Capítulo 316: Você teria acertado
Dois dias após a chacina realizada na casa do mercenário. O criminoso anteriormente capturado pelo Fasterior e o Çevik, estava ainda na cela de sua prisão, lendo um livro de maneira silenciosa. Era um livro de tragédia, onde a esposa do protagonista era assassinada brutalmente e o mesmo seguia um caminho de vingança, algo bastante irônico para aquela situação. Enquanto os olhos do detento deslizavam por todas as palavras daquele livro, o som de batidas nas grades de metal de seu cômodo era escutado, seguido de uma voz:
— Detento 6789, você tem visita!
O criminoso, escutando o chamado do segurança, logo deu um suspiro cansado por aquela maneira agressiva de o chamar, fechando o livro com bastante grosseria e indagando aquele carcereiro:
— Quem é o incômodo hoje, hein?!
O guarda, ouvindo aquele tom de voz ignorante, fecha sua cara para mostrar que não gostou daquela atitude. Porém, após fazer essa cara, o homem respondeu em um tom ainda mais grosseiro e ignorante para aquele preso:
— É a sua mãe! Você só recebe visitas dela, como consegue perguntar toda vez quem é?
Escutando que era sua mãe a mulher responsável por aquela visita, o detento logo deu um sorriso largo em seu rosto, colocando o livro largado na cama e pulando do beliche, pisando de maneira forte e animada no chão, enquanto responde para o guarda com um tom de ironia na voz:
— Ah, eu gosto de te tratar mal, como aqueles presos de filme, sabe?
Ouvindo aquilo, o policial soltou uma risada nasal carregada de arrogância, enquanto responde o prisioneiro:
— Pois saiba de uma coisa, nos filmes os policiais sempre espancam os presos que fazem isso!
O traficante, caminhando para fora de sua prisão, deu algumas risadas após escutar aquilo, afirmando com arrogância ao carcereiro:
— É, faz sentido! Vou anotar isso no meu bloco de notas!
Enquanto caminha para a sala de visitas, o criminoso ostentava um sorriso animador no seu rosto, dando quase pulos de alegria enquanto caminha para a salinha, refletindo nas profundezas de sua mente bizarra e conturbada:
“Bem… espero que minha mãe tenha feito a torta de Pavlova que eu pedi para ela! Eu amo aquele doce, é o meu favorito!”
Após alguns minutos de caminhada depois daquilo, o carcereiro e o prisioneiro chegam na porta para a visita daquele prisioneiro. Ali na frente da entrada, o carcereiro destrancou e abriu a porta na direção de fora da sala, da esquerda para a direita, encarando o seu detento de cuidado e respondendo ao mesmo, de maneira curta e grossa:
— Vá, entre logo! Vou ouvir uma música, enquanto você conversa com sua mãe aí dentro!
Após escutar as ordens do carcereiro, o detento afirmou que sim com sua cabeça, entrando animado dentro daquela salinha. Após o homem entrar a porta atrás dele foi trancada e o guarda colocou seus fones de ouvido, começando a escutar sua música no volume máximo.
— Mamãe, cheguei! Você trouxe a torta que eu te pedi?!
O homem disse aquilo em um tom de voz absurdamente animado, mas para a sua surpresa, não tinha ninguém dentro daquela sala. O silêncio tomou conta da salinha após aquela fala, coisa que começou a dar um clima aterrorizante para o traficante.
— Mãe? Você se escondeu, foi? Pode para o joguinho, já me assustou o bastante!
O prisioneiro falou aquilo, mas novamente ninguém o respondeu, deixando uma tensão estranha no ar. Aquele silêncio bizarro e assustador, entretanto, logo acabou por ser cancelado, no momento em que um som de mastigação começou a ecoar do canto esquerdo da sala, um som bastante molhado, deixando claro que o item mastigado era algum doce.
— Cara, vou te falar… agora entendi a razão dessa aqui ser sua torta favorita!
A voz a dizer aquilo era familiar, coisa que fez um arrepio percorrer toda a espinha daquele criminoso. De maneira lenta e assustada, o homem de vestes laranjas virou sua cabeça na direção do som, arregalando os olhos com a visão que tinha, enquanto dava um passo para trás.
— Como você chegou aqui?!
O detento falou isso, enquanto observava o Fasterior, comendo uma fatia da deliciosa torta, observando cada pequeno movimento daquele prisioneiro. Dando uma última mordida naquele doce, o velocista o engoliu e respondeu em um tom de voz tranquilo:
— Ah, seu contratado de merda me contou que foi você! Aí eu só usei da minha velocidade para olhar os arquivos de visita, descobrir os dias que sua mãe vinha e a hora… coisa fácil!
Escutando aquilo, o criador de escudos de campo de força ficou assustado, engolindo seco e tremendo por todo o corpo, indagando aquele homem de grande velocidade:
— E… onde está a minha mãe, seu doente?!
De maneira silenciosa, um sorriso surgiu no rosto do Fasterior, um sorriso aparentemente gentil e suave. Após esse sorriso, lentamente o homem-velocidade apontou para cima, fechando os olhos e mantendo a aparência convidativa. No momento em que aquele dedo indicador direito apontou na direção do teto, uma hora vermelha caiu em cima da roupa laranja do detento, bem em cima do seu ombro direito. O prisioneiro, de maneira assustada e hesitante, ergueu sua cabeça com bastante cautela, vendo uma cena horrível após isso.
— SEU DEMÔNIO!
Gritou o prisioneiro, sem acreditar naquilo que estava vendo. A mãe dele estava pendurada no teto com algumas facas em sua roupa, tendo cortes por todo o corpo. As feridas não eram mortais, mas permitiam um sangramento considerável de acontecer.
— Você manda fazerem tudo aquilo com a minha família, e o demônio sou eu?! Não, não…
Usando de sua velocidade incrível, Fasterior encurta rapidamente a distância entre si e o criminoso, agarrando-o pelo pescoço e erguendo contra a parede. Segurando o homem com força, o Houer terminou a sua fala:
— Eu sou o próprio lúcifer, se for assim!!
O criminoso tinha desistido de lutar, aceitou que já estava encurralado por aquele militar. Percebendo aquilo, o velocista se sentiu decepcionado, e então falou para aquele homem:
— Ei… não desista ainda! Vamos fazer assim… já jogou ‘forca’?
O traficante escutou aquilo, acenando que sim com a cabeça, ainda bastante hesitante com toda aquela situação. Observando a positiva, o homem-velocidade responde:
— Perfeito! Vamos jogar forca, mas valendo eu deixar você e sua mãe saírem com vida, que tal?!
Ao dizer isso, novamente o Houer do coelho ativou seus poderes de velocidade extrema, montando toda a sala em um instante para o jogo. O traficante estava amarrado a uma cadeira, enquanto um quadro branco com uma palavra de onze palavras sendo colocada em exibição, com o desenho de uma forca estando ali do lado, tudo feito com uma caneta para quadros desse tipo. O Fasterior estava de pé ali, com a caneta em mãos, antes de dizer:
— Mas, vamos para algumas regras! A primeira, é que sempre que você errar, eu vou arrancar um membro da sua mãe…
Ao dizer isso, novamente a velocidade absurda do militar de Avstraliya foi utilizada, retirando a mulher do teto e a pondo amarrada em cima da mesa daquela sala. O traficante, com medo, então perguntou:
— E a segunda regra?!
Contente ao escutar aquilo, o velocista bateu uma palma leve, respondendo:
— Bem, a segunda regra…
De um momento para o outro, o traficante teve sua língua parcialmente cortada ao meio em super velocidade, com aquele militar usando após aquilo do atrito para esquentar e cauterizar a ferida. Após esse ato, o militar conclui sua fala:
— Você vai jogar sem língua! Me parece justo, ou seria muito fácil para você!
Após ter a língua arrancada, um murmúrio escapou da boca daquele traficante, indicando a dor extrema que o mesmo estava sentindo. Se deliciando com aquilo, Fasterior se moveu para perto do quadro novamente, pegando sua canetinha e dizendo:
— Certo… qual a primeira letra?
O criminoso, em desespero, começou a gritar:
— HA, HA…!!
Fasterior ouviu a resposta, soltou um som como se alguém tivesse acabado de se cortar em sua frente. Após isso, o pé direito da mulher apareceu no colo daquele criminoso, enquanto o velocista dizia:
— Errou… bem… se você tivesse a língua, quem sabe não teria acertado?
Após falar isso, o homem-velocidade bateu com a caneta no quadro, deixando o som das batidas ecoar pela salinha.
— Tente de novo…
Em desespero, o criminoso gritou novamente qual era a letra, visivelmente tentando falar a letra A para aquele sádico. Porém, mais uma vez sua tentativa não foi considerada, e o pé esquerdo de sua mãe foi arrancado.
— Errouuu…
Após dizer aquilo de maneira tão trivial, Fasterior escreveu o A no quadro, e em seguida afirmou:
— Bem, as próximas duas letras são iguais! Vamos, tente dizer elas!
Tentando se soltar da cadeira com todas as suas forças, o criminoso encarou o Houer, afirmando para o mesmo:
— IXI, IXI!!
Fasterior ouviu aquilo, se decepcionando com o erro aparente e arrancando a perna esquerda da mulher, a largando no como do homem enquanto responde:
— Você errou de novo…
Em desespero, o criminoso fechou os olhos com força, se negando a observar aqueles membros jogados em seu colo. Irritado com aquilo, o velocista gritou para o homem:
— SEM FECHAR OS OLHOS, PORRA!!
Agilmente após isso, o velocista arrancou as pálpebras dele em super velocidade, cauterizando o ferimento e indo até o quadro branco, andando as duas letras S, enquanto fala em um tom autoritário:
— Vamos, a próxima letra!
Mais uma vez, o traficante tentou responder a letra A, errando a afirmação mais uma vez e fazendo com que sua mãe perca mais uma perna, sendo impossível fechar os olhos para não assistir isso. Fasterior, anotando a letra no quadro, afirma:
— Você errou de novo, cara! Nunca foi numa fonoaudióloga não?!
O homem dos escudos estava chorando, com medo de tudo aquilo e absurdamente preocupado com a sua mãe. Percebendo aquilo, o Fasterior riu, falando:
— Oh, o bebezinho da mamãe vai chorar, é?
O homem, em desespero, começou a tentar falar as próximas duas letras:
— IXI, IXI!!
Rindo daquilo, novamente o irmão do Çevik usou sua grande velocidade, arrancando cada uma das mãos da mulher e largando elas no colo do homem, como todos os membros dela até então.
— Errou…
Após aquilo, chorando como se o mundo estivesse acabando, o criminoso falou:
— I, I!!
Escutando aquilo, o velocista apenas anotou de maneira silenciosa aquela letra, respondendo de maneira apática:
— Parabéns, você acertou…
Aquela afirmação deixou o traficante animado, com esperança de conseguir salvar sua mãe, o fazendo falar entre os soluços, com um tom confiante:
— NHE, NHE!!
Assim que aquilo foi falado, o braço direito da mãe dele apareceu em seu colo, com a letra N aparecendo no quadro. O velocista, ainda de maneira apática, fala:
— Novamente… você errou…
Sem paciência, ele anotou a letra A e o T no quadro, respondendo para o homem sem língua:
— Tudo ou nada… qual a última letra?
O traficante, junto todo o fôlego que ainda lhe restava, gritou:
— OOOOHHH, OOHHHH!!
Um silêncio tomou conta do local, com aquele velocista encarando fixamente e silenciosamente o criminoso. Após alguns segundos, a letra em questão foi adicionada no quadro, e o homem mais rápido do mundo afirmou:
— Oh, você acertou!
A situação parecia ter acabado, mas quebrando as expectativas do fora da lei, a cabeça de sua mãe foi arrancada e posta no seu colo, com o sangue ainda jorrando da mesma.
— Mas… achou mesmo que eu cumpriria o acordo, com alguém igual a você?
Fasterior falou aquilo, caminhando lentamente na direção daquele bandido, fazendo questão de deixar os sons dos seus passos ecoarem até os ouvidos do mesmo. Quando estava bem perto do prisioneiro, o Houer do coelho se abaixou apenas o suficiente para encarar olho no olho do traficando, pegando a cabeça da mãe do mesmo e falando:
— Isso aqui… isso aqui é culpa sua! Sabia?
O tom de voz do velocista não era irritado, ou ameaçador, mas sim apático, como se ele estivesse longe daquela situação. Após falar aquilo, o militar apenas jogou a cabeça para um canto da sala, como se fosse uma bola de futebol.
— Você quem mandou matar minha família primeiro, eu apenas devolvi na mesma moeda!
Após dizer isso, o homem-velocidade andou calmamente até as costas do criminoso, pondo as mãos ensanguentadas nos ombros dele, e falando:
— Bem… acho que isso não importa agora, não é?
Assim, a cabeça daquele criminoso foi arrancada, e de maneira fria, o Fasterior largou o corpo dos dois ali, indo embora em grande velocidade.
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