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    No local da batalha entre Louis e os terroristas, o grupo de policiais finalmente chegou até lá, olhando aquele deserto imenso com bastante pesar em seus olhos, se perguntando como tamanha destruição poderia ser feita por uma única pessoa. O capitão da polícia, se colocando na frente dos seus homens, logo afirma para eles:

    — Soldados, vamos procurar pelo sargento militar Louis por aqui! Seja ele vivo ou morto! Não quero frescura por parte de vocês, entenderam?!

    Todos concordaram, batendo continência para o capitão e começando a procurar pelo rapaz por ali. Mesmo que o combate tenha ocorrido a pouco tempo, o vento na tinha gerado algumas dunas naquele pequeno deserto, ocultando o corpo do rapaz por baixo da areia. O Louis em si, estava parcialmente coberto por uma duna de areia, entre a vida e a morte, refletindo consigo mesmo no meio de um delírio:

    “Senhor Paul… me desculpe… me desculpe… eu falhei!!”

    Foram uns dez minutos com todos os trezentos policiais procurando por aquele adolescente, até que um deles finalmente conseguiu o achar ao longe. O soldado em questão, usou sua habilidade de tornar seus olhos em binóculos, para conseguir olhar toda aquela área com mais facilidade. Ao perceber o garoto, o policial então gritou para os outros, com bastante fervor:

    — PESSOAL, EU ACHEI ELE! ELE ESTÁ HÁ UNS QUATRO QUILÔMETROS EM LINHA RETA DE ONDE EU ESTOU!

    A voz ecoou para os próximos dele, com outros começando a avisar pelo rádio para os outros soldados. Todos começaram a se mover na direção do rapaz caído, com o capitão da polícia pensando consigo mesmo:

    “Louis… esteja vivo! Por favor!”

    O grupo finalmente alcançou aquele garoto caído, estando a uns vinte metros de distância dele. O motivo de terem parado ali, é justamente para que pudessem analisar o terreno em volta do mesmo, para ver se tinha algo de errado por ali. Após uns três minutos de análise, um dos polícias falou:

    — Certo, pessoal! Vamos nos aproximar para salvar ele!

    Todos concordaram com aquilo, começando a se aproximar do corpo do rapaz caído. O primeiro a chegar foi o mesmo soldado que falou antes, pisando na areia ao redor do garoto e então o pegando nos braços, falando para o mesmo:

    — Ei, sargento! Você está bem?!

    Enquanto o policial faz isso, o chão abaixo do mesmo começa a brilhar intensamente na cor roxa, assim como os trapos vestidos por aquele garoto. Percebendo isso, o capitão da polícia grita para o soldado:

    — EI, FUJA DAÍ, IDIOTA!!

    Antes de conseguir fugir, o soldado e o sargento explodiram graças à energização feita por aquele terrorista. A explosão arrancou as pernas e braço direito do policial, além de fazer a areia perfurar a pele dele em diversos pontos diferentes. Com o sargento jovem, sua cintura para baixo foi completamente destruída, junto do seu ombro esquerdo e seu braço inteiro por consequência, voando para longe e espalhando seus pedaços por todo o local. Desesperado ao ver aquilo, o policial de maior patente fala:

    — RESGATEM ELES, AGORA!!

    Enquanto isso, próximo do bunker onde Paul estava, o Houer ficava do lado de fora daquele local de proteção, olhando a floresta em volta com certa alegria, feliz por ver todos os animais a sua volta seguindo suas vidas, falando:

    — Nossa, ar fresco é muito bom! E ver os animais convivendo, então… dá uma calma na alma!

    Um pequeno inseto voador vem na direção do Houer, que gentilmente estendeu seu dedo indicador para o bicho, permitindo o mesmo pousar ali por um tempo. Após aquilo, Paul foi arrastado para o seu espaço mental, com seu espírito bestial falando:

    “Paul, sinto algo estranho se aproximando!”

    O espírito bestial do guerreiro Frankryrniano, era uma lesma gigante, tão grande quanto o cão elétrico do Kura. O loiro, ouvindo o aviso da entidade e respondendo para ela:

    “Cara, relaxa! É só um inseto… não precisa de ciúmes!”

    O galego então moveu seu dedo, fazendo o pequeno inseto voar para longe com o susto, respondendo para o seu espírito bestial em sequência:

    “Viu? Ele já foi!”

    A lesma ficou irritada com aquilo, e então respondeu para o seu receptáculo:

    “Eu não estava falando disso, seu imbecil! Estava falando que sinto algo estranho chegando perto do bunker!”

    Ouvindo a fala daquele molusco colossal, Paul acabou por acenar com a cabeça, indicando que entendeu aquilo. Porém, após o gesto com a cabeça, o loiro fala:

    “Certo, entendi, mas… relaxa! Vou ficar mais um minuto aqui fora só, e vou para dentro de novo! Quero pegar um pouco de ar…”

    O molusco, ouvindo aquilo, logo responde em um tom de ordem para o seu Houer, tentando disfarçar a preocupação:

    “Certo, mas só mais um minuto, e você vai mover esse rabo de mamífero para dentro do bunker!”

    Paul riu um pouco daquilo, e então respondeu para aquela lesma gigante:

    “Certo, certo… vou obedecer o senhor, ‘papai’!”

    O homem então ficou na frente da porta, aproveitando bastante da natureza com um silêncio contínuo, mas que guardava a sua alegria interior. Em certo momento, entretanto, o silêncio acabou sendo cortado pelo som de um galho sendo quebrado, vindo do lado direito daquele loiro. Após isso, o Houer virou sua cabeça na direção do som, pensando:

    “Hum? Um animal maior?”

    Quando terminou de virar sua cabeça, o loiro conseguiu observar duas figuras o encarando, uma mais baixa e magra, e outra alta e cheia de músculos. Eram o Stuart e o Bittz, que finalmente tinham conseguido chegar até aquele local. O silêncio que durou mais alguns momentos, logo foi quebrado, quando o homem magro começou a falar:

    — Receptáculo de Frankryr, Paul! Viemos de muito longe, para ver você!

    Paul escutou aquilo, estando um pouco mais tenso com toda a situação, alerta a qualquer movimento brusco daqueles oponentes. Após ouvir a fala do homem desconhecido, o Houer fala:

    — Eu até perguntaria se vocês são fãs, mas… para usarem o termo receptáculo ao invés de Houer, significa que vocês não me conhecem, e não sabem o quanto eu odeio esse termo!

    Stuart riu daquilo, com bastante ironia na sua risada. Após isso, o Ilusionista apontou com o dedo direito para o homem de cabelos loiros, falando:

    — Deixe-me reformular, então… não viemos por vocês, mas sim pelo espírito bestial que está dentro de você!

    Bittz, de maneira confiante, afirma em sequência:

    — Venha por bem conosco, e ninguém irá se machucar!

    Paul escutou tudo aquilo, começando a entrar na posição de combate, enquanto respondia para aqueles dois terroristas:

    — E se eu me recusar?

    Ouvindo aquilo, o Stuart abaixou ambos os braços, respondendo para o receptáculo de Frankryr:

    — Então, nós teremos de lutar com você, para te levar!

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