Índice de Capítulo

    No dia após o desembarque, a dupla de criminosos estava hospedada em um hotel bastante ordinário daquela cidade, algo realmente temporário para que pudessem passar apenas a noite. Stuart, se aproveitando da internet do local de hospedagem, começou a fazer algumas pesquisas no seu notebook, navegando pelos locais mais obscuros da rede. Bittz, deitado na cama, observava a cena com bastante atenção, antes de perguntar:

    — E aí, descobriu algo?

    O ilusionista se manteve em silêncio por algum tempo, dando alguns cliques suaves no ‘touch’ do seu computador, antes de finalmente responder o seu aliado de dupla:

    — Não… pelo menos, ainda não! Os sites de governo deles são muito fechados, e as redes sociais do Houer foram completamente bloqueadas pelo estado, graças ao começo da guerra… e bem, não consigo descobrir se ele tem família, ou se está sozinho

    Bittz escutou aquilo, colocando o dedo indicador no seu queixo enquanto pensa, antes de finalmente falar para o seu amigo:

    — É… tem alguma forma de a gente descobrir algo? Seus poderes não podem ajudar?

    Stuart se manteve calado, fazendo algumas pesquisas na internet e dando mais alguns cliques, tentando entrar em vários sites de hospedagem do governo. Após algum tempo, o franzino falou para o seu colega:

    — Não, não… meus poderes de ilusão, só funcionam para coisas que eu já tenho conhecimento… e como o nome deles já diz, é apenas uma ilusão, não algo real…

    O homem com grandes músculos deu um suspiro de cansaço e irritação ao escutar aquilo, respondendo para o rapaz magro:

    — Merda… será que vamos conseguir capturar esse cara, ou vamos voltar de mãos abanando para o chefe?

    Escutando aquilo, o criminoso de corpo magro deu mais algumas batidas na tecla do seu notebook, respondendo:

    — Não, não… se eu estiver correto, eles usam um sistema mediano de defesa nos sites deles… eu posso tentar hackear o sistema e ver se consigo descobrir o local onde o tal de Paul está escondido

    Ouvindo aquela explicação bastante inteligente do seu colega de trabalho, o criminoso de grandes músculos acabou se animando e ficando com os olhos brilhando, para então comentar:

    — Caramba, sério? Que divertido! Tu é esperto para caralho moleque!

    Após todos esses dias de convivência entre aqueles dois, pela primeira vez o rapaz magricela deu algumas risadas com as palavras de seu colega, e então deu uma resposta para ele:

    — É, é divertido… menos a parte de ter que quebrar o notebook inteiro e fugir do hotel depois disso… mas, tirando esse problema…

    Bittz se choca ao ouvir a fala do colega, chegando a se sentar na sua cama enquanto fala:

    — Que?! Vamos ter que fugir daqui?!

    Finalmente terminando de teclar no notebook, o rapaz magro parecia ter conseguido entrar no site em questão, enquanto responde para o seu colega:

    — É, isso mesmo! Estou usando o wi-fi do hotel, então provavelmente vão localizar esse lugar e chegar aqui em poucos minutos… quero que quando isso aqui termine, você destrua esse notebook completamente!

    Um silêncio durou no quarto após aquela fala, algo por volta de dois minutos, até que o rapaz conseguisse passar as informações para um pen drive, antes de o retirar do encaixe com aquele equipamento eletrônico. Após isso, Stuart pegou o notebook e o jogou para o alto, falando em seguida:

    — É contigo!

    Bittz, recebendo o comando do seu aliado, agilmente fechou o seu punho e acumulou uma energia estranha no mesmo, efetuando um soco em sequência contra aquele computador portátil. O ataque do soco gerou danos físicos consideráveis naquele notebook, mas o ataque não parou apenas no físico, pois a energia estranha também foi repassada ao item eletrônico, fazendo o mesmo brilhar intensamente antes de explodir, sendo reduzido a milhões de pedacinhos e fumaça. O poder do homem de grandes músculos, era o simples poder de passar uma grande quantidade de energia a tudo que encosta, podendo os sobrecarregar e explodir.

    — Bem, vamos embora agora!

    Comentou o Stuart, abrindo a janela do quarto de hotel e pulando lá de cima do sexto andar. O homem-energizador percebeu aquilo, seguindo assim o seu amigo. A dupla pousou tranquilamente no chão, sem sofrer danos algum da queda, e logo ambos começaram a andar para longe do hotel, com passos sutilmente apressados. Durante a caminhada, Stuart falou:

    — Eu li por cima o arquivo… lá dizia que o Houer foi visto a última vez numa cidade do interior… no que percebi, essa cidade fica a duas cidades de distância dessa!

    Bittz se choca ao ouvir aquilo, perguntando para o seu aliado:

    — Duas?! E como chegaremos lá, em tempo de cumprir as ordens do mestre Nellu?!

    Suspirando ao ouvir aquela pergunta, o homem-ilusionista retirou a carteira do seu bolso, pegando notas grandes de dinheiro e entregando na mão do seu amigo, falando em sequência:

    — Use isso para comprar passagens de ônibus para a gente na rodoviária, enquanto eu analiso as informações em mais detalhes em algum computador público que possa ter lá. Acho que de ônibus, vamos levar só um dia de viagem!

    Aquilo animou o homem-energizador, que levantou seu braço direito e fechou o punho próximo do seu próprio rosto, sorrindo de maneira confiante e respondendo o seu aliado:

    — Isso, você é inteligente pra caralho! Vamos lá, estou animado para terminar isso de uma vez!

    No local de treinamento onde Paul estava sim sobrinha, o homem de cabelos loiros passava algumas dicas de base e movimento de espadas para a garota. Eram movimentos fluidos, leves, dignos de um verdadeiro profissional usuário de espadas, coisa que fez a garota comentar:

    — O senhor é muito foda com isso, tio! Um gênio!

    O Houer ficou levemente envergonhado, mas logo estufou o peito e se sentiu orgulhoso como uma criança elogiada pela mãe, respondendo para a garota em sequência:

    — Oh, eu sou é? Sim, sim! Eu sou muito foda usando espadas, pode ter certeza disso!

    Pierre, olhando aquela cena vergonhosa do seu irmão, sorrateiramente se aproximou pelas costas dele, acertando um soco martelo de direita bem no topo do crânio do loiro. Paul sentiu a dor do golpe, se abaixando na posição de cócoras no chão, alisando sua cabeça, enquanto o homem de cabelos brancos falava:

    — Pare de agir assim, seu idiota! Sua técnica de espadas não é nem das melhores!

    Paul, olhando o seu irmão mais velho, respondeu:

    — Ah, mas se for comparar com a sua, qualquer um fica medíocre!

    Jean ficou levemente contente com aquele elogio, mas dando uma fungada profunda no ar e se colocando novamente na crua e feia realidade, respondeu:

    — Não, não! O melhor do mundo é o Katto, lá de Buraji! O objetivo de todo espadachim, é de igualar ou passar aquele cara!

    O receptáculo de Frankryr se levantou do chão, respondendo seu irmão com uma face mais séria.

    — Cara, mas você já é muito bom! Se tu viver só olhando a grama do seu vizinho, a sua vai morrer de sede!

    Pierre suspirou de forma decepcionada com aquilo, admitindo internamente que aquela lição era verdadeira. Assim, o irmão mais velho do Houer fala:

    — Certo… vamos dar uma pausa hoje! Querem comer o que?

    A dupla do tio e sobrinha, animados, responderam para o homem de cabelos brancos:

    — Boeuf Bourguignon!!

    Assim, o dia ali se encerrou, e cada dia mais que se passa, um grande caos parecia se aproximar.

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota