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    Seis meses se passaram desde os acontecimentos na Austrália, e tudo parecia ter ocorrido normalmente desde então. Naquele dia em específico, o Kura estava se levantando de sua cama, acabando de se recuperar de uma gripe pesada.

    — É raro te ver adoecer, filho!

    Dizia a mãe do garoto, o encarando enquanto o mesmo se levantava de sua cama. O manipulador de raios, se alongando um pouco responde:

    — É, normalmente isso não acontece, já que o espírito bestial me cura na hora! Mas, ele disse para eu ficar uns sete meses sem contar com ele, depois de levar algumas porradas do Mike…

    Iara, escutando a explicação do seu filho, acaba dando algumas risadas tranquilas, afirmando para o mesmo na sequência:

    — Aparentemente,  ele odeia mesmo aquele outro espírito bestial, né?

    O adolescente, terminando de se alongar e caminhando em passos leves e serenos através da porta do seu quarto, responde para a sua querida mãe:

    — É, parece que sim! Bem, onde o Arold é os outros foram?

    A mulher escutou com atenção a dúvida do seu filho, e após absorver aquelas palavras, ela responde para o mesmo:

    — Ele saiu em uma missão com o resto do seu grupo, algo na fronteira ao norte! E inclusive, a Krafitg pediu para que você fosse lá, quando estivesse melhor da gripe! Parece que é uma missão nova…

    O adolescente manipulador de raios escutou aquilo, ficando visivelmente curioso com aquela informação.

    — Uma missão nova, é? Bem, vou me arrumar para dar uma olhada!

    A mulher acenou para cima e para baixo com a sua cabeça, concordando com aquela afirmação do seu filho mais velho, esbanjando um sorriso encorajador em seu rosto.

    — Precisa de alguma roupa específica? Ou vai com a de sempre?

    O irmão mais velho do Arold, pegando um copo com água na cozinha, escutando a pergunta de sua mãe, respondendo tranquilamente:

    — Vou com a de sempre! Saio já se casa!

    Minutos depois, lá estava o rapaz de quase vinte e um anos, andando pelas ruas na direção do local de trabalho da líder daquele país. O caminhar do garoto era sereno, relaxado, mostrava como ele estava se sentindo melhor após se recuperar daquele resfriado. Chegando em frente ao local, o garoto foi caminhando até o local de dentro, passando por alguns militares de menor patente e seguindo seu caminho sem interrupções. Todo esse caminhar durou algo por volta de dois minutos, até que ele chegou na porta da sala dela, batendo na madeira sem erguer o braço e em seguida abrindo aquela porta.

    — Precisava de mim, Krafitg?!

    A mulher estava sentada em sua cadeira, terminando seu assinar alguns papéis, com a pilha atual sendo menor que a de outras vezes, indicando como a mesma estava conseguindo lidar até que muito bem com a burocracia de seu trabalho. Ouvindo a pergunta do rapaz, ela se endireitou em sua cadeira, recostado ambas as escápulas no apoio de costas de sua cadeira acolchoada, respondendo o rapaz:

    — Sim, precisava! Bem, você vai ser enviado em uma missão urgente, neste exato momento! Vou te dar um contexto geral do que deve ser feito!

    O Kura absorveu aquelas palavras, mantendo sua pose de respeito para a mulher enquanto o fazia. Após isso, ele levanta sua sobrancelha em curiosidade, indagando a moça:

    — Não seria melhor, eu esperar o Arold é os outros? Sabe… eu sou um Houer ainda!

    A mulher, encarando o rapaz, começou a se distrair rodopiando sua caneta de tinta preta entre os dedos de sua lápis esquerda, respondendo o mesmo em um tom de voz suave, como uma professora com um aluno:

    — Em um mundo ideal, seria! Porém, estamos no mundo real, e infelizmente isso não será possível!

    As palavras cheias de uma estranha necessidade e urgência, fizeram o protagonista manipulador de raios ficar visivelmente duvidoso com tudo aquilo, erguendo sua sobrancelha direita.

    — Certo, eu qual a situação que necessita da minha presença, de maneira tão urgente?

    A moça de pele cor de chocolate, escutando o questionamento,  continuou com a caneta entre os seus dedos, encarando o garoto com seus olhos cor de âmbar.

    — A situação é que já faz alguns meses que vários soldados estão sendo mortos na região do continente Afrikaner. Casos envolvendo soldados buraji, Frankryr e do Yaponiya. Os extermínio de unidades inteiras, ocorreram entre os países de Nigeriya, Cənubi Afrika e Misir, tendo algumas semanas de diferença, apenas, e focando só soldados que estavam ocupando essas regiões.

    O irmão mais velho do Arold absorveu todas as informações, e então falou na sequência:

    — Certo, eu onde eu entro nisso?

    A mulher, retirando uma envelope debaixo de sua mesa, começou a abrir o mesmo de maneira tranquila, enquanto fala:

    — Simultâneo aos ataques contra militares, seu amigo de equipe Itadaki parou de sonhar e ouvir a voz do Dtúschar. Porém, após ver a foto dentro deste envelope, tirada por um detetive muito famoso do país de Yaponiya.

    Ao falar isso, a mulher puxou a imagem de dentro daquele envelope lacrado, colocando a fotografia em cima da mesa de madeira de sua sala. O protagonista dos raios se surpreendeu com a imagem pegando a mesma e analisando o seu conteúdo. A imagem era de um homem de cabelos loiros, extremamente musculoso, com toda a certeza tendo mais de cento e trinta quilos de pura musculatura, além de mais de um metro e noventa e cinco. Na imagem, o homem estava em um momento íntimo com uma mulher comum naquela região do mundo.

    — Certo… e eu deveria saber quem é o cara mandando ver? Certeza que esse não é um pornô secreto seu, senhora Krafitg?!

    Em resposta a provocação do adolescente, a mulher deu um tapa no rosto dele, afirmando na sequência:

    — Não fale merda, garoto!

    A moça então guarda a imagem no envelope, o lacrando novamente e se acomodando na cadeira, continuando sua fala:

    — Essa mesma foto foi mostrada para o Itadaki, e ele confirmou que se trata do corpo original do Dtúschar! Não sabemos como ele recuperou sua imagem original, mas você é o único que tem poder físico e especial o suficiente para matar ele em qualquer hora do dia!

    Enquanto explica, a mulher entrega uma passagem de avião na mão do mesmo, continuando:

    — Eu não tenho ideia da extensão do poder físico dele em seu corpo original, mas conheço as fraquezas dele, e sei que seu poder é um matchup perfeito!

    O Kura pegou a passagem de avião na sua mão, ficando visivelmente empolgado com a ideia de subir em um avião pela segunda vez na vida. A loira, então, finaliza sua explicação:

    — Amanhã meio-dia, você vai conhecer sua equipe! Agora, suma daqui! Eu quero terminar a papelada e ir embora.

    Assim fez o adolescente, correndo através da porta, empolgado com o dia de amanhã.

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