Capítulo 268: Chegando ao final

Kyo estava irritado, não conseguia conceber a ideia de que aquele pirralho voltou para o combate, mesmo após ele ter o partido no meio. Analisando como o rapaz elétrico parecia bem recuperado, não só dos danos físicos, mas do cansaço físico e mental daquele combate, o ser de fogo chegou a uma rápida dedução, que ele afirmou em voz alta sem medo de dizer

— Você… comeu uma das balas da árvore da vida, que eu fabriquei?!

Kura escutou aquilo, absorvendo em silêncio aquela informação, mas não entendeu muito do que ele queria falar. Assim, com uma expressão de dúvida, o manipulador de raios afirma

— É… perdão? Não lembro de fazer isso!

Escutando as palavras do garoto, o ditador coçou o seu queixo, realmente intrigado com o que poderia ter acontecido com aquele rapaz. Após um tempo refletindo e finalmente em pé novamente, o gigante decidiu falar com aquele guerreiro inimigo a sua conclusão

— Bem, alguém deve ter dado para você a bala, então! Mas… não importa!

O ser gigantesco começou a se ajeitar para voltar ao combate, sorrindo de maneira arrogante e afirmando

— Se eu te matar sem sobrar nada do corpo, então você não tem como voltar!

O criador de raios deu um sorriso ao ouvir aquilo, entrando na sua posição de combate padrão, enquanto responde para o seu inimigo

— Pode vir pra cima então, velhote! Só vou te levar para longe, pra não deixar meu irmão ainda mais ferido!

No salão de festas, Shams estava surrando vários dos lacaios daquele gigante maldito. O calor que exalava do corpo do guerreiro do sol, era o bastante para matar vários daqueles inimigos incinerados, como se não fossem absolutamente nada. Enquanto o homem ia andando e seguindo o seu caminho, sua irmã gêmea, Iya, olhou o seu irmão alguns segundos mais velhos seguindo o caminho que levava ao topo do castelo, com a mesma o questionando

— Onde vai, Shams?!

O homem com poderes do sol, escutando a pergunta de sua querida irmã com poderes ligados a lua, acabou por parar o seu caminhar na direção do caminho, olhando para a mulher por cima do seu ombro e logo responde para a mesma, com um tom extremamente confiante

— Eu estou indo lá para cima, ajudar o Arold e o Kura! Eu mesmo, irei matar aquele tal de Kyo!

Aquela ideia parecia mais do que absurda, a mulher não sabia como impedir aquele imbecil com poderes de sol, então, dando um suspiro meio decepcionada com uma mistura de preocupação, a mesma respondeu para o seu irmão solar

— Certo, mas tome cuidado! Se você morrer, eu vou odiar ter que explicar isso para os nossos pais!

Enquanto ela fala, um dos soldados rasos do gigante demoníaco tentou acertar um corte de espada diagonal na mesma. De maneira suave e extremamente precisa, a mulher conseguiu se desviar sem ser nem mesmo acertada em seus belos cabelos negros. Após desviar, a mulher acertou um direto de direita contra o rosto daquele soldado maldito, estourando o crânio do mesmo sem dificuldade alguma. Após toda essa cena, ela fala mais uma coisa para o seu irmão

— Infelizmente, você ainda é o favorito deles! Seu idiota!

Escutando a fala de sua irmã, o homem-sol deu algumas risadas, caminhando com tranquilidade na direção do topo do castelo, enquanto responde para a mesma com extrema confiança na sua voz

— Torça para que eu morra, então! Porque se eu sobreviver, eu vou te bater por ter cogitado a ideia de eu acabar morrendo, sua idiota!

Ambos só irmãos sorriram um para o outro, seguindo os seus caminhos de forma respectiva.
Em outro local, ainda no salão de festas, Khayal estava encarando o antigo rei Charlie, extremamente surpreso com a nova aparência decrépita daquele homem, não podendo evitar de comentar para o mesmo

— Caralho, tu tá acabado! Tu até ficou calvo!

O homem-imaginação caiu na gargalhada notando a calvície daquele antigo inimigo, não podendo deixar de apontar o dedo para ele, enquanto fala novamente

— Porra, olha só pra isso! Teu cabelo parece uma floresta desmatada! Ou… ou então, aquele tal de morro do careca! Sério, tu tá ridículo, cara!

Charlie começou a ficar com o rosto vermelho, extremamente irritado com as provações daquele garoto. Então, irritado, o antigo monarca tirano começou a falar, apontando o dedo de sua prótese metálica na direção do rapaz de cabelos dourados

— Escute aqui, seu moleque-

Antes do Charlie ter a chance de continuar falando, a gargalhada do Khayal fica ainda mais alta, com ele continuando a apontar o dedo na direção daquele inimigo

— BWAHAHAHAHA, OLHA ESSA PORRA! FICOU COM SAUDADE DE BATER UMA, E PEDIU UM BRAÇO DE METAL, É?!

O rapaz chegou a se curvar de tanto rir, e termina a sua provocação, agora de uma maneira mais contida e calma

— Nossa… cara! Mas, olhe o lado bom, meu amigo! Pelo menos naquele tal de desafio do nofap, você pode ganhar sempre! Essa mão não é sua mesmo!

Charlie ficou absurdamente irritado com tudo aquilo, suas veias ficaram extremamente dilatadas por todo o seu rosto, e em um tom contido de raiva, o homem-glicose finalmente dá a sua resposta para aquele pirralho arrogante

— Já terminou, seu filho da puta?! Eu poderia ter te matado, a qualquer momento durante esse seu discurso, mas eu deixei você terminar ele!

O homem rapidamente suspira, se recompondo daquela sessão de provocação, enquanto termina seu discurso de pura raiva para aquele jovem oponente

— Tudo isso, pois sei que agora, mesmo no meu estado, eu ainda sei que posso acabar com você no soco!

Khayal, finalmente suspirando e terminando suas risadas, focou seus olhos agora no corpo inteiro daquele ex-tirano. O jovem-adulto, logo percebeu que o corpo inteiro dele tinha se tornado basicamente um tumor vivo, além do fato de alguns ossos dele já estarem quebrados, graças ao primeiro golpe que ele levou de sua irmã, no começo da revolução. Assim, terminando de analisar seu inimigo, o rapaz fala

— Olha… posso não estar nas minhas melhores condições, mas sua vida é igual a de um pug, só sofrimento! Então… eu diria que eu tenho mais chances de matar você, sabe?

A sobrancelha direita do Charlie se ergueu ao ouvir aquela afronta, e ele prontamente respondeu o seu inimigo, com um sorriso irritado e arrogante em seu rosto

— Ah, é? Vamos ver essa sua teoria de merda, então!