Índice de Capítulo


    Após escutarem aquela história, todos que estavam ouvindo ficam sentidos com a mesma, olhando compadecidos com tudo que ocorreu entre os irmãos, com exceção do Jod, que sequer parecia ligar para aquilo. Itadaki, após escutar atentamente tudo, pergunta:

    — Bem… teve notícias dele, depois do ocorrido?

    Çevik deu um generoso gole em sua bebida, repousando o copo em cima do balcão novamente, enquanto falava para aquele aliado estrangeiro:

    — Não… pelo menos, não boas notícias…

    O homem conhecido por sua grande velocidade, logo juntos ambas as mãos em cima do seu corpo de bebida, entrelaçando os dedos e repousando o queixo em cima das mesmas, enquanto olha na direção da madeira molhada pelo suor daquele copo. E após isso, um suspiro escapa da boca do irmão mais novo do Houer, que afirma em sequência:

    — A última notícia que tive dele, é um segredo de estado que só militares sabem! E foi sobre o ato dele de assassinar  famílias inteiras. Homens, mulheres, crianças, idosos… ele matou todos eles com requintes de crueldade, algo grotesco até mesmo para o pior dos assassinos! Alguns, foram achados sem pálpebras, como se tivessem sido obrigados a assistir tudo aquilo sem parar.

    A descrição daqueles atos, fez com que os mais sensíveis naquela mesa ficassem aterrorizados com a maneira cruel que o irmão do Çevik agiu perante aquela situação. Itadaki, por sua vez, apenas analisou tudo de maneira fria, tentando isolar seus sentimentos para que não atrapalhasse sua análise. Em sequência disso, o homem possuído pelo demônio Miraijin fala:

    — O que acha sobre isso, Kura?

    O pai de trigêmeos se virou na direção do Kura, apenas para notar sua cadeira vazia. Chocado com aquela visão, o investigador do grupo fala:

    — Que?! Onde ele foi?!

    Sami, de maneira tranquila, deu um gole em uma soda italiana de maçã verde, antes de responder àquele colega de trabalho:

    — Ele saiu, disse que precisava tomar um ar fresco! Acho que em no máximo cinco minutos ele retorna!

    O homem com apenas o braço esquerdo, bate com a palma de sua mão no rosto, antes de responder em um tom decepcionado:

    — Porra! Justo agora?

    No lado de fora, o criador de raios caminhava tranquilamente, respirando profundamente enquanto pensava sobre aquela história:

    “Bem… não posso julgar esse Fasterior, acho que eu faria o mesmo, se estivesse no lugar dele!”

    O rapaz, encostando-se em um poste, começou a olhar na direção do céu, aproveitando aquele finalmente de tarde, continuando o monólogo interno:

    “Se eu descubro que mataram minha família assim, talvez eu até fizesse coisa pior, se tivesse a chance para isso…”

    Por fim, um suspiro escapa por entre os lábios do recém adulto, indicando uma certa decepção por estar pensando nisso:

    “Ou não… sei lá, não sei nem porque eu perco tempo pensando nessas coisas, isso não vai acontecer mesmo!”

    Quando o Kura iria retornar para dentro do quiosque, uma figura encapuzada apareceu ao seu lado, o chamando em um tom de voz rouco:

    — Ei, psiu!

    Aquilo chamou a atenção do irmão do Arold, que com dúvida perguntou:

    — Hum? O que foi?

    O rapaz estava bastante desconfiado daquela figura, não conseguindo ver o rosto da mesma, mas se esforçando para tal. Notando isso, o homem misterioso logo começa a falar, para mudar a atenção do rapaz:

    — Oh, nada de especial! Só queria te perguntar se conhece a cidade! Sou novo aqui…

    O rapaz da manipulação elétrica se mantém atento, olhando aquele homem de cima para baixo com bastante desconfiança. Após refletir um pouco, ele decide responder o encapuzado, ainda se mantendo na defensiva:

    — Não, não conheço! Nem mesmo sou deste lugar… mas, se serve de ajuda, existe um mapa da cidade uns trezentos metros seguindo por aquela direção! Você vai conseguir se localizar melhor, se andar até lá!

    Escutando a proposta do garoto, a figura soltou um largo sorriso contente por baixo daquela sombra gerada pelo pano. O ser de grande altura, então começou a caminhar na direção indicada por aquele adolescente, enquanto dizia para ele:

    — Oh, muito obrigado! Você é um garoto gentil, se mantenha assim!

    O Kura se mantém desconfiado até o último segundo, observando em silêncio a figura ir embora dali. Estando agora mais tranquilo, o Houer do cão elétrico comenta com a entidade:

    “Sentiu esse calafrio?”

    O cão elétrico, acordando após escutar a pergunta do garoto, respondeu:

    “Não um calafrio… mas senti alguém atrapalhando o meu sono…”

    Olhando ainda na direção que o homem seguiu, o Kura ficou bastante encabulado, se virando na direção do quiosque e comentando consigo mesmo:

    — Sinistro…

    Entrando no estabelecimento, ele se aproximou novamente do seu grupo, para ser atualizado do ocorrido. Observando ele, o Itadaki acenou, falando:

    — Kura, seu idiota! Você demorou muito lá fora! O que aconteceu?

    Ouvindo o questionamento, o manipulador de raios afirma:

    — Ah, nada importante! Bem, qual o nosso plano, chefe da inteligência?

    Em outro local, o homem do capuz entrou em um beco, se encontrando com um aliado de rosto fino e olhos esbugalhados. O homem de olhos estranhos, então fala para o de capuz:

    — Confirmou o boato?

    O encapuzado, logo responde o seu colega:

    — Sim… são verdadeiros! Ele quase viu o meu rosto…

    Escutando aquele, o homem de rosto fino fez uma expressão irritada, respondendo para ele com sua voz também igualmente fina:

    — Lógico! Você se negou a usar minha habilidade em si mesmo, para se disfarçar!

    Enquanto fala isso, a estrutura óssea do corpo do homem de rosto fino muda, voltando a sua feição normal. O maxilar dele se definiu, junto do retorno dos pêlos faciais que formavam a sua barba densa. Os olhos dele retornaram ao normal e sua voz também, revelando que o mesmo era o Dunkel. Após recuperar sua aparência, ele fala:

    — Você foi muito idiota!

    O encapuzado riu daquilo, agarrando a lateral de seu sobretudo enquanto respondia para o Dunkel:

    — Ei, não fale assim comigo! Hoje em dia, graças a minha força, apenas o Nellu é o meu superior!

    O capuz logo foi retirado da cabeça daquele homem, revelando assim que se tratava do Toshiro. Dunkel, ouvindo aquilo, então perguntou novamente:

    — E por que não capturou ele logo? Seria um a menos!

    Toshiro escutou aquilo, soltando um sorriso largo e malicioso, antes de responder:

    — Simples, Dunkel! Ele vai conseguir localizar o Fasterior! Quando eles o acharem, nós esperamos o momento certo e capturamos os dois!

    O sorriso do número dois dos terroristas ficou ainda mais largo, e ele afirmou:

    — Pode contar ao Nellu… nós voltaremos com dois Houer e o DNA que ele pediu!!

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