Capítulo 282: Negócios
No país de Buraji, no dia seguinte ao treino entre o Kura e os outros, o rapaz dos raios estava em um restaurante, junto da Sami, ambos conversando com um atendente do local:
— Viemos aqui pessoalmente, já que vocês não responderam o Uatizap, para que façamos a reserva!
Disse a mulher de cabelos loiros, com uma expressão irritada em seu rosto, encarando o atendente do local. O homem, com um rosto de certo modo receoso, logo respondeu para a mulher:
— Oh, me desculpe! Isso é devido a uma falha da nossa internet! Peço desculpas pelo inconveniente!
O Kura, escutando aquilo, logo gesticulou com a mão para que ele se acalme, afirmando em seguida:
— Relaxa, cara! Tá tudo bem, só queremos saber para reservar uma mesa para daqui seis dias, no dia doze! Também queria perguntar, o rodízio de vocês funciona todos os dias, né?
O recepcionista, ficando mais calmo com a forma que o garoto falava, e finalmente relaxado, ele fala:
— Oh, sim, isso mesmo! O rodízio aqui na pizzaria funciona todos os dias, de domingo a domingo! A mesa vai ser para quantas pessoas?
Sami, voltando a ter alguma opinião naquela conversa, mas agora de maneira mais relaxada do que irritada.
— Umas vinte e cinco pessoas! Tem como?
O recepcionista logo balançou a cabeça em concordância enquanto anota as coisas em um caderno, respondendo para a dupla:
— Oh, sim! Temos espaço para vinte e cinco pessoas sim! Vocês gostam muito de pizza, não é?
Enquanto tudo isso acontecia no gigantesco país de Buraji, em outro local do planeta, a dupla formada por Stuart e Bittz estavam se preparando para uma viagem de avião. A dupla andava na fila para conferir se eles não possuíam itens de metal a bordo da aeronave, e durante a espera, o homem bombado decidiu perguntar ao seu aliado:
— E aí, o dia tá nublado, né?
Stuart, andando junto da fila, logo deu um suspiro bastante desacreditado com a tentativa inútil do colega de puxar assunto, e logo respondeu para o mesmo, com um tom grosso:
— Cara, se a gente não tem intimidade, não tente puxar assunto! Isso fica muito esquisito, sério
Bittz escutou aquilo, ficando surpreso e em seguida corado de vergonha, coçando a parte de trás de sua cabeça e respondendo o seu companheiro de equipe:
— Oh, claro! Desculpe…
Após alguns minutos em silêncio, finalmente chegou a vez do Stuart passar pela revista de metais. O rapaz estava carregando consigo várias armas brancas, mas parecia absurdamente tranquilo com a situação que estava prestes a passar. No momento em que o rapaz esguio se colocou no centro do detector de metais, e no exato momento em que o aparelho iria dar o sinal de que o parceiro do Bittz estaria carregando itens ilegais, o pequeno e magro parceiro deu um estalar de dedos. Esse ato, ativou a habilidade do pequeno Stuart, que acabou emanando um brilho rápido e sutil na cor roxa, como se fosse uma mensagem subliminar. O efeito dessa luz na mente dos outros, era o de alterar a visão deles sobre a realidade com uma ilusão perfeita, algo que parecia até mesmo uma manipulação da realidade. Graças a isso, o sinal de que algo estaria errado, logo foi alterado para um sinal de que estava tudo certo, permitindo a passagem do rapaz sem mais problemas. Toda essa cena, deixou o Bittz surpreso, colocando ele para pensar:
“Nossa, que foda! Ele conseguiu enganar todo mundo com isso!”
Na vez do homem marombado, tudo ocorreu de forma tranquila, já que todos os equipamentos de metal dele estavam com o seu parceiro ilusionista. Ao passarem, os dois se dirigiram em passos rápidos e tranquilos até o ponto de embarque do vôo deles. Ao chegarem lá, a dupla de sentou, com o homem-ilusionista se sentando de pernas cruzadas e uma postura mais curvada, enquanto o companheiro cheio de músculos se sentou com as pernas abertas e uma postura ereta, cruzando os braços abaixo do seu peitoral gigantesco. Um silêncio constrangedor tomou conta do ambiente, até que o Bittz decidiu falar para o seu amigo franzino:
— Tática maneira a sua… sério, fiquei impressionado!
Stuart não deu muita bola, olhando para o seu aliado de canto de rosto e sem esboçar tanta reação. Após essa reflexão, um suspiro saiu da boca do rapaz de aparência magra, com o mesmo se endireitando na cadeira e relaxando mais, enquanto responde o seu colega de crime:
— É… valeu, valeu!
Um silêncio estranho surgiu novamente após aquilo, com os dois não conversando muito e evitando trocar olhares. Porém, em poucos minutos após aquela curta conversa, Stuart decidiu perguntar para o seu colega de time:
— Ei… posso te perguntar uma coisa? Andei refletindo sobre, e fiquei curioso em saber sua resposta
Bittz, notando a abertura de conversa dada pelo seu amigo, logo deu um sorriso animado, enquanto diz para ele:
— Oh, sério?! Pode perguntar, vou te responder!!
A reação animada do homem cheio de músculos, fez com que o ilusionista ficasse bastante incomodado, achando aquilo um exagero desnecessário. Porém, tentando ignorar isso, Stuart fala:
— Bem… por qual razão você aceitou trabalhar para o Nellu? Como sabe, quatro anos atrás muitos aliados dele morreram na guerra com o Maleukone… então, por qual razão você quis se unir a ele?
Bittz escutou aquilo, coçando um pouco o seu queixo, antes de finalmente responder:
— Ah, ora! Eu acredito no ideal dele de criar um mundo novo, através do Pungkasan!
Um sorriso alegre surgiu no rosto do homem forte, que logo continuou sua resposta:
— Um mundo onde fome e guerras não existem, pois um ser extremamente poderoso surgiu e está impedindo tudo! Doenças, então? Coisa do passado! É esse tipo de mundo que eu desejo que exista!
Após dar sua explicação, o homem de grande altura logo se virou para o seu aliado, falando:
— Bem, e você? Posso saber mais sobre?
O homem-ilusionista se manteve calado ao ouvir aquilo, ponderando se deveria ou não responder aqueles questionamento. Porém, ao não notar problema em responder seu amigo, ele responde:
— Bem… eu não entrei por acreditar na causa dessa divindade, ou coisas do tipo… entrei mais pelo salário, e por conta da chance de crescer na vida, quando ele cumprir o objetivo com esse tal deus e coisa e tal
Bittz, escutando aquela resposta, ficou ainda mais curioso com aquele aliado, respondendo para o mesmo:
— Oh, sério? Você não acredita no Pungkasan?
O homem franzino logo deu algumas risadas com a pergunta daquele homem bombado, falando para o mesmo em sequência:
— Bem, não exatamente! Mesmo que o suposto cadáver dele esteja exposto lá na nossa frente… eu não sei se acredito que ele pertence a uma divindade, ou se é só um método de selagem… sabe como é, não dá pra acreditar que um deus possa morrer!
A montanha de músculos ao lado do homem magro ouviu aquilo, movendo os olhos da esquerda para a direita e respondendo:
— É, é… não posso dizer que está errado, é uma lógica a se seguir…
Stuart, olhando para baixo novamente e se inclinando, responde:
— Sim… tudo pode ser uma ilusão, absolutamente tudo!
Após aquela fala, um sinal foi tocado naquela área de embarque, seguido por uma voz na caixa de som, que dizia:
— Senhoras e senhores, se preparem para o início do embarque!
A dupla, escutando aquilo, logo se levantou de suas cadeiras, seguindo até a fila para o embarque. A chegada deles até o Paul, o receptáculo da nação de Frankryr, estava ainda mais perto.
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