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    O ataque final do garoto foi absurdamente poderoso, com aquela explosão de luz cobrindo uma área de incríveis quinze quilômetros como se não fosse absolutamente nada. Longe da explosão, Stuart assistiu tudo aquilo, vendo aquele brilho forte e comentando para que só ele pudesse ouvir:

    — Caralho… aquele moleque é louco!

    Dentro da cidade de interior onde tudo aquilo se iniciou, os populares também conseguiam ver aquela esfera brilhante com absurda clareza. Todos ficaram boquiabertos com aquilo, com um dos comuns chegando a comentar com os outros:

    — Isso… isso parece um pequeno sol dentro do planeta!

    Os policiais que estavam se reunindo em uma unidade de mais de trezentos homens, observaram aquela grande explosão com bastante atenção. O mesmo capitão policial de antes, ficou com uma expressão de medo visível no seu rosto, enquanto falava para aquela gigantesca unidade de soldados:

    — Isso… isso não é um bom sinal!

    Após a luz daquela explosão e o poder dela vaporizar tudo à sua volta, a onda de impacto da mesma ecoou por vários e vários quilômetros de distância sem parar. A onda de choque varreu árvores e animais para absurdamente longe, com ventos que mais pareciam pequenos tufões por todos os lados. Aquele poder todo voou até a cidade e atingiu a mesma, quebrando janelas e rachando todas as construções e ruas da mesma como se tudo fosse feito de papel. Aquilo parecia um terremoto de escala dois, junto de vários e vários desastres naturais unidos em um só. Stuart sentiu todo esses impactos, usando toda a força nas pernas para ficar em um lugar só, enquanto pensa consigo mesmo:

    “Se esse pirralho tiver se matado nesse golpe, eu vou fazer questão de matar o Bittz!!”

    Ao fim daquele ataque apocalíptico, o jovem Louis caiu no chão, ofegante, extremamente exausto. Ao seu redor, o que antes era uma parte daquela floresta, acabou por se reduzir a um deserto sem vida alguma. O militar do país de Frankryr se ajoelhou no chão, respirando profundamente e de forma pesada, enquanto pensa consigo mesmo:

    “Eu destruí tudo em volta… árvores, rochas, animais… espero que isso tenha dado fim a aquele monstro…”

    Enquanto ele pensava aquilo, passos começaram a ecoar de sua direita, seguidos por um bater de palmas e uma voz que afirma para ele:

    — Parabéns, garoto! Você realmente seguiu essa batalha até às últimas consequências, algo digno de um verdadeiro guerreiro!

    Aquela era a voz do Bittz, que mesmo após todo aquele ataque, estava de pé e ostentando apenas alguns rasgos na sua roupa de forma e alguns pequenos machucados por todo o seu corpo, mas nada que baixasse sua performance de combate.

    — Devo admitir, eu ganhei respeito por você, depois dessa cena toda que você fez… sério, parecia um super herói! Fiquei emocionado…

    A cabeça daquele adolescente começou a girar na direção do som, mas assim que ela terminou de rodar, um chute extremamente poderoso colidiu contra a barriga do jovem, o fazendo vomitar e ser lançado alguns metros para longe, caindo com as costas deitadas no solo arenoso, enquanto ele tosse um pouco de vômito e sangue. Após golpear o jovem, Bittz se aproximou falando:

    — Mas diferente deles, você perdeu! Isso é bem decepcionante!

    Louis ficou agonizando de dor no chão, gemendo por conta dos danos e tentando se levantar com bastante dificuldade. Antes do adolescente conseguir isso, o homem musculoso chegou mais perto, pisando com força no lado direito do peitoral dele e o obrigando a se deitar no solo novamente. Movendo seu pé de um lado para o outro em cima do peito do garoto, o terrorista começou a rachar mais os ossos dele com a pressão, enquanto fala:

    — E isso é tudo culpa sua! Se você tivesse sido um garoto bonzinho, poderia estar mais perto de viver no mundo perfeito que estou ajudando a criar!

    O jovem miliciano começou a sofrer com a dor, cuspindo sangue de sua boca enquanto gritava extremamente alto. Entre os gritos de dor, porém, o jovial decidiu perguntar:

    — Mundo… perfeito?!

    Escutando a indagação do garoto, Bittz logo retirou seu pé de cima do peito dele, dando uma pausa naquela tortura. Assim, o homem extremamente alto se abaixa, olhando o garoto de perto e falando:

    — Oh, ficou curioso, foi? Bem, vou te explicar, quem sabe assim você abre a sua mente!

    O loiro se manteve deitado no chão, usando aquele momento de conversa apenas para ouvir o seu inimigo e recuperar suas forças em silêncio. Já o parceiro do Stuart, começou o seu monólogo:

    — Nosso mundo é horrível! Pessoas morrem de fome, sede, doenças, guerras sem sentido… isso acontece, pois os humanos são criaturas irracionais, que não conseguem se cuidar sozinhos!

    Após dizer aquilo, Bittz se levantou do chão, encarando o rapaz deitado e continuando:

    — E eu sei, parece hipócrita eu falar isso, mas estar atacando seu país e ameaçando a vida do Paul, mas… isso é necessário para a criação do mundo perfeito, sem nenhum desses problemas!

    O musculoso fechou sua mão direita, dando um sorriso confiante no rosto e afirmando:

    — Com o sacrifício do Paul e de outros receptáculos, nós vamos conseguir reunir mais uma parte da alma de Pungkasan! E com todas elas, poderemos reviver esse Deus! Ele fará deste mundo um lugar perfeito para se viver!

    Louis escutou aquilo atentamente, absorvendo aquelas palavras de maneira silenciosa, ainda tentando regular sua respiração. Após toda aquela explicação, o rapaz de cabelos amarelos encara o criminoso com seu único olho ainda funcional, respondendo:

    — Pungkasan… eu já ouvi esse nome… ele não é uma espécie de Deus maligno, que a cultura dos Miraijins referenciavam, como um inimigo do Messias deles?

    Bittz ficou surpreso com todas aquelas informações, mas prontamente respondeu aquele garoto:

    — Não, ele não é um ser maligno! Na etnia de um parceiro de equipe meu, existia uma religião que cultuava e rezava pela volta dele! Pungkasan não pode ser um monstro, só um ser não tão bem compreendido!

    Louis escutou tudo aquilo com bastante atenção, tossindo um pouco de sangue. Após isso, voltando a tentar se levantar, o garoto responde:

    — Bem… contando com essa e a dos Miraijins, existem então só dois povos que acreditavam no Pungkasan… mas, um deles está exterminado e outro eu nunca ouvi falar… você realmente quer tentar reviver uma entidade, cujo as únicas fontes que você possui, são essas?

    Ao escutar aquilo, o terrorista se irritou completamente, acertando um chute contra o lado esquerdo do militar menor de idade, gritando para ele:

    — CALE A BOCA, SEU MOLEQUE DE MERDA!

    As costelas do loiro acabaram quebrando e perfurando um pouco o seu pulmão. Tomado pela raiva, Bittz agarrou o garoto pela parte existente de sua camisa militar, acertando alguns socos sequenciais contra a bochecha esquerda do rapaz, enquanto fala para ele:

    — Você é só um merdinha do caralho, que não sabe o tanto de merda que está falando! Você não merece viver no mundo perfeito!

    A surra continuou por mais algum tempo, até que uma voz autoritária fala para aquele homem musculoso:

    — Ei, pare com essa merda toda, seu idiota!

    A voz pertencia a Stuart, que tinha caminhado até chegar ali, se deparando com aquela cena grotesca. Irritado, o Ilusionista se aproxima do seu aliado, enquanto fala:

    — Precisamos dele vivo, esqueceu?! Deixe-me tirar as informações necessárias dele, e depois você faz o que quiser com esse fedelho!

    Bittz se acalmou ao ouvir aquelas palavras, suspirando e largando o garoto igual um saco de lixo no chão. Caindo ali, extremamente machucado e sangrando, Louis apenas se lembrou dos seus amigos, derramando algumas lágrimas pelo canto do seu olho esquerdo, enquanto pensa:

    “Desculpe, amigos… eu falhei…”

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