Capítulo 230: Passado marcado por fogo, parte 2

Após o caso com o líder do crime organizado ser solucionado, Natuur e seus subordinados estavam comendo e bebendo no castelo, alegres por seu rei estar são e salvo. Durante a refeição, Natuur afirmava

— Ótimo, ótimo! Vamos fazer um país incrível, em volta da árvore da vida!!

Enquanto todos comiam, o homem teleporte ficou curioso com a afirmação do seu chefe, comendo mais um dos alimentos em cima da mesa, antes de decidir perguntar para o seu grande chefe

— Meu senhor, mas por qual razão você quer fazer uma nação, em volta dessa grande árvore? É só pela capacidade curativa dela?

Ao ouvir a pergunta do seu aliado, Natuur deu uma limpada no prato de arroz em sua mão, engolindo os grãos e logo respondendo para ele em um tom tranquilo

— Não, é por conta do meu pai! Ele sempre foi um amante de plantas, e antes mesmo de eu fundar essa nação, ele vivia me trazendo aqui para observar essa árvore, e como os nativos daqui interagiam com a natureza dela! Foi a melhor época da minha vida!

Aquilo interessou o soldado, que ao comer mais um pouco de carne, respondeu o seu senhor

— E como surgiu a ideia deste país?

Ouvindo a pergunta, o homem se animou, se levantando rapidamente de sua cadeira e subindo na mesma, para em seguida bater com seu pé esquerdo na mesa e afirmar para o seu lacaio, em um tom extremamente épico

— Ela surgiu, após afirmarem a incrível reserva de ouro nessas terras, e estrangeiros começarem a bolinar os nativos! Eu não pude me conter, e fiz de tudo para as nações unidas aprovarem meu pedido para fazer um país aqui! Meu objetivo, é puramente a proteção da fauna e do povo local, um país naturalista dos sonhos!!

Todos na mesa ficaram meio envergonhados com aquela animação ao afirmar aquilo, mas mantiveram sua opinião para si mesmos. Ao mesmo tempo em que aquilo acontecia, a esposa dele entrou naquela sala, carregando duas crianças nos braços, enquanto afirma para o seu querido marido

— Querido, desça da mesa! É falta de educação!!

Ao ouvir aquilo e notar sua posição atual, Natuur ficou extremamente corado e fez questão de se sentar novamente, abaixando sua cabeça para a sua esposa e afirmando para ela tranquilamente

— Me desculpe, Liefde!

A mulher se aproximou do seu marido, dando um beijo na bochecha dele enquanto diz em um tom sereno e reconfortante

— Está tudo bem, está tudo bem! Apenas, não se empolgue tanto, tudo bem?

Enquanto toda aquela situação pacífica acontecia, na região sul daquele país, uma cortina de fogo absurda se espalhava pela extensão de mais de milhões de quilômetros daquela parte da nação. As chamas eram fortes, e basicamente incineravam na hora quem encostasse nas mesmas. Um cenário de guerra tomava conta do local, com vários civis mortos e florestas inteiras queimadas, onde o choro dos comuns ecoava por toda aquela região. O chefe de região estava no meio de toda aquela situação, de joelhos e bastante ferido, olhando ao redor com pavor nos seus olhos, se perguntando mentalmente

“Merda… como isso foi acontecer?!”

No meio do caos daquele combate, um soldado comum apareceu dos destroços, correndo assustado na direção do seu chefe ajoelhado no chão. Ao ver o mesmo ali, o pobre soldado gritou

— MEU SENHOR, MEU SENHOR! ESTAMOS PERDIDOS, PERDIDOS!!

Ao ver o seu subordinado vindo em sua direção, o chefe de menor nível estatal o encarou de baixo para cima, prestando atenção nos trejeitos do seu corpo. Aquele senhor da região, conseguiu notar tranquilamente a falta da mão direita daquele soldado, assim como um dos seus olhos que estava destruído e pendurado em seu rosto. A situação era de extrema necessidade e medo, mas mesmo cercado por um momento delicado desses, o senhor do sul não poderia se deixar render pelo desespero. O homem logo se ergueu do solo, e quando seu soldado chegou perto, rapidamente colocou a mão em seu ombro direito, afirmando em seguida

— Garoto, me escute bem, é muito importante a ordem que eu vou lhe dar agora!!

O soldado ferido, ao sentir o temor de necessidade na voz do seu chefe, decidiu ignorar qualquer ferimento em seu corpo e o ouvir com atenção. O jovem rapaz, ao ouvir aquilo, acenou silenciosamente sua cabeça, indicando que estaria de acordo em ouvir tudo que seu líder teria para falar. Ao ver a concordância do garoto, o homem logo afirmou

— Por favor, garoto! Corra até a capital real, e informe sobre tudo que está acontecendo aqui! Por favor, leve essa mensagem e peça reforços!!

Enquanto aquilo era dito, uma gargalhada se espalhou pelo ar daquele lugar, com um ser gigantesco saindo do meio da fumaça, esbanjando seu corpo cheio de músculos e poder. O dono da gargalhada era o Kyo, que logo começou a rir e afirmar por cima da fala daquele homem

— SISISISHAHAHAHAHAHAHAHAHA!! Sim, vá lá e avise sobre tudo que aconteceu aqui! Aproveite e diga, que o grande Kyo deseja combater com o próprio rei deste lugar esquecido!

O chefe do sul, ao escutar a provocação do inimigo, prontamente se virou na direção do mesmo, pondo o garoto mensageiro atrás de suas costas enquanto afirma para o seu inimigo, em um tom visivelmente irritado

— Como se eu fosse permitir isso, seu demônio!

Kyo, vendo aquilo, bateu palmas para o homem enquanto gargalhava, mostrando seu total desdém para com o povo daquele lugar. O soldado ferido, logo fugiu dali, seguindo na direção da capital, enquanto escuta as palavras do Kyo

— Você vai me impedir?! Você tem o nível de poder de um capitão de Buraji, não serve nem para me aquecer! Se quer me derrotar, chame um Maleukone ou Aristeu, seu verme!

O soldado correu o mais rápido que podia, abandonando o líder do sul para enfrentar sozinho aquela ameaça de nível apocalíptico. O sulista, se vendo sozinho contra o Kyo, logo se armou em posição de combate, enquanto grita antes de avançar contra ele

— POR BOOM!!

Kyo gargalhou ao ver a cena, e logo se jogou na direção do seu oponente também, mostrando respeito pela coragem e determinação do mesmo. Naquele momento, o Sul tinha sido completamente dominado pelo criminoso Kyo