Capítulo 335: Rapidinha
A derrota do Daiki pegou todos de surpresa, em especial o Kura, que pensou que tudo daria absolutamente certo. O adolescente dos raios, retirando seu colega de equipe daquela cadeira e o levando até um local para descansar, acaba por afirmar na sequência:
— Eu irei jogar!
O velho peludo escutou aquilo, dando algumas risadas e respondendo:
— Claro, claro! Bem, eu vou preparar a sua escolha de jogos-
Antes do velho terminar a sua fala, o controlador de raios se aproximou da mesa, dando um forte e pesado tapa na mesma, a fazendo tremer por completo.
— Não é preciso! Eu já sei qual jogo vou jogar!
Aquilo deixou o homem-jogador interessado e curioso, com o mesmo se vendo obrigado a perguntar:
— Oh, sério? E qual vai ser?
O jovem-adulto, ao escutar a pergunta feita pelo seu oponente de jogos, acaba por apontar em direção a uma caixa de cartas, ao mesmo tempo em que se senta na cadeira do desafiante.
— Vamos jogar uno, velhote! Eu sou o mestre desse jogo!
Pers, ouvindo a afirmação extremamente confiante, e de certa forma até mesmo arrogante do seu jovem aliado, acaba por tomar a decisão de questionar o mesmo, quase como um tom de aviso:
— Ei, está certo disso, Kura? Se lembre, você não pode simplesmente dar um soco na cara dele, o poder dele impede! Isso aqui é um jogo mental!
O velho Ayo apenas pegou em silêncio a caixa do jogo de cartas, abrindo o mesmo e começando a embaralhar as mesmas. O protagonista elétrico, com um sorriso em seu rosto, responde para o seu aliado:
— Relaxa, cara! Eu vou ganhar dele! E inclusive…
Fixando seus olhos escuros em seu oponente, o manipulador de raios abre um sorriso largo, afirmando:
— Seus poderes aplicam uma penalidade quando você ganha, mas… e se eu vencer? A penalidade é a mesma? Ou eu ganho o direito de escolher uma?
O peludo então, após escutar aquela pergunta do jovem, acaba ficando completamente estático. Alguns segundos de silêncio puro se passaram, e o mesmo respondeu o militar Burajiano:
— Bem… dá para dizer que sim, você está certo! Mas, você só pode pensar em uma quando o jogo acabar, e não pode ser algo impossível para que eu faça!
A informação deixou o irmão mais velho do Arold parcialmente satisfeito, com ele fazendo só mais uma pergunta:
— Certo, e como eu vou saber, se essa penalidade é possível, ou não para que você faça?
O bebum, já terminando de embaralhar aquelas cartas, acaba dando uma resposta direta:
— Meu poder vai avisar, caso seja, ou não, possível
Enquanto dá aquela resposta, o velho começa a distribuir as cartas, jogando uma para ele e outra para o garoto, repetindo esse processo até que ambos tenham sete cartas cada. Após isso, o rapaz pega a sua mão, refletindo:
“Uno, um jogo fácil de jogar! Existem quatro cores, numeradas de 0 a 9 em cada uma delas. Também possuímos duas cartas de puxar dois por cor, duas de retorno, pular a vez e outras…”
O rapaz pegou suas cartas na mão, as analisando com bastante cautela. Das sete cartas, três eram da cor verde, dos números três, cinco e nove. Já as outras quatro, eram dívidas em duas vermelhas e duas amarelas, sendo que, em ambas possuíam números dois de cada cor, com a outra carta vermelha sendo um sete e a outra amarela sendo um zero. Com isso analisado, o adolescente puxou uma carta do baralho, a pondo na mesa e dizendo:
— Após essa carta ser jogada, vamos decidir no par ou ímpar quem começa! Tudo bem?
Ayo, enquanto a carta da pilha era jogada e aquela pergunta feita, ele apenas deu uma risadinha, respondendo:
— Claro, claro! Bem, vamos logo com isso!
Após a concordância por parte do idoso, o jovem revelou a carta que foi jogada, sendo o número um de cor azul. Após isso, o Kura ergueu sua mão esquerda, dizendo em voz alta:
— Par!
O idoso, erguendo a sua mão direita, respondeu:
— Ímpar!
Após o anúncio do lado de ambos, os dois oponentes jogam os números que escolheram, sinalizando com a mão. O Kura jogou o punho completamente fechado, indicando que escolheu o número zero, enquanto o seu oponente escolheu o número três. Assim, quem venceu foi o velho nativo daquele país, coisa que fez o irmão do Arold se jogar para trás em sua cadeira, visivelmente irritado por ter perdido. Pers, com uma cara de decepção, pontuou:
— Você jogou zero, mas por que? Se ele escolheu ímpar, é claro que ele vai jogar um número ímpar…
O Kura, se irritando com o comentário do seu aliado, respondeu de maneira levemente grosseira, enfiando o rosto nas cartas:
— Isso sempre funcionou, tá legal?!
Ayo, rindo daquela cena, jogou a sua carta de dois verde, enquanto comenta para eles:
— Ei, relaxem! Isso é apenas um jogo!
O irmão do Arold, percebendo sua oportunidade de jogar, toma a decisão de jogar o seu nove verde, dando um tapa poderoso na carta logo após isso, afirmando:
— Nove, velhote!
O idoso, notando que acabou sendo pego de surpresa, suspirando e move sua mão até a pilha de cartas, respondendo:
— Certo… você me pegou nessa! Nem consegui reagir…
Após puxar a carta, o homem levou sua mão direita até o seu queixo, coçando sua barba por fazer enquanto parecia refletir em sua próxima estratégia. Após poucos segundos, ele sorri, jogando uma carta coringa de mais quatro na mesa, dizendo em um tom irônico após isso:
— Puxa aí, boy!
O irmão mais velho do Arold, fazendo uma cara descontente e inconformada, começa a puxar suas cartas novas do baralho, dizendo em um tom cabisbaixo:
— Qual a cor…?
O subordinado do monstro miraijin, sorrindo, começa a pegar uma carta em sua mão, enquanto responde para aquele adolescente burajiano inconformado:
— Vermelho, meu amigo!
Após dizer isso, ele jogou uma carta de bloqueio vermelho, fazendo com que o Kura perca a sua vez. Não contente apenas com isso, logo na sequência, ele jogou um bloqueio azul, pulando mais uma vez o turno do jovem rapaz. Após isso, mais duas cartas foram jogadas, sendo elas um retorno de turno azul e um amarelo, com a jogada do homem terminando com uma carta amarela de número oito.
— Uno…
Disse o idoso, com um sorriso confiante em sua cara. Pers, notando a situação em que o Kura se colocou, acabou por perguntar:
— Você não disse, que era o rei do Uno?!
O rapaz dos raios, se irritando com aquele comentário, rapidamente respondeu para aquele velho da sua equipe:
— Isso é só uma falha, entendeu?!
Ayo, observando aquele desentendimento da equipe, começou a dar algumas risadas, antes de responder para eles:
— Pessoal, relaxem, relaxem! É só um joguinho… e inclusive, recomendo que jogue, garoto!
O adolescente, se pondo tranquilo em sua cadeira, logo encara o jogo novamente, reparando que era um oito amarelo na última carta. Assim, o rapaz dos raios joga uma carta de dois amarelo por cima da última, mandando em sequência um dois vermelho, mudando a cor do jogo de maneira maestral.
— Hehe… tudo tá ferrado, velhote!
O idoso, rindo da fala daquele jovem rapaz, logo começa a analisar a sua última carta, enquanto comenta com o seu oponente:
— É… bem, provavelmente eu estou ferrado, mesmo… ou…
O velho então jogou sua última carta, sendo um coringa que além de mudar de cor, possuía o seu centro completamente em branco, indicando que se tratava de uma carta com a capacidade de criar regras. Após o lance, o gordo ergueu a mão direita para cima, apontando com seu dedo indicador para o teto e dando um grito empolgado:
— EU ESTARIA, SE NÃO TIVESSE A CARTA QUE ME PERMITE CRIAR REGRAS, INCLUINDO UMA QUE ME PERMITA VENCER, COM QUAISQUER CARTA DE AÇÃO!!
O irmão mais velho do Arold ficou completamente chocado com aquilo, não conseguindo acreditar no que aconteceu. Pers, olhando a cena, afirmou:
— É… ele te pegou rapidinho!
Os poderes daquele inimigo logo atiraram seu efeito, colocando os quatrocentos mililitros de cachaça na corrente sanguínea do rapaz, fazendo o Kura se curvar na mesma de maneira quase que imediata. Porém, diferente dos outros, ele não desmaiou, ainda estando consciente.
— E-eu, vou jogar de novo!!
Diz o protagonista dos raios, visivelmente bêbado por tanto álcool em seu sangue. Ayo olhou aquilo, assobiando e dizendo:
— Uau, Uau! Isso foi surpreendente, você aguentou uma quantidade absurda de álcool no seu sangue! Isso merece palmas!
Se inclinando na mesa para pegar as cartas do jogo, o homem peludo complementa:
— Eu aceito seu desafio! Vai no Uno de novo?
O Houer do cão elétrico estava prestes a responder, mas antes que conseguisse soltar o som através de sua boca, o aliado mais velho do mesmo o calou, o tirando da cadeira enquanto fala:
— Antes de jogar de novo, eu irei ser o seu próximo oponente!
Pers colocou o manipulador de correntes elétricas junto daqueles outros dois, comentando de maneira quase que provocativa para ele:
— Aprenda como se faz, pirralho!

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