Índice de Capítulo

    Enquanto aqueles eventos aconteciam, a princesa Deli chegou até próximo dos guardas daquela prisão menos conhecida. Os seguranças da porta, ao notarem a presença da jovem, rapidamente apontaram suas espadas na direção dela, enquanto berravam

    — Você escapou, revolucionária?! Volte para a sua prisão, ou seremos obrigados a te ferir brutalmente!

    Deli, mantendo seus passos delicados e tranquilos, apenas manteve-se encarando por entre os dois homens da lei, como se encarasse as profundezas daquele local de cárcere. Ao chegar a cerca de dez metros dos dois guerreiros, a princesa de Verenigde Kingdom afirmou para ambos os oponentes

    — Vocês até podem tentar fazer isso, mas saibam que mesmo com só este pedaço de madeira, eu consigo acabar com os dois sem nem me aquecer!

    A aproximação continuou, e quando a moça chegou na distância de cinco metros daqueles dois oponentes, rapidamente acabou por entrar na área de ataque deles. Os carcereiros, logo encurtaram a distância, com um efetuando um corte na horizontal bastante ágil, focando o centro do tronco daquela oponente. O outro guarda, mirou um corte na vertical, de cima para baixo, mirando no meio da testa da mesma. Deli observou os dois golpes chegando, e de forma graciosa ela se moveu indo para o lado esquerdo, encolhendo momentaneamente o seu corpo, ao juntar seus joelhos até o seu queixo e abaixar a cabeça. Esse movimento permitiu que ela desviasse dos ataques, e em resposta, a mesma deu um golpe único com aquela tábua de madeira, a quebrando no rosto de um dos guardas e o nocauteando. Com as farpas de madeira ainda no ar, a princesa apenas as chutou na direção do olho do outro segurança, o cegando com aquilo tudo
    O barulho da confusão, chamou a atenção dos guardas lá dentro, incluindo o do chefe daquela prisão. Quando o homem chegou ao lado de fora, notou a presença da princesa ali, ficando surpreso com aquilo. Deli, notando o guarda, sorriu enquanto dizia

    — Ótimo, senhor Thruth! Bem, tenho uma longa história para te contar, e quero que use seus poderes de interrogatório!

    Saindo do foco da princesa e retornando para o Kura, o rapaz estava correndo na direção do castelo, para ajudar seu aliado de cabelos dourados em sua batalha mortal contra o rei. Em meio a corrida, o tremor da explosão poderia ser sentido, enquanto a mesma poderia ser vista de longe por toda a cidade. Vendo aquilo, o rapaz dos raios rapidamente acabou por se assustar, gritando bem alto

    — KHAYAAAALLLLL

    Quando o jovem iria começar a correr freneticamente na direção da moradia da família real, um barulho esquisito acabaria por ser escutado pelo manipulador de correntes elétricas. Ao virar sua cabeça na direção daquele som, e ao conseguir ver a origem do som, o protagonista mais velho logo afirmou

    — Khayal! Você tá vivo!!

    O rapaz de estatura média correu na direção do seu aliado, o vendo caído no meio de alguns sacos de lixo. O galego se teleportou no último instante para longe do castelo, conseguindo evitar de ser morto por aquele ataque. Entretanto, mesmo tendo evitado de ser totalmente atingido, o ataque em si ainda pegou parcialmente no corpo do mesmo, fazendo com que toda a lateral esquerda do seu corpo estivesse com queimaduras por volta do terceiro grau, além da pele do mesmo estar derretida. O filho adotivo de Krafitg, ao ver o irmão mais velho do Arold na sua frente, o rapaz das queimaduras rapidamente colocou sua mão direita no ombro do aliado, afirmando

    — K-kura! Esse cara, esse inimigo é muito poderoso! Você não pode ir lutar lá, sem ter um plano!

    Tentando forçar o seu corpo para se levantar, o jovem-adulto dos cabelos dourados sentia várias dores, gemendo por conta delas, enquanto termina a sua explicação

    — Me carregue até lá, para que eu possa descansar! Quando chegar lá, eu vou me curar, e vamos lutar juntos contra ele! Entendeu?!

    O criador de raios ficou encarando aquele amigo falar tais palavras determinadas, o ajudando a se erguer com bastante cuidado. Com isso resolvido, o irmão mais velho do Arold falou

    — Certeza? Não vai doer eu sair te carregando?

    Khayal, apertando com bastante firmeza o ombro do seu aliado, chegando até mesmo a deixar a marca dos seus dedos naquela região, logo completou para o mesmo

    — Não importa, Kura! Quando eu estiver com energia, eu vou simplesmente me curar, e então nós vamos arrebentar esse miserável na porrada!

    Enquanto toda aquela conversa estava ocorrendo, o primeiro ministro Markus finalmente chegou até próximo do palácio real. O homem de atitude estranha e altura elevada, notou como a sala do rei estava em chamas naquele momento, ficando desesperado e gritando para os quatro cantos do mundo

    — CHAARRRLLLIIIEEEEEE

    Assustado por ver aquilo acontecendo, aquele homem começou a correr a toda velocidade pelas escadas, tropeçando em alguns pontos devido ao seu jeito desajeitado de agir, mas mesmo com tudo isso, o homem adulto conseguiu chegar na sala real. Encarando o local em chamas, o ministro estava em silêncio, muito assustado, evitando encostar no fogo por medo do que poderia acontecer a si mesmo. Se percebendo bem incapaz naquela situação, o ministro apenas caiu em lágrimas, enquanto fala

    — Me desculpe, Charlie! Eu não consegui chegar a tempo!

    No meio das chamas, entretanto, barulhos de passos podiam ser escutados por aquele político, coisa que acabou por deixar o mesmo bastante assustado, com medo de ser o Khayal naquela sala. Junto daqueles passos, porém, uma voz começou a falar para aquele ministro

    — Ei, Markus! Pare de drama, eu estou vivo

    Do meio das chamas, o rei de Verenigde Kingdom falou aquelas palavras, aparecendo das labaredas de fogo como se a sala ainda estivesse em temperatura normal. O ministro ficou chocado ao ver o seu rei, beijando os pés daquele demônio real, enquanto afirmar para o mesmo

    — Oh, meu querido rei, você está bem! Eu estou tão aliviado por saber disso!

    O regente estava ali, visivelmente irritado com tudo que estava acontecendo, respondendo o seu lacaio de forma levemente grosseira

    — Markus, você achou mesmo, que o Khayal teria a menor de chance de me matar?!

    Ao ouvir o tom daquela fala, além de observar o rosto do seu grande chefe, o primeiro ministro acaba por se assustar completamente, começando a derramar gotas de suor dessa vez. Se mantendo de joelhos no chão, o homem se inclinou para trás, pondo ambas as mãos na frente do seu corpo enquanto responde

    — N-não, nunca!! Sempre soube que o senhor venceria!

    Aquele regente, escutando as palavras covardes ditas pelo seu ministro, apenas tomou a decisão de jorrar a aura de sua determinação para fora do seu corpo. Aquela aura era tão densa e forte, que rapidamente fez com que todos o fogo do lugar se extinguisse, revelando o quão queimada aquela sala ficou. Os tapetes, antes elegantes e bonitos, agora não passavam de pedaços pretos de pano e cinzas. As cortinas de um vermelho vivo e elegante, agora não passavam de pedaços sujos de pano, cheios de fuligem por todos os lados. Após fazer com que o fogo se apagasse, o rei passou caminhando pelo lado direito do seu mais fiel lacaio, ordenando ao mesmo

    — Me siga.

    A dupla começou a subir uma escadaria, em silêncio, sem nenhuma palavra ser dita por ambos os lados. Tal silêncio estranho, durou até que os dois atingiram o terraço do castelo, de onde tinham uma visão privilegiada de toda aquela capital e algumas vilas próximas. O manipulador de glicose, conseguia ver os combates entre seus generais e os invasores, assim como os soldados que se uniam à rebelião da princesa. O rosto do Charlie era apático, como se tentasse esconder sua raiva. Então, quebrando o silêncio, o rei deu início ao seguinte diálogo

    — Você me conhece desde criança, e sempre dizia que eu iria ter um futuro grandioso, sem inimigos, sem ninguém para mandar em mim! Dizia, que eu era um enviado dos céus, um Deus na Terra!

    Logo, o homem que anteriormente estava com as costas expostas para o Markus, começou a se virar lentamente na direção do seu ministro. O rosto daquele demônio miserável, estava com uma mistura de raiva e tristeza, como uma criança que chora de raiva, ao ser empurrada por uma outra. Em meio a essa expressão, o rei daquela nação afirmou

    — Mas, mesmo assim, veja pelo que eu estou passando! Sendo novamente humilhado por esses plebeus malditos, assim como fizeram no dia que eu nasci!

    Markus, percebendo a fragilidade do seu rei, começou a se aproximar do mesmo, como um pai chegando perto do seu filho. Então, o homem dizia

    — Oh, Charlie…

    O rei dos cabelos cor de ouro, entretanto, negou o afeto do seu aliado, se afastando dele e colocando ambas as mãos na sacada daquela torre. Lá de cima, encarando o caos por toda a capital do seu império, o regente afirmou, com lágrimas de raiva

    — Esses vermes, novamente estão me atrapalhando, estão sendo insolentes!

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