Capítulo 272: Batalha feroz
Enquanto aqueles dois se enfrentavam com fervor e bastante determinação, o jovem Arold estava ainda no chão a mais ou menos quinhentos metros distante do combate, agonizando até a sua morte aparentemente inevitável. Porém, em certo momento, a mesma mulher de aparência fantasmagórica aparece ao lado do rapaz caído no chão, o olhando com olhos cheios de um sentimento de piedade e de compaixão com o menino, enquanto a mulher falava para o mesmo
— Tão jovem… e mesmo assim, arriscando sua vida junto de seu irmão e outros jovens, enfrentando um homem tão ruim…
A entidade se ajoelhou ao lado do rapaz explosivo, alisando os cabelos dele com sua mão direita, enquanto o combate acontecia no mesmo ambiente em que eles estavam. Enquanto ela faz isso, flashes de memória voltaram na mente da fantasma, momentos de milhares de anos atrás, assim como o rosto de um homem com por volta de vinte anos de idade, usando uma armadura com uma cruz invertida de São pedro, de frente para uma entidade gigante e com chifres, enfrentando aquela criatura. Após ela se lembrar daquilo, a moça comenta novamente em voz alta
— Você me lembra, um dos grandes guerreiros que eu lembro de ver, no começo da minha vida… isso já faz tanto tempo, que eu nem sei mensurar… não lembro se foi há dois, três ou quatro milênios…
A mulher de cabelos esverdeados, logo olha para a gigantesca árvore da vida, a árvore com centenas e centenas de quilômetros de tamanho. O olhar da entidade era de certa nostalgia, terminando sua fala
— Da época que eu era só uma pequena mudinha… realmente, foram bons tempos!
O espírito, logo olha aquele garoto de novo, com o mesmo ainda estando agonizando. Assim, com um suspiro, a moça esticou sua mão esquerda na direção do corpo do garoto, encostando em seu peitoral treinado. Após isso, uma luz verde cobriu todo o corpo do rapaz, com ela completando
— Eu não vou permitir que você morra… então, por favor, se recupere! E após isso, mate o demônio Kyo!
Algumas lágrimas caiam do rosto daquele espírito, mostrando o quanto ele tinha medo daquele homem, com o ser divagando em sua mente
“Esse miserável… ele me lembra muito, aquele menino gigante que enfrentou aquele homem… a única diferença, é que só um era um demônio de verdade!”
Em paralelo a todos esses acontecimentos, o adolescente dos raios ainda estava trocando golpes fervorosamente contra o seu inimigo de fogo. Sempre que um golpe seria dado, a forma do garoto se alterava, indo do nível dois ao três e em seguida retornado para o dois quando o golpe era concluído. Era um controle exímio dessas formas, algo que tinha que ser feito de maneira extremamente ágil e precisa. Graças a essa complexidade, o cão elétrico afirmou para o garoto
“Ei, guri! Fique ligado, se você manter muito esse ritmo, logo você perderá acesso a qualquer forma com energia bestial! Sabe o nível de concentração necessário, para eu te dar e tirar energia assim?!”
Escutando a reclamação do ser que vivia dentro de si, o Kura rapidamente dá uma sequência de golpes com bastante eletricidade contra a têmpora do Kyo, para assim queimar temporariamente os sentidos do mesmo. Com esse tempo ganho, o adolescente Burajiano pulou para longe, se mantendo no nível dois e perguntando para a entidade que vive no seu corpo
“Mas, você disse que isso duraria até o fim da luta! Você mentiu?!”
O cão de pelos brancos, escutado aquela insinuação, logo responde para aquele garoto
“Não, não menti! Mas eu pensei que você iria se manter mudando a forma, apenas para lutar como contra-ataque!”
Ouvindo as palavras do ser, o rapaz compreendeu a situação que estava, e como aparentemente estava abusando daquela capacidade de mudar rapidamente de forma. Assim, com um olhar mais reflexivo e analítico, o irmão do Arold pergunta
“Certo… e quantas vezes mais, eu posso fazer isso?”
O cão elétrico, escutando a pergunta do seu receptáculo, olhou para os lados em busca de como explicar aquilo para o rapaz, antes de dizer
“Acho que… no máximo mais uns vinte golpes… já no limite!”
Escutando aquilo, o criador de raios se colocou em sua posição de combate, protegendo principalmente sua cabeça, enquanto responde para o seu espírito bestial
“Certo, isso vai ser mais do que o suficiente!”
Kyo, se erguendo após toda aquela sequência de ataques, olhou para aquele garoto pronto para a luta, ele rapidamente o encarou com certa raiva nos olhos, enquanto fala para aquele adolescente Burajiano
— Moleque… você é só um nepo baby… baby nepo… sei lá como você e sua geração de merda falam isso!
O gigante de fogo estalou seu pescoço, ainda enfurecido com aquele combate inteiro com o rapaz. Após isso, o demônio de fogo se inclinou para frente, voltando a exalar sua aura de fogo enquanto grita para o garoto
— E UM MERDINHA ASSIM, NUNCA VAI ME MATAR!
O homem mais forte do mundo voltou a avançar contra o rapaz, pronto para efetuar uma estratégia pensada naquela luta. Quando a distância finalmente foi encurtada, o gigante ameaçou dar um jab contra a cabeça do rapaz, querendo que o mesmo tentasse se esquivar. O manipulador de raios, notando o ataque, se moveu exatamente para o lado que o gigante queria, se jogando para a esquerda. Com o garoto se movendo para ali, novamente o gigante pisa com força no chão, o quebrando e colocando o garoto em suspensão no ar. Com o rapaz ali, o homem-boitatá efetuou um ataque com a mão em forma de faca, pronto para partir o garoto ao meio. Percebendo isso, o Kura rapidamente ativou o nível três, usando a capacidade do seu corpo de se moldar para esquivar do ataque do seu inimigo, após isso, ele carregou uma potente bomba de nêutrons na sua mão direita, ameaça do jogar a mesma contra a cara do poderoso Kyo. Percebendo o ataque, o gigante fechou sua guarda em X, pronto para defender sua cabeça da explosão, mas quebrando a expectativa daquele demônio de fogo, o jovem de só dezoito anos usou no último instante do teleporte elétrico, para surgir no lado direito do ditador, explodindo aquele ataque bem em sua têmpora. O golpe deixou algumas queimaduras e fez até mesmo sangue jorrar da cabeça daquele tirano, que afirmou enquanto era mandado para longe
— Seu… filho da puta!
O pai da Mile rapidamente parou em um certo local, ainda bem machucado, enquanto o seu inimigo voltava ao nível dois. Porém, ao invés de focar no Kura, logo os olhos do gigante perceberam o ser espiritual curando o Arold ao longe, se assustando e surpreendendo com aquilo, pensando
“Espera… isso é… não, não!!”
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