Capítulo 334: Batida
O rapaz oriental ficou extremamente chocado com aquilo, começando a refletir em silêncio sobre o caminhar daquele jogo. Naquele exato momento, o asiático estava posto contra a parede, não tendo nenhuma peça para jogar e continuar tranquilamente o jogo. Ayo sorriu com aquilo, notando que seu plano estava sendo efetivo, encurralando o rapaz tranquilamente. O bebum, então, afirmou:
— Vamos fazer uma regra simples… poderemos escolher entre puxar mais peças, ou passar a vez, mas iremos perder a vez na hora, independente da escolha, o que acha?
O adolescente absorveu aquelas informações, rapidamente compreendendo qual era o objetivo daquela proposta.
“Ele provavelmente possui outra peça de número três em sua mão! Muito provavelmente, ele quer me fazer perder a vez e ficar duas pedras atrás!”
Daiki pensou isso , encarando o rosto do subordinado do Dtúschar, percebendo a expressão distante e indiferente do mesmo, não conseguindo notar qual seria seu real plano com aquilo. Porém, se sentando sem mais opções, por realmente não ter peças para o ajudar, o rapaz acaba dizendo:
— Certo… tudo bem! Eu vou estar perdido, de qualquer jeito!
Enquanto diz isso, o aliado do Kura move sua mão esquerda até a pilha de pedras, puxando uma diretamente para a sua mão. A peça era um quatro com dois, e obrigatoriamente pelas regras, o rapaz teve de passar a vez. Ayo, por sua vez, fez a sua jogada, enquanto diz:
— Bem, recomendo que jogue agora!
A jogada do idoso foi calculada, sendo agora um duplo três no lado onde o rapaz algumas rodadas atrás tinha colocado o seis com três. Observando aquilo, o Daiki se sentiu cansado, movendo a mão até o monte de peças e resmungando:
— E lá vamos nós… basicamente, de volta ao começo!
Após dizer isso, ele puxa a peça, conseguindo agora um duplo cinco. O velho bebum local, de maneira confiante, jogou mais uma vez.
— Espero que você tenha como jogar agora, meu rapaz!
Após dizer isso, o velho colocou um três com quatro no lado do duplo três, dando assim a abertura para o número quatro. Daiki, aproveitando a oportunidade para jogar, encaixa a sua pedra de duplo quatro na região, conseguindo assim se colocar de volta naquele jogo, por mais que ainda estivesse em desvantagem na partida. O inimigo do grupo reparou naquilo, e então fez a sua jogada, colocando uma peça de três com um no lado oposto, deixando o jogo entre o quatro e o um. Daiki, após essa rápida análise, decidiu por jogar seu um com cinco no jogo, tornando agora o jogo dividido entre o cinco e o quatro.
— Oh, alguém parece ter voltado ao jogo!
Afirmou o velho, olhando rapidamente a sua mão, analisando suas opções. O movimento analítico, que em um tempo cronometrado, não durou mais do que dois segundos, acabou sendo interpretado pela mente do rapaz de cabelos ruivos, como longos e tortuosos cinco minutos completos. Após tamanha agonia, o homem de sobrepeso jogou a sua peça de dominó, sendo esta um cinco com seis, colocando o jogo entre o quatro e o seis. O oriental, sem perder muito mais tempo, jogou sua pedra de quatro com seis, torando o jogo dividido entre o cinco e o seis.
— Sua vez, velhote!
O homem, com uma análise fria e metódica da situação, refletiu sobre a forma como estava basicamente encurralado. Porém, após pensar por algum tempo, o velho afirmou:
— Pirralho… você está realmente querendo ganhar!
Após dizer isso, o velho moveu sua mão em direção a pilha de peças, puxando uma e colocando-a em sua mão. Após esse repsiro, Daiki finalmente conseguiu analisar a mão do velho, percebendo algo realmente perigoso.
“Ele… só estava com uma única peça!”
Após pensar isso, o rapaz deu um suspiro, jogando agora seu cinco com cinco no outro lado, se mantendo atento às jogadas do idoso. O dono dos jogos, coçando seu queixo, acaba jogando um seis com dois no lado dominado pelo seis, suspirando e dizendo:
— Estou novamente com uma única peça, garoto!
O asiático deu uma pausa, analisando todo aquele jogo com bastante cautela, enquanto olha sua mão de volta. O ruivo percebeu que teria como jogar sem grandes problemas e empatar aquele jogo, mas logo percebeu algo bastante inusitado.
“Se eu fizer isso… pode ser que o jogo tranque! E ai vem a dúvida…”
Movendo ambos seus olhos para a sua frente, o adolescente encarou os olhos do velho gordo, de uma maneira tão concentrada e de certo modo sociopática, que chegou a encarar as profundezas da alma e essência daquele homem. Após essa poderosa atitude, finalmente a divagação do adolescente pôde ser concluída com sucesso:
“Se trancar, será que eu irei ganhar na competição de pontos? E pior… e se ele tiver como jogar, e simplesmente bater?!”
Ayo, notando a forma bastante desconcertante que o garoto fixava seu olhar nele, acabou por dar uma bufada pelo nariz, se mostrando incomodado com aquela atenção toda.
— Vamos, jogue logo, guri! Estou perdendo a paciência!
Daiki acabou piscando seus olhos e sacudindo de leve sua cabeça, indicando que finalmente tinha voltado a realidade. Dando um sorriso que, de certa maneira, indicava sua vergonha por ter demorado tanto em sua análise, o garoto respondeu:
— Oh, certo! Peço desculpas, acabei me distraindo!
Após essa frase ser dita, o garoto jogou sua pedra de quatro com dois, finalmente empatando em números de peças com aquele velho. O idoso, encarando aquela jogada, acabou dando algumas risadas, com as mesmas carregando um misto de raiva com incredulidade. Ayo, controlando sua respiração após isso, responde:
— Bem… prefere que eu puxe, ou podemos ir para a contagem de pontos?
Daiki, escutando a proposta feita por aquele homem de idade avançada, acabou por olhar a sua própria mão. O adolescente reparou, que possuía apenas o um com zero, tendo um pensamento bem confiante:
“Bem… estou com um dos menores pontos do jogo! Acredito que eu possa ganhar”
Após pensar nisso, o rapaz repousou a pedra vermelha na mesa, mantendo a mesma coberta por sua mão esquerda enquanto o faz, afirmando na sequência com um sorriso no rosto:
— Vamos contar os pontos!
O subordinado do Dtúschar, escutando isso, acabou por imitar aquele mesmo movimento de maneira espelhada, cobrindo sua peça com a mão direita ao invés da esquerda. Com um sorriso, o peludo falou:
— Revele a sua pedra, então!
O oriental, escutando aquele pedido, acabou por realizar o mesmo, retirando sua mão esquerda de cima do item do jogo, revelando assim a peça de um com zero.
— Vamos, faça o mesmo!
O jovem pediu, confiante que tomou a decisão correta para aquela situação. Ayo, sorrindo, tirou a sua mão direita de cima da pedra, a revelando para aquele trio de oponentes. Ao ver a peça, o Kura falou:
— Não pode ser!!
A peça revelada, era a de menor pontuação possível naquele jogo, era a de duplo 0. Daiki ficou incrédulo com aquilo, derramando gotas geladas de suor enquanto fala:
— Eu… perdi?!
Após dizer isso, o rapaz acabou por receber a dose mortal de cachaça em seu sangue, ficando extremamente avermelhado e caindo inconsciente no chão. Sorrindo, o idoso maligno fala:
— Menos dois!! Vamos!! Eu quero o próximo!!
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