Capítulo 307: Caçando o coelho
No dia seguinte após a descoberta, o grupo seguiu andando na direção do rastro daquele homem, usando um carro para essa jornada. Durante essa viagem, o Jod fez uma pergunta bastante pertinente para o Kura:
— Garoto, uma dúvida que me deu… para você conseguir sentir e localizar o resíduo da energia do espírito bestial daquele cara, significa que ele teria que usar o poder dele, não?
O Houer do cão elétrico, encarou o seu superior e cuidador naquela missão, respondendo:
— Bem, normalmente seria isso! Mas, segundo o cão elétrico, a frequência daquele resíduo não era de um poder ativo, é quase como se o coelho estivesse fazendo isso de propósito, para que achem o Houer dele…
Çevik ficou curioso com aquela proposta, e então perguntou:
— Você está insinuando, que o espírito bestial está tramando contra ele?
Aquela pergunta deixou o Kura surpreso com a possibilidade, e então ele respondeu:
— Bem, não dá para afirmar isso em cem por cento! Mas… bem, sim, é uma possibilidade real dessa situação!
Itadaki, o investigador do grupo, começou a divagar em sua mente com essas possibilidades, refletindo sobre o que aquilo poderia significar:
“Bem… se isso for verdade, então significa que a velocidade dele vai ser limitada por não conseguir acessar seus modos, mas…”
Virando a cabeça na direção do Çevik, o rapaz de cabelos arrepiados decide fazer uma pergunta:
— Çevik, poderia me dar mais detalhes, sobre o poder seu e do seu irmão?
Escutando a pergunta importante, o irmão mais novo do Houer fala:
— Bem, nossos poderes aumentam a nossa velocidade base! Ou seja: eu corro naturalmente duas vezes mais rápido que a luz, meu poder aumenta isso em mil vezes… a diferença, é que meu irmão tem outros dois modos, e tem naturalmente o quíntuplo da minha velocidade padrão!
Itadaki fica refletindo sobre aquilo, e então afirma:
— Bem… e como funcionam esses outros modos dele?
Após o questionamento ainda mais importante, o velocista responde:
— Bem simples! O nível dois deixa a velocidade padrão dele dez mil vezes maior, e o três cem mil vezes!
A informação assustou todos do local, fazendo o Samuel, até então mais calado, falar para que todos escutem:
— Espera, está me dizendo que esse cara…
Çevik, fechando o rosto e ficando visivelmente mais preocupado com a situação, o homem respondeu:
— Isso mesmo… ele alcança um milhão de vezes a velocidade da luz!
Todos ficaram atordoados com aquela informação, principalmente o garoto controlador e gerador de correntes elétricas. Incrédulo com a capacidade daquele poder, o Jaguar fala:
— Isso… isso é muito rápido! A gente nem conseguiria ver esse cara chegando!
Çevik ficou ainda mais preocupado ao ouvir aquela observação, e então disse para aquele grupo:
— Esse nem mesmo é o máximo de velocidade dele… acho que, vamos precisar de um bom plano, no final das contas!
O Kura ri ao escutar aquelas palavras, respondendo para o homem:
— Você tá sendo muito modesto, achando que precisamos só de um plano, nesse caso!
Após algum tempo, o grupo finalmente chegou até a cidade onde o rastro os guiou, descendo do carro e olhando os arredores. Lá, o manipulador de raios começou a indicar, virando os olhos para a esquerda.
— Por essa viela… vamos seguir aqui!
Em outro local, longe dali, Mike começou a suar frio pelo canto do seu rosto, após usar a mistura do seu espírito bestial e sua habilidade magnética nova, para analisar a presença de todos na cidade, achando a do Kura de maneira basicamente imediata. Visivelmente abalado, ele fala:
— Merda… o Kura e os outros idiotas chegaram até aqui!
Fasterior escutou aquilo, exibindo uma expressão preocupada no rosto, perguntando ao seu aliado:
— O que, sério?!
O Houer do gato, confirmou que sim com sua cabeça, ainda com uma expressão assustada no rosto. Percebendo isso, o irmão do Çevik se virou na direção da porta, afirmando para o seu colega:
— Certo, eu vou lá resolver! Acabarei agora com isso!
Ao escutar isso, o Mike rapidamente se levantou, pegando seu colega pelo ombro e falando:
— Você está louco?! Estamos falando do miserável do Kura! Se ele conseguir te derrotar, nossos planos acabaram!
Fasterior absorve as palavras ditas por seu colega, se acalmando um pouco mais, suspirando e respondendo para o mesmo em um tom de voz firme:
— Certo… e qual o plano?
O homem de cabelos prateados ficou em silêncio por um tempo, até que finalmente chega em um resultado em sua mente, falando para o amigo:
— Simples, vamos usar alguém para distrair eles, enquanto seguimos na direção do deserto de Yalnız, para concluir nossos planos!
Fasterior escutou o plano atentamente, suspirando de maneira preguiçosa enquanto falava:
— Vamos adiantar as coisas, então…
Com isso resolvido, o velocista mais velho caminha na direção de uma sala no canto daquele balcão, pegando uma chave do bolso e destrancando a porta, empurrando a mesma e dizendo:
— Ei, boas notícias! Tu vai ter algo para fazer!
Dentro daquela pequena sala, uma figura humanoide era revelada. O ser tinha por volta dos um metro e cinquenta, tendo uma fisionomia misturada entre humano, pássaro e um pouco de lagarto, deixando claro que não se tratava de um humano padrão. O ser, erguendo lentamente a cabeça e acorrentado das mãos até os pés, olhou na direção do Houer com uma visão penetrante, falando:
— E… o que eu ganho, se fizer qualquer coisa para você?
Fasterior escutou aquilo, absorvendo o tom de voz confiante e até mesmo hostil da criatura com bastante atenção. Em um tom cínico, enquanto procurava uma das chaves em meio ao chaveiro em sua mão, o irmão mais velho do Çevik responde o ser:
— Bem… se você for um bom menino, eu te ajudo a achar a sua rainha, sua formiga devoradora de humanos!
As palavras, fizeram um brilho de esperança tomar conta dos olhos da criatura, que então respondeu para aquele homem, em um tom de voz animado:
— A rainha?! Ela está viva?!
Fasterior sorriu com as palavras do ser, achando a chave que procurava e começando a soltura dele. Um a um, de maneira lenta, as correntes foram soltas do corpo da criatura, com o Houer dizendo:
— Claro, claro! Mas, se quiser ver ela… preciso que você lide com um pessoal, acha que consegue?
O ser não humano, determinado com a informação de que sua rainha estava viva, então falou em um tom de voz extremamente confiante:
— Mesmo que Deus estivesse na minha frente… se fosse necessário o matar para ver minha rainha, eu o mataria!!
Assim, a última corrente foi solta, com o ser estando pronto para cumprir sua missão.
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