Capítulo 196: Soltando o cavalo
O grupo militar formado quase que exclusivamente por adolescentes, finalmente chegou até a capital real daquela nação estrangeira. O grupo já estava bem dividido, com todos estando com escutas em seus ouvidos, para manter a comunicação entre eles. Khayal já estava no castelo, apenas esperando pela reunião com o rei Charlie, enquanto o Kura e seus dois amigos, estavam chegando até mais ou menos o local onde a garota estava aprisionada:
— Certeza que é aqui, Kura?!
Perguntou o espadachim de quatro braços, olhando a entrada daquele local. O lugar, parecia mais um ponto turístico temático, onde alguns guardas com roupas características, compostas por um longo chapéu preto felpudo e roupas militares vermelhas, repousavam na frente da entrada. Algumas pessoas tiravam fotos com aqueles dois seguranças, mas suas entradas eram estritamente proibidas:
— Sim, certeza! Mas, eu não acho que vá ser muito fácil de invadir essa prisão
Olhando em volta, aquele trio poderia notar a rua bem movimentada, cheia de turistas indo e voltando em direção daquela dupla de guardas reais. Pensativos sobre como passariam por ali sem serem notados por ninguém. Logo, uma ideia veio a mente do Kura, que afirmou para o mentiroso da sua equipe:
— Ei, Liger! Use os seus poderes, para fazer com que ninguém mais passe por essa rua! Isso iria facilitar muito
Escutando aquilo, o homem de aparência nórdica rapidamente respondeu para o seu chefe:
— Mas, Kura! Não sei se algo assim seria exatamente possível! Como eu poderia fazer isso?
Samuel, logo se aproximou daquele aliado, passando um dos seus braços por de trás do pescoço dele, enquanto afirma para o mesmo:
— Use a capacidade máxima dos seus poderes, para fazer com que, todos em uma área de cem metros, acreditem que esse local fica a alguns quarteirões na direção do leste! Assim, todos que pisarem nessa área, vão seguir para a outra direção!
Ouvindo aquilo, o mentiroso rapidamente acenou com sua cabeça, concordando com a ideia de um dos seus aliados. Assim, a aura do ruivo começou a emanar para fora do seu corpo, com o mesmo começando a concentrar a sua energia e a ideia da mentira que seria contada pelo mesmo. Assim, ao terminar de refletir sobre a mentira, o rapaz de cabelos laranjas afirmou em pensamento:
“Todos numa área de cem metros, irão para o local errado!”
Após pensar isso, o militar Burajiano bateu sua mão no chão, emanando a sua mentira por toda a área dos cem metros. Assim, todas as famílias de turistas que estavam andando por ali, logo começaram a andar na direção oposta daquele ponto turístico. Os dois guardas, inicialmente, acabaram por estranhar aquela atitude dos turistas locais, mas com o passar do tempo, acabaram por agradecer por não terem que ficar posando para as fotos que eram tiradas. Com a barra limpa, o trio Burajiano se dirigiu na direção daqueles guardas, com o Kura gritando:
— Opa, pessoal! Podem tirar uma foto com a gente?
Os guardas se mantiveram em silêncio, o movimento padrão deles para confirmar que a foto poderia sim ser tirada por aqueles visíveis turistas. Logo, Kura e Samuel se aproximaram dos homens da lei, ficando cada um ao lado de um guarda da entrada, fazendo poses para a suposta foto que o Liger iria retirar daqueles quatro. Logo, com a brecha finalmente sendo aberta, tanto o protagonista controlador de raios, quanto o homem de quatro braços, golpearam a nuca daqueles dois, os nocauteando instantaneamente:
— Bem, aposto que eles não vão querer que essas fotos sejam publicadas!
Comentou o mentiroso, em um bom tom de piada, tirando sarro com a cara daqueles guardas. A paz durou pouco, pois logo uma voz emanou pelas escadarias da prisão:
— Ei, hora da troca de turnos!
Eram mais dois guardas, prontos para mudarem de local com os dois lá de cima, para que eles pudessem almoçar. Aquele trio logo se assustou, não tendo muito tempo para efetuarem todo o seu plano, já que os outros dois guardas estavam a apenas três segundos de terminar de subir os degraus. Quando os novos guardas terminaram de subir a escadaria, um deles logo perguntou:
— Posso ajudar vocês?
Kura e Samuel, agora já disfarçados, se viraram para aqueles dois, terminando de ajeitar suas roupas, afirmando:
— Ah, nada! Só alguns arruaceiros, mas já mandamos eles embora!
Enquanto diz isso, o criador de raios pensou:
“Nossa, que sorte! A gente passou perto de ser descoberto, graças a Deus, deu tempo do Liger usar o poder dele!”
Assim, tanto o espadachim, quanto o elétrico, seguiram para dentro da instalação, descendo suavemente as escadas. Liger, escondido em um beco ali perto, jogou o corpo apagado dos dois guardas dentro de uma lata de lixo, se sentando ali e pensando:
“Todo esse uso dos meus poderes, me deixou muito cansado… vou tirar uma soneca…”
Dentro da prisão subterrânea, a dupla seguiu na direção da sala de guardas, indo até onde seria o armário dos guardas que eles roubaram a identidade, começando a comer o almoço dos mesmos. Dentro dali, eles começaram a ouvir a conversa dos guardas:
— Aquela prisioneira só dá trabalho, e berra toda hora!
— Qual? A da cela do meio? Ou a do final?
— A do final, seu idiota! Ela acha, que só porque era uma princesa, vai ter algum tratamento melhor! Sabe, fico com pena, mas ordens são ordens, né?
Samuel, ouvindo aquilo, logo acenou com a cabeça para o seu aliado, indicando para ele seguir na direção daquela cela, enquanto o mesmo daria cobertura para que não notassem. Assim, o espadachim de aproximou dos outros guardas, falando:
— É, ela reclama muito! Mas, viram o último jogo?
Silenciosamente, o controlador de correntes elétricas largou o almoço roubado, saindo sorrateiramente por aquele corredor, na direção do final do mesmo. Enquanto anda até lá, o garoto resolveu perguntar para o espírito bestial dentro de si:
“Ei, você sente a presença desse seu irmão, por aqui?”
O cão dos raios, um pouco irritado por ser incomodado, respondeu de forma curta e grossa:
“Sim, eu sinto! Agora, me deixa dormir, eu te confirmo se é ele, quando a gente esbarrar com a sua suspeita!”
A criatura logo se virou de costas, voltando a dormir e ignorando aquela “ligação” por parte do seu receptáculo. Seguindo pelo corredor, o irmão mais velho de Arold finalmente encontrou o local onde a garota estava presa, percebendo que tinham quatro guardas tomando conta da mesma. Ali, o rapaz pensou:
“Certo… vou acabar com eles, sem chamar atenção!”
Logo, o Burajiano acumulou uma forte corrente elétrica nas suas mãos, olhando para os quatro e gritando para eles:
— TÃO SENTINDO A ENERGIA?!
Logo, uma forte corrente elétrica correu na direção daquele quarteto, os acertando sem chance de defesa e os deixando convulsionando no chão. O cão elétrico, dentro do Kura, escutou aquela barulheira toda, falando:
“Exagerou na dose, moleque! E olha só…”
O garoto da nação de Buraji, se aproximou daquela cela, olhando para dentro das grades e notando uma garota acorrentada na parede. A garota tinha cabelos rosas, e vestia roupas de princesa que estavam apenas os trapos, seus braços e pernas estavam acorrentados, a deixando pendurada na parede em formato de X:
“Você encontrou o meu irmão cavalo, pirralho!”
Afirmou o cão dos raios, enquanto ambos olhavam a jovem ali dentro.
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