Capítulo 304: Vulto terrível
Uma semana se passou desde todo aquele ocorrido, e os dois irmãos velocistas estavam enfrentando mais uma ocorrência padrão, sendo dessa vez um problema com pescadores ilegais. Aqueles dois conseguiram lidar sem grandes dificuldades com os criminosos, com o Çevik falando:
— O serviço foi fácil hoje, né cara?
Fasterior, terminando de aprisionar os homens com cordas, logo sorriu de maneira tranquila para o seu irmão, respondendo:
— Sim, foi! Mas tá ficando tarde…
Os dois olharam no horizonte, com o sol finalmente começando a se pôr em uma visão extremamente bela do mesmo, com a luz alaranjada refletindo na superfície cristalina do oceano. Chegando perto do seu irmão mais novo, o Houer encosta a mão no ombro do mesmo, enquanto responde para ele:
— Ei, bora jantar lá em casa! Hoje a Cristine disse que ia fazer torta de carne bem recheada!
Çevik escutou aquilo, e então indagou o seu irmão:
— Certeza que não vou atrapalhar em nada?
Surpreso com a pergunta, o velocista mais velho alisou o ombro do seu irmão, se afastando um pouco e abrindo os braços após o gesto, dizendo:
— Que é isso, cara? Lógico que você não atrapalha! Só vou ligar para a Cristine antes, para deixar avisado.
O homem então retirou o celular do bolso, discando o número de sua esposa e esperando a mesma atender. Alguns segundos se passaram, e nada da mesma atender, caindo a ligação na caixa postal. Essa atitude deixou o Fasterior surpreso, mas não se preocupando muito, ele fala para a mensagem de voz:
— Opa, querida! Só vim avisar que estou levando meu irmão para jantar conosco! Avise as crianças também, que o tio Çevik vai ver elas!!
Após isso, ele desligou o telefone, olhando para o horizonte com um rosto que destacava uma certa preocupação. Ao perceber isso, Çevik questionou o seu irmão:
— Hum? Alto de errado?
Fasterior se manteve em silêncio por algum tempo, até que estampou um sorriso em seu rosto, respondendo o seu irmão mais novo:
— Não, nada! Vamos para casa, estou ansioso para jantarmos!
Alguns minutos depois, os dois finalmente chegaram até a casa do velocista mais velho. O Houer, retirando as chaves de sua casa de um dos bolsos, logo as colocou conectadas à porta, às virando para o lado de abertura, até reparar algo.
“Hum? Já está aberta!”
Pensou o irmão mais velho do Çevik, enquanto simplesmente rodava a maçaneta para o lado, abrindo a porta e adentrando em casa com o seu irmão. Lá dentro, Fasterior anunciou em um tom amigável:
— Querida, cheguei! Trouce o Çevik comigo, como avisado na mensagem de voz!
Após aquele anúncio, um silêncio pesado se manteve no ar, sem a aproximação das crianças, ou uma resposta da voz doce de sua esposa. Aquilo assustou o homem, que finalmente começou a se preocupar, adentrando a casa e falando mais alto:
— Querida, está aí?!
Ele começou a andar rapidamente por dentro da casa, chegando até a cozinha e encontrou o local vazio. Çevik acompanhou seu irmão nisso, e assim que adentrou o local junto dele, acabou comentando sobre um detalhe importante.
— Ei, irmão! Olhe, os talheres estão no chão!
Fasterior então correu na direção dos itens, se abaixando perto deles e comentando em sequência:
— Isso é… um sinal de combate!
Logo, o homem se dirigiu até a sala de sua casa, e ao chegar lá, uma cena aterrorizante tomou conta dos seus olhos.
— Não… impossível!
Comentou o Houer, enquanto seus olhos se arregalam e gotas frias de suor caem do canto do seu rosto. Era o corpo de sua mulher, esfolado na poltrona do seu sofá, com grampos nos seus músculos faciais estampando um sorriso forçado. O irmão mais novo, foi até o quarto dos sobrinhos, notando algo.
— Irmão, veja isso!
Fasterior correu até o local, reparando no cadáver dos seus filhos, colocados na mesma posição que a mãe. Na parede, escrito com as vísceras de um deles, estava escrito a frase “yaralay passou por aqui”. Logo após ler aquilo, o velocista afirmou em um tom de voz irritado:
— É aquele mercenário miserável, que o exército estava investigando!
Rapidamente após dizer isso, o receptáculo de Avstraliya se virou, começando a andar para fora de sua casa. Çevik notou isso, indagando:
— Onde vai, irmão?!
Ainda visivelmente irritado e afetado com aquela cena, o Houer afirmou:
— Tomar um ar, e fazer algumas perguntas!
Preocupado ao ouvir aquilo, o velocista mais novo se aproximou do seu irmão, usando de seus poderes para isso. Se colocando na frente do caminho, o homem afirma:
— Fasterior, se acalme! Eu não quero que você faça algo, do qual acabe se arrependendo!
Ao ouvir aquilo, Fasterior se enfureceu, empurrando seu irmão contra a parede com força, e gritando com o mesmo:
— NÃO OUSE SE COLOCAR NA PORRA DO MEU CAMINHO, SEU ANIMAL!!
Após isso, o mais velho apontou o dedo na cara do mais novo, rangendo os dentes na mais pura raiva, antes de começar a falar para aquele homem:
— Aquele miserável entrou na minha casa, fez o que fez a minha esposa e filhos, e você me pede calma?!
O tom de voz dele era de pura indignação, realmente enfurecido com a atitude do seu irmão mais novo. O monólogo dele, então continuou:
— Eu não vou descansar, até achar esse filho da puta, e descobrir quem pagou ele para fazer isso!!
Çevik estava assustado com aquilo, não pela forma agressiva do seu irmão falar, mas pela forma diferente do comum dele de agir. Então, o mais novo perguntou:
— E depois disso, vai fazer o que?!
Um silêncio perdurou por alguns momentos, antes do Fasterior suspirar de raiva, e falar para o seu irmão mais novo:
— Depois disso, vou fazer cada um deles pagar, mas com um juros de mil por cento!!
Os dois ficaram em silêncio após isso, com o mais novo apenas olhando para baixo, sabendo que estava imponente perante aquelas situação. Percebendo o silêncio do seu irmão, e se sentindo até que um pouco mal com a forma que tratou ele, o mais velho indaga:
— Isso é tudo?
Çevik não respondeu nada, mantendo seus olhos fixos no chão. Após isso, o Houer saiu pela porta, ativando os seus poderes e falando:
— Imaginei!
Após isso, ele correu com toda a sua velocidade, sumindo daquele local de uma maneira basicamente instantânea, finalmente deixando seu irmão para trás.
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