Capítulo 306: Ao sul
Após a conversa no bar, o grupo se dirigiu andando até uma região ao sul dali. O caminho era longo, iria levar por volta de uns quinze a vinte minutos para ser totalmente concluído. Durante a longa caminhada, o Kura resolveu perguntar para o guia deles naquele país:
— Espera, eu não entendi uma coisa! A última vez que você viu seu irmão foi há dois anos atrás, mas o último local onde ele foi localizado foi aqui, há pouquíssimo tempo? Como isso funciona?
O guia com as capacidades de um velocista, escutou a pergunta do jovem com atenção, e então respondeu:
— Isso acontece, pois depois de cometer todos aqueles crimes, o governo do país decidiu monitorar ele vinte quatro horas, todos os dias! Porém, neste local em questão, a localização dele foi completamente perdida!
O manipulador de correntes elétricas escutou aquilo, absorvendo com atenção cada palavra dita por aquele aliado natural daquela nação, para só após analisar a informação de maneira atenta, dizer para o mesmo:
— Certo, compreendi… bem, já sei que vão me usar de cachorro farejador, mas como você acha que isso vai funcionar? Nunca tentei localizar outro Houer antes, quem fez o trabalho foi o cão elétrico.
Çevik ao escutar aquilo, deu um sorriso confiante e compreensível no seu rosto, respondendo para aquele jovem aliado:
— É basicamente a mesma lógica, mas você vai procurar por algum resíduo da energia bestial, junto do seu espírito! Achando o resíduo, nós vamos nos guiar através dele até onde meu irmão possa estar!
Após aqueles dois resolverem o assunto, o Itadaki decidiu se manifestar, dizendo:
— Bem, já eu, vou usar meus poderes para ver a história do local, e entender o que aconteceu com o seu irmão! Ou pelo menos, poder teorizar…
Aquilo interessou o irmão mais novo do Fasterior, que logo decidiu perguntar:
— Oh, sério? E como isso funciona, exatamente?
Contente por ser questionado sobre a funcionalidade de seus poderes, o homem de um braço só logo responde, com um sorriso confiante no rosto:
— Muito simples! Desde que eu consiga ter contato com algo ligado ao alvo, eu consigo saber toda a história passada por ele! Ou seja, se tiver um fio de cabelo no lugar, ou qualquer outra coisa, eu consigo encostar e ver tudo que aquilo passou!
A explicação pareceu animar e interessar o aliado velocista deles, mas antes da conversa dos dois continuar, o Jod falou absurdamente alto:
— NEEEERRDDD!!
Aquilo fez as pessoas do grupo darem um pouco de risada, com o Itadaki abaixando sua cabeça e dizendo em um sussurro na direção do chão:
— Ei… meu poder também é maneiro…
Finalmente após algum tempo, o grupo finalmente chegou até o local indicado pelo colega com poderes de velocidade. Chegando ali, o Kura fechou seus olhos, falando em seu espaço mental:
“Aí, cachorro! Pode me ajudar?!”
O espírito bestial, escutando o pedido feito pelo seu Houer, logo deu um suspiro levemente cansado com aquilo, respondendo em sequência:
“Bem… não tenho muita escolha, não é? Mas depois disso, quero uma folga de um mês! A gente vive se metendo em encrenca!”
Escutando aquilo, o rapaz deu um sorriso para o canídeo gigante, respondendo para ele em sequência:
“Certo, certo! Vou te deixar tirar uma folga, depois disso!”
Enquanto o protagonista dos raios se resolvia com o seu espírito bestial, no mundo real, o Itadaki começava a rodar por aquele ambiente, o analisando de maneira minuciosa enquanto reflete consigo mesmo:
“Merda… parece que não tem nada aqui, nem mesmo um fio de cabelo dele!”
Começando a coçar o seu queixo, o pai de família chega a uma seguinte conclusão em sua mente:
“Bem, vou usar o solo! Alguma informação ele com certeza guardou!”
Ao pensar isso, o homem de cabelos arrepiados se aproximou de um certo local, se abaixando e pegando um pouco de terra com suas mãos. Após isso, ele ativa o seu poder especial, começando a adquirir informações do solo, vendo tudo que ele já viu e ouvindo tudo que ele já ouviu no período selecionado. Enquanto faz isso, o Itadaki se mantém bastante concentrado, até que ele fala algo curioso em voz alta:
— Hum? O que é isso?
Os outros escutam a dúvida feita pelo homem-analisador, com Li Chun perguntando para o mesmo:
— O que aconteceu, Itadaki?
Escutando o questionamento dela, o homem que outrora foi possuído pelo Dtúschar, responde a mesma:
— Bem… aqui tem uma pessoa conversando, como o previsto, mas… existe uma outra voz que o solo escutou?!
Çevik ficou curioso e preocupado com isso, e então questionou o homem de um braço só:
— E quem é a outra voz?!
Itadaki se esforça um tempo analisando aquela voz, mas depois da rápida análise, ele responde:
— Bem… eu não consegui descobrir quem é o dono da outra voz… mas, do que analisei da conversa deles, eles estão falando de uma tal de aliança, para recuperar algo!
Enquanto aquilo tudo acontecia, a pele levemente morena do Kura se tornou pálida, coisa que chamou a atenção dos presentes. Jod, tomando iniciativa, perguntou ao adolescente:
— O que foi, Kura?
Com algumas gotas frias de suor escorrendo do seu rosto, o jovem-adulto responde para o segurança da Krafitg:
— O cão elétrico me disse… que não tem o resíduo de energia bestial, de só um dos espíritos!!
A informação surpreendeu todos os presentes ali, em principal o Çevik, que foi o primeiro a perguntar com um tom de preocupação para o garoto:
— Não tem só um?! Quantos tem aqui?!
Fechando seu rosto e ficando com um misto de seriedade e preocupação, o manipulador de raios responde:
— Dois… e um deles já é bem conhecido por basicamente todos nós…
Virando na direção do Jod e todos os outros que participaram na defesa da coroa do rei Camilo, o criador de raios afirma:
— O cão elétrico disse que poderia estar errado, mas… aparentemente, a outra presença bestial, é a do gato magnético!!
Em outro local, enquanto aquela revelação era feita, Fasterior se encontrava em pé, olhando na direção de uma figura sentada e perguntando para a mesma:
— Quando é mesmo, o dia do evento gravitacional em questão?
A figura, com um sorriso no rosto, respondeu o seu sócio de planos:
— Daqui dois dias, meu caro!
Aquela voz rouca pertencia ao Mike, o homem que outrora já foi um inimigo direto do Kura. O homem ainda esbanjava seus cabelos prateados, bigode e roupas elegantes, mas agora ele tinha duas diferenças no seu corpo. O local onde ficava antigamente o braço direito daquele ser arrogante, agora estava uma prótese improvisada pelos seus poderes. Enquanto o lado direito do seu rosto tinha uma cicatriz enorme. Ainda sorrindo, o Houer do gato magnético fala para o seu amigo:
— Daqui dois dias, nós seremos invencíveis!
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