dos batimentos cardíacos, mas isso não importa! Vou te matar do mesmo jeito!

    Logo, Kura virou seus olhos para Giovanni, dizendo para seu aliado:

    — Giovanni, vá com o velhote e a Sami atrás do bispo de merda, ele seguiu pelo oeste! Eu vou cuidar desse mercenário sozinho, as armas dele são realmente perigosas, para deixar ele para vocês!

    Giovanni escutou aquilo, acenando que sim com sua cabeça, evidenciando que compreendeu a ordem. Upahan, ficou escutando aquela conversa enquanto limpa seu ouvido, tirando a cera e a jogando no chão, enquanto fala:

    — Nossa, que engraçado! Tu acha mesmo, que vou deixar esses três patetas seguirem, é? Eu vou matar eles primeiro, e depois vou atrás da sua cabeça!

    Ao dizer isso, o contratado se jogou na direção de Sami, focando em arrancar a cabeça da mesma com um único golpe limpo. Kura percebeu isso, e antes que o mercenário conseguisse cortar a cabeça da garota, o rapaz agilmente se moveu para baixo do gigante, acertando uma cabeçada potente contra a boca do estômago daquele ex-militar, fazendo o mesmo colidir contra a parede de concreto do templo sagrado, destruindo a mesma.

    — Vamos, corram logo!

    O trio começou a correr sem olhar para trás, seguindo em direção ao religioso. Quando todos se afastaram, o protagonista passou a mão na sua testa, sentindo sangue escorrer pela mesma, e logo se perguntando:

    “Hum? Como eu me machuquei?!”

    Se levantando dos escombros, risadas começaram a sair da boca do mercenário, com o mesmo começando a falar:

    — Você me machucou, pirralho! Mas, vejo que não fui o único! Gostou da minha malha de madqimte birta?!

    Ao levantar, o adolescente conseguiu ter uma visão completa do corpo daquele inimigo. A camisa de Upahan tinha sido completamente rasgada graças ao ataque do protagonista, revelando uma malha feira do mesmo material de suas armas, assim, o Kura concluiu:

    “Merda, ele tá usando bastante desse metal bizarro! Mas, já lidei com isso antes, contra o cangaceiro e a guilhotina do meu irmão!”

    Se colocando em guarda de luta, o jovem receptáculo perguntou ao seu oponente:

    — Uau, quantas armas com esse metal! Aparentemente, alguém está bem assustado em ter que lutar comigo, não é?!

    O mercenário se manteve em sua posição, pegando um pequeno frasco de dentro de sua criatura de bolso, jogando o líquido de dentro do recipiente na lâmina de sua arma. Assim, ouvindo a provocação, o homem alto respondeu:

    — Nossa, que língua afiada! Mas, sim, dá pra dizer que eu tive que me preparar bastante! Você é um receptáculo bestial, afinal! E além do mais, você provavelmente está muito forte depois desses três anos…

    Se abaixando um pouco, o gigante de dois metros flexionou completamente suas pernas, terminando seu monólogo:

    — Os ferimentos que você me causou, são a prova disso! Mas, ainda assim, eu vou acabar com você!

    Um movimento explosivo logo aconteceu, com o ex-militar voando na direção daquele jovem soldado. Percebendo aquilo, o controlador de raios rapidamente bolou uma estratégia de defesa, principalmente por notar a velocidade avassaladora daquele oponente. Movendo suas mãos, o rapaz criou campos eletromagnetismo no solo, se aproveitando do fato de a água ser anti-magnética, para que assim ele consiga expulsar o mercenário do chão em direção aos céus. Ainda nessa sequência, o garoto energizou o seu punho, mandando um soco de raios na direção daquele inimigo no ar. Aquela corrente elétrica tornou o ar em plasma, e gerou uma grande explosão ao acertar o local do alvo.

    “Ele é rápido! Com toda a certeza, ele é pelo menos umas vinte vezes mais rápido que o idiota do Hell! Um oponente perigoso, com toda a certeza!”

    Porém, atrapalhando aquele momento de reflexão, o mercenário aparece ao lado esquerdo daquele adolescente, e rapidamente faz um movimento de corte horizontal na direção do pescoço do garoto raio. Kura conseguiu notar aquele ataque vindo, e mesmo estando a pouco mais de vinte e cinco centímetros de distância daquele ataque, o garoto consegue com sua velocidade desviar daquele ataque cortante sem apresentar uma grande dificuldade. Quando ganha uma certa velocidade, o rapaz dos raios manipula novamente os seus raios, lançando uma potente corrente elétrica na direção daquele inimigo.

    — Eu vou te cozinhar através do ar em volta de tu, seu lixo!

    Ao notar o ataque de movendo através do ar, o mercenário se aproveitou de sua velocidade de combate e reação, para sacar mais pequenos animais do seu bolso. Dentro daquele bolso, diversos animais parecidos com pequenos morcegos saíram voando em direção aos céus, ficando em volta do mercenário. Essas criaturas, logo começaram a absorver a eletricidade daqueles raios, protegendo assim o “dono” deles. Mas, devido a grande carga daquele raio, todos esses animais começaram a fritar e a morrer, coisas que assustou o Upahan.

    “Se isso pega em mim, muito provavelmente eu tô morto!”

    Enquanto o mercenário pensava, o garoto dos raios deu uma rápida investida contra o contratado pelo padre, tentando acertar um soco com toda a força contra a cabeça daquele homem de cabelos curtos. Upahan percebeu no último segundo aquele golpe chegando perto do seu rosto, efetuando um movimento pendular e desviando do ataque. O mercenário espadachim logo tentou estocar sua lâmina contra o estômago do jovem raio, na tentativa de acabar com o mesmo naquele exato momento. Novamente, o Kura conseguiu desviar do ataque usando sua velocidade para essa capacidade. Graças a esse desvio, o jovem apareceu nas costas do inimigo, acertando um soco cruzado onde seria o fígado daquele mercenário, acertando em cheio aquela cota de metal. Ao fazer isso, o elétrico gritou:

    — TOMA ESSA, FILHO DA PUTA!

    A cota de malha rachou com aquele golpe, mas antes de um sorriso surgir no rosto do jovem-raios, sua mão acabou por se machucar, abrindo vários cortes na mesma e fazendo o sangue jorrar através dela. Aproveitando disso, Upahan efetuou uma estrelinha, acertando um chute brutal contra o queixo do seu alvo, fazendo o sangue voar através da boca daquele garoto dos raios. O mercenário logo se posicionou na frente do garoto, pronto para continuar uma sequência de socos contra aquele rapaz, enquanto fala:

    — A luta acabou, pivete!

    Ao dizer isso, o mercenário lançou um soco de direita na direção da barriga do garoto, rodando todo o seu quadril nesse movimento, mirando em dar um potente e rápido golpe com isso. O irmão mais velho do Arold, percebeu aquele ataque chegando, e para conseguir bloquear o mesmo com efetividade, o garoto moveu sua perna esquerda com bastante agilidade, dando um chute no punho daquele mercenário e o fazendo errar o ataque. Com essa abertura, o neto de Aristeu estendeu sua mão direita, fazendo um raio bola no meio do ar e o explodindo, cobrindo uma grande área e iniciando um incêndio.

    “Esse garoto… ele é forte!”

    Afirmou aquele contratado em pensamento, enquanto sangue escorre pelos dois cantos de sua boca e o canto de sua cabeça. Ele parecia tranquilo em meio a uma das moitas, até que sua armadura finalmente terminou de se partir. Aquilo permitiu que o adolescente conseguisse sentir os batimentos cardíacos do inimigo, achando a localização do mesmo e mirando sua visão naquele oponente, esticando sua mão e atirando um potente raio na direção do mercenário. Upahan, notou o raio chegando quando já estava a apenas uma régua de distância de seu rosto, pensando:

    “Filho da puta!”

    Outra explosão aconteceu, pegando uma grande área daquele “bosque”, destruindo algumas árvores e acendendo um incêndio no local. Com isso feito, o Kura pensou:

    “Certo… acabei com ele!”

    Quando terminou de pensar isso, um barulho começou a percorrer os ouvidos do garoto, que ao se virar na direção do som, notou um enxame de abelhas vermelhas vindo em sua direção. Antes de ser picado, o rapaz criou um campo magnético em volta do seu corpo, repelindo assim a água presente no corpo das criaturas e impossibilitando a aproximação das mesmas. O garoto tentou localizar novamente o inimigo depois disso, mas rapidamente percebeu algo:

    “Merda, pelo tanto de abelhas, elas estão cobrindo os batimentos daquele bombado! Vou ter que começar a lutar levando ele a sério, agora!”

    Quando pensou nisso, o adolescente começou a usar a arte marcial natural, misturando com seu poder e começando a localizar apenas o batimento humano. Rapidamente, o rapaz descobriu que seu oponente estava em suas costas, virando na direção do mesmo para tentar se defender. Fazer isso, entretanto, foi um grande erro de desespero, pois acabou expondo o seu pescoço completamente. Upahan, já tinha lançado seu ataque assim que se colocou atrás daquele pirralho militar, estocando o pescoço do Kura com a lâmina de birta, que graças a suas características especiais, ignorou o magnetismo e acertou em cheio da jugular do adolescente.

    — Ei, você é muito arrogante pra não lutar a sério, né?

    Logo, Upahan cortou a jugular até o peito do receptáculo bestial, encaixando em seguida um chute giratório na cabeça daquele rapaz, o lançando sem consciência e quase morto no chão. Observando aquilo, um sorriso surgiu no rosto do mercenário. Mas, antes que pudesse levar o corpo quase sem vida do garoto, uma explosão no oeste chamou a atenção do mercenário, que deu um suspiro e afirmou:

    — Certo… eu vou te deixar caído aí, você é forte, então não vai morrer mesmo ferido assim! Vou lá acabar com seus amigos, e volto para te buscar!

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