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    No dia seguinte após eles realizarem aquela ida ao cabeleireiro, ambos os rapazes que cortaram os cabelos estavam caídos em suas chamas, sentindo efeitos estranhos em seus corpos, como seus corações estarem extremamente acelerados, suas pupilas dilatadas ao extremo, com tudo isso sendo acompanhado por uma paranóia extrema.

    — Eles estão chegando! Eles tão de olho em nós, porra!!

    Gritou o Jean, caindo da cama pelo susto, enquanto uma crise de ansiedade assolava o seu corpo. Daiki, por sua vez, estava em posição fetal na sua cama, olhando fixamente para a parede. O ruivo, por mais que estivesse quieto, ainda estava mostrando claros sinais de ansiedade, e até mesmo de uma paranoia leve e velada.

    — Esses dois… tão realmente quebrados!

    Comentou o Pers, olhando aquelas crises em de uma maneira distante, podendo até mesmo ser considerada bastante fria e cruel. O Kura, se aproximando do Daiki, que era o mais quieto dos dois, logo começou a analisar o mesmo com cuidado, enquanto comenta:

    — Isso… parece até que estão sob efeito de alguma droga, tipo a cocaína!

    A informação surpreendeu o idoso, que se aproximou daquele ruivo em estado de choque, analisando os olhos do mesmo com bastante surpresa, comentando na sequência:

    — Mas que bizarro! Eu não vi eles usando drogas em momento algum! Você viu, Kura?

    O irmão mais velho do Arold, ao ouvir a pergunta, acabou não perdendo muito tempo em analisar os momentos anteriores, antes de dizer:

    — Não, não vi! Mas, me deixe analisar as sinapses deles para memórias, só para ter certeza!

    O manipulador de raios, então encostou sua mão esquerda em cima da cabeça  do Daiki, olhando suas memórias recentes, percebendo assim que ele não tinha usado nenhuma droga em momento algum. Após isso, o controlador de raios se virou na direção do Jean, andando em direção ao mesmo.

    — E-ei! Saia de perto de mim, porra!!

    Gritou o poderoso espadachim, enquanto se arrasta até o canto daquele quarto, movendo sua mão de maneira bastante ansiosa no chão, procurando por sua espada ou qualquer outra coisa para atacar o jovem-adulto. Ao perceber isso, o idoso do grupo esticou sua mão, criando seus fios e amarrando todo o corpo do Frankryniano, imobilizando o seu corpo em questão de instantes. Com o homem dos cabelos brancos preso em meio a aqueles fios, o dono deles afirma:

    — Calma aí, ele só vai te analisar um pouco! Relaxa aí, ao invés de sentir cagar de medo, com essas paranoias!

    Com a abertura feita, o rapaz elétrico chegou perto do homem com o moicano, pondo a mão esquerda em sua cabeça e começando a ler seus pensamentos com as sinapses elétricas da cabeça dele. Após analisar tudo, de maneira bastante detalhada e atenta, o protagonista dos raios fala:

    — É… nada por aqui, só coisas normais, nada de drogas! Isso só torna essa situação ainda mais bizarra, sinceramente!

    Pers ficou bastante confuso com aquilo, fazendo uma pergunta bastante direta ao Kura:

    — E como diabos, eles ficaram assim?! Isso não faz sentido algum!

    Pensando um pouco sobre essa situação, o Kura chegou em algumas conclusões, falando ao seu colega de equipe:

    — Bem, eu não sei como eles podem ter ficado drogados, sem consumirem nenhum item ilícito! Mas, podemos pesquisar nos três locais em que passamos ontem, para analisarmos tudo de maneira minuciosa, ou até mesmo comigo usando meus poderes, para ler a mente das pessoas!

    Enquanto fala isso, o rapaz de cabelos negros se virou na direção do idoso da equipe, dizendo:

    — O que acha desse plano?

    Pers, pensando por alguns momentos sobre isso, acaba finalmente chegando em sua conclusão, dizendo:

    — É, podemos seguir com ele! Não temos melhor opção mesmo!

    Ao dizer isso, o idoso criou mais de seus fios, amarrando o garoto ruivo também neles, completando sua fala:

    — Vamos levar esses dois! Se for um ataque inimigo mesmo, não vai ser seguro deixar eles para trás!

    O controlador de raios acenou com a cabeça, andando na direção da porta do quarto em que estavam, enquanto diz:

    — É, faz sentido! Bem, vamos primeiro para o local do café da manhã, analisar a equipe deles!

    Com isso dito, o grupo saiu do quarto que estavam hospedados, indo até o corredor e se dirigindo ao elevador do local, chamando o mesmo após apertar o botão dele. Ao entrarem dentro do elevador, eles apertaram o botão referente ao andar do restaurante, seguindo até ele tranquilamente. Chegando lá, o quarteto saiu de dentro do elevador, com o mais velho se dirigindo até a recepcionista, falando para a mesma:

    — Garota, tem problema se falarmos com seus chefes?  Sabe, nossos amigos estão meio estranhos, queremos conferir se não foi aqui!

    A jovem absorveu as palavras do velho, acenando positivamente com sua cabeça e levando aquele grupo na direção da cozinha. Uma vez com todos lá dentro, o velho de aparência forte diz em voz alta, para que a equipe toda daquele local possa ouvir:

    — Olá a todos aqui! Queria saber se a equipe que se encontra aqui hoje, é a mesma do dia de ontem!

    Escutando aquilo, todos os membros daquele cozinha falam:

    — Bem… sim, somos todos a mesma equipe de ontem!

    Com aquilo confirmado, o Kura se aproximou deles, enquanto dava instruções aos mesmos:

    — Certo, bom saber! Agora, peço para que todos fiquem um ao lado do outro e deem as mãos, é caso de exércitos internacionais, então não ousem questionar nada disso, entenderam?!

    A equipe ficou assustada, apenas seguindo a ordem autoritária daquele rapaz. Assim, o irmão do Arold leu a mente de todos ali, chegando em uma conclusão:

    — É, também não foram eles! Vamos até o próximo local!

    Assim, o quarteto seguiu seu caminho através da cidade, indo em direção ao cabeleireiro de antes. Por mais que o Kura achasse impossível que aquele homem estivesse envolvido naquela situação estranha, a possibilidade ainda assim não poderia ser ignorada por eles. A caminhada até lá durou algo em torno de quinze minutos, mas logo eles conseguiram chegar ao salão de beleza. Uma vez ali, o manipulador de raios fala:

    — Opa, bom dia! Sabe, minha querida, ontem eu e meus amigos viemos até aqui, e eles cortaram o cabelo com aquele cara das mãos de tesoura, sabe?

    A jovem recepcionista, escutando aquela história, acaba por estalar os dedos, dizendo:

    — Oh, então eram vocês o trio de bonitões de ontem! Sim, eu lembro de todos vocês! Como posso ajudar?

    Aquelas palavras deixaram o jovem um pouco desconcertado, obrigando o Pers a chutar discretamente a canela do irmão do Arold, para o puxar de volta à realidade. Sentindo muita dor, o manipulador de raios voltou a situação de emergência, com ele falando:

    — Ótimo, ótimo! Bem… podemos falar com ele, sobre uma situação?

    A jovem, ouvindo aquela pergunta, acabou fazendo uma expressão descontente, e após isso ela fala:

    — Peço perdão… ele ainda não apareceu hoje, sabe? Desde ontem de tarde que ele sumiu…

    Aquela informação chamou a atenção da dupla, com o mais velho deles perguntando:

    — Sério? Bem, a mocinha sabe algum outro lugar, que possamos encontrar ele?

    A garota, ouvindo aquilo, respondeu:

    — Tem a casa dele! Não é muito longe, fica a só algumas quadras daqui! É uma casa vermelha, a primeira da esquina, vindo da esquerda até a direita!

    Com a informação, os quatro se retiraram daquele lugar, com o Kura acenando para ela e dizendo:

    — Obrigado, garota! Nós vamos resolver uma situação!!

    O grupo então, seguiu direto para onde a casa dele deveria ficar, seguindo as instruções da garota.

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