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    Uma grande cortina de poeira se levantou graças ao ataque lançado por aquele ser selvagem, indicando que a força daquele poder era absurdamente avassaladora. O Jaguar olhou assustado para aquela cena, não conseguindo acreditar naquilo que seus olhos estavam captando.

    — Puta… merda…

    Falou o canídeo, surpreso com toda a fumaça e poeira levantada pelo poder da fórmica carnívora. O Pin por sua vez, começou a andar na direção do lobo-guará, sorrindo confiante enquanto arfava, dizendo:

    — Gostou? Sabe, eu não gosto muito de usar esse poder, pois sempre me machuco muito… mas, ele é bem útil quando usado no tempo certo, não concorda?

    O aliado peludo do Kura se virou na direção do inseto, olhando para o mesmo com bastante raiva em seu olhar. O sangue roxo da formiga continuava a escorrer pelo seu cotoco, com a mesma falando:

    — Oh, estou sangrando ainda! Isso parece ser uma boa notícia para vocês e os outros… se souberem enrolar a luta, podem me matar de hemorragia! Muito bom, não?

    A provocação fez com que o lobo-primata ficasse irritado, arrepiando os pelos de todo o corpo enquanto gritava para aquele inimigo:

    — SEU FILHO DA PUTA!

    O animal metamorfo logo inclinou seu corpo para frente, indicando que avançaria a toda velocidade contra aquele inimigo com corpo de quimera. Entretanto, antes do avanço começar, um som de destroços sendo lançados para longe pôde ser ouvido, seguido por uma voz que falava:

    — Puta merda… esse raio doeu!

    A voz era do espadachim Samuel, que estava se levantando do chão com um pouco de dificuldade. Através do corpo todo dele, era possível notar alguns hematomas e queimaduras do último golpe, mostrando como a investida foi poderosa. O aliado de quatro braços do Kura, então fixa os olhos na formiga novamente, respondendo para a mesma:

    — Raiozinho desgraçado… mas eu vou te matar no próximo golpe! Eu já sei onde mirar!

    Enquanto isso, a dupla formada pelo Itadaki e o mentiroso, continuaram a procurar nos escombros, por qualquer gota de sangue ou fio de cabelo largado por aquele animal com características humanóides. Após levantar umas pedras, Liger logo nota um fio de cabelo, o pegando na mão e falando para o Itadaki:

    — Aqui está, Itadaki!!

    O homem-historiador, notando o fio, se move com agilidade para mais próximo do seu colega de equipe, dizendo em um tom animado para o mesmo:

    — Bom trabalho, Liger!

    Após falar isso, o homem sem um dos braços segura o fio de cabelo, ativando seu poder no mesmo momento e analisando toda a história que aquela criatura passou em sua vida. Olhando na história recente, todos os planos e objetivos da dupla formada pelo Fasterior e Mike. Indo mais no passado, o rapaz dos cabelos arrepiados conseguiu notar toda a vida da formiga, observando a forma como era tratada no cárcere, como se alimentava, como fazia suas necessidades e como buscava e desejava sempre pela proteção e atenção de sua rainha. Outra coisa estranha que o Itadaki reparou e comentou em sua mente, foi sobre o DNA naquele cabelo.

    “Ele… vai para antes do nascimento dessa formiga?!”

    Ao reparar isso, o pai de trigêmeos decide por analisar aquelas memórias, observando tudo ligado a aquelas histórias paralelas. Em uma das visões, um filhote de urso era observado, um filhote que amava a sua mãe, e foi emboscado na ausência dela e consequentemente assassinado. Em outra memória daquele DNA, um peixe poderia ser observado, nadando para a reprodução de sua espécie, com a esperança de passar sua genética à frente, até ser atacado novamente por aquelas formigas e devorado. Outras histórias paralelas, como de insetos e vermes também foram observadas, todas terminando com um destino parecido, com exceção de uma única.

    “Meu Deus…”

    Refletiu o militar Burajiano, enquanto observava a história que faltava. Aquela genética era humana, e se tratava de uma pequena criança de alguma tribo local daquela nação. Era um garoto de aparência comum, mas com capacidades promissoras, um rapaz que amava os seus pais e que estava no caminho para se tornar um adulto na visão de seu povo. Diversos momentos na vida do garotinho, como brincadeiras entre amigos e irmãos, momentos de bravura em proteger seus irmãos mais novos de animais pequenos e outras coisas desse tipo passaram daquele DNA para a mente do Itadaki. A última memória antes da morte daquele pequeno garoto, era ele no meio da floresta, coletando alguns materiais e fazendo um colar de flores para a sua mãe, um presente para a mesma se lembrar dele.

    — Isso! Vou voltar agora!

    Comentou o garoto nas memórias, andando contente enquanto pisava naquela terra levemente úmida que se estendia por toda aquela floresta. Porém, antes de conseguir ir embora, uma formiga carnívora extremamente mutante apareceu, bloqueando a passagem do rapaz. O pequeno indígena de Avstraliya, porém, decidiu fechar o rosto apesar do medo, se colocando em posição de combate e falando:

    — Pode vir!

    Essa forma as últimas palavras daquela pobre criança, antes de morrer em um único ataque da criatura, sendo levada assim como todos os outros seres presentes naquela genética, para se tornar alimento daqueles seres. Itadaki, após ver tudo isso, soltou o fio de cabelo no chão, dando um suspiro e falando para o Liger:

    — Liger, vá atrás do Kura e os outros, e avise sobre os planos do Fasterior e do Mike para eles! Vou te falar tudo, e após isso…

    O homem de cabelos loiros misturados com pretos, se armou novamente com seu soco inglês modificado, e com determinação na voz ele afirmou:

    — Eu vou conversar com aquela formiga!

    Enquanto toda aquela cena acontecia, o espadachim Samuel estava trocando golpes de espada com a formiga, enquanto falava para a mesma.

    — Um braço só não é o suficiente!

    Quando diz isso, o Burajiano usa dos seus dois braços direitos para atacar o lado esquerdo e se capacidade de defesa daquele inimigo, usando sua lâmina superior para estocar a ponta da lâmina na carne daquele cotoco, acertando internamente a criatura e chegando a fazer a espada atravessar através do ombro da mesma. Sequencialmente, com o braço inferior, o guerreiro com dois pares de braços moveu sua lâmina da direita para a esquerda na horizontal, mirando as juntas da criatura. Pin percebeu isso, e antes de ser acertado levantou levemente sua perna, bloqueando a lâmina com a carapaça de sua canela, respondendo em meio a dor:

    — É, eu sei! Mas tenho outras armas!

    Após essa fala cheia de pesar, a formiga abriu sua mandíbula, jogando seu líquido ácido, mirando o rosto do aliado do Kura. Percebendo o ataque chegando, sem muitas opções, o militar estrangeiro moveu sua espada do braço superior esquerdo para a frente do seu corpo, fazendo a lâmina de tungstênio ser acertada e derretida por aquele ácido poderoso. Após se defender, o Samuel pula para longe, refletindo em sua mente:

    “Merda, essa espada já foi!!”

    Se afastando também, o inseto gigante se curvou um pouco, sentindo uma dor intensa no seu cotoco esquerdo, refletindo consigo mesmo:

    “Acho que… nunca vou recuperar esse braço!”

    Ambos os oponentes trocaram olhares determinados e fervorosos, em simultâneo com a aproximação do Itadaki. E assim, na mente dos três, uma única ideia pairou sobre eles:

    “Eu tenho que acabar agora com isso!!”

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